LPA Capítulo 50

em domingo, 13 de março de 2022

 Capítulo 50



A ESPERA TERMINOU

Ana
Ela me deixou uma mensagem.
No meu quarto, na noite que Christian partiu, eu descobri um bilhete debaixo do meu travesseiro.
Não é o que você pensa. Eu estarei de volta após a temporada. Eu tenho que fazer isso. Por
favor, não venha atrás de mim!
Que porra é essa?
Dizer que estou aturdida nem sequer começar a descrever a minha reação ao bilhete.
Não consigo parar de lê-lo. É como se quisesse ler algo escondido entre cada uma das letras
rabiscadas, mas não há nada.
Mamãe e papai vinham agora diariamente, dizendo que a Alayna é isso, a Alayna é aquilo. Eles estão acostumados a que ela seja leviana e irresponsável, mas desta vez estão muito preocupados com o que lhes disse. Meu palpite é que a única razão pela qual eles não estão completamente malucos é porque, antes de Chris ir embora, ele lhes pediu que garantissem que eu seria bem cuidada, e que ele faria com que Alayna voltasse para casa.
Meus pais sorriram radiantes. E eu?
Pedi licença para ir ao banheiro. Onde me sentei por um tempo, tentando respirar. Ainda não
consigo respirar bem, só de pensar em qualquer coisa, qualquer coisa, que tem a ver com Scorpion...
E Chris. Pensei em mostrar o bilhete a mamãe e papai, mas como posso somar mais alguma coisa à sua preocupação quando eles essencialmente não podem fazer nada sobre isso? Simplesmente não posso.
No entanto, quis mostrar para Kate.
– Que merda isso quer dizer? – ela pergunta quando mostro o bilhete no dia seguinte.
Ela olha para mim em confusão completa.
– Não sei.
– Vou te dizer o que significa. Significa ... eu sou uma merdinha assim como você sempre soube que eu sou, mas se recusa a acreditar. Eu estarei de volta quando foder com você e com a vida do seu
namorado de novo. Não tente me impedir. Isso – diz Kate com raiva – é o que significa.
Mais uma vez, me lembro do que ela me disse sobre Scorpion, e lamento não ter prestado mais
atenção.
– Se ela voltou pra Scorpion, então Scorpion é o que ela merece – Kate bufa.
Sentindo-me tão confusa sobre o bilhete como no primeiro momento que o li, solto um suspiro e falo com a outra mulher na sala.
– Prescott, você quer alguma coisa?
Ofereço à minha guarda-costas interna, a “mulher-macho” que Kate havia dito que vinha nos
seguindo antes, no dia da luta. Na altura eu ainda não sabia que Christian, aquele adorável e tonto possessivo, já tinha contratado alguém para me proteger. E Prescott é realmente uma mulher muito doce, mas grande e perigosa.
– Não, obrigada, senhorita Grey – diz ela em sua voz rouca, lá do canto, mantendo um olho para fora da janela e outro sobre uma revista.
Kate traz a mão para abafar uma risadinha.
– Você chama o Arrebentador de “senhor Grey”? – pergunta.
Prescott acena educadamente.
– Claro, senhorita Katherine.
– Annie, não posso acreditar que alguém chame o seu homem de “senhor” de forma alguma. Isso é para os caras engravatados. Será que as duas outras guardas femininas o chamam de “senhor” também?
Prescott assente, e Kate continua rindo alegremente.
Kendra e Chantelle são as outras duas guarda-costas, propositadamente femininas porque Chris
não colocaria um homem ao meu redor, mas elas estão sempre fazendo rondas fora do meu prédio ou em torno dos elevadores. Christian foi embora em um estado extremamente agitado por causa de Scorpion e Alayna. Malditos...
Taylor assegurou-lhe:
– Eles têm a sua irmã agora. Eles não precisam de Ana pra te foder mais, e irão fazê-lo através
de Alayna novamente.
– Não! Eu não vou permitir! – prometi. Mas não tinha tido mais notícias de Alayna até este bilhete estúpido.
– A raiva que eu sinto está além das palavras, Kate, além de qualquer descrição – digo a ela
enquanto guardo o bilhete no bolso novamente.
– Olha, sua franga, eu estaria fumegando. Alayna não merece que um herói como Chris apareça para salvá-la. PONTO FINAL. Ela quer o Scorpion? Isso então é o que ela merece.
– Kate, só de pensar o que ele fez no ano passado por nossa causa já fico doente. Não vou deixar
que Chris se machuque de novo por mim ou por qualquer coisa minha. Qualquer coisa. Nem mesmo pelo bebê!
Kate me abraça.
– Eu sei, só não fique nervosa assim, por causa do bebê.
– O senhor Grey é um homem de muita sorte – Prescott deixa escapar de sua cadeira, balançando a cabeça.
– Oh, Prescott, devia existir uma nova palavra pra definir o amor entre os dois – diz Kate,
empurrando seu cabelo loiro para trás e batendo uma unha bem cuidada em seus lábios enquanto estreita os olhos, pensativa. – Prescott, devemos dar-lhes um nome como Brangelina e todos os casais famosos. Ajude-me a pensar em um agora que você está lendo todas essas revistas de fofocas.
Que tal “Christasia”?
– Eu podia inventar “katyer” para você e Sawyer, que tal? – devolvo na hora.
Kate sorri e estatela-se perto de mim.
– Eu gosto de suas visitinhas. Ele veio todas as noites, e nós tivemos uma explosão de prazer. Mas ele tem uma coisa boa, Ana. Ele é leal a Christian de uma maneira incrível. Ele nunca iria deixar isso que tem por mim, e eu nunca deixaria minha vida por ele. – Kate suspira e deixa cair a cabeça para trás para olhar para o teto. – Então, acho que nós somos amigos.
– Com os benefícios.
Ela sorri descaradamente.
– Isso aí. – E então, pega a minha mão. – Mas eu quero o que você tem. Eu me apaixonei uma
centena de vezes na minha vida! Mas nunca como você. Então me pergunto se eu realmente caí de amores ou foi apenas um tropeção, sabe?
Sorrindo, cubro com a mão a pequena protuberância em minha barriga e agarro a mão dela com a outra.
– Aqui. Sinta isso. Esta é a pequena bolha que te falei... – E mesmo Prescott vem para perto.
– Será que o bebê está se mexendo? – pergunta a guarda-costas.
Concordo com a cabeça e pego a mão dela para colocar ao lado da de Kate.
– Acho que ele já está começando a aprender a se conectar. Mas não diga nada ao senhor Grey
ainda – provoco com a parte do “senhor”. – Quero que ele sinta quando eu tiver certeza de que é mesmo o bebê.
* * *
O décimo oitavo dia chega amanhã.
O décimo oitavo dia chega amanhã.

