LPA Capítulo 31

em terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

 Capítulo 31



DE VOLTA

Ana

Trinta e seis horas mais tarde, tinha deixado Alayna com meus pais, que continuavam a lhe perguntar sobre os crocodilos. A pobre Alayna vai ter que pagar por todas as suas mentiras, agora que está sendo questionada sobre a cultura indiana e a Torre Eiffel e outras coisas mais.
Kate me ajudou a embalar as minhas coisas e ficou um pouco chorosa quando se despediu de mim no táxi, mas eu dizia a ela:
– Não é para sempre! É sazonal, sua molenga! E vou chamá-la sempre!
Minha voz estava confiante, mas, sinceramente, nem sei como minha reunião ou entrevista ou que nome tenha vai ser esta noite. Só sei que estou indo para Chris, e meu corpo já se sente como um campo de batalha de desejo, medo, saudade, amor, necessidade e arrependimento.
Não tenho certeza sobre qual Christian vou encontrar esta noite. Tudo o que sei é que Christian Grey não é um homem com quem se planeje relacionamentos de longo prazo. Ele é um ímã para as mulheres, e tem um lado sombrio que não é controlado com facilidade.
Ele é a minha fera. Minha luz e escuridão. Meu.
Simplesmente não há outra opção para mim, exceto ficar com ele.
– Estamos muito felizes de ver você! Eu te abraçaria se não ficasse com medo de ficar sem meu pescoço mais tarde!
– diz Sawyer quando me vê na porta, e está sorrindo tanto que seus olhos tristes de surfista estão brilhando de alegria.
– Ei, pensei que estivessem pobres. Pobres não reservam suítes presidenciais – digo ao entrar e deixar minhas malas na porta.
– Pobres pelos padrões anteriores de Chris – diz Taylor ao carregar minhas malas para um dos quartos. – Ele gasta alguns milhões por ano, então, naturalmente, tem que continuar produzindo muito, mas ele vendeu a casa de Austin, e estamos trabalhando para conseguir alguns patrocínios.
Concordo com a cabeça e lanço um olhar saudoso pelo corredor nos quartos, perguntando se ele está aqui. Quando o pessoal me leva para a sala de estar, desisto e digo:
– Tudo bem, então, preciso saber se o Sr. Grey ainda está interessado em meus serviços. Como especialista em reabilitação.
– É claro – assegura Taylor, jogando-se no sofá e brincando com a gravata como sempre faz. – Ele quer se concentrar no que é importante. Ele quer você, e tem sido muito específico sobre não querer mais ninguém.
Dou risada, então fico séria quando ambos olham para mim como se eu fosse uma estrela cadente que pegaram.
– Gente – digo, revirando os olhos. – Não finjam. Ele está aqui? Ele mandou que me torturassem?
– Nunca! – os dois riem e Taylor se recupera primeiro, sua expressão séria.
– Ele andou por aqui mil vezes nos últimos dias. Chris saiu para uma corrida agora. – Taylor sustenta o meu olhar, sua voz caindo consideravelmente à medida que ele se senta e se inclina sobre os joelhos. – Sua carta, Ana. Ele leu mil vezes. Ele não vai comentar com a gente, nós não sabemos o que ele está sentindo.
O som de uma porta se fechando me atinge, e quando salto para os meus pés, minha respiração para.
Do outro lado da sala, coberto de suor, eu vejo a razão pela qual estou pronta a jogar tudo e a apostar tudo no meu amor. Meu coração fica parado por um momento, e então salta a toda velocidade, porque este homem faz isso comigo.
Eu corro até ele mesmo quando estou parada.
Seu cabelo está perfeitamente bagunçado, e ele está lá, o deus do sexo dos meus sonhos, o demônio de olhos azuis que se tornam negros dos meus sonhos. Ele olha para mim, depois para Taylor, depois para Sawyer, em seguida começa a vir para mim, seus tênis abafados no tapete. Posso ver as emoções evoluindo em seus olhos, começando com surpresa, uma pitada de raiva, e então pura necessidade.
Não sei quanto tempo fico olhando para ele, mas é por muito tempo, até sentir o crepitar da nossa química no ar como algo irreal e elétrico pulando entre nós. Seu peito sobe e desce, e uma necessidade desesperada para fechar a distância emocional entre nós faz meu peito doer.
– Gostaria de falar com você, Christian, se tiver um momento.
– Sim, Anastasia, eu quero falar com você também.
Seu tom seco não faz nada para recuperar a minha confiança rapidamente em fuga, mas o acompanho de perto. O leve cheiro de outono misturado com um cheiro de mar agarrado à sua pele me deixa terrivelmente quente, e estou quase vesga de desejo quando ele me leva para o quarto principal.
Chris fecha a porta e se vira para mim, e um fluxo de calor sobe por mim quando ele enrola a mão quente no meu pescoço e se inclina para me cheirar. Desfeita pelo gesto possessivo de seu nariz enterrado em meu cabelo, pego a sua camiseta e enterro meu rosto nele, ansiando por ele.
– Não me deixe ir, por favor – imploro.
Ele se arranca de meu aperto e me libera, como se estivesse irritado por ter me pego antes.
– Se você me quer tanto, então por que foi embora? – Ele me enerva enquanto me observa sentar no banco ao pé da cama, tem as sobrancelhas juntas e braços cruzados, ampliando sua postura quase ameaçadora. – Eu disse alguma coisa quando estava no estado maníaco?
Com uma súbita e vívida memória, lembro-me de cada momento incrível, e me aproveito de um:
– Você queria me levar para Paris.
– Isso é uma coisa ruim?
– E fazer amor comigo em um elevador.
– Sério?
– E me queria em minhas calças cor-de-rosa – admito, e um calor inesperado sobe pelas minhas bochechas.
Ele continua olhando para mim, com o rosto tenso de uma máscara indecifrável. Seus braços estão cruzados, apertados, como se estivesse segurando suas emoções furiosas, e estou tremendo porque não posso determinar se o olhar é de amor ou de ódio. Está simplesmente me consumindo. Me consumindo.
– Você esqueceu a parte onde nós tocamos uma canção um para o outro – retruca ele em um murmúrio silencioso, e a percepção de que ele provavelmente se lembra do jeito carinhoso que fez amor comigo depois provoca uma emoção ardente em meu peito que se espalha com rapidez pela minha garganta.
Prendo a respiração em choque silencioso quando ele pega a minha mão e leva meus dedos aos seus lábios.

