LPA Capítulo 51

em domingo, 13 de março de 2022

 Capítulo 51



FILADÉLFIA

Ana
Ele está muito surtado e não gostou quando conversei com Taylor e Sawyer em nosso caminho para o hotel. Não gostou quando tive que deixá-lo para ir fazer xixi no nosso quarto, e ficou andando pelo quarto, esperando como uma espécie de noivo impaciente, batendo seus lábios nos meus no segundo que saí e me beijando por cerca de meia hora, até que vieram nos buscar para nos levar para a luta.
Ele não queria me soltar quando se dirigia para os vestiários, o seu aperto de mão em meus quadris fixando-se mais profundamente quando entramos na arena clandestina.
Disse a ele que não podia esperar para vê-lo lutar, e que eu estaria assistindo. Ele prendeu seu
queixo e olhou – prioritariamente e com uma sede dos infernos – em meus lábios. Depois, acenou com a cabeça e deu um tapinha no meu bumbum enquanto gritava a Taylor instruções estritas para não mover um pé longe de mim durante a luta.
Agora Taylor está ligado a mim como um gêmeo siamês.
Ele é o Homem de Preto e agora está carregando uma arma de choque, spray de pimenta. Pode falar qualquer coisa que Taylor já a conseguiu. Ele ainda usa uma carranca intimidante hoje, como se todos devessem ficar longe.
– Você se leva muito a sério – brinco.
– O que o homem quer, ele tem – diz, com uma risada.
Um enxame de insetos desperta no meu estômago enquanto nos dirigimos aos nossos assentos, na primeira fila do lado direito do ringue. E parece que faz um século desde que eu assisti a uma luta. A excitação se mistura com nervosismo e, infelizmente, a azia, que parece ter permanecido depois de todas as náuseas que tive no primeiro trimestre, promete voltar com uma vingança.
– Christian comprou vários assentos de modo que você não vai ter ninguém por perto se
acotovelando – explica Taylor quando chegamos a nossos assentos, e noto que os dois assentos para os nossos lados e os dois atrás estão vazios.
Taylor acena para alguém do outro lado do ringue, e eu segui seu olhar para ver a grande e boa Prescott ali de pé, mantendo um olho em nós.
– De onde a Scott veio? – pergunto, sorrindo alegremente para ela e satisfeita quando ela sorri de
volta.
Ela fica de pé como um soldado do exército, e consegue de alguma forma agir de forma educada e discreta e ao mesmo parecendo incrivelmente intimidante.
– Ela parecia ter coisas para cuidar e pegou um voo comercial para nos alcançar. Ela estará
dividindo o quarto com Gail e estará em sua cola quando Christian não estiver ao seu lado.
Provavelmente eu teria protestado se não gostasse tanto dela, e se eu não tivesse ouvido falar de como estava feliz de ter conseguido um trabalho que os clientes geralmente contratam homens para fazer. Por isso continuo sorrindo para ela enquanto Taylor e eu nos acomodamos e começamos a assistir às primeiras lutas.
– Onde está o Chris?
–Tragam o Chris!
A multidão grita quando o ringue é desocupado pela quarta vez, e no momento em que a gritaria recomeça, só há um nome audível em toda a arena.
– Chris-ti-an! Chris-ti-an! Chris-ti-an!
– Os organizadores adoram fazer o público ter que pedir por ele – diz Taylor com uma risada.
E, finalmente, os alto-falantes pegam fogo.
– É isso aí, senhoras e senhores! Cachorras e cachorrões! Meninas e meninos! Vocês querem esse cara? Vocês o pediram e receberam! Digam boa noite a seu primeiro e único Arrebentadoooooorrrr!
Meu Arrebentador! Minha mente grita animadamente. Meu Arrebentador. Meu hoje e meu para
sempre.
Por toda a arena, as pessoas ficam de pé, todas ao redor do ringue. Algumas colocam as mãos ao lado da boca e gritam, enquanto outros estão pulando e agitando cartazes com o nome dele.
– Chris, eu morreria por você, Chris! – Uma voz atrás de mim grita.
A alegria borbulha em minhas veias conforme ele vem trotando para fora do vestiário.
Sua postura forte, perfeita, e os ombros relaxados, seu roupão ARREBENTADOR cobrindo os
músculos mais rijos do mundo, tudo isso faz meus bicos dos seios pulsarem de desejo. As luzes dos refletores se focam em Chris, e eu procuro avidamente as covinhas no rosto dele, mas meu olhar pousa sobre as marcas vermelhas de batom em sua mandíbula. E na sua boca.
Pisco, confusa.
Ele pega as cordas e balança para dentro, caindo furtivamente como um gato que já é dono desse cobiçado espaço quadrado, e então o roupão sai e o corpo glorioso de Christian é exibido. Eu o vejo, mas ainda estou confusa com aquilo que também vejo em seu rosto de menino, essas marcas, vermelhas e borradas por todo o seu bronzeado bonito, até que a verdade começa a afundar e vai afundando e afundando dentro de mim, e cada um desses beijos me parecem como uma chicotada.
Mil e uma inseguranças que eu nem sabia que tinha se agitam dentro de mim.

