LPA Capítulo 41

em quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

 Capítulo 41



DEPOIS DO PRESENTE 

Ana

Ele está completamente agitado.
Dois dias depois do Presente, como agora o chamamos, está em todos os noticiários que o lutador
conhecido como Scorpion e sua equipe foram presos e acusados de danos a um quarto de motel
devido à explosão de fogos de artifício no seu interior.
Sim. Fogos de artifício.
Quando perguntei a Taylor e Sawyer o que aconteceu, apenas disseram que Christian nunca deixa uma
mensagem sem resposta.
– Ele poderia ter tentado algo que fizesse Scorpion ser chutado da turnê, mas claramente ele quer
acabar com isso no ringue.
Agora Taylor está recebendo algum tipo de dispositivo para me proteger durante a próxima luta, e
espero muito sinceramente que possa estar carregando um desses dispositivos em caso de eu precisar
me livrar de qualquer coisa relacionada a Scorpion.
O som rítmico de Christian socando o saco de areia ecoa no grande ginásio, e hoje todos nós podemos
sentir a magia.
Sempre sei quando ele está tendo um bom dia de treinamento, pois sua energia toma conta da sala.
Ele me inspira, inspira qualquer um nas proximidades. Seu fogo ilumina nossos fogos. É algo
palpável, como uma corda sibilante no ar. A energia de Christian é tão poderosa que posso cheirá-
la, saboreá-la.
O treinador ficou andando ao redor da área onde Christian está treinando, nitidamente tocado por
toda essa energia. Sawyer foi assistir nas proximidades, enquanto fica balançando no ar no estilo de
boxe nas sombras, e eu passei duas horas correndo em uma esteira de frente para Chris, recebendo
toda a inspiração do jeito que ele assume cada um de seus exercícios.
Agora estou me alongando nas linhas laterais. Meu corpo, ainda salpicado com marcas de picada
de escorpião, bem espalhado nos tapetes enquanto faço ioga.
Ainda me lembro de ficar acordada na noite das picadas, o pequeno jardim fora do nosso quarto
completamente escuro até então. Pequenas alfinetadas de dor correram por todo o meu corpo quando
de repente senti Christian me arrastar para perto de seu corpo e começar a passar meu próprio
remédio em todas as minhas picadas. Deus. E sua voz, tão preguiçosa, um pouco embriagada pelo
sedativo, mas oh, tão carinhosa e preocupada:

–Olhe pra você.
Respondi, sem acreditar:
– Olhe pra mim? Olhe pra você!
E nós rimos miseravelmente. Minha risada era realmente apenas um blefe, porque, francamente,
ele parecia preguiçoso e relaxado, sua agitação de fato não aparecendo, por causa do medicamento.
Ele não parecia nem um pouco lamentável, não do jeito que eu estava. Christian exala força. Mesmo
quando está dormindo. Ou quando está para baixo. Porra, um leão que dorme ainda é um leão.
Agora ele está se matando no ginásio, e eu estou na postura do cão olhando para baixo quando, de
repente, percebo que ele parou de dar pancadas. Desacostumada ao silêncio, levanto a cabeça e olho
para ele. Chris está olhando para minha bunda erguida no ar. Minhas entranhas fazem algo estranho, e
eu me endireito e lhe envio um sorriso. Suas covinhas aparecem para mim, então ele levanta seus
braços poderosos e começa a balançar de novo, batendo em seu saco de areia novamente e
novamente.
Amo o jeito como ele treina. Cada batida poderosa cai certeira e pesada, e seu belo rosto tem
aquele olhar calmo da concentração que acho tão sexy. Seus bíceps incham quando ele bate no saco
várias vezes, e ele fica tão focado no que está fazendo que o ouço rosnar às vezes, um som baixo e
profundo em sua garganta.
Paf! Paf! Paf!
O treinador está tendo uma de suas tardes barulhentas, e eu o escuto começar de novo:
– Não vamos aceitar merda neste ano! Não vamos dar nada de graça. Vamos tomar o que é nosso!
Christian não tem nenhuma resposta a não ser bater mais forte.
– Nós vamos precisar de um saco de areia mais pesado se vamos ser campeões, Sawyer – diz o
treinador, do lado oposto de onde Sawyer está agora tomando notas.
Adoro como o treinador Lupe usa a palavra “nós”, como se ele estivesse no ringue, lutando ao
lado de Chris. Pfft! Como se aquele homem realmente precisasse de qualquer treinamento.
– O que você quer dizer? – Sawyer grita de volta, sinalizando o saco grande e pesado que Christian
está esmagando com os punhos. – Esse saco de pancadas tem cento e vinte quilos, é o mais pesado
por aqui.
– Oscila demais! – grita o treinador, balançando a cabeça careca.
Sawyer ri e aponta um dedo em direção a Christian.
– Vamos mudá-lo para o treinamento de velocidade.
O treinador assobia e aponta o speedball, e Christian retira uma luva para que ele possa se
hidratar.
Sua camiseta cinza está colada ao peito, e o suor escorre pelo pescoço, seu torso e seus braços