Meu coração acelera quando fico no meu lugar, assistindo em deliciosa agonia enquanto ele vira minha mão na dele.
Chris olha para a palma da minha mão antes de se inclinar e colocar sua língua sobre a minha pele e me lamber suavemente. A vontade explode na minha barriga.
– Aquela foto me deixou muito irritado, Ana – diz, enquanto arrasta sua língua através dos nervos sensíveis no centro da palma da minha mão. – Quando você pertence a alguém... Você não beija ninguém. Você não beija seu inimigo. Você não mente. Nem trai.
Meus sistemas rugem de volta à vida quando os dentes arranham a palma da minha mão.
Minha voz estremece:
– Sinto muito. Eu queria protegê-lo, como você me protege. Nunca mais farei as coisas pelas costas, Chris. Não fui embora por causa de seu surto, só não queria que ficasse maníaco ou deprimido por minha causa.
Ele concorda de modo sombrio, me lança um olhar sedento e baixa minha mão ao meu colo.
– Então alguma coisa me escapou. Porque ainda não consigo entender por que, diabos, você iria me deixar quando eu mais precisava de você, porra!
A dor em sua voz atinge uma corda dentro de mim, e imediatamente meus olhos ardem.
– Chris, me desculpe! – choro miseravelmente.
Ele geme, agitado, em seguida puxa a carta que escrevi do bolso do jeans dobrado de qualquer jeito em uma cadeira no canto. O papel está amassado e meio rasgado no meio, de tantas leituras.
– Você queria mesmo dizer o que escreveu? – Ouvir sua voz densa, angustiada, faz meus pelos eriçarem.
– Qual parte?
Ele pega o papel e desdobra, batendo um dedo espesso nas palavras:
Eu te amo, Chris.
Amassa então o papel novamente, me olhando com raiva e desespero. Meu coração se contrai ao perceber que ele não consegue dizer as palavras em voz alta para mim.
Quem uma vez disse que o amava?
Eu disse.
Em uma carta.
Em mil canções.
Mas não em voz alta.
Até mesmo seus pais só queriam dinheiro. Eles nunca o aceitaram ou deram o amor que ele merecia. E eu? Oh, Deus, eu o abandonei. Assim como todos os outros. Aceno com a cabeça para cima e para baixo muito rápido, e seu queixo fica duro como pedra, como se ele estivesse segurando algum sentimento selvagem.
– Diga – sussurra asperamente.
– Por quê?
– Eu preciso ouvir.
– Por que você precisa ouvir isso?
– É essa a razão pela qual você partiu após a luta?
Lágrimas ardentes enchem meus olhos.
Há desespero na sua pergunta, e acho que ele quer tanto saber por que essa pode ser a única razão pela qual será capaz de superar a minha partida.
Uma dor rasga meu peito enquanto o imagino ao acordar na cama do hospital, depois do que fez por mim, para perceber que eu o deixei. Quando disse que nunca teria o suficiente dele...
– Foi por isso, Ana? Por que você partiu? Ou porque está pronta para desistir de