Imagino mãos cuidadas tocando sua pele... Lábios nos lábios... Seus grunhidos para outra pessoa...
Seus calos raspando contra a pele de outra pessoa...
Uma queimadura sobe aos meus olhos e Taylor calmamente me diz:
– Ana, isso vem com a vida. Ele não pede essas fãs, ele só quer lutar. Não é grande coisa.
– Se eu pudesse pegar o resto do meu corpo, não o meu cérebro, para entender isso – respondo miseravelmente, e parece que uma nuvem negra de dor caiu sobre mim como um manto, tapando toda a minha luz.
Alguns assentos à minha direita, uma mulher puxa os próprios cabelos e grita:
– Arrebentadorrr! Quero te arrastar pro meu quarto e ser fodida por você até que eu não possa
andar!
Deus, eu quero acertar essa cadela taaanto...
E lá está ele, belo e magnífico Christian Arrebentador Grey.
Ele faz a sua voltinha pelo ringue, e eu sinto essa pressão no meu peito, fecho minhas mãos em volta do meu bebê e olho para o pequeno inchaço que tenho agora. Nunca me arrependi de estar grávida, mas agora me sinto tão grávida e tão estúpida...
Respiro lenta e profundamente, enquanto todas as minhas inseguranças corroem minhas entranhas.
Nós vamos ter uma família unida. Eu vou ser uma mãe... Mas ele ainda vai ser um lutador, cercado por fãs jovens, bonitas e que farão de tudo para tê-lo.
A Anastasia Antes da Gravidez provavelmente sentiria que ninguém jamais poderia levá-lo para
longe dela.
Mas a Anastasia Grávida se sente um pouco em desvantagem. Porque talvez doa um pouco que ele não tenha pedido para eu me casar com ele. Talvez ele nem sequer queira se casar?
Por que ele se incomodaria com isso, quando já sou dele?
– Ana, ele está olhando pra você – murmura Taylor animadamente.
Ainda me sentindo mais instável do que eu gostaria, respiro fundo e continuo olhando para o meu colo, para o vestido de linho estúpido que eu usava quando me enfeitei para ele nesta manhã.
– Ana, ele está olhando descaradamente pra você! – diz Taylor, agora em alarme.
A multidão se acalma.
O silêncio se tornou opressivo quando o Arrebentador parou de sorrir e agora todo mundo sabe
que algo está acontecendo.
Posso sentir seus olhos perfurando o topo da minha cabeça. E sei que quando eu olhar para cima, tudo que verei será aquele batom vermelho em seu belo rosto. Como o batom que eu usei e que o manchou uma vez, mas isso pertence a outra pessoa hoje. Talvez uma das putas que ele comeu quando eu estava longe. Deus.