tonificados, musculosos. Uma tatuagem celta espreita debaixo de sua manga quando levanta a garrafa
à boca, seu bíceps protuberante como uma montanha em movimento, e ele parece tão comível que os
bicos de meus seios ficam duros. Ele está nisso há tantas horas que quase posso sentir o calor de seu
corpo do outro lado do ginásio. Meus dedos estão coçando para trabalhar com ele, e nem mesmo
comecei a sentir o resto de meu corpo. Vamos apenas dizer que quando ele está negro, fico
particularmente consciente de suas “necessidades”. E mal posso esperar para satisfazê-las de um
jeito muito amigável.
Já estou formigando em antecipação quando uma vibração suave nas proximidades leva os meus
olhos para o meu celular, que coloquei ao lado da garrafa de água. Apanho e leio.
KATE: Estou tendo pesadelos com o que aquela besta fez. Já se recuperou daqueles
bichos?
ANA: Não. Ainda sinto as patas rastejando em mim. UGH! Mas não quero que Chris saiba
que Scorpion me ferrou desse jeito, não quero que esse animal consiga foder com as nossas cabeças
mais do que ele já fez. Mas me sinto uma merda. Assim, muito mal-estar. Vou para o segundo
banheiro o mais discretamente possível durante a noite e começo a vomitar!
KATE: Mas por que você não quer dizer ao Chris que o ANIMAL deve morrer?
ANA: Kate! Porque ele faria isso!
KATE: VAI, ARREBENTADOR! MATE O ANIMAL!
ANA: Não, Kate, eu tenho que lhe dizer que estou bem. Estou tentando apaziguar meu
homem das cavernas.
KATE: Não conheço nenhuma outra maneira de apaziguar os homens das cavernas senão
através de comida e sexo, e senti morcegos no meu estômago pensando em você “apaziguando”
um Arrebentador agitado!
ANA: Eu sei, é uma tarefa tão difícil!
😊 ❤️
KATE: Onde está minha amiga atleta, sua vadia! Sinto sua falta, por que não me leva pra
aí depressa?
KATE: Deixe que ele me mostre de novo o quanto ama você, trazendo para você sua melhor
amiga. Quero dizer, qual é o problema com ele? Ele já tem o que queria e agora se esquece de
impressionar você me levando até aí?
– Pare de olhar em volta e se concentre! Ela não vai a lugar nenhum, Grey – o treinador late
enquanto me despeço dela, então ouço o som que ele faz no speedball.
Thadumpthadumpthadump...
Hoje não estamos sozinhos no ginásio.
Duas ginastas estão treinando do outro lado agora, e meu estômago não ficou muito contente
quando as duas começaram a cobiçá-lo descaradamente. Elas assistiram a Chris pulando corda.

