Capítulo 31
DE
VOLTA
Ana
Trinta e seis horas mais tarde, tinha deixado Alayna com meus pais, que
continuavam a lhe perguntar sobre os crocodilos. A pobre Alayna vai ter que
pagar por todas as suas mentiras, agora que está sendo questionada sobre a
cultura indiana e a Torre Eiffel e outras coisas mais.
Kate me ajudou a embalar as minhas coisas e ficou um pouco chorosa quando se
despediu de mim no táxi, mas eu dizia a ela:
– Não é para sempre! É sazonal, sua molenga! E vou chamá-la sempre!
Minha voz estava confiante, mas, sinceramente, nem sei como minha reunião ou
entrevista ou que nome tenha vai ser esta noite. Só sei que estou indo para Chris,
e meu corpo já se sente como um campo de batalha de desejo, medo, saudade,
amor, necessidade e arrependimento.
Não tenho certeza sobre qual Christian vou encontrar esta noite. Tudo o que sei
é que Christian Grey não é um homem com quem se planeje relacionamentos de
longo prazo. Ele é um ímã para as mulheres, e tem um lado sombrio que não é
controlado com facilidade.
Ele é a minha fera. Minha luz e escuridão. Meu.
Simplesmente não há outra opção para mim, exceto ficar com ele.
– Estamos muito felizes de ver você! Eu te abraçaria se não ficasse com medo de
ficar sem meu pescoço mais tarde! – diz Sawyer quando me vê
na porta, e está sorrindo tanto que seus olhos tristes de surfista estão
brilhando de alegria.
– Ei, pensei que estivessem pobres. Pobres não reservam suítes presidenciais –
digo ao entrar e deixar minhas malas na porta.
– Pobres pelos padrões anteriores de Chris – diz Taylor ao carregar minhas
malas para um dos quartos. – Ele gasta alguns milhões por ano, então,
naturalmente, tem que continuar produzindo muito, mas ele vendeu a casa de
Austin, e estamos trabalhando para conseguir alguns patrocínios.
Concordo com a cabeça e lanço um olhar saudoso pelo corredor nos quartos,
perguntando se ele está aqui. Quando o pessoal me leva para a sala de estar,
desisto e digo:
– Tudo bem, então, preciso saber se o Sr. Grey ainda está interessado em meus
serviços. Como especialista em reabilitação.
– É claro – assegura Taylor, jogando-se no sofá e brincando com a gravata como
sempre faz. – Ele quer se concentrar no que é importante. Ele quer você, e tem
sido muito específico sobre não querer mais ninguém.
Dou risada, então fico séria quando ambos olham para mim como se eu fosse uma
estrela cadente que pegaram.
– Gente – digo, revirando os olhos. – Não finjam. Ele está aqui? Ele mandou que
me torturassem?
– Nunca! – os dois riem e Taylor se recupera primeiro, sua expressão séria.
– Ele andou por aqui mil vezes nos últimos dias. Chris saiu para uma corrida
agora. – Taylor sustenta o meu olhar, sua voz caindo consideravelmente à medida
que ele se senta e se inclina sobre os joelhos. – Sua carta, Ana. Ele leu mil vezes.
Ele não vai comentar com a gente, nós não sabemos o que ele está sentindo.
O som de uma porta se fechando me atinge, e quando salto para os meus pés,
minha respiração para.
Do outro lado da sala, coberto de suor, eu vejo a razão pela qual estou pronta
a jogar tudo e a apostar tudo no meu amor. Meu coração fica parado por um
momento, e então salta a toda velocidade, porque este homem faz isso comigo.
Eu corro até ele mesmo quando estou parada.
Seu cabelo está perfeitamente bagunçado, e ele está lá, o deus do sexo dos meus
sonhos, o demônio de olhos azuis que se tornam negros dos meus sonhos. Ele olha
para mim, depois para Taylor, depois para Sawyer, em seguida começa a vir para
mim, seus tênis abafados no tapete. Posso ver as emoções evoluindo em seus
olhos, começando com surpresa, uma pitada de raiva, e então pura necessidade.
Não sei quanto tempo fico olhando para ele, mas é por muito tempo, até sentir o
crepitar da nossa química no ar como algo irreal e elétrico pulando entre nós.
Seu peito sobe e desce, e uma necessidade desesperada para fechar a distância
emocional entre nós faz meu peito doer.
– Gostaria de falar com você, Christian, se tiver um momento.
– Sim, Anastasia, eu quero falar com você também.
Seu tom seco não faz nada para recuperar a minha confiança rapidamente em fuga,
mas o acompanho de perto. O leve cheiro de outono misturado com um cheiro de
mar agarrado à sua pele me deixa terrivelmente quente, e estou quase vesga de
desejo quando ele me leva para o quarto principal.
