LPA Capítulo 52

em domingo, 13 de março de 2022

 Capítulo 52



COMO DERRUBAR UMA ÁRVORE

Ana
Christian está absolutamente apaixonado pela minha barriga de quatro meses de gravidez. Está
começando de fato a aparecer e isso o excita. Não, mais do que o excita. Ela me excita também, eu amo a minha barriga de grávida! Eu me sinto incrível. Não há mais a náusea. E eu de alguma forma pareço “brilhar”, mas acho que isso tem a ver tanto com o bebê que ele colocou em mim quanto com a maneira que Chris faz amor comigo.
Ele mede minha barriga todas as manhãs com as mãos quando estou estudando meu corpo no
espelho de corpo inteiro do hotel. O que quer que ele esteja fazendo (saindo do banho, escovando os dentes), ele vem até mim para me examinar, seu olhar brilhando com orgulho quando ele olha e tira as medidas. Sua voz está rouca nesta manhã. Acabamos de levantar da cama e ele está nu atrás de mim, o seu grande corpo perfeitamente visível no espelho enquanto abaixa a cabeça escura para me acariciar.
– Você acha que está comendo o suficiente? – sussurra em meu ouvido, logo antes de me puxar para ele e descer os lábios para o oco na base do meu pescoço.
– Não vou começar a comer como você! – acuso quando me viro em seus braços e prendo os
dedos na parte de trás do seu pescoço, sorrindo para ele como a tola apaixonada que ele me fez. De brincadeira, começo a cutucar suas covinhas. – Nós estabelecemos que você tem problemas. Você só quer que todos saibam que estou grávida e fui possuída por você.
Ele me levanta fora de meus pés para que nossas bocas fiquem alinhadas e planta um grande beijo em meus lábios, me apertando.
– Isso mesmo!
Hoje na academia ele quer me mostrar como atirá-lo, ou mais especificamente, qualquer um que estiver me ameaçando, ao chão. Agora que estou andando e correndo um pouco, com total aprovação de minha médica, eu me sinto o máximo. Mas o que mais me faz sentir bem é o jeito que Christian olha para mim. Superproprietário, esta é a minha mulher, este é o meu filho. Li que é completamente normal sentir-se incomodada quando você está grávida, mas de fato eu não posso sentir o cheiro dele sem queimar por dentro com a necessidade de rasgar a roupa e pular em seus braços sensuais. Coisa
que eu tenho feito, pelo menos duas vezes por dia, para seu completo prazer masculino.
Seu lado negro não aflorou nos dois meses desde que cheguei aqui, mas está tramando algo com Taylor e Sawyer. O fato de que os três andam com tantos segredos me preocupa. Acho que tem a ver com Alayna, mas quando eu lhe disse “Chris, Alayna me enviou este bilhete. Ela não quer que a gente faça qualquer coisa a esse respeito e eu tenho que esperar até o final para falar com ela”, ele apenas riu e disse:
– Deixe isso comigo, tudo bem?
Mas não está tudo bem.
Estou assustada.
Nesta manhã, ele teve uma reunião estranha com Taylor e Sawyer na nossa sala de estar. Ele olhou para mim e me disse calmamente:
– Posso conversar a sós com os caras só por um momento?
Desde então, comecei a ficar preocupada com seus planos.
E esta é a única parte relacionada à minha gravidez de que eu não gosto. Ser tratada como uma imbecil, uma fraca e delicada florzinha.
Não, senhor. E hoje vou provar isso na academia quando eu, de fato, conseguir derrubar
Christian Grey – apesar de estar grávida.
Fico assistindo quando ele faz abdominais, sua respiração rápida e equilibrada, para dentro e para fora. Assisto quando faz três rodadas pulando corda e três rounds de boxe na sombra, diretos, ganchos, guarda, esquiva... O peito suado, a perfeição masculina, a intensidade com que ele trabalha me deixando abismada. O treinador grita com ele do banco, e Sawyer anota os tempos numa prancheta.
No momento em que Christian está encharcado e me acena para subir ao ringue, estou embebida numa espuma de luxúria completa e total.
– Pronta?
Balançando a cabeça, subo ao ringue com ele.
Estou vestida com um de meus macacões, com zíper no meio. Seus olhos me sugam nessa roupa e juro que eles me comem em todos os lugares que tocam. Ele puxa o olhar para os meus olhos.
– Pronta? – Sua voz está mais rouca.
– Você não tem ideia de como eu estou pronta. Vou chutar o seu traseiro e isso vai ser incrível.
– Chute minha canela primeiro, e depois a minha bunda. – Ele me puxa para mais perto, sua
respiração quente em meu ouvido enquanto ele sussurra: – A chave pra me derrubar é me tirar de meu equilíbrio. Se eu, ou qualquer um mais pesado do que você, estiver equilibrado, você nunca vai derrubá-lo.
– Tudo bem – digo, enquanto ele me deixa de lado, porque quem vai perder o equilíbrio com a
proximidade dele sou eu.