Depois, com os olhos quase pulando para fora das cabeças, elas o viram fazendo exercícios de
musculação e abdominais. Minha fera fica tão sexy treinando, as duas ficaram espiando durante toda
a manhã e a tarde. Uma delas até caiu de bunda por se distrair olhando.
E acho que o problema comigo agora é que, com cada mulher bonita que eu pego admirando Chris,
eu me lembro das groupies e prostitutas e fico mal do estômago novamente.
Expirando quando me inclino para a postura do cão na ioga, mantenho-me assim por um momento,
e depois passo para a posição de cobra – em que fico espalhada de rosto para baixo sobre a esteira,
com as costas e o pescoço arqueados para trás, e recebo um vislumbre dele no saco de velocidade.
Lá está Chris, todo socos e pancadas, uma propaganda ambulante para esportes e sexo, todos os seus
músculos quentes e em ação, socando poderosamente. Ele move os punhos tão rápido, a bola nunca
para de oscilar.
Chris está sem a camiseta agora, e posso ver como todos os músculos se contraem e relaxam. A
calça de moletom está baixa na cintura, me presenteando com um vislumbre de sua tatuagem de
estrela, Deus, ela me deixa louca. Começo a pensar sobre como a ereção de alguma forma sobe para
provocar, seu pau tão alto que cobre o desenho quando está totalmente de pé, e essa lembrança me
penetra e me aquece de uma maneira que eu não gostaria de ficar justo agora. Ciente de que meus
mamilos estão duros de desejo, aperto os olhos fechados por um momento.
Expirando, obrigo-me a deslizar e esticar as pernas para fora na esteira, primeiro uma e depois a
outra, e mais uma vez.
O treinador rosna:
– Está treinando ou xavecando hoje, Grey?
Girando a cabeça para trás, vejo Chris voltar para o saco, tomar posição, levantar as luvas e bater
tão forte que a única coisa que se pode ouvir no ginásio é o som de seus socos.
– É disso que estou falando! Quem é esse filho da puta que você está matando? – grita o treinador.
Minha pele formiga quando a voz de Christian explode no grito que ele dá de volta.
– Você sabe muito bem quem é!
– Quem é esse filho da puta que você vai enviar pro coma, caralho!? – o treinador continua.
– Ele é um homem morto!
– É isso mesmo! Ele pegou o que pertence a você! Mexeu com você! Mexeu com sua garota...
Christian ruge e bate no saco, fazendo-o cair ao chão. Ele o chuta e o saco vai para o ar antes de
colidir com a parede com um boom!
Sawyer ri quando chega perto.
– Você diria que ele está um pouco irritado, Ana? – brinca comigo.
Meu estômago se contrai quando Christian olha para cima e diretamente para mim. Seu peito

infla a cada respiração, os olhos fixos em mim, e me sinto um pouco nua sob aquele olhar. Eu
apostaria minha vida no fato de que, neste momento, Christian está me fodendo gostoso dentro de
sua cabeça.
– Daqui a duas semanas, Scorpion lutará nas mesmas noites que nós. Poderemos encontrá-lo. Está
nervosa? – Sawyer pergunta, examinando brevemente as ginastas enquanto fala comigo.
Só de ouvir esse nome sinto minha adrenalina inflamar e tenho vontade de correr para as
montanhas. Abaixo o rosto e faço a postura do pombo para abrir meus quadris, e depois troco as
pernas e repito o exercício.
– Sim, estou nervosa. Supernervosa, porque fico nervosa em todas as lutas, mas com esse idiota
por aí, fico dez vezes mais nervosa – reviro os olhos e Sawyer ri.
Parece que “fizemos as pazes” evitando estrategicamente falar sobre “isso”, mesmo que realmente
esteja morrendo de vontade de perguntar a ele e ao Taylor o que exatamente aconteceu. Mas eu gostaria
de saber mais?
Não.
Nós tínhamos rompido. Não tenho o direito. Ele nem se lembra, com seu transtorno bipolar, e isso
já passou. Acabou. Eu sou dele e ele é meu.
– Caramba, até eu estou nervoso, Ana. A mensagem de Scorpion foi bem clara – diz Sawyer com
um sorriso. – É dentro e fora do ringue. E a mensagem de Chris só disse ao desgraçado que seus dias
estão contados. Ninguém se mete com sua mulher.
Eu me endireito e olho para aqueles olhos tristes de surfista, e juro que vi alguma diversão lá. Por
isso ri, apenas ri. Porque, sinceramente, esses são homens adultos. Homens. Mas eles ainda são
como crianças. E quando olho pelo ginásio e vejo Chris, ele é o mais menino de todos, mais forte e
irresistível.
– Sawyer, você precisa me ajudar a ter certeza de que, não importa o que aconteça, Scorpion não
consiga mexer com a cabeça de Christian. Vocês dois, Taylor e você, precisam estar atentos para isso
também. Você está me ouvindo?
– Sim, senhora – ele diz, saudando como um cadete do Exército. – Agora vá ganhar o seu sustento.
– Ha-ha. Eu trabalho tão duro quanto vocês.
– Sim, mas não recebo o tratamento real que você tem.
– Porque você é um saco, e eu mando bem.
– Não vou nem responder a isso. Valorizo demais meu rostinho. – Ele sorri para algo além de meu
ombro.
Uma torre de músculos bem atrás de mim, puxando as ataduras de suas mãos.
– Eu ficaria feliz em quebrá-lo pra você – ele murmura.
– Prefiro um adiamento, se você não se importa.