Chris fecha a porta e se vira para mim, e um fluxo de calor sobe por mim quando
ele enrola a mão quente no meu pescoço e se inclina para me cheirar. Desfeita
pelo gesto possessivo de seu nariz enterrado em meu cabelo, pego a sua camiseta
e enterro meu rosto nele, ansiando por ele.
– Não me deixe ir, por favor – imploro.
Ele se arranca de meu aperto e me libera, como se estivesse irritado por ter me
pego antes.
– Se você me quer tanto, então por que foi embora? – Ele me enerva enquanto me
observa sentar no banco ao pé da cama, tem as sobrancelhas juntas e braços
cruzados, ampliando sua postura quase ameaçadora. – Eu disse alguma coisa
quando estava no estado maníaco?
Com uma súbita e vívida memória, lembro-me de cada momento incrível, e me
aproveito de um:
– Você queria me levar para Paris.
– Isso é uma coisa ruim?
– E fazer amor comigo em um elevador.
– Sério?
– E me queria em minhas calças cor-de-rosa – admito, e um calor inesperado sobe
pelas minhas bochechas.
Ele continua olhando para mim, com o rosto tenso de uma máscara indecifrável.
Seus braços estão cruzados, apertados, como se estivesse segurando suas emoções
furiosas, e estou tremendo porque não posso determinar se o olhar é de amor ou
de ódio. Está simplesmente me consumindo. Me consumindo.
– Você esqueceu a parte onde nós tocamos uma canção um para o outro – retruca
ele em um murmúrio silencioso, e a percepção de que ele provavelmente se lembra
do jeito carinhoso que fez amor comigo depois provoca uma emoção ardente em meu
peito que se espalha com rapidez pela minha garganta.
Prendo a respiração em choque silencioso quando ele pega a minha mão e leva
meus dedos aos seus lábios.
Meu coração acelera quando fico no meu lugar, assistindo em deliciosa
agonia enquanto ele vira minha mão na dele.
Chris olha para a palma da minha mão antes de se inclinar e colocar sua língua
sobre a minha pele e me lamber suavemente. A vontade explode na minha barriga.
– Aquela foto me deixou muito irritado, Ana – diz, enquanto arrasta sua língua
através dos nervos sensíveis no centro da palma da minha mão. – Quando você
pertence a alguém... Você não beija ninguém. Você não beija seu inimigo. Você
não mente. Nem trai.
Meus sistemas rugem de volta à vida quando os dentes arranham a palma da minha
mão.
Minha voz estremece:
– Sinto muito. Eu queria protegê-lo, como você me protege. Nunca mais farei as
coisas pelas costas, Chris. Não fui embora por causa de seu surto, só não
queria que ficasse maníaco ou deprimido por minha causa.
Ele concorda de modo sombrio, me lança um olhar sedento e baixa minha mão ao
meu colo.
– Então alguma coisa me escapou. Porque ainda não consigo entender por que,
diabos, você iria me deixar quando eu mais precisava de você, porra!
A dor em sua voz atinge uma corda dentro de mim, e imediatamente meus olhos
ardem.
– Chris, me desculpe! – choro miseravelmente.
Ele geme, agitado, em seguida puxa a carta que escrevi do bolso do jeans
dobrado de qualquer jeito em uma cadeira no canto. O papel está amassado e meio
rasgado no meio, de tantas leituras.
– Você queria mesmo dizer o que escreveu? – Ouvir sua voz densa, angustiada,
faz meus pelos eriçarem.
– Qual parte?
Ele pega o papel e desdobra, batendo um dedo espesso nas palavras:
Eu te amo, Chris.
Amassa então o papel novamente, me olhando com raiva e desespero. Meu coração
se contrai ao perceber que ele não consegue dizer as palavras em voz alta para
mim.
Quem uma vez disse que o amava?
Eu disse.
Em uma carta.
Em mil canções.
Mas não em voz alta.
Até mesmo seus pais só queriam dinheiro. Eles nunca o aceitaram ou deram o amor
que ele merecia. E eu? Oh, Deus, eu o abandonei. Assim como todos os outros.
Aceno com a cabeça para cima e para baixo muito rápido, e seu queixo fica duro
como pedra, como se ele estivesse segurando algum sentimento selvagem.
– Diga – sussurra asperamente.
– Por quê?
– Eu preciso ouvir.
– Por que você precisa ouvir isso?
– É essa a razão pela qual você partiu após a luta?
Lágrimas ardentes enchem meus olhos.
Há desespero na sua pergunta, e acho que ele quer tanto saber por que essa pode
ser a única razão pela qual será capaz de superar a minha partida.