– Ana, Jesus, que merda é essa? – Taylor me dá uma cotovelada. – Você quer que ele se foda hoje à noite?
Balanço minha cabeça e me forço a olhar para ele.
Ele está olhando para mim com um olhar de completa selvageria e ansiedade. Suas pernas estão abertas, firmes, sua mandíbula contraída e sua postura defensiva, e eu posso dizer que ele percebe que há algo errado comigo, porque suas mãos estão fechadas em punhos ao lado do corpo e ele parece pronto para saltar do ringue e vir me pegar.
Seguro o seu olhar com orgulho, porque nem quero que ele saiba como estou magoada, mas quando ele sorri para mim, não posso sorrir de volta.
Seu sorriso se desvanece.
Seus olhos piscam com mágoa quando ele enrola os dedos em suas mãos e a selvageria em sua expressão quase se agarra em mim, mas eu me sinto igualmente selvagem, e desta vez, não posso apaziguá-lo porque estou magoada demais, com raiva demais, com ciúmes demais e grávida demais.
Vagamente, eu me lembro de que havia momentos em que ficava sentada nessas cadeiras laterais, desejando que esse animal magnífico lá em cima fosse meu. E neste momento eu me sento aqui, grávida de um filho dele, magoada porque uma mulher, ou mulheres, o beijou e tocou no que eu sinto que é meu, e de repente quero o que eu tinha antes. Eu quero ser apenas uma garota, que quer apenas um emprego. Simples. Objetivos simples e uma vida simples. Mas não. Não posso ter isso agora.
Porque estou mais apaixonada por Christian grey do que jamais pensei que fosse possível. E ele é tão evasivo quanto uma estrela cadente que ninguém nunca vai realmente pegar, e se você pegá-lo, ele só vai queimar através de você.
Como queima em mim agora, bem no centro do meu peito, meu amor por ele me corroendo.
Incapaz de olhar em seus olhos escuros por mais tempo, forço meu olhar para longe, para assistir a seu adversário subir ao ringue, e meus olhos deslizam, mas rapidamente voltam, para a tatuagem de um elegante A no bíceps direito de Christian.
Meu coração gagueja em descrença. Olhando para o desenho, atordoada, percebo que sim, está ali mesmo, em seu bíceps direito: um belo e perfeito A.
Isso causa uma reação louca em mim. Minha calcinha de repente fica encharcada e eu começo a pulsar.
Christian se volta para o seu adversário, e vejo seus lábios se enrolarem arrogantemente quando ele deita um olhar para o lutador contra quem vai lutar, alguém jovem e nervoso, claramente muito ansioso para começar.
Eles tocam as luvas e Christian olha para mim. Então, sem sorrir, de modo significativo ele
flexiona seu bíceps com o A e beija-o assim que eu o vejo. Uma onda furiosa e quente escorre pela
minha vagina, e eu aperto minhas pernas juntas.
Seu sorriso brilha, sabendo que me deixa molhada e que não consigo evitar.
Soa o gongo.
– Quando ele fez essa tatuagem? – pergunto ofegante.
Não consigo parar de olhar para a marca.
– Logo depois que saímos de Seattle – responde Taylor.
Christian vai de igual para igual com o “fanfarrão jovem e ansioso”, como Taylor o chamou, e
imediatamente soca o rapaz, então recua e finta, fazendo o jovem ir atrás dele. As fintas do fanfarrão falham, e Christian volta com um poderoso um-dois que lança o homem de volta como um tiro de canhão. O cara salta sobre as cordas, e depois cai de bruços sobre a lona.
– Oooooooooo! – diz o público.
– Ai, isso deve ter doído – diz Taylor, mas ele está sorrindo enquanto atrás de mim, alguém grita:
– Isso é o que você recebe quando enfrenta o Arrebentador, otário!
Não importa o que esteja passando pela minha cabeça, observar Christian lutar é uma
experiência tão emocionante que, dentro de mim, todos os meus músculos começam a se preparar como se fosse eu a lutar lá em cima.
O outro cara se levanta, e Christian bate nele de novo, seus golpes precisos e potentes, seu corpo se movendo sinuosamente, aquele A preto em seu bíceps ondulando quando esse músculo endurece em ação. Eu sou uma confusão de emoções à medida que a luta avança, e uma gota de suor desliza entre os meus seios.
Minha temperatura corporal parece maior com a gravidez, mas observar o pai do meu bebê lá no ringue – um mestre do desastre completo, com aquela tatuagem gritando para o mundo que ele é meu, mas, ao mesmo tempo sendo beijado por algumas outras cadelas –, isso me deixa possessiva e com raiva. Eu me sinto como um vulcão.
Depois de Christian derrubar o jovem fanfarrão de forma permanente naquela noite, eles trazem lutador atrás de lutador para desafiá-lo. Ele os esmurra com tanta força que os homens batem nas cordas, caem de lado, de cara no chão ou caem de joelhos, todos eles balançando a cabeça em consternação enquanto seus cérebros estremecem dentro deles.
Chris não pode ser detido.
Taylor ri ao meu lado.
– Isso nunca deixa de me surpreender, o quanto esse homem gosta de se mostrar quando você está assistindo.
Balanço a cabeça em descrença, e Taylor acena para mim com um jeito sombrio.
– Sério. A diferença em seu sangue quando ele é exposto a você, o jeito que você altera sua
química e traz pra fora toda a sua testosterona, traz os instintos de lutador à vida, é incrível. Você
sabia que a testosterona dos homens aumenta quando eles veem uma nova mulher atraente? A dele não. Ele só vai até o teto quando vê você, a fêmea dele.
As palavras de Taylor me matam. Christian parece sempre querer provar para mim que ele é o
homem mais forte do mundo e que é aquele que vai me proteger e oh, sim, eu acredito nele.
Ele enfrenta um quarto lutador e depois o quinto, seu corpo um trator de sexo e força que derruba a todos, um após o outro, os olhos escuros me verificando em meu assento, para ter certeza de que estou assistindo. Cada olhar que ele envia em minha direção me faz sofrer um pouco mais por dentro, e de forma embaraçosa, fico um pouco mais irritada e com mais tesão, até que meu sexo fica tão inchado e minhas mãos tão firmemente enroladas no meu colo que não sei o que eu quero fazer mais:
fodê-lo ou esbofeteá-lo.
Um sexto e um sétimo lutadores são trazidos para fora do vestiário, e Christian ainda não está
cansado. Ele está bloqueando, socando, atacando e defendendo.
– Chris! Chris! Chris!
O público canta para ele e Taylor se junta a eles, socando as mãos no ar, cantando a mesma palavra que as outras mil pessoas aqui, quando o mestre de cerimônias pega o pulso grosso de Christian e levanta seu braço na vitória.
– O nosso vencedor! Mais uma vez, senhoras e senhores, eu lhes apresento Christian Grey, o
seeeeuuuu Arrebentadorrrrrrrrrrr!
Aqueles olhos escuros procuram por mim nas arquibancadas. No instante em que me encontram, minha pulsação acelera violentamente em meu corpo, o meu coração vibra como uma coisa alada no meu peito enquanto ele olha para mim e sorri. Um arrepio percorre-me com a visão dessas covinhas, o sorriso branco, o queixo escuro... E aquele batom vermelho, porra.
Quando fica evidente que não consigo me obrigar a sorrir de volta, as sobrancelhas se fecham
sobre os olhos, e ele agarra a corda e desce do ringue.
– Arrebentador, Arrebentador, Arrebentador! – Ouço as pessoas animadas começar a cantar.
Forçando-me a segurar o olhar de aço, fico de pé sobre as pernas trêmulas, vendo-o se aproximar.
Ele me dá sua mão, e eu olho para toda aquela porra de batom em seu rosto, em seguida, para sua mão, e a pego. Meu queixo contrai quando ele me puxa para baixo das fileiras.
– Chaves – ele late para Sawyer, que pula para baixo do canto do ringue e trota, para caminhar ao nosso lado.
– Eu levo vocês.
Vamos para as salas dos fundos, e Christian para nos armários para pegar sua mochila, nunca
deixando de lado a minha mão. Eu não consigo parar de olhar para o batom em sua boca sexy e irritante, e para a tatuagem de A em seu bíceps forte. Sensações conflitantes entram em espiral em
mim de forma tão rápida que nem sei o que fazer com elas, exceto cerrar os dentes. Liberando a minha mão por um segundo, Christian puxa uma camiseta branca e salta em um par de calças de moletom preto, então pega a minha mão, força seus dedos nos meus e me leva para fora. Ele me empurra para o fundo do Navigator, e uma vez que estamos postos em nossos lugares e Sawyer liga o carro, agarra meu rosto com uma das mãos, com os olhos brilhando com a mesma fome que já brilhava neles todo o dia. Ou talvez até mais. Ele se inclina para me beijar e eu viro o rosto.
– Não – peço.
Ele força a minha cabeça de volta e murmura em voz baixa e desesperada:
– Quero que você olhe pra mim quando luto. Eu esperei o que pareceu uma eternidade para ter
você olhando pra mim.
Ele esmaga a minha boca com a dele, e raios parecem me atravessar enquanto os lábios de Christian estão pressionados contra os meus. A necessidade dentro de mim é tão grande que leva toda a minha força de vontade para forçar minha boca a se fechar sob a dele, e para me contorcer e ficar livre.
– Não me beije! – chio.
Ele pega o meu rosto com uma mão aberta e me vira, e assume minha boca novamente, forçando os lábios a se abrir para que ele possa enfiar a língua em mim com um gemido. Eu gemo com a sua língua tocando a minha, e luto fracamente enquanto me contorço entre Chris e o assento do carro e empurro seus ombros, torcendo minha cabeça.
– Me deixe – reclamo.
– Deus, eu preciso de você como preciso respirar... – Ele desliza sua mão calosa sob o meu
vestido, esticando seus longos dedos até minha coxa ao mesmo tempo que pressiona um caminho de famintos beijos molhados pelo meu pescoço. – Por que você está jogando comigo? Hmm? Eu preciso estar dentro de você agora...
– Disse isso a suas fãs também? – Ofegante e irritada à medida que sua mão avança até a minha coxa, eu empurro o peito de granito e faço um som frustrado quando ele não se move. – Diga isso a quem beijou seu queixo, sua testa, seu queixo e sua boca, porra!
Ele se afasta com uma carranca confusa.
– Você tem batom em todo o seu rosto, Christian! – digo, endireitando o meu vestido.
Com um baixo ruído exasperado, ele arrasta a parte de trás de seu antebraço em seus lábios, em seguida, olha para ele e aperta os olhos quando vê a listra vermelha em sua pele. Ele fecha a mandíbula e cai para trás no banco do carro, deixando a cabeça pender para trás com um gemido.
Passa as mãos pelos cabelos e olha com raiva para o teto, respirando pelo nariz. Eu tento escorregar para o outro lado do banco, mas sua mão dispara e se fecha em torno de meu pulso.
– Não – rosna Chris, como se estivesse com dor.
Engulo um caroço de raiva na minha garganta enquanto ele desliza a mão do meu pulso para a