Enquanto Sawyer vai ajudar o treinador a limpar tudo, Christian baixa seus olhos negros, e vejo
suas narinas se mexer como se ele pudesse me cheirar sem nem mesmo descer a cabeça, só de olhar
para mim.
– Pronta?
Ele fala naquela voz do tipo “fiz exercícios por horas e sou gostoso pra caramba” enquanto passa
os dedos na base de minhas costas, e não sou imune a nada disso.
– Nasci pronta – respondo, um pouco sem fôlego.
Não sei muito bem se ele está ainda naqueles momentos maníacos, mas estou bem consciente da
energia crepitante ao redor dele quando Chris está em seus dias negros. Ele é um poço de energia,
mas nos dias negros parece ser o dobro. Nós dois vamos para a pequena sala de reabilitação na parte
de trás do ginásio. E quando coloca a mão na minha bunda, eu não digo nada, mas sinto tudo. Então,
quando ele aperta, preciso de todos os meus esforços para não me virar e pegar sua bunda dura e
apertar aquela carne dura contra mim.
– Em cima da mesa, Arrebentador – ordeno.
Gosto de dar-lhe ordens porque ele me dá esse divertido olhar de “tudo bem”. Como faz agora,
como se estivesse extremamente entretido comigo. Ele se deita em cima da mesa, que é muito
parecida com uma mesa de massagem, no centro da pequena sala. Nas proximidades, há também uma
geladeira, para guardar os medicamentos e itens gelados que usarei depois para sua massagem com
gelo.
Ele se espalha com a cabeça virada para baixo, e sua temperatura corporal é tão alta após o treino
que posso sentir seu calor antes mesmo de tocá-lo.
– Você se sente bem? – pergunto, com o meu olhar na linha de sua coluna vertebral. – Algum nó
incomodando?
– Gostaria de colocar minhas mãos em você o mais breve possível – sussurra, e eu mordo o
interior da minha bochecha.
– Tudo bem, mas como se costuma dizer, primeiro as damas.
Ele geme.
– Não me torture, baby, quero comer você já.
Eu me inclino e dou um beijo na orelha:
– Não é tortura, tente relaxar.
Quero mesmo que ele relaxe, se concentre em seu corpo. Passo meus dedos em seus ombros. A
respiração assobia para fora por entre os dentes, e eu também seguro a minha, mas nosso contato faz
isso comigo. Expirando suavemente, eu me aclimato a ele e começo a massagear com os dedos. Ele
também se aclimata a mim e sei que ele está começando a relaxar quando geme baixinho.