mim? Eu achei que você fosse mais corajosa, pimentinha, achei mesmo.
Ele está loucamente vasculhando o meu rosto, e me sinto tão selvagem quanto ao olhar para suas feições
incrivelmente bonitas, observando que a pequena cicatriz acima das sobrancelhas permanece.
Eu a toco por impulso, e no instante em que meu dedo se conecta com a pele, as palavras jorram para fora de mim.
– Eu te amo. Eu te amo. – Sua respiração se prende em seu peito, e eu continuo com pressa. – Mais do que um dia achei ser possível amar outro ser humano. Fui embora porque você partiu meu coração naquela noite, junto com cada um dos seus ossos. Fui embora porque não podia suportar!
Ele fecha os olhos, e seu tormento me atinge profundamente, a minha própria confissão me abrindo, me deixando vulnerável. Ouço sua respiração irregular, e estou sofrendo com a lembrança do que ele fez por mim, para resgatar Alayna.
Solto a minha mão e minha voz treme com violência.
– Não quero que você nunca mais deixe alguém machucar você de livre e espontânea
vontade. Nunca. Nem por mim, Chris. Jamais. Você tem valor. Muito! Está me escutando?
Ele levanta a mão e pega meu rosto nas mãos trêmulas e me puxa contra ele, e estremeço ao absorver a sensação de seus braços novamente. Meu coração bate forte porque sei que esta é a primeira noite do resto da minha vida, e quero que seja assim.
– Eu faria isso mil vezes por você. – Ele me cheira, eu o cheiro. – Mil, um milhão. Não me importo se sou humilhado, não me importo com nada. Tudo o que eu sabia era que estava disposta a beijar a tinta daquele filho da puta por sua irmã, então eu tinha que trazê-la de volta para você.
– Oh, Chris, você não tinha que fazer nada!
– Tinha. E farei. E faria tudo isso de novo. Só lamento que apenas Taylor poderia saber. Ele ficou em um quarto de hotel com ela e um dos capangas de Benny, depois me ajudou a transferi-la quando entreguei o campeonato. Eu não poderia deixar você me impedir, Ana.
– Mas você nem sequer olhou para mim... – digo, apertando os olhos fechados. – Isso foi tão doloroso quanto o resto do que aconteceu.
– Se eu olhasse, não teria sido capaz de continuar – a voz dele está rouca e plena de convicção, e cubro meu rosto e tento não pensar na forma como Scorpion teve prazer em humilhar o meu lutador orgulhoso. Isso me faz querer lutar e chorar ao mesmo tempo, e balanço a cabeça.
Ele está quieto.
Então, me libera com um ruído de dor vindo de dentro dele.
Chris se levanta e caminha, empurrando os dedos como garras pelos cabelos.
– Eu sabia que isso ia acontecer. – Nuvens negras escurecem seus olhos azuis debaixo das sobrancelhas. – É por isso que eu não queria tocar em você. Eu sabia que ia ficar louco se a tocasse, e agora, fico arrasado por pedir para ficar comigo quando sei que farei alguma merda pra te foder, de novo.
– Sim, provavelmente vai, seu idiota! E vai ser uma porra de um salto sem paraquedas e eu vou ficar firme e pular junto com você, porque isso é o que você faz comigo. Sou louca por você. Minha vida agora é uma merda sem você. Eu não estou aqui pelo trabalho. Apesar de amar o que faço, é você que eu quero. Foi por você que vim naquela primeira noite. Foi sempre você. Eu quero estar com você, mas não quero isso só do meu lado. Quero que você me ame de volta, Chris. Você nunca me contou como se sente sobre mim!
Seus olhos estão azuis, e se inflamam com um fogo que aquece todo o meu ser.
– Ana, você honestamente não sabe?
Eu olho, e ele se ajoelha na cama e segura meu rosto.