Eu não morri. Nenhuma tragédia ocorreu. Alayna não tentou travar contato e me colocou em uma posição terrível. Chris não surtou. Minha penitência acabou e eu vou para casa, para Chris.
AMANHÃ!
Com meu lindo bebê a salvo no meu ventre, acabando de passar pelo primeiro trimestre agora.
Sinto mil e um formigamentos dentro de mim quando arrumo as minhas coisas. E há um monte de coisas para arrumar. Então, sim, em última instância, me foi dado um cartão de crédito platina e eu estava me sentindo um pouco triste com a falta do meu homem. E com a diabinha chamada Katherine empoleirada no meu ombro enquanto passeamos pela Internet, cedi e acabei comprando um monte de coisas para o bebê e algumas coisas de grávida para mim. Quanto mais eu comprava, mais parecia que eu estava dizendo para as energias à minha volta: este bebê está acontecendo.
Então, eu tenho minúsculos sapatos vermelhos Converse, algumas roupas de bebê, só para uma emergência, e um macacãozinho escrito MEU PAI QUE ME FEZ. Também guardei meu superlivro que na verdade não é um livro, como expliquei a Kate, é a porra da bíblia das grávidas. Tudo isso foi enfiado na mala do bebê.
Estou colocando todas as minhas coisas de treino em uma mala separada, porque enfim serei capaz de correr um pouco novamente, e juro que para mim, correr agora se equipara a voar. Não vejo a hora! E junto com o meu traje esportivo, adiciono alguns jeans com aquela ridícula cintura de grávida, e mais ridículo ainda é que estou ansiosa para usar esses jeans em vez de minhas calças normais – e também tenho algumas blusas bem soltas.
Meu telefone toca enquanto continuo a fechar as malas e respondo ao ouvir a voz de Taylor.
– Ele está animado pra ir buscar você.
– Oh, Taylor, estou superpronta! – respondo, enquanto olho em volta do meu quarto, feliz por não ser obrigada a olhar para ele por um tempo, então guardo meus tênis de corrida no compartimento com zíper da mala.
– Mas quero dizer muito animado! – diz Taylor, pigarreando de forma significativa.
Ouço um grito no fundo, e uma voz gutural familiar dizendo:
– Porque eu sou o filho da puta do rei!
Eu paro de guardar as coisas e endireito o corpo, meus olhos arregalados.
– É ele?
– Ele! Está ficando agitado demais!
– Venham pra cá! Estou morrendo de vontade de vê-lo!
– A luta acaba hoje à noite, bem tarde. Mas antes de o sol nascer, vamos voar para aí.
– Esses filhos da puta querem um pedaço do Arrebentador, eles vão todos se afogar! – ouço ao
fundo.