Estamos tão ligados que não posso tocar sua pele sem sentir deliciosas ondulações se irradiando
através de mim. Às vezes me sinto como se estivesse absorvendo aquela fonte poderosa que faz
Christian Grey ser... Christian Grey. Cada centímetro do meu corpo torna-se consciente de seu
músculo e pele sob meus dedos e de tudo o mais ligado a ele. Da maneira como ele cheira agora,
cheiro de mar e sabonete e só ele. A forma como o seu peito se expande com seu esforço. A maneira
como seu cabelo está bagunçado e amarrotado e úmido.
Amo trabalhar nele com as mãos.
Este é o meu trabalho, mas este é também o meu amor.
E não consigo pensar em nada melhor do que isso.
Sinto cada músculo, um de cada vez, buscando o seu calor, cavando profundamente para que haja
um fluxo de sangue perfeito em cada parte de seu corpo. Eu massageio e separo a fáscia, amassando
os músculos com os dedos para fornecer uma boa nutrição naquela área. Quando o músculo se solta,
o seu sangue, maduro e com todos os nutrientes de seu modo de vida saudável, entra para ajudar a
reparar e fazer crescer aquele tecido.
Tendo o esfregado em ambos os lados, vou até a geladeira para que eu possa lhe fazer uma
massagem com gelo. Massagens de gelo são ideais para qualquer nó ou lesão, mas Christian adora
e eu lhe faço uma de vez em quando para acelerar a recuperação geral.
Há um copo de isopor já no congelador. Ele contém um bloco congelado de água, e eu esfrego a
palma da mão sobre ele, várias vezes, para suavizar o gelo e me certificar de que não vá ferir a pele.
Então passo o gelo sobre seus músculos, enquanto seguro a parte de trás do copo, quase como se
estivesse deslizando desodorante roll-on sobre sua pele.
Ele se deita e me deixa cuidar dele, seus feromônios masculinos agarrados à sua pele como suor,
seu corpo tão quente que o gelo imediatamente começa a derreter. Observo os filetes de água
descerem em zigue-zague, brincando junto às costas largas, e quando ele se vira, esses fiozinhos
fazem o mesmo na frente de seu peito firme.
Meus olhos seguem a água enquanto a minha mente nada nos pensamentos de lamber cada um deles
com a minha língua, especialmente os que deslizam em seu umbigo, aqueles que se enrolam em torno
de seus mamilos. Enquanto eu assisto e mentalmente começo a lamber cada belo centímetro dele,
Chris me vê trabalhar com olhos quentes e suaves, e de certa forma agradecidos.
– Adoro como você se exercita – sussurro.
– Adoro o jeito que você me massageia.
* * *
No momento em que subimos no elevador de nosso hotel, estamos ambos cansados, eu

especialmente. Ainda não me recuperei da merda do Presente e estou cansada o suficiente para pular
o jantar e ir direto para a cama.
Depois de oito horas de exercícios, Chris meio que expulsou a maior parte de sua energia negra.
Ele se inclina para trás contra a parede do elevador com um braço vagamente envolto em torno de
meus quadris, enquanto fico metade de pé, metade apoiada nele, descansando parte da minha cabeça
na lateral de seu pescoço.
– Banho frio, coma um boi, vejo você amanhã – diz o treinador ao descer em seu andar.
– Deixa comigo – responde Christian em voz baixa e poderosa.
– Boa noite, treinador – digo.
E assim que ficamos sozinhos no elevador, Christian abaixa a cabeça para me cheirar.
A pressão de seu corpo contra minhas costas é forte, os músculos quentes. Ele expira calidamente
na minha pele, então lambe a parte de trás da minha orelha, e uma sacudida elétrica me atravessa.
Ele, então, fuça seu caminho em toda a volta da minha cabeça, até a parte de trás da minha outra
orelha, e me fareja lá também. Meus mamilos se endurecem dolorosamente contra meu top e na
primeira lambida de sua língua em toda a volta do meu ouvido, a vontade explode através de mim.
Ele me tem encostada contra seu corpo enorme, e sussurra em meu ouvido em tom apreciativo:
– Eu vi você fazendo alongamento. Você estava fazendo isso pelo bem de seus músculos ou dos
meus?
Enquanto essas palavras correm por dentro de mim como uma carícia sexual, ele desliza uma mão
aberta na frente do meu corpo, e estremeço quando ele fecha a mão sobre minha calça de Lycra.
– Ana? Foi por sua causa ou minha?
Ele lambe e suga um ponto nu de pele na parte de trás do meu pescoço, iniciando um doloroso
tremor dentro de mim.
– Sua – digo gemendo.
Ele ri baixinho enquanto desliza a mão para cima.
– Gostou de ver me exercitando?
Sua pergunta rouca aciona cada ponto erógeno dentro de mim quando ele enche a palma da mão
com um dos seios por cima do meu top.
– Eu e o resto do ginásio – respondo sem fôlego.
Aí vem sua risada de novo. Sexy. Profunda.
Seus dedos sobem e descem pelo meu braço nu, causando todos os tipos de estragos em mim. A
lava se infiltra dentro de mim quando ele mordisca minha orelha e a puxa suavemente. De repente,
não posso suportar, giro em seus braços e, nossa, ele cheira tão bem que me sinto tonta.
Ele está com uma camiseta limpa, o corpo emanando calor como um vulcão em erupção, e apoio
minhas mãos no tecido macio para me preparar enquanto beijo seu pescoço, lambendo-o ávida e