– Você chuta minha canela, eu perco o equilíbrio, então você me passa uma rasteira como fez da última vez e chuta a parte mais fraca do meu calcanhar. Veja como fazê-lo agora! Então me faça perder o equilíbrio e me derrube.
Borboletas nervosas levantam voo dentro de mim, e eu gemo e reviro os olhos.
– Eu me sinto como se fosse me machucar novamente. Você ainda é uma árvore, Christian.
– Com uma canela fodida – ele me chama, seus lábios curvados em diversão, as covinhas sexy e brincalhonas. – Vamos. Mantenha seu equilíbrio e tire o meu.
Eu olho em seus olhos azuis e brincalhões, enquanto meu coração sente uma tonelada de amor, sentado bem em cima de mim.
– Ferir você vai contra todos os meus instintos – digo de forma dramática, como se eu acreditasse mesmo que poderia fazer um arranhão nele.
– Você não vai me machucar nem um pouco – diz ele, rindo.
Então eu o agarro pela mandíbula e o beijo direto nos lábios antes de me afastar e esticar as
pernas.
– Tudo bem, meu orgulho diz que isso deve ser feito. E se você fosse Scorpion?
Ele faz uma carranca.
– Você vai derrubá-lo, baby, e quero dizer agora. Vamos, balance meu mundo, minha pimentinha.
Eu faço isso. Chuto a canela, colocando todo o meu peso nisso até ele dizer “ai”, então giro minha perna tão rápido que pego a parte de trás de sua perna e sinto que ele vai cair no instante em que o acerto. Mas ainda é Christian Grey, e ele, naturalmente, parece se estabilizar. Ele se planta de volta para cima, levando-me fora de equilíbrio quando faz isso. Deixo escapar um guincho quando começo a cair, e ele me agarra e cai de costas, impedindo a minha queda.
Ele ri quando ficamos em pé de novo.
– Você me deixou ganhar – acuso, estreitando os olhos.
Ele balança a cabeça.
– Não, você fez isso por conta própria – assegura Chris.
– Você é um grande e incrível mentiroso – digo, empurrando-o.
Ele ri e se senta reto comigo no colo, roçando meu rabo-de-cavalo na parte de trás da minha
cabeça.
– Não foi tão duro, foi? – pergunta, acariciando minha bochecha.
– Não – respondo, e em seguida digo baixinho para que só ele possa ouvir: – Mas você é.
Ele olha para a minha boca, e eu me mexo em cima dele. Chris abaixa a cabeça e me cheira, e
sinto arrepios correndo por toda a minha pele quando seu nariz se conecta com a parte de trás do meu pescoço.