minha mão e conecta nossos dedos. Durante toda a viagem, estou perfeitamente ciente de sua palma da mão contra a minha, seus dedos grossos e longos atados no meio dos meus, segurando-me com firmeza, enquanto o meu peito parece rebentar e implodir, tudo ao mesmo tempo.
Chegamos ao nosso hotel e Sawyer verifica com cautela através do espelho retrovisor.
– Vou pegar o resto da equipe agora – anuncia.
– Obrigado – diz Christian categoricamente enquanto me ajuda a descer do carro. Em seguida,
com a mão ainda segurando a minha, ele me leva pelo saguão até os elevadores.
Embarcamos, e sua mandíbula ainda está toda listrada de vermelho. Mesmo com esses traços, o rosto é a fantasia de toda mulher. Seu cabelo despenteado e castanho, aquelas calças de moletom descendo baixo em seus quadris, a camiseta que se apega aos ombros e aos largos bíceps protuberantes. Ele ainda é o mesmo símbolo sexual que sempre foi, ao mesmo tempo que me sinto mais grávida do que nunca, com a pequena protuberância em minha barriga.
Ele me puxa para o nosso quarto, a porta batendo com o seu próprio peso atrás de nós, e no
instante em que solta minha mão, ele me agarra pela cintura e me levanta para me pousar na mesa de jantar.
– Não faça isso comigo. – Ele morde meu pescoço e desliza de novo a mão sob meu vestido,
levantando-o rapidamente para me segurar sobre minha calcinha neste momento. – Não faz isso comigo agora, caralho! – resmunga.
Começo a tremer quando ele arrasta sua boca até a minha mandíbula, mordiscando meus lábios enquanto esfrega a ponta de um dedo sobre minha calcinha. Eu odeio o gemido que sai de mim, mas ele parece gostar, pois geme e vai direto para a minha boca. Afasto a cabeça, minha voz suave e triste.
– Queria beijar você, não elas! – Choro, empurrando fracamente seu peito grande.
– Sou eu.
Ele puxa a mão do meu vestido, pega os lados do meu rosto com as duas mãos e me beija, me
lambuzando com o batom de outra pessoa quando cobre minha boca e me abre à força. Eu empurro seu peito até que não consigo mais, enquanto sua língua domina a minha e ele enrola os braços nas minhas costas, inclinando-me sobre a mesa, seus braços me protegendo da superfície dura conforme me suga com fome desesperada.
– Sou eu – rosna, esfregando uma mão na lateral do meu corpo e no meu peito.
Eu solto gemidos de vontade e odeio ter feito isso. Estou tão molhada. Preciso muito dele. Christian cheira bem pra caralho. Estou ficando louca, mas quando ele cobre meu peito com uma mão, ainda estou com tanta inveja e raiva que tento empurrar sua mão. Ele faz um barulho baixo de dor.
– Ana...