Rindo em pura alegria, instintivamente envolvo meu braço em volta da minha pequena barriga.
– Ele já surtou, então?
– Ainda não, mas está chegando lá. Eu acho que está acumulado. Estamos surpresos de que ele tenha aguentado tanto tempo. Um aviso, no entanto. Vejo você em breve.
– Taylor, você, atente pra ele! Nenhuma mulher, Taylor.
– Você está brincando, certo? Elas poderiam rasgar a calcinha agora e ele não estaria olhando pra nenhum lugar, que não em direção a Seattle.
– Posso falar com ele? – pedi, e meu peito sente toda essa excitação.
Um momento passa, em seguida, sua voz profunda e gutural se derrama através do receptor e voa direto para o meu coração.
– Baby, eu estou tão ligado que vou chutar a bunda de todo mundo e ir buscá-la.
– Eu sei! – respondo rindo.
– Vou nocautear todo mundo que eles trouxerem, só pra você.
– E eu estarei esperando por você de manhã cedo, também!
– Tudo bem, fique firme, estou indo buscar você. Use um vestido para mim. Não, use algo
agradável e apertado. E o cabelo solto. Ou puxado pra cima, merda, isso me deixa louco também.
– Vou puxá-lo pra cima para que você possa levá-lo pra baixo – ofereço.
Ele arrasta uma respiração audível, e então há um longo silêncio, como se ele estivesse se
imaginando fazendo exatamente isso.
– Sim – murmura por fim, e posso ouvir a concisão crescendo em sua voz.
– Sim? – E eu não soo melhor, agarrando o telefone.
Posso ouvir sua respiração se acalmar, e ele parece que está ficando mais áspero e suave, como faz comigo.
– Sim, faça isso.
Ele me derrete, e as vibrações em mim se recarregam de novo. Faço as malas o dia todo e depois tomo banho, experimento um milhão de coisas para vestir, até alguns vestidos. Vejo como fica o cabelo preso e solto, e em tranças, e então escolho um vestido solto de linho branco agradável e sapatilhas, o meu cabelo no rabo-de-cavalo solto que uso quase sempre.
No dia seguinte, eu não acho que tenha me enfeitado tanto assim em toda minha vida, e mal posso ficar parada no conversível de Kate. Kate é uma das poucas pessoas que já decidiu que, mesmo que chova mais do que duzentos dias por ano em Seattle, os outros cento e sessenta e cinco valem para dirigir com a capota abaixada, e aqui estamos nós, com a capota abaixada em um dos dias bonitos e ensolarados daqueles 165, aguardando o jato pousar.
– Acho que o estou vendo – digo, apontando para o céu azul.