– Você gosta de treinar comigo? – pergunto suavemente ao apoiar meus braços em seus ombros, ficando toda animada e excitada por causa de sua enorme ereção debaixo de mim.
– Hmmm... – responde Chris quando levanta a mão e agarra a parte de trás do meu pescoço. –
Gosto quando a gente treina assim...
Ele me beija suavemente e empurra a língua na minha boca, e eu sinto a eletricidade correndo de sua língua para todo o meu corpo. Ele está molhado do treino e seu gosto é quente e sedento, e me sinto ainda mais quente e sedenta ao apertar o peito, os músculos lisos e firmes quando me sento de perna aberta sobre ele.
Ele pega meu rabo-de-cavalo, segurando-me no lugar quando levanta a cabeça um pouco e com a voz rouca diz:
– Sawyer...
– Sim, eu aviso o treinador. – Sawyer não pode esconder o riso em sua voz quando ele traz mais algumas toalhas e bebidas antes de atravessar o ginásio em direção à saída.
– Christian... – repreendo.
Seus lábios se curvam deliciosamente nos cantos, enquanto os dedos baixam o zíper do meu
macacão e Sawyer grita para o treinador:
– Ei, treinador, temos que ir para que o cara possa ficar à vontade com Ana!
Eles desaparecem através das portas do ginásio, e depois que elas são fechadas, Christian
trabalha seus lábios acaloradamente no meu pescoço.
– Não é possível que alguma coisa seja tão bonita assim – murmura para mim conforme desliza
sensualmente a mão aberta ao longo da curva de minha espinha.
– Então é aqui que chegamos à parte do beijo, porque é quase impossível para mim tirar isso –
sussurro.
– Está saindo – diz ele, me lambendo.
Ele beija a minha boca e prende o meu pescoço enquanto me beija. Então usa a mão livre para
abaixar o zíper do meu macacão. Começo a me contorcer e gemer, porque nós nunca tentamos isso comigo vestindo algo tão complicado.
– Ele pode sair, mas não facilmente.
– Vamos abrir espaço pra mim – murmura em meu queixo Chris, excitado, ao mesmo tempo que desce a mão entre as minhas pernas e puxa um pouco do tecido em cada coxa, a seguir puxando e rasgando o macacão na costura. Sinto o ar entrar pela abertura e pelo centro de meu ser, então ele enfia a mão por dentro do rasgo e diz: – Segure no meu pescoço.
Então ele manobra para rasgar e puxar a calcinha que estou vestindo. Ele puxa pelo rasgão, os
olhos brilhando, e uma onda de excitação me varre como uma tempestade.

– Oh, por favor.
Trazendo a cabeça dele de volta para a minha, tomo seus deliciosos lábios, meus quadris
balançando desesperadamente por ele.
Chris levanta-me por um segundo, em seguida tira as calças de moletom e me traz de volta para baixo com uma mão no meu quadril, aquela mão solitária forte o suficiente para me baixar e me empalar nele. Enorme, quente, duro. Meu. Eu gemo e lambo seu pescoço, perdida enquanto minhas paredes se abrem para pegá-lo. Ele agarra minha cabeça e beija a minha boca com mais força. Ele está se mexendo, amando, me erguendo e me abaixando com uma mão apenas, a outra na parte de trás do meu pescoço, segurando e prendendo enquanto me beija com sua boca forte e autoritária, abrindo e provando, afastando e provocando.
Gozo depressa e com força, e seus braços me apertam como tornos enquanto minhas contrações ondulam através dele. Ouço quando rosna baixinho enquanto me deixa ordenhá-lo. Então me levanta e me leva através do ringue, me descansando sobre as cordas. Um de seus braços me protege, sem que tenha saído de dentro de mim por um segundo. Chris começa a se mover novamente. Gemo baixinho. Sinto-me como se estivesse flutuando, suspensa no ar por um fio e seu braço, a única ligação em meu corpo com seu braço e seu pau em mim. Meu rabo-de-cavalo cai atrás de mim, minha garganta arde e ele está lá para devorá-la. Gemo mais uma vez quando ele se mexe e tento afundar meus dedos em seus braços inchados, sentindo os bíceps flexionar e contrair quando seu corpo me penetra.
Não falamos. Nós não precisamos falar com palavras, falamos assim. Levanto minha cabeça e
começo a morder e lamber Chris, e a ofegar quando ouço sua respiração, quando flexiona seus
músculos e se mexe, quando ele se move dentro de mim até que eu goze de novo. Ele nunca, nunca goza antes de mim, Christian espera, me prepara, me observa. Seus olhos escurecem quando me vê gozar agora, então sua mandíbula funciona e seu corpo endurece quando mergulha fundo e mantém-se lá, e é aí que ele explode, quando está inteiro lá dentro, e passo os braços ao redor dele, abraçando-o dentro de mim, ondulando e me agarrando a ele.
Em vez de nos liberarmos agora, intensificamos nosso aperto quando terminamos.
– Fique dentro de mim – imploro.
Estou recuperando o fôlego, minhas unhas arranhando seus ombros.
Ele me puxa para mais perto e afunda a cabeça entre meus seios e respira forte, como se minha pele fosse o seu ar, então morde de leve o topo do meu peito.
– Quero viver em você – ele me diz em sua voz rouca e suave que me faz derreter, e me agarra
mais apertado e me lambe, sua mandíbula áspera em minha pele. – Deus, eu quero morrer dentro de você.