– Jesus, quando te vi aquela primeira noite em Seattle, senti como se tivesse acabado de ser conectado a uma tomada. Fiquei maluco só com o jeito como você sorriu para mim. O jeito que você olhou para mim com uma expressão de dor e espanto me deixou louco. Você se virou para ir embora, e você usava aquela calça linda. Sua bunda estava lá, alegre e redondinha, quando você foi embora. E eu só queria terminar logo aquela maldita luta para ir atrás de você. A última luta, juro que só lutei para que você pudesse me ver. Então, você me veria. Que sou forte e posso lutar por você, te proteger. Eu sonhava em beijá-la, em fazer amor com você. Estava planejando isso na minha cabeça, mesmo quando pulei do ringue e fui atrás de você. Quando sua amiga me deu o seu número, cheguei ao hotel para encontrar um quarto cheio de meninas, do tipo que Taylor sempre arrumava para mim, e não consegui olhar para nenhuma delas. Eu queria olhar em seus olhos e fazer você sorrir para mim. Pesquisei você no Google, salvei seu número no meu telefone, e passei a noite pensando em todas as maneiras que poderia foder quando pusesse as mãos em você. Mandei aqueles ingressos sabendo que iria te comer naquela noite. Mas, então, vi um vídeo seu. Era sua primeira eliminatória olímpica e você estava indo embora mancando, com o joelho
estourado e chorando, e eu só queria... você. Queria queimar o computador por causa daqueles idiotas comentando que sua vida tinha acabado, sobre a depressão que tinha atingido você. Você era eu. Ana. Eu. E tinha vontade de ir lá e mostrar que eram todos uns idiotas, e ao mesmo tempo, queria ir até lá e carregar você até a linha de chegada. Estávamos indo embora da cidade em breve, e eu sabia que tinha que te ver de novo. Então, contratei você.
Quando ele confirma ter visto meu vídeo, quase desmonto, a fraqueza me agarrando nos joelhos. No mesmo instante, eu me lembro de nosso primeiro voo e de como Chris estava tão absorto inspecionando meu joelho. Ele tocou quase carinhosamente a cicatriz com o polegar. E como posso esquecer quando ele me enxugou e teve um cuidado extra com o meu joelho, no dia em que seus fãs atiraram ovos em mim?
– Tentei pegar leve. Eu queria saber de você, e queria que me conhecesse, e todos os dias eu queria mais, Ana. Tanto. Eu não podia tocá-la e arriscar estragar tudo antes que soubesse sobre mim. Queria que você se importasse comigo. Queria ver se poderia me entender... E me torturava todas as noites, pensando em você em seu quarto, enquanto eu estava no meu. Na noite em que fomos à boate e você dançou comigo, eu simplesmente não conseguia me conter. Estava tão tenso. E quando você derrubou dois caras pra mim, fiquei louco para lhe proteger. Eu queria enfiá-la na cama e voltar e fazer um estrago sério naqueles quatro. Mas você ficou comigo e esqueci de brigar, e tudo que queria era ter a minha
boca em cima da sua. Tentei me controlar, mas no avião você me matou com essas músicas sobre fazer amor comigo. Eu tinha que ter você. O pensamento de ter você me deixou doido, estava como drogado com ele, e até o final dessa luta
estava maníaco por ter você antes mesmo de coloca lá na minha cama.
E então você acordou comigo, e vi você abraçada em mim, Ana. Suave e doce. Na outra vez em que estava deitado sozinho na cama, eu queria cortar a porra das minhas veias querendo você perto de mim, então fui atrás. Isso era tudo o que me fazia passar aqueles dias. Pensando em ter você na minha cama e beijá-la até ficar sem fôlego. Continuei procurando em minhas músicas, tentando encontrar uma que dissesse como você me fazia sentir. Por dentro. Eu não sou bom em dizer isso, mas queria que soubesse que era especial para mim, diferente de qualquer outra mulher na minha vida. Você queria que eu fizesse amor com você e não sabe quantas vezes eu quase topei. Quando tomei banho com você, juro por Deus, eu estava quebrando por dentro. Mas não poderia fazer, não sem dizer que há algo de profundamente errado comigo, e que sou um covarde, Ana. Não tive nem mesmo a coragem de dizer a palavra
“bipolar”. Então, estiquei meu tempo com você. Porque sou egoísta, e queria que você se importasse antes mesmo que soubesse. Pensando que iria fazer a diferença e que ficaria. Nem mesmo meus pais me suportaram muito tempo. Mas algo sobre você me fez pensar que você me conheceria, me compreenderia como ninguém mais.
