Capítulo 40
O PRESENTE
Christian
Ela está enroscada em
mim, na cama, duas manhãs depois.
Ontem de manhã, estava quieta e com raiva de mim, mas esta manhã eu finalmente
a
acalmei, e ela está relaxada e nos meus braços. Seu cabelo escuro está
espalhado para
trás em seu travesseiro e ela está deitada de bruços, o rosto enterrado no meu
peito
enquanto eu, finalmente, respiro fundo.
Porra, eu me senti como um merda ontem, cada vez que respirava, sentia como se
estivesse afundando na água. Deixei que me socassem ontem na luta para que ela
parasse de me ignorar e me tocasse.
Ela não me tocava e eu não suportava.
Ela não teve escolha a não ser tocar em mim depois da luta.
Estava preocupada comigo, cuidando do meu lábio aberto até perceber que eu
tinha
levado os socos de propósito. Então ela ficou furiosa, me mandando ir tomar
banho para
que ela pudesse passar seus óleos em mim depois. Gosto de deixar que ela pense
que
pode me dar ordens. Mas desta vez não. Eu a carreguei para o chuveiro comigo e
disse
que ela me amaria mesmo se isso matasse a nós dois. Deus, eu sou tão guloso
quando
se trata dela.
– Você vai para o ginásio? – pergunto baixinho, massageando sua bunda com a
palma
da minha mão.
Ela nem se mexe. Pressionando suas costas e cheirando atrás da sua orelha,
passo
meus dentes na sua orelha, depois a língua, e meu pau fica duro na mesma hora,
e uma
olhada rápida para o relógio me mostra que dá tempo.
– Você é a coisa mais gostosa que eu já tive o prazer de olhar, tocar e chupar
–
sussurro, cheirando-a.
Ela suspira baixinho. Eu me forço a levantar e escovar os dentes, pego as
minhas
roupas no armário e enfio as pernas em uma calça de moletom. Ela ainda está
dormindo,
e eu ainda estou duro, então deixo a camiseta de lado e volto para a cama para
acordá-la.
Puxo o lençol para que o ar frio faça sua pele se arrepiar e eu possa lamber
toda sua
bunda arrepiada. Mordo uma bochecha, depois a outra, deslizando minha mão entre
suas
pernas para segurar sua boceta, gemendo quando meu pau começa a pulsar, mas
como
ela nem se mexe, eu franzo a testa e me afasto para olhar para ela.
Ontem à noite, ela estava cansada, ainda assim me deixou possuí-la. Estava
lânguida
enquanto eu a comia, deixando que eu a
virasse, chupasse, lambesse. Ela gozou intensa
e rapidamente para mim todas as vezes, seus olhos úmidos e sonolentos, olhando
para
mim enquanto eu dizia o quanto ela era gostosa, cheirosa…
Você está tão duro para mim, amo você dentro de mim, disse ela, arfando,
sonolenta.
Eu quero viver dentro de você, eu dizia repetidamente.
Ela suspirava e gozava, e depois da nossa briga, nada bastava para mim, então
depois
de relaxar por uma ou duas horas, eu a acordava, sentia seu cheiro e transava
com ela,
amando sentir como estava molhada.
Ela está dormindo tão profundamente agora que não consigo acordá-la. Passando
os
olhos por suas curvas, faço amor com cada centímetro de seu corpo com meus
olhos,
então puxo o lençol, cobrindo-a de novo, me inclinando para puxar o cabelo
escuro para
trás de uma orelha. Pressiono minha boca em sua orelha:
– Sonhe com nós dois. – Então, dou um tapa em sua bunda e me levanto. Salto no
lugar por alguns instantes para que o sangue saia do meu pau e volte para meus
membros e cérebro, então vou para a cozinha e encontro Gail preparando o café
da
manhã.
Taylor já está na sala de estar, vestido e segurando a chave do carro.
Pego uma barra verde e um shake de proteína, peço a Gail para alimentar minha
garota e saímos.
Não estamos nem a uma quadra de distância quando o telefone de Taylor toca. Ele
atende:
– Alô – e fica escutando, seu sorriso desaparecendo e seu rosto ficando mais
pálido a
cada segundo. Meus instintos ficam alertas. Meu coração dispara. Batendo mais
forte e
mais rápido.
ANA.
ANA.
ANA.
Taylor manobra o carro e joga o telefone em cima de mim enquanto acelera até o hotel.
A voz de Gail guincha pelo telefone antes mesmo que eu o coloque no meu ouvido.