Meus ossos parecem ficar líquidos no meu corpo, mas mesmo relaxada, sinto aquela pressão de
toda a sua energia trabalhando na minha.
– Você é tão possessivo, sei que vai me levar com você.
– Eu nunca iria machucá-la.
Rio baixinho.
– Não vai ser sua escolha. Vai me levar com você porque eu vou pra onde quer que você vá. Você vai ser o meu fim, Christian Grey, mas essa é a maneira que eu quero ir.
Seu rosto se contorce de dor enquanto ele arrasta a parte de trás dos seus dedos ao longo da minha mandíbula.
– Não, Ana. Eu vou te proteger, mesmo de mim.
Nós nos olhamos por um momento, e a determinação em seus olhos para me proteger só me
assegura que, aconteça o que acontecer, a minha vida será sempre entrelaçada com a dele, para o bem ou para o mal. Vou andar ao seu lado, correr, lutar, nos agarrar e perseguir seus sonhos, que já se tornaram os meus.
– Como você disse, eu vou te amar mesmo se isso nos matar – sussurro ao acariciar seu rosto. – Nós todos morremos. Prefiro morrer amando demais a você.
– Baby, eu sou o único que vai te amar demais – diz ele me apertando, me fazendo rir em
felicidade completa e total.
– Chris... Onde é que vamos ter o bebê?
Ele se endireita e me levanta em seus braços, com as minhas pernas ainda fechadas em torno de seus quadris à medida que atravessamos o ringue.
– Onde você quiser. Vai ser fora de temporada, então posso levá-la para qualquer lugar que
escolher.
– Estava pensando que eu poderia manter meu apartamento. No início, não estava a fim de renovar o aluguel. Mas pode ser inteligente ter um lugar para cobrir todas as possibilidades. E tenho um quarto vago onde costumava fazer ioga e que poderia se transformar no quarto do bebê. Kate está louca pra decorá-lo...
Chris nos senta no banco no canto do ringue, onde uma cesta de toalhas e bebidas nos espera. Pega uma toalha e me ajusta em seu colo enquanto lentamente começa a me limpar, seu rosto calmo e relaxado.
– Vou pedir a Taylor pra renovar seu contrato por mais um ano, enquanto procuramos alguma outra coisa – diz ele. – Você pode usar o cartão que eu lhe dei para comprar qualquer coisa que quiser.
Dobro um braço ao redor de seu pescoço e cutuco uma covinha escondida.
– Então, sou sua namorada e sua funcionária? Oficialmente?