– Chris... – digo.
– E eu estava certo, Ana – ele acrescenta, num sussurro profundo e rouco, me segurando, encantada por suas palavras, seu olhar líquido. – Quando contei sobre mim, você ainda me queria. E estive apaixonado por você não sei por quanto tempo. Desde que tentou me derrubar no ringue, e acabei colocando seus pezinhos contra a minha barriga para aquecê-los. Jesus, quando vi aquela foto de você e Scorpion, eu queria matá-lo. Eu queria dar fosse o que fosse que tivesse feito você ir procurar aquele babaca e beijar sua maldita cara! Eu queria dar isso pra você, assim você iria beijar a mim, no lugar. Fui até ele, e ele estava esperando. É claro que estaria. Ele sabia que eu viria. Ele me viu no clube. Nunca fui de
proteger uma mulher antes. Ele me viu sair do ringue por você, quando fui desclassificado. Ele sabe que você é meu ponto fraco. Nós nos atracamos lá, e Scorpion estava chorando que nem um pintinho. Ele queria que eu parasse. Mas eu não faria isso até que tivesse arrancado todos os dentes dele. Mas ele ofereceu sua irmã se eu parasse e entregasse o campeonato, ele já estava de saco cheio dela. Alayna estava inquieta desde que tinha visto você, e ele não queria problemas. Ela estava chorando vendo a gente brigar. Perguntei-lhe se ela era sua Alayna, e ela disse que sim. Então, concordei. Fiz colocarem isso no papel, chamei Taylor para proteger a menina, e assim foi feito. Ela seria liberada assim que tivesse terminado. – Chris raspa a mão pelo rosto enquanto suspira. – Foi a primeira vez que fiz a coisa certa quando não estava no meu estado ideal.
Inclinando-se para mim, ele arrasta o nariz ao longo de minha têmpora, e um tremor de calor desce por minha coluna quando sussurra perto do meu ouvido.
– Me desculpe, eu não podia contar, mas isso tinha que acontecer desse jeito. Quando disse pra você que não iria permitir que me deixasse na noite em que fizemos amor, eu quis dizer isso. Eu quero você, Ana, pra mim. Eu posso te machucar, posso fazer merda, mas eu... – Seu olhar me galvaniza. – Estou tão apaixonado que nem sei mais o que fazer comigo.
Há um nó enorme na minha garganta, e aceno com a cabeça enquanto enxugo as lágrimas, incapaz de dizer o quanto loucamente eu o amo.
Ele me faz tão bem. Ele toca minha música. Corre comigo. Beija e me toca. Me lambe deliciosamente. Fica todo com ciúme de mim. Ele é mal-humorado um dia e todo petulante no próximo, e amo tudo dele. Ele me olha com seus olhos azuis ou olhos negros, e cada vez que faz isso, sei que estou exatamente onde quero estar.
– Você vai querer me deixar de novo – sussurra Christian com ternura ao segurar meu queixo. – Você não pode, Ana, não pode ir embora. Você é minha.
Ele acaricia meu cabelo e me encosto em sua mão como um gatinho de novo, buscando mais do seu carinho.
– Você me reivindicou, Ana. Você derrubou dois caras enormes. Nunca vou me
esquecer disso. Você expulsou as prostitutas. Taylor me contou. Você se manteve firme na sua decisão, mesmo antes de saber que eu também estava firme na minha. – Ele pega meus cabelos e me puxa para perto de seus lábios. – Eu sou seu agora, e não pode me abandonar como você fez. Mesmo se eu foder tudo, eu ainda serei o seu fodedor...
Preciso dele perto, então pressiono o meu corpo ao dele enquanto passo meus braços em torno do pescoço, o suor grudando deliciosamente em mim.
– Você é meu de verdade.
Ele geme um som masculino quando vira a cabeça e lambe minha bochecha. A percepção de que o meu leão está de volta se mostra, e sinto-me afundando em seus braços enquanto ele roça os lábios em mim. Chris lambe lentamente o meu queixo e, então, meus lábios. Acho que sente quando estremeço, porque desliza as mãos em volta da parte inferior das minhas costas e me aperta contra seu corpo. Ele lambe minha boca quente com sondagens suaves até que estou aberta e ofegante, deixando que ele faça de sua maneira deliciosa.