– Annie, você fica tão doce assim. É como se todos os seus muros tivessem caído e você fosse
uma adolescente de quinze anos completamente apaixonada. – Kate está se divertindo, os olhos verdes brilhando, seus óculos de sol empoleirados no alto da cabeça.
Eu não posso nem responder, porque duas rodas traseiras do jato estão tocando o solo, e o avião é tão branco e bonito, com listras com uma linha azul e prata correndo através de seu centro e que vão por todo o caminho até a cauda elegante, e só posso assistir ao jato pousar. A excitação faz a minha pulsação dançar enquanto enrolo os dedos na porta do carro.
– Eu me sinto como se não o visse há um ano.
– Estou feliz em saber que fui capaz de fazer seu tempo passar rápido – Kate diz sarcasticamente, e então ela guincha e me puxa para frente com um tilintar de suas pulseiras. – Abrace a sua motorista, eu trouxe você ao aeroporto, não foi?
Enquanto o avião taxia até o hangar onde estacionamos, eu me viro e a abraço com tanta força que quase a machuco.
– Eu amo você, Kate. Seja boazinha, e venha me ver em breve, sim?
– Eu vou, assim que terminar o projeto que estou fazendo. – Então ela me cutuca e acena com a cabeça para trás de mim. – Aqui está ele.
Eu me viro. O avião está estacionado tão perto que uma de suas asas está a menos de uma dezena de metros do carro de Kate. À medida que as escadas estão sendo puxadas para baixo por um dos pilotos, abro a porta do carro ansiosamente quando Kate grita:
– Suas coisas, menina boba! Ei, você não se esquece da cabeça porque ela está pregada no
pescoço.
Eu venho buscar minha mala, e quando me viro de novo, Christian está cobrindo a porta. Mil e
um sinos tocam animadamente dentro de mim. Sei que deveria ir buscar minhas malas no porta-malas do carro de Kate, mas quando ele desce, pulando três degraus de cada vez, eu corro. Parece que agora eu posso correr e corro diretamente para os braços abertos.
Eu guincho e ele me pega, me aperta e me gira no ar, rindo comigo. Então, olhamos um para o
outro, os meus seios arfando contra a parede dura do peito dele, meus dedos do pé ainda pairando a alguns centímetros do chão quando ele me segura em seus braços, e eu vejo como as pequenas manchas azuis nos olhos apanham a luz do sol quando Chris olha para mim, como ele quer me abraçar, me acariciar, me alimentar, e me comer, tudo ao mesmo tempo.
– Leve-me pra casa – suspiro ofegante, agarrando-se ao seu pescoço enquanto ele me abaixa no chão.
– O prazer é meu – diz Chris rouco, engolindo metade do meu rosto em uma grande mão. Sua testa cai para descansar na minha enquanto ele encosta seus lábios nos meus, e ouvimos Kate gritar:

– Chris, cuide dela! Ela meio que parece com um osso duro de roer, mas seu centro de chocolate derretido é para você, você sabe!
Ele ri e vai agradecê-la. Sawyer pula do avião e se dirige diretamente para Kate.
– Ei, amiga – ele chama.
Kate diz a mesma coisa de volta enquanto Sawyer dá um tapinha no ombro de Christian.
– Vou pegar as malas dela.
Assisto enquanto Christian volta para mim, seu corpo se movendo sinuosamente em seu jeans
solto e uma camiseta cinza que também deveria ser solta, mas que abraça todos os músculos certos da maneira correta, e eu não estou nem respirando mais quando ele me acolhe em seus braços e olha para mim com os olhos que faíscam três palavras: você é minha.
Ele me carrega para o avião como se fôssemos noivo e noiva e a porta do avião fosse a porta para a nossa nova casa. Gail grita e o treinador e Taylor começam a bater palmas quando ele me coloca no chão lá dentro.
– Ei, aí está ela – diz Taylor.
– Ooooh, Ana, você está tão linda grávida!
– Agora finalmente o meu menino vai poder manter sua cabeça nas lutas – resmunga o treinador, quase gemendo de alívio.
Com uma risada suave, chego mais perto para abraçá-los, notando que Christian mantém seu
aperto na minha cintura e tem dificuldade para me liberar para que eu possa fazer isso.
Sawyer sobe no avião depois.
– Porra, aquela garota é linda o tempo todo. E você também, Ana! Você brilha como uma
estrela!
Ouço um rosnado baixo atrás de mim, e eu acho que Christian já teve o suficiente de mim
abraçando todo mundo. Antes que Sawyer possa dar um passo adiante, Chris me agarra pela cintura e me leva, metade me carregando, em direção ao nosso lugar na parte de trás do avião, e sei que ele é extrapossessivo quando está surtado, então sossego e levanto a mão para amorosamente beijar todos os dedos machucados.
– Tudo bem, Chris. Ela está de volta, por isso, chega de atirar as coisas do hotel. Precisamos de
você totalmente concentrado – diz Taylor, no completo modo de negócios quando o avião começa a taxiar.
– Assim que nos registrarmos no hotel, preciso de sua bunda na academia. Eu quero ir pro inferno se deixar você enfrentar esse filho da puta despreparado quando a gente for para as semifinais – diz o treinador.
– Eu estou sempre no meu melhor, e ele está na merda do meu ringue! – responde Christian, mas
apenas metade dele está ouvindo, sua expressão ferozmente protetora enquanto ele me vê beijar cada um de seus dedos.
– Esse é o meu menino! Isso é o que eu gosto de ouvir – diz o treinador.
Chris volta sua mão na minha, de modo que o polegar pode raspar meu lábio inferior. Os olhos
preto-cinza líquidos varrem em cima de mim, e a expressão masculina de apreciação de seu olhar só confirma que este vestido de linho branco foi definitivamente a escolha certa. Estou grávida de três meses, mas, juro, o jeito que ele olha para mim agora me faz sentir como uma virgem.
Ele estende a mão e eu prendo a respiração em antecipação de seu toque, de sua mão quente e forte, os calos nas minhas bochechas. Não posso respirar quando sinto a parte de trás de um dedo solitário descer suavemente para baixo no meu queixo.
– Você tem pensado em mim?
– Não – brinco.
Ele sorri com indulgência e arrasta parte de trás desse dedo para baixo, para meu queixo, de volta para a testa e para desenhar a minha orelha.
– Tem alguém mais na sua mente?
Delirando com as faíscas inflamadas pelo toque de Chris, ainda consigo dar de ombros
misteriosamente. Ele sorri com indulgência de novo, como se soubesse que não há nenhuma maneira de eu poder pensar em outra coisa que não ele, o centro do universo e o rei do mundo.
– Você está cuidando bem do meu bebê? – pergunta em voz baixa, e descaradamente levanta a saia do meu vestido e desliza a mão para cima e mais para cima, passando por minhas coxas e a calcinha, e então podendo espalhar seus dedos no meu abdômen nu. – Ou você tem saído à noite com uma peruca e vestido de velhinhas?
A equipe lá na frente parece ter feito uma pergunta a ele, mas Chris apenas garante que o vestido esteja cobrindo as minhas coxas, enquanto mantém a mão lá dentro, e nem consigo pensar mais, porque o contato de pele contra pele tem mexido com meu cérebro. Ele sorri ternamente para mim como se soubesse o que está fazendo comigo. Em seguida, desliza a mão livre sob a queda do meu cabelo e começa a me acariciar. Um som de ronronar constrangedor escapa de mim, e eu ouço sua risada de resposta enquanto ele me observa. Dois meses de abstinência. De querer e de falta e de saudade. Agora todas as minhas células foram acordadas. Ele não está sequer tocando meus seios, que doem e parecem mais pesados do que nunca. Ele nem mesmo começou a tocar no meu sexo, que está molhado e apertado com a necessidade, mas, oh Deus, eu sinto prazer das raízes do meu cabelo até as solas dos pés.
Sua mão se mantém estável ao longo do meu abdômen, pele contra pele, mas as pontas dos dedos não param de massagear meu couro cabeludo enquanto ele mexe no meu rabo-de-cavalo, e sinto o toque de seus dedos em cada parte do meu corpo.