Com um som frustrado, agarra o tecido do meu vestido em ambos os punhos e o rasga ao meio com uma sacudida. Eu suspiro ao mesmo tempo que ele espalha o tecido de lado para me revelar na minha calcinha, sua cabeça escura rapidamente mergulhando para que possa arrastar a língua sobre a minha pele, do meu umbigo para cima, enquanto abre a roupa ainda mais e acaricia as mãos para cima, nas minhas costelas.
Tremores me percorrem e eu agarro a parte de trás de sua cabeça, dividida entre puxá-lo para
minha boca ou afastá-lo, e então, eu o puxo pelos cabelos para cima.
– Não – rosno, e ele vai para trás e olha para mim com aqueles olhos selvagens e ferozes, e sei
que não deveria provocá-lo, eu deveria acalmá-lo, mas estou com ciúmes demais.
Ele me transformou nisso. Apaixonada e obcecada por ele, imaginando com quem ele esteve.
Ele pode até não reconhecer a si mesmo, mas elas sabem, e elas não são eu.
Tomada de uma nova determinação, eu me sento, agarro sua mandíbula e começo a esfregar as palmas das mãos e os dedos furiosamente sobre as marcas. Quando vejo que não dá para remover a maior parte delas, pego sua camiseta branca e puxo-a para limpar-lhe o rosto. Ele fica lá, de pé, respirando mais pesado do que quando vai lutar, olhando para mim como se estivesse me pedindo alguma coisa, por mim, enquanto pacientemente me deixa limpá-lo.
Meus dedos tremem. Seus olhos são brilhantes nas sombras da suíte enquanto esfrego, mas eu
ainda não consigo tirar o batom, e não posso suportar isso.
Eu lambo o dedo e, em seguida, esfrego saliva nas marcas de batom e depois começo a passar a camiseta sobre as malditas manchas.
Christian fica frustrado e enfia os dedos na boca, e depois começa a esfregar nos mesmos lugares que eu, os dedos batendo enquanto passamos saliva por todo o queixo. Levanto a camiseta de novo e esfrego mais uma vez, quase sem fôlego quando a mancha finalmente começa a sair.
Só paro quando não há mais nada, só o maxilar duro, um pouco cru, meu corpo em chamas com a necessidade e meu coração em chamas de amor, cada centímetro de mim ardendo de ciúmes. E eu agarro seu cabelo e me inclino para dar um beijo ali mesmo, onde estava o outro beijo, tentando desesperadamente apagar qualquer coisa que tenha estado ali antes. E coloco outro beijo ali, e mais um beijo onde outra marca esteve. Ele agarra meus quadris apertados à medida que arrasto meus lábios ao longo de sua mandíbula e cabeça, até sua boca, e eu o beijo rápido e quase como se não quisesse, e me afasto, sugando o ar e deixando escapar de novo.
Chris levanta uma sobrancelha.
– Pronto? – pergunta em voz abatida, e eu não acho que esteja respirando quando aceno com a cabeça afirmativamente.
Seu peito se expande conforme pega a camiseta manchada e a ergue em um único movimento,