– Nunca mais me deixe de novo – murmura, sua língua se retirando para traçar meu lábio superior, o inferior, em seguida se empurrando profundamente dentro de mim enquanto espalha suas mãos ao longo da minha bunda e me aperta de um jeito possessivo.
Estou bêbada. As sensações que o beijo dele me traz são profundas, e tremem no meu núcleo como terremotos
consecutivos, cada um maior do que o último.
Esfrego meus mamilos em seu peito enorme, e meu sexo lateja com a vontade de senti-lo dentro de mim. Ele parece tão sexy em suas roupas de treino, me deixa tão louca com seu cheiro depois da corrida, que me dá vontade de tirar sua roupa, de transar com ele.
– Tenho mil canções que dizem “Ana”, todas elas sobre você me abandonando, eu com saudades suas, eu te amando e te odiando e te adorando – diz ele, enquanto sinto que enfia as mãos debaixo de meu vestido para pegar minha calcinha.
É exatamente por isso que coloquei um vestido e, em tempo recorde, estou sem roupa, só de sutiã, e Chris já tirou minha calcinha.
– Tenho algumas também, e quero passar o dia todo tocando todas elas pra você – falo baixinho.
Ele me puxa nua para seu colo, tomando minha boca novamente. Ele me deixa tão louca com seus beijos, tenho medo de gozar no instante em que ele me penetrar.
Oh, Deus, preciso tanto, nem percebo que estou enrolando minhas pernas para ficar em cima dele, esfregando-me sobre seu pau. Eu quero. Dentro de mim. Quero Christian tão ferozmente que não consigo parar de tremer.
– Eu te amo – suspiro.
É incrível. Vivi toda a minha vida sem ele, mas nós fizemos essa conexão, e me sinto vazia sem ele.
Ele me enlouquece com outro beijo enquanto ondula meu corpo contra o dele, brincando com sua rigidez, sua boca quente, seus gemidos. Ele está me fazendo querer das mais loucas e intensas maneiras. Chris se afasta e procura tirar seu short de corrida.
– Quero tocar “I Love You” da Avril Lavigne outra vez – digo, enquanto ele tenta se livrar do short sem sacrificar o meu lugar em seu colo.
– Vou pegar meus fones de ouvido quando terminar – murmura Chris, empurrando uma perna e agora tentando tirar a outra.
Gemo de gratidão com o pensamento de ser capaz de ouvir música com alegria de novo, em especial quando tudo que conseguia pensar era em ouvir “Iris” mais uma vez, temendo o quão profundamente isso iria me machucar. Cada música, sem Chris, me cortava.
Estou inundada de emoção ao acariciar o cabelo dele, passando meus dedos.
– E também “That’s when I Knew”, de Alicia Keys. – Começo a cantar essa música dolorosamente romântica no ouvido dele e ele faz um som estranho entre uma risada e um gemido.
– Você não canta merda nenhuma, baby – ele murmura.
Paramos de rir quando ele me penetra. Suspiro. Ele geme.
Sua boca esmaga a minha, e nossa sede é inextinguível. Ele balança os quadris com força, seus músculos apertados, suas coxas debaixo de mim, seu abdômen contra o meu, seus bíceps em torno de mim. Amo sentir sua força quando ele faz amor comigo, em seus movimentos, em seus braços, em sua ereção poderosa. Eu adoro... Aqui vou eu de novo. Eu amo tudo que diga respeito a ele.
– Anastasia Steele – murmura Chris, lambendo a minha orelha, com os olhos brilhando. – Sou Christian.
Dou uma risada, e depois gemo e me dissolvo nele.
Sério, ele é sexy demais, não aguento.

4 comentários:

  1. Quem guenta um homem desse Ana ganhou na loteria sozinha 🔥🤭

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  2. História maravilhosa não canso de ler😍

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  3. Eita que vai pegar fogo essa reconciliação 🔥🔥🔥🔥🔥🔥

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  4. adoro esse casal.......essa reconciliação vai pegar fogo

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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