Uma dor rasga meu peito enquanto o imagino ao acordar na cama do hospital,
depois do que fez por mim, para perceber que eu o deixei. Quando disse que
nunca teria o suficiente dele...
– Foi por isso, Ana? Por que você partiu? Ou porque está pronta para desistir
de
mim? Eu achei que você fosse mais corajosa, pimentinha, achei mesmo.
Ele está loucamente vasculhando o meu rosto, e me sinto tão selvagem quanto ao
olhar para suas feições
incrivelmente bonitas, observando que a pequena cicatriz acima das sobrancelhas
permanece.
Eu a toco por impulso, e no instante em que meu dedo se conecta com a pele, as
palavras jorram para fora de mim.
– Eu te amo. Eu te amo. – Sua respiração se prende em seu peito, e eu continuo
com pressa. – Mais do que um dia achei ser possível amar outro ser humano. Fui embora
porque você partiu meu coração naquela noite, junto com cada um dos seus ossos.
Fui embora porque não podia suportar!
Ele fecha os olhos, e seu tormento me atinge profundamente, a minha própria
confissão me abrindo, me deixando vulnerável. Ouço sua respiração irregular, e
estou sofrendo com a lembrança do que ele fez por mim, para resgatar Alayna.
Solto a minha mão e minha voz treme com violência.
– Não quero que você nunca mais deixe alguém machucar você de livre e
espontânea
vontade. Nunca. Nem por mim, Chris. Jamais. Você tem valor. Muito! Está me escutando?
Ele levanta a mão e pega meu rosto nas mãos trêmulas e me puxa contra ele, e
estremeço ao absorver a sensação de seus braços novamente. Meu coração bate
forte porque sei que esta é a primeira noite do resto da minha vida, e quero que
seja assim.
– Eu faria isso mil vezes por você. – Ele me cheira, eu o cheiro. – Mil, um
milhão. Não me importo se sou humilhado, não me importo com nada. Tudo o que eu
sabia era que estava disposta a beijar a tinta daquele filho da puta por sua irmã,
então eu tinha que trazê-la de volta para você.
– Oh, Chris, você não tinha que fazer nada!
– Tinha. E farei. E faria tudo isso de novo. Só lamento que apenas Taylor
poderia saber. Ele ficou em um quarto de hotel com ela e um dos capangas de
Benny, depois me ajudou a transferi-la quando entreguei o campeonato. Eu não poderia
deixar você me impedir, Ana.
– Mas você nem sequer olhou para mim... – digo, apertando os olhos fechados. –
Isso foi tão doloroso quanto o resto do que aconteceu.
– Se eu olhasse, não teria sido capaz de continuar – a voz dele está rouca e
plena de convicção, e cubro meu rosto e tento não pensar na forma como Scorpion
teve prazer em humilhar o meu lutador orgulhoso. Isso me faz querer lutar e chorar
ao mesmo tempo, e balanço a cabeça.
Ele está quieto.
Então, me libera com um ruído de dor vindo de dentro dele.
Chris se levanta e caminha, empurrando os dedos como garras pelos cabelos.
– Eu sabia que isso ia acontecer. – Nuvens negras escurecem seus olhos azuis
debaixo das sobrancelhas. – É por isso que eu não queria tocar em você. Eu
sabia que ia ficar louco se a tocasse, e agora, fico arrasado por pedir para
ficar comigo quando sei que farei alguma merda pra te foder, de novo.
– Sim, provavelmente vai, seu idiota! E vai ser uma porra de um salto sem
paraquedas e eu vou ficar firme e pular junto com você, porque isso é o que
você faz comigo. Sou louca por você. Minha vida agora é uma merda sem você. Eu não
estou aqui pelo trabalho. Apesar de amar o que faço, é você que eu quero. Foi
por você que vim naquela primeira noite. Foi sempre você. Eu quero estar com
você, mas não quero isso só do meu lado. Quero que você me ame de volta, Chris.
Você nunca me contou como se sente sobre mim!
Seus olhos estão azuis, e se inflamam com um fogo que aquece todo o meu ser.
– Ana, você honestamente não sabe?
Eu olho, e ele se ajoelha na cama e segura meu rosto.
– Jesus, quando te vi aquela primeira noite em Seattle, senti como se tivesse
acabado de ser conectado a uma tomada. Fiquei maluco só com o jeito como você
sorriu para mim. O jeito que você olhou para mim com uma expressão de dor e
espanto me deixou louco. Você se virou para ir embora, e você usava aquela
calça linda. Sua bunda estava lá, alegre e redondinha, quando você foi embora.
E eu só queria terminar logo aquela maldita luta para ir atrás de você. A última
luta, juro que só lutei para que você pudesse me ver. Então, você me veria. Que
sou forte e posso lutar por você, te proteger. Eu