Ele agarra a parte de trás da minha cabeça, vira meu rosto quase até o teto, e lambe debaixo do meu queixo até a minha boca, engolindo-a com a dele.
– Oficialmente, você é minha.
* * *
– O que acha, vamos pela rotina de todas aquelas vacinas, ou vamos procurar um médico que
trabalhe conosco de forma diferente? Há muitas provas de que as vacinas podem ser a causa de autismo – digo a Christian uma noite.
Estou comendo toneladas de legumes e verduras. Li que os vegetais de cores diferentes oferecem diferentes antioxidantes. Vegetais verdes fornecem alguns diferentes do que as verduras roxas e alaranjadas, então como um arco-íris a cada manhã, de tarde e de noite. O melhor para o bebê de Christian.
Além disso, o abacaxi é a fruta do momento. É tudo que eu quero comer. Assim que chegamos a cada local, Christian ordena a Gail para trazer todos os abacaxis orgânicos que ela puder
encontrar. Misturo com bananas para fazer smoothies. Como com pimenta caiena. Gail faz salteado para mim, com pequenos pedaços de peru. Estou uma doida por abacaxi e Christian se diverte muito por causa disso.
– Eu diria que é uma menina – Gail me disse ontem – porque você está desejando doces. Mas
você parece muito bem. Quando você tem uma menina, ou pelo menos, quando eu tive as minhas meninas, eu parecia uma merda.
– Por quê?
– As meninas roubam sua beleza. E o amor do seu homem. – Seus lábios se curvam enquanto ela estuda a minha barriga com olhos estreitos e curiosos. – Mas eu não trocaria minhas meninas por nada no mundo. Você já fez aquela coisa da corda com um anel?
– Não – respondo.
E ela mostra como você enrola uma corda em torno de um anel e segura sobre sua barriga e
observa se ele faz círculos para um menino ou linhas para uma menina. Parecia bobo, mas, é claro, agora eu deito nua na cama e seguro o anel que tomei emprestado de Gail sobre a minha barriga.
Christian está jogando xadrez em seu iPad, as costas de nossas cabeças pressionando uma à outra enquanto ele faz o seu negócio e eu faço o meu. Em poucas semanas estamos indo para Austin, e sei que isso está começando a deixá-lo inquieto, porque ele não está dormindo muito.
Fico de fato maravilhada com a forma como ele usa o xadrez para se centrar. Todas aquelas noites em que ele estava inquieto antes e pegava seu iPad, descansando-o em mim, eu não tinha ideia de que ele jogava xadrez.

Agora, eu amarro o anel falso em um fio quando ele me diz:
– Vamos chamar um médico de quem gostarmos e fazê-lo trabalhar com a gente no nosso
calendário de vacinação. – E eu aceno quando finalmente consigo pendurar o anel na minha barriga e assistir a seu movimento.
– É um círculo ou uma linha? – pergunto.
Ele para de jogar e coloca o iPad de lado, virando-se para olhar. Eu acho que é um menino,
porque a barriga está baixa e estou dormindo do meu lado esquerdo, e meu cabelo está encorpado e brilhante, mas não tenho certeza de que essas lendas das velhas viúvas são verdadeiras...
– Está fazendo as duas coisas – respondo a mim mesma, rindo. – Que fiasco!
E solto um guincho quando ele me agarra pelas axilas e me arrasta para mais perto.
– O que você quer que seja? – pergunta Chris, espalhando-se por cima de mim e colocando
uma mecha solta atrás da minha orelha.
– Qualquer coisa. Estou muito curiosa para saber.
– Você pode saber – ele me diz, beijando a ponta do meu nariz. – Vou levá-la a um médico para que você possa saber, mas eu não quero.
– Por que não quer saber? – deslizo meus braços em torno dele e olho em seus olhos azuis. – Você tem medo de amá-lo muito, muito, antes mesmo de conhecê-lo?
– O que quer que eles digam, não vai ser real até que eu segure o bebê.
Ele deita de costas e me puxa para o seu lado, então coloca a mão na parte de trás da minha cabeça e ajusta o meu rosto contra o pescoço dele, e fecho meus olhos e lambo devagarinho do jeito que me ensinou que gosta. Ele é tão grande, ele ama tanto, ele luta tanto. Estou dando a Chris aquilo que ele nunca teve e provavelmente nunca sequer soube que queria. Ele tem medo de ter esperança...
No dia seguinte, ando pela lateral do ringue, observando-o bater o saco pesado. Tum tum tum tum.
Estou fazendo alguns alongamentos de ioga quando sinto um solavanco vindo de dentro de mim. Paro de respirar. Sinto isso de novo e fico completamente imóvel, e vem mais uma vez. Não é uma bolha.
Sinto como se algo dentro de mim estivesse me socando, assim como papai está socando o saco pesado.
Meu coração salta uma batida e fico de pé imediatamente.
– Christian. Chris! Christian Grey!
Ele oscila e para o saco que estava balançando com uma mão.
– Venha sentir isso!
Pego a luva dele, tiro-a e coloco a mão trêmula na minha barriga, meu coração acelerado. Vamos, bebezinho...
Christian franze a testa, perplexo. Ele chuta.