fluido, jogando-a de lado.
– Você e eu vamos fazer amor agora. Nós não temos que esperar um segundo ... mais... pra
ficarmos juntos.
Arrepios correm por meu corpo e minha voz está crua de emoção:
– Não suporto ver o batom delas em você, Christian, não vou permitir que elas o beijem! E esta
não é uma loucura da gravidez nem são as minhas inseguranças! Eu disse há muito tempo que não vou compartilhar. Eu não vou compartilhar você.
– Shh, querida, eu não esperava que fizesse isso, e nem quero. – Ele tira o vestido esfarrapado dos meus ombros, deixando-o se espalhar debaixo de mim na mesa. Faz-me deitar e olha para mim enquanto me mostro a ele, com os joelhos dobrados para trás. Ele me toca em todos os lugares, as minhas pernas, meus braços, entre os meus seios, enquanto se inclina. – O treinador estava amarrando a faixa em minhas mãos, eu tinha meus fones de ouvido. Não vi ninguém chegando, até que estavam todas por cima de mim. Isso não vai acontecer de novo. Não beijei ninguém. Ninguém. A não ser a minha pimentinha.
Chris se abaixa até os meus seios e lambe um mamilo por cima do sutiã, deslizando o dedo sob o algodão branco e liso, descendo o tecido e prendendo-o por baixo.
– Vou lamber esses dois e vou chupar os dois e depois farei o que eu quiser com eles.
Meu coração bombeia sangue quente em minhas veias quando ele abaixa o tecido do outro lado e lambe o bico sensível, enviando raios de prazer em todos os lugares em mim. Meus seios estão maiores, pontudos, os mamilos mais escuros e enrugados e Chris fecha a mão sobre eles como se estivesse explorando novos territórios que lhe encantam. O som que ecoa do peito faz com que eu mesma emita um som, enquanto me contorço sobre a mesa de tanto tesão. Seus olhos se erguem até os meus quando ouve o som, e ele agarra meus quadris e me arrasta até a borda da mesa, minha bunda voando para fora da mesa, e ele desce e solta sua calça de moletom. De repente eu sinto o quanto ele está duro, a sua ereção pesada esfregando minha entrada encharcada quando ele se inclina para lamber os meus seios novamente, sua dureza aninhada no ápice das minhas pernas.
– Sensível?
Ele aperta um mamilo com o polegar, depois o outro, com as mãos ásperas, mas suaves. Eu
arqueio o corpo e gemo suavemente. Quero uma contusão, eu quero a dor, quero a dor na minha pele e em meus músculos como a dor de amor que sinto por dentro por ele.
– Sim – suspiro, e há um nó na garganta e as lágrimas de necessidade estão em meus olhos.
Ele toma os meus lábios em um beijo voraz, depois abaixa a cabeça e geme no meu pescoço.
– Ana.
Ele acaricia entre as minhas pernas e empurra o dedo no meu corpo quando vira a cabeça e
acaricia a minha língua com a sua. Minhas entranhas começam a tremer quando Chris recua para
observar como eu me contorço quando ele enfia o dedo em mim.
Vejo a necessidade crua em seu rosto, assistindo a mim, então ele levanta a mão e lambe seu
brilhante polegar molhado. Oh Deus, eu o vejo – primal e masculino, ainda com o charme de menino e aquele cabelo despenteado e louco, e começo a me contorcer e gemer, porque quero esse homem, eu quero, eu quero.
– Você não para, quer alguma coisa? – A necessidade mal disfarçada na voz de Chris me faz
tremer quando respondo:
– Quero lamber você como você me lambe. – E ele assente e se inclina e me dá a sua língua em primeiro lugar, então segura a parte de trás da minha cabeça e me aperta ao pescoço dele.
Molhada e ardente, sua pele é de seda sob a minha língua girando. Eu tremo quando vou para cima e agarro seu cabelo e engulo o lábio superior em minha boca. Ele tem o sabor de Chris, e tem o gosto de quem me deseja. Nós nos beijamos intensamente e minha respiração engata ainda mais. Ele rasga meu sutiã no momento em que mordo seu lábio inferior, e ele está respirando de um jeito profundo quando puxa para baixo minha calcinha e se afasta para me ver completamente nua agora. Seus olhos me seguem e me devoram. Ele vê os meus seios nus se empurrando para fora e eles estão mais cheios, e sei que ele os deseja. Chris fecha a mão em um deles como se estivesse me conhecendo pela primeira vez. Isto é o que ele fez com meu corpo. Isto é o que acontece com meu corpo depois dele.
Ele toca o meu outro seio, então de imediato fecha as mãos nos dois e os acaricia e começa a
brincar com eles, assistindo ao que faz com brilhantes olhos escuros.
Seu lábio está sangrando com a minha mordida no lugar que sempre se abre, e seu peito está liso com o suor. Protesto.
– Eu mordi você – digo.
– Basta colocar seus lábios sobre ele.
– Chris...
– Coloque sua língua sobre ele.
Ele se inclina de novo e cutuca os meus lábios com os seus, e eu lambo com suavidade, da mesma forma como um animal instintivamente limpa uma ferida. A forma como chupo aquele lábio sangrando é gentil. Christian arrasta o nariz sobre o meu e, em seguida, lambe meus lábios abertos. Eu o abraço e separo minhas pernas e as coloco ao redor de seus quadris.
A necessidade me atravessa, veloz, quando ele agarra minha bunda e me ergue no ar. Eu levanto minhas costas para ajudá-lo, e estou tão bêbada com o desejo que minha visão embaça quando ele me carrega alguns passos para o sofá.
Ele beija o meu pescoço enquanto me desce, então circula o polegar entre as minhas coxas

exatamente onde estou molhada, e eu gemo de forma suave.
– Você está pronta pra mim? – Sua voz desce sobre a minha orelha enquanto ele acaricia minhas dobras molhadas com os dedos. – Prepare-se para mim.
Ele empurra o seu longo dedo dentro de mim para me deixar mais úmida, mas estou tão encharcada que ele desliza facilmente. Eu me contraio e quase não consigo me impedir de gozar quando Chris esfrega dentro de minhas profundezas.
Ele desliza os lábios pelo meu corpo e dobra sua cabeça escura, a língua correndo sobre meu
clitóris, lambendo de leve quando me segura aberta pelas coxas. Eu aperto a parte de trás de sua cabeça, assistindo a esse homem fazer isso comigo. Em seguida, ele se ajoelha no final do sofá, agarra meus quadris e me arrasta para baixo mais alguns centímetros e começa a pressionar dentro, completamente. Quente. Mais duro do que qualquer coisa que eu toquei. Arqueio meu corpo e suspiro à medida que Chris enfia cada centímetro de si dentro de mim, meus olhos travados nos dele e os dele, nos meus. Ele fecha a mão em concha no meu rosto e arrasta o dedo pelo meu lábio inferior, puxando-o com amor, enquanto se mantém dentro, até ficar totalmente encaixado na parte mais profunda de mim.
Solto gemidos enquanto ele balança seus quadris.
Ele se inclina e beija minha orelha.
– Você sentiu minha falta.
Viro-me para beijar-lhe a boca, ofegando enquanto procuro inclinar meus quadris.
– Sinto como se nunca tivesse ficado tão molhada e inchada.
– Nunca estive tão duro assim.
Ele puxa para fora e depois coloca de volta para dentro, devagar e com prazer. Sinto que ele me separa, me abre, me toma, me preenche, e depois me deixa... Gemo baixinho e estou prestes a pedir-lhe para voltar quando ele faz isso... Ele penetra... Balançando dentro... Os músculos de seus braços, suas tatuagens celtas e seu A, todos ondulando quando Chris se move. Na terceira vez, ele prende meus braços acima da minha cabeça e empurra com mais força, o movimento empurrando os meus seios.
Eu grito e ele abafa com a boca. Respiro fundo, inalando o cheiro dele.
– Eu te amo... – engasgo.
Ele para em mim, respirando com dificuldade. Um som baixo, gutural vem do fundo de sua
garganta quando ele se vira e começa a lamber minha orelha, então desliza seus braços à minha volta, como se quisesse me proteger quando ele pega um ritmo que é rápido, determinado, cru e primal.
Estou quase chorando quando inclino meus quadris e viro a cabeça para a orelha dele, ofegando enquanto ele saboreia o meu pescoço, aperta meus seios, me fode duro e rápido.
– Oh Deus... Christian... Christian...

Ele apoia sua testa na minha conforme seus quadris continuam habilmente a balançar dentro de mim, então traz o polegar para cima e começa a acariciar meu clitóris enquanto seu pau se esfrega, duro e pulsante, dentro de mim. Eu me solto e me abro mais, tremendo de forma incontrolável enquanto ele toma a minha boca com seu beijo deliciosamente quente. Amor, desejo, necessidade, tudo vem através de mim, quando gozo e explodo abaixo dele.
– Tudo bem? – pergunta Chris, retardando seus movimentos ao mesmo tempo que eu permaneço gozando.
–Sim!
Cada centímetro de mim grita por ele. Arqueio meu corpo contra o dele e começo a ondular um
pouco, querendo mais, querendo ele. Ele rosna como se não conseguisse segurar e puxa para fora.
Em seguida, empurra de volta, indo mais fundo e com mais força, me segurando com um braço em volta da minha cintura conforme me mexo e ele me mantém no lugar com uma mão enquanto me penetra.
Só consigo gemer e digo:
– Chris.
Seus olhos estão me queimando quando arrasta a mão pela minha garganta, entre meus seios, então se inclina para me lamber mais uma vez.
– Minha – ele sussurra baixinho, lembrando-me.
– Sua, toda sua – respondo, enquanto meu orgasmo se forma de novo.
Ele aperta o nariz em meu ouvido, rosnando quando goza quente em mim, seu grande corpo tenso por cima de mim, um ruído gutural arrancando de seus lábios antes que ele grite de novo:
– Minha.
Depois que goza e me abraça por um minuto, ele me levanta nos braços, ainda dentro de mim, e eu dobro meu nariz em seu pescoço. Chris me carrega em torno da cozinha e pega duas maçãs verdes em uma das mãos, em seguida, dá uma para mim, levando-nos para o quarto principal.
Dou uma mordida enquanto nos acomodamos debaixo das cobertas, e ele morde a dele. Nós nos beijamos um pouco, e ele tem gosto suculento e delicioso de maçã. Chris termina a dele primeiro, então lambe o suco dos cantos dos meus lábios, e eu ofereço a minha maçã para ele, porque suspeito que ele ainda esteja com fome. Ele dá uma grande mordida sorrindo para mim, e eu viro a fruta e mordo no lugar onde ele mordeu antes.
Suas pernas se movem sem descanso sob o lençol, e sei que o meu ligado Chris não vai dormir
esta noite, mas se ele quiser fazer amor comigo a noite toda, que faça. Espero que sim. Mudo de posição para mantê-lo ainda dentro de mim enquanto nós dois comemos minha maçã, mordendo do lado oposto ao mesmo tempo. Rimos em uníssono, e eu digo:

– Agora o nosso bebê é do tamanho de uma ameixa.
– Ameixa?
Ele abre sua boca para que eu lhe dê mais maçã, e eu fecho meus dedos para moldar o tamanho de uma ameixa com a minha mão livre.
– Ameixa – repito.
– Tão pequeno... – diz ele com ternura, deslizando uma mão enorme na pequena curva da minha barriga.
– Tão pequeno.
Repito, me aconchegando em seu corpo grande e quente com um suspiro, ouvindo-o terminar a minha maçã e deixando-o lamber todas as gotas suculentas que caem na minha pele.


4 comentários:

  1. Eita Ana com ciúmes e Grey mesmo no estado que está percebeu que algo estava errado
    Só não sabia que era as marcas de batom nele que deixaram Ana ciumenta

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  2. Misericórdia......eita ciúmes doido

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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