– Volte para cá! Volte para cá, por favor! – implora ela.
Vejo tudo vermelho.
Antes mesmo que o carro pare, abro a porta e sigo para o elevador, meus
reflexos rápidos como raios. Taylor vem atrás de mim, e nenhum de nós diz uma
palavra enquanto aperto o botão do nosso andar repetidas vezes enquanto
subimos.
– CHRISTIAN! – grita Gail da porta quando saio do elevador com Taylor correndo
atrás. Passo por Gail e escancaro a porta para encontrar Anastasia deitada
imóvel no
chão, uma poça de água à sua volta, e soltando gemidos baixos e trêmulos.
E há… escorpiões! Cobrindo todo o seu corpo! Rapidamente, me aproximo dela,
agarrando e esmagando-os nas minhas mãos, um a um. Ferrões afundam nas palmas
da
minha mão, mas não sinto dor. Todos os meus sentidos estão fixos em Ana. Na
forma
como ela está chorando, na forma como
está tremendo, tudo que vejo me deixando meio
maluco. Jogo o último escorpião no chão e a puxo como um homem agarrando a vida
em
seus braços, e ela está tremendo e chorando enquanto eu me esforço para
respirar pelo
nariz, meu corpo tremendo com a necessidade de lutar e protegê-la, meu sistema
com
uma sobrecarga de adrenalina conforme uma fúria diferente de todas as outras
começa a
borbulhar nas minhas veias.
– Pronto, já te peguei – sussurro apaixonadamente enquanto enxugo suas
lágrimas,
apertando-a contra mim. – Peguei você. Peguei você.
Se eu perdê-la, acabou tudo para mim. Estarei acabado.
– Uma mulher veio e bateu. Ela disse que
Christian tinha encomendado essa caixa. – Gail
conta entre soluços.
Não escuto o resto do que ela diz. Aperto Anastasia mais perto do meu corpo e
inclino
para dizer na sua orelha:
– Eu vou matá-lo – prometo furiosamente para ela. – Juro por Deus, vou matá-lo tão lentamente
Taylor está golpeando os
escorpiões com uma frigideira e dizendo alguma coisa que
entra por um ouvido e sai pelo outro.
Estou ocupado demais passando as mãos pelos braços de Ana e olhando seu corpo
de cima a baixo, inspecionando a sua pele em busca de marcas.
– Onde eles picaram? Diga-me exatamente onde, e eu vou sugar todo o
veneno.
– Eu... Em t-todo lugar...– diz ela, me fitando impotente. Deus,
eu a amo e vou sugar
cada gota de veneno dela.
– Você não deve fazer isso, deixe-me dar uma olhada nela – diz Taylor ao se
aproximar.
Ela está tremendo tanto, não posso esperar, então balanço a cabeça e passo os
braços
com mais força em volta dela.
– Já te peguei, pimentinha, te peguei aqui em meus braços – sussurro. Ana se
agarra a mim com confiança, e mal posso acreditar que a deixo sã e salva na
minha
cama.
Raiva e impotência tomam conta de mim.
– Chris, deixe-me vê-la – insiste Taylor.
– Não! – diz ela gemendo, se agarrando a mim. – Não me deixe, não me deixe.
– Nunca – prometo em seu ouvido, meu coração batendo forte nas minhas costelas.
Nunca.
Preciso protegê-la. Preciso fazê-la melhorar. Preciso tirar o veneno do corpo
dela,
mesmo que seja a última coisa que eu faça.
– De acordo com o Google, eles são escorpiões-casca do Arizona.
Venenosos, mas não mortais. –
informa
Taylor enquanto pesquisa em seu telefone.
– Segure-se em mim –
sussurro para Ana, e quando ela segura meu pescoço com força,
levanto-a e atravesso a sala.
– Onde diabos você está indo com ela, Grey?– questiona Taylor.
– Caralho! Pro
hospital, seu merda! –
respondo, furiosamente indo na direção do
elevador. Vou levá-la ao hospital nem que seja andando, mas estou sentindo um
formigamento familiar no meu corpo, e estou começando a acreditar que posso até
ir
voando.
Taylor vem gritando atrás de mim:
– Cara, Gail chamou a emergência, vamos dar Benadryl a ela e tomar
um calmante.
– Tome o calmante você, Taylor. –
respondo.
Filho da puta.
Ana está quase tendo convulsões em meus braços. Não consegue se concentrar. Ela
foi picada por esses animais idiotas e eu preciso que cuidem dela.
– Estou uem – diz ela enquanto pisca confusa para mim. – Estou uem, Uistian…
A temperatura do meu corpo cai. Olho para ela, e ela não está apenas falando de
um
jeito que faz com que eu queira matar alguém, mas ela está olhando para a minha
orelha
como se fossem meus olhos!
– PUTA QUE O PARIIIIIU!
As portas do elevador se abrem e Sawyer sai.
– Tudo bem, o que está acontecendo? O treinador está à espera no
ginásio, Chris... –
Ele vê Ana nos meus braços e arregala os olhos.
– Escorpiões vivos – informa Taylor. – Venenosos, mas
não fatais, ainda bem...
– Eu não consigo uespiuar – diz Ana, olhando para a minha orelha de novo, como
se
esperasse que a minha orelha explicasse alguma coisa para ela.
Não consigo mais enxergar nada, minha visão está borrada de raiva e impotência
e eu
quero matar. Matar. MATAR.
– O veneno se espalha através do sistema nervoso, mas não entra na corrente
sanguínea. Tente manter a calma, Anastasia. Esses escorpiões-casca são otários
desagradáveis. Você consegue sentir as
pernas? – pergunta Taylor.
Ela balança a cabeça e solta o ar, e Taylor se debruça para inspecionar o mal
causado.
– Deixe-me ver isso… – Estendo o braço dela para que ele olhe as picadas, e eu
olho
diretamente nos olhos de Taylor.
– Vou matá-lo – digo a Taylor.
– Vai dar tudo certo, Ana –
informa Taylor, me fitando com cuidado e olhando dentro
dos meus olhos com um alarme crescente ao adicionar: – Eu tive essa experiência uma vez. Horrível, mas você realmente não
morre de um escorpião norte-americano.
– Tem uma nota! Virei a caixa e tem uma nota presa embaixo. – grita Gail.
– O que ela diz? – Taylor volta para a porta aberta da suíte, agarra o bilhete
e lê
automaticamente: – “Você me beijou. Agora você foi
beijada de volta pelo Scorpion. Qual é a sensação de ter o meu veneno em você?”
Minha testosterona vai às alturas. Meu coração dispara. Meu corpo contrai.
Adrenalina
corre pelo meu corpo e minha mente fica a mil por hora. Meu controle, minha
sanidade.
Eu vou matar o Scorpion, e quero
esquartejá-lo antes. Espalhar os seus dentes pelo chão.
Arrancar seu cérebro de dentro da cabeça.
Estou totalmente ligado.
Eu vou esquartejá-lo e me livrar dessa ameaça. AGORA!
Ana geme baixinho, e eu olho para ela pálida, assustada e trêmula, e minha
determinação assassina aumenta dez vezes em pensar em alguém, qualquer um,
mexendo com a minha garota!
– Taylor, eu vi os capangas dele no térreo. Acho que ele está aqui
no hotel – diz Sawyer.
– O filho da puta provavelmente está lá embaixo esperando Christian – opina
Taylor,
esfregando a mão no rosto.
– Oh, ele pediu por isso – grito. – Ele já está morto!
Vou matá-lo bem devagar. E dolorosamente. E vou enfiar uma banana de pólvora no
rabo dele E ASSISTIR ENQUANTO ELE EXPLODE!
Ana. Ela está tremendo. Está se segurando em mim, esperando que eu a proteja.
Ele conseguiu atingi-la na minha suíte de hotel! Nunca mais vou fracassar em
protegê-la.
Nada, nunca mais, vai machucá-la. Sou Christian Grey, o Arrebentador, e sou o
HOMEM
DELA, SEU PROTETOR, e vou cuidar disso AGORA. MESMO.
Com o coração fervendo, estou com a mão na nuca dela, e fito seu rosto, seus
olhos
vidrados e lágrimas na pele, e eu nunca estive mais pronto para cometer um
assassinato,
mas consigo falar calmamente com ela:
– Preciso fazer uma coisa exatamente agora. Eu amo você. Amo você
inteira, e vou voltar pra colocar você em ordem novamente, está bem?
Ela assente e estremece, e sinto que estou sendo cortado por dentro, porque eu
também não quero deixá-la, merda.
– Por que ela está tremendo assim, porra? – pergunto a Taylor enquanto a
carrego para
a sala.
Ele olha para mim como se pedindo desculpas.
– É o sistema nervoso que está sendo afetado. Ela sofreu várias
picadas, por isso vai ser doloroso. Enquanto a emergência está a caminho, vamos
dar-lhe Tylenol.
Tylenol, sim. Tylenol e assassinato. Meu corpo está tão ligado e só tenho uma
ideia na
cabeça. Eu me sinto como um robô que acabou de ser programado para matar, e o
fato
de ele ter machucado a minha pimentinha foi o gatilho.
Com o coração disparado, os músculos se contraindo, o sistema acelerado, eu a
carrego de volta para a sala e a coloco no sofá, cheirando a sua cabeça. Cada
minuto que
aquele filho da puta está aproveitando a vida, enquanto Ana está sofrendo, é um
suplício para mim. Cada picada que vejo em sua pele manda que eu vá machucar
quem
quer que a machucou.
Isso mesmo. Eu sou a Morte. Sou a maldita Morte e vou atrás dele agora.
– Estou indo esmagá-lo agora.–
digo a ela. Com todo o amor que sinto por ela, vou fazer
isso.
Estou indo para o elevador e escuto Taylor
gritar atrás de mim:
– Droga, ele está a todo vapor, Sawyer, vá atrás dele antes que ele
veja o Scorpion ou um de seus capangas! Gail, arrume algumas compressas frias e
espere os paramédicos. Precisamos pegar esse homem!
Ah. Eles não vão me impedir. Sigo para as escadas para que eles não me
encontrem no
elevador e desço vários andares.
Quando abro a porta de saída para o saguão, eu os vejo imediatamente. Ele está
bem
ali. Scorpion. Dois capangas. Ele está olhando para mim. Eu o encaro e fecho as
minhas
mãos em punhos.
– Você está morto, filho da puta.
Ele sorri.
– O público está esperando – diz ele.
A campainha do elevador toca à minha direita.
Sawyer sai e me vê.
– Chris – diz ele com cuidado, segurando a porta do elevador ao ver Scorpion e
seus
capangas. – Chris, não posso deixar que faça isso.
– Não me obrigue a quebrar você, irmão – aviso a ele, e é quando sinto a picada
atrás
de mim.
A escuridão me puxa, mas não vou ceder. Não vou apagar até que Scorpion sangre
até
morrer e Ana esteja a salvo em meus braços.
– Cara, você pesa uma tonelada! – Sawyer me endireita enquanto ele e Taylor tentam
me
levar para as escadas. – Bom trabalho, Taylor, aqueles cretinos nem viram você
atrás dele.
– Vão se foder – digo rosnando.
Vá todo mundo se foder. Eu. Taylor. Sawyer. Scorpion. Eu vou matar o filho da
puta no
ringue! Espero que seja uma luta de submissão, e que ele esteja tão orgulhoso
que não
se entregue e eu vou QUEBRÁ-LO! SEUS DEDOS. SEUS COTOVELOS. SUA FÍBULA. TÍBIA.
CRÂNIO. E, POR ÚLTIMO, SEU PESCOÇO.
Os rapazes estão arfando, subindo andar por andar, e ambos dizem para eu
aguentar
firme e eu só peço que eles me levem para Ana.
– Aguenta firme, cara – diz Taylor sem fôlego enquanto ajuda Sawyer a me levar
para o
quarto.
– Preciso ver a Anastasia – insisto.
Eles me colocam na cama e eu escuto Taylor dizer a Sawyer:
– Vá para o outro lado – e me pergunta o que vai fazer comigo.
– Ana – repito com raiva.
– Ela está vindo, cara! – diz Taylor, rindo da minha teimosia.
Eles colocam um travesseiro atrás de mim e eu a vejo. Gail está ajudando-a a
vir
para a cama, e eu olho preocupado para ela.
Minha garota. Deus, minha garota está machucada por minha causa.
– Tudo bem? – pergunto com a voz rouca.
Ela abre um leve sorriso enquanto deita
na cama e puxa a coberta sobre nós dois,
passando os dedos no meu cabelo.
– Mais do que bem – responde ela, os olhos brilhando com amor e compreensão.
Toda
a tensão no meu corpo vai embora quando ela fala comigo. Eu estava lutando para
não
sucumbir ao sedativo, mas a voz dela me libera e eu sucumbo a ela.
Eita homem apaixonado e protetor 😍
ResponderExcluirO Taylor e o sawer devia ter dado uma surra nesses caras😏
ResponderExcluirEle vai proteger ela custe o que custar
ResponderExcluirele se mata pra proteger a pimentinha
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