Seu peito se expande em uma respiração profunda quando ele abaixa a cabeça e toca seu nariz no meu pescoço, e eu noto que ele está me respirando. Uma necessidade quente e líquida me inunda e eu quase começo a gemer. Enrolando meus dedos em torno da parte de trás de seus braços musculosos, sob a manga de sua camiseta macia, respiro seu nome, e antes que eu possa terminá-lo, ele vira a cabeça para a minha e desliza sua língua entre a costura dos meus lábios. Oh, por favor, oh, oh.
O colo úmido de sua língua volta novamente. O prazer estremece ao longo de meu corpo quando meus lábios se abrem, ao passo que o meu corpo faminto grita para Chris me dar mais, me dar tudo o que eu quero e preciso agora, agora mesmo, por favor, agora mesmo.
Ele dá isso a mim, mas lentamente. Ele me saboreia, a mão se abrindo na minha nuca, seu polegar acariciando a fita do meu rabo-de-cavalo... Me matando aos poucos... Eu gemo e esfrego seus ombros enquanto ele abre meus lábios e mergulha para me provar, mais fundo e mais molhado.
Estamos nos mexendo tão devagar, é como se fosse um sonho. Então ele começa a devorar a minha boca ardentemente, saboreando cada centímetro que ganha com a sua língua. Prolongando a duração Chris se retira antes de mergulhar mais uma vez para me provar. O calor se derrama pelo meu corpo, ele está me deixando louca.
Ele desfaz o meu rabo-de-cavalo e se afasta para ver como o meu cabelo se derrama até os
ombros, e seus olhos, tão negros agora, me devoram. Ele está maníaco e com fome, mas parece tão feliz, quase aliviado de me ver, que posso ver dezenas de luzes brilhantes reluzindo na sua íris.
Chris desliza a mão para a parte baixa de minhas costas e me puxa para perto quando mergulha outra vez. Seu beijo fica mais áspero e minha cabeça cai para trás com o impulso. Gemendo, mexo a minha boca febrilmente sob a dele e não percebo que o estou agarrando até que sinto sua camiseta presa em minhas mãos.
– Sinto sua falta – suspiro na boca de Chris, que se move, e ele rosna baixinho e lambe meu
pescoço.
Cada beijo é fogo, subindo por meu pescoço até meus ouvidos.
– Hoje à noite, após a luta – ele me diz, sua respiração profunda e lenta, a minha rápida e forte.
Ele me aperta enquanto olha para mim, observando o sorriso atordoado em meus lábios.
– Seu desejo é uma ordem.
– Ordeno que você seja minha esta noite, minha para sempre.
Chris diz isso tão a sério que eu rio, mas ele não ri. Ele nem sequer sorri. Chris está olhando para mim como se estivesse esperando eu dizer mais uma vez, mesmo que provocativamente, que o seu desejo é uma ordem. Eu acaricio seu queixo áspero pela barba.
– O que você vai fazer comigo esta noite?
Ele respira no meu ouvido, me mordiscando suavemente.

– Beijá-la. Acariciá-la. Lamber seu corpo. Foder e amar você. Fazer você dormir comigo dentro
de você. – Ele move os dedos, grandes e fortes e marcados, no meu abdômen. – Você não se lembra de quem foi que colocou isso em você?
– Oh, eu me lembro. Isso me deixa fervendo, só de lembrar.
– E isso me faz querer colocar mil deles em você. Mas por que você não parece grávida de mim? Você está comendo bem?
– Sim! Por quê? - Eu me endireito quando ele retira sua mão debaixo do meu vestido. – Você quer que eu exploda? Você quer que todos saibam que estou grávida?
Ele se inclina para trás com os cotovelos sobre a parte traseira do assento, o movimento
delineando cada músculo debaixo de sua camiseta enquanto sorri deliciosamente e assente.
– Pra todo mundo saber que você me tomou e que sou sua? – insisto.
Ele balança a cabeça com um sorriso adorável, que sobe por todo o caminho até seus olhos.
– Minha bunda já está grande e as meninas são maiores também. E faz sentido que a minha barriga siga isso também.
– Acontece que eu gosto da maneira como as meninas ficam nesse vestido. E sua bunda está
suculenta.
– Então por que você não conta suas bênçãos? Tenho peitos grandes, uma bunda grande e uma barriga achatada por um tempo.
Suas pálpebras escorregam para baixo sobre os olhos enquanto me observa agradecido pelas
meninas, então um sorriso torce sua boca à medida que ele me puxa para perto.
– Venha aqui.
– Você tem um brilho diabólico nos olhos.
Seu sorriso se aprofunda na gargalhada.
– Venha aqui. Eu senti sua falta.
– O que o senhor está planejando?
Ele dá um tapinha em seu colo.
– Vou deixar você escolher.
– Entre ...?
– Música.
– Gostei disso.
– Beijos.
– Você está tornando tudo mais difícil.
– Amassos.
– Agora você está apenas sendo mau.

– Ou todos os anteriores.
Sem aviso, pulo em cima dele, que ri, me apertando instantaneamente.
– Te peguei agora!
– Você me pegou quando olhou pra mim – admito sorrindo e calmamente, como se o seu enorme ego de fato ainda precisasse de uma confirmação. – Na hora que piscou pra mim, eu estava acabada, Sr. Christian Grey... Namorado sexy, lutador assassino e pai do meu filho por nascer. Você definitivamente me pegou agora.


5 comentários:

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