Chris semicerra os olhos e aperta a mão mais perto, seus olhos passando rapidamente até os meus.
– Isso é...?
Concordo com a cabeça.
De repente, ele me abre um sorriso branco, suas covinhas mais fundas do que jamais vi, os olhos mais azuis do que o mar do Taiti enquanto baixa a cabeça como se estivesse pronto para conversar com o bebê.
– Diga a ela pra fazê-lo novamente – ele sussurra.
– Ela não presta atenção em mim. – Meus lábios formam um sorriso quando dou uma cutucada
nele, brincando. – E é ele. Porque meu cabelo está brilhante e estou com a barriga baixa, acho... E ele tem um belo soco. Talvez se você pedir a ele de modo educado, ele possa lhe mostrar outros de seus movimentos.
– Chute para o papai e vamos em frente! – grita o treinador do outro lado do ginásio.
Chris sorri para mim e Sawyer se aproxima, todo preguiçoso naquela arrogância de surfista-boy.
– Ele se mexeu? Jesus, tenho que sentir isso – ele estende a mão.
– Não toque – Christian rosna, batendo a mão para o lado.
– Cara, ela é como uma irmã...
– Tire as mãos, Sawyer – adverte, empurrando-o de lado com um braço.
Sawyer libera uma grande gargalhada, enquanto Christian me puxa mais perto com uma mão e
mantém a outra espalhada no meu abdômen, nossos olhares se segurando enquanto esperamos como dois tontos o bebê se mexer.
Quando o bebê chuta novamente, ele começa a rir. E estou tão cheia de amor que vou abraçá-lo.
– Isso é real o suficiente pra você? – pergunto, o sorriso dançando em meus lábios enquanto
inclino a cabeça para ele, minhas narinas pegando o delicioso aroma de sabonete e suor agarrado à sua pele.
– Isso foi surreal, porra – ele sussurra, os olhos vivos de alegria, e, como se fosse uma competição de velocidade, beija a minha testa, meu nariz, meu rosto e meu queixo, então me agarra pela cintura e me arremessa no ar, um grito de alarme me escapando quando ele me pega.
– Christian Grey, você é o único homem que arremessa sua namorada grávida no ar desse jeito!
– Ela é uma pequena pimentinha e adora isso! – Ele me atira para o ar novamente.
Naquela noite, pela primeira vez, tocamos uma canção para o bebê. Chris coloca seus fones de
ouvido na minha barriga e toca “With Arms Wide Open”, do Creed.
A canção conta ao bebê como Chris vai lhe mostrar o mundo e recebê-lo “de braços abertos”, e
juro que posso sentir o conforto do bebê, enquanto seu sexy e bonito pai se estende ao meu lado e começa a me beijar.

– Será que ela foi fisgada? – pergunta ele entre esses beijos suaves enquanto ouvimos a música tocar em minha barriga.
– Com certeza, porque afinal tudo se trata de você – provoco, segurando seu queixo com as mãos.
Ele ri.
– Tudo se trata de mim?
– Tudo isso. Tudo. Toda a minha vida – respondo com um toque dramático que torna óbvio que estou exagerando, mas seu sorriso é tão deslumbrante e enorme, o seu grande ego de leão tão grande no quarto, que dou um tapinha no queixo e rio, e por alguma razão, tenho que dizer isso de novo, só para ficar olhando para aquele grande sorriso largo no rosto. – Sim, Chris, é realmente tudo sobre você.


5 comentários:

  1. Vou colocar os três num potinho ❤️💞

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  2. Ele acha que é uma menina e Ana acha que e um menino 🤭🤭🤭🤭
    Quem será que tem razão

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  3. fofo como ele acha que não é real ...enquanto ele não pegar o bebe nos braços

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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