desesperadamente. Seu gosto envia dores de desejo a lugares que eu nem sabia que tinha.
Ele rosna baixinho em satisfação e abaixa a cabeça para apertar minha boca na dele. Fecha a mão
na minha bunda e me aperta enquanto o elevador sobe o resto do caminho. Eu esfrego minhas mãos
em seu peito, sobre sua camiseta, e continuo provando dele.
– Chris – murmuro de novo.
Pressiono meus seios em seu peito e começo a me ondular, e ele ri baixinho no meu ouvido e
agarra minha bunda mais forte em suas mãos.
– Você me quer? – Ele estimula, o hálito quente contra meus lábios enquanto aperta sua boca na
minha.
– Sim...
Chris desliza a mão entre as minhas nádegas e, por trás, de repente, acaricia meu clitóris através
de minha calça. Meus joelhos quase falham.
– Você está molhadinha? – pergunta.
– Chris... – só consigo dizer isso, dolorida de desejo entre as pernas.
– Sua boceta está molhadinha? – ele pergunta no meu ouvido, sinuosamente mergulhando a língua
dentro dele.
– Sim. Oh, sim.
– Deixe-me ver.
Ele gira meu corpo de modo que nós dois estamos de frente para as portas, então enfia os dedos
por dentro da minha calcinha e me acaricia por um breve segundo, verificando minha umidade,
deslizando o dedo em minha entrada inchada, fazendo-me suspirar, balançar meus quadris e gemer,
até que ele diz, em um sussurro rouco e satisfeito:
– Hmmm.
Ping.
Hmmm...
É um som entre nós, e quando ele diz isso, significa que quer me comer.
Inteira.
Cerca de um milhão de células em meu corpo tremem com a necessidade, e minha frequência
cardíaca aumenta quando as portas se abrem. Ele me coloca no ombro e segura a minha bunda
enquanto vamos para a suíte, eu rio de surpresa com o movimento homem das cavernas e dou chutes
no ar.
– Gail vai chegar daqui a pouco – guincho, mas ele aperta minha bunda como se isso não
importasse e me carrega para dentro, mergulhando o dedo mais uma vez por trás entre as minhas
pernas, e por isso passando por cima do meu clitóris.

Minha boceta incha com a necessidade, e eu caio completamente imóvel, deixando que ele me
esfregue.
Meus olhos se fecham conforme ele esfrega e esfrega, seus ombros rígidos e fortes sob o meu
estômago enquanto ele me carrega.
– Oi, gente – diz Gail enquanto ele me leva para a suíte, e antes que eu possa responder, ele se
dirige diretamente para o quarto principal, dizendo por cima do ombro:
– Não estamos com fome ainda, daqui uma hora.
E bate a porta atrás de nós.


4 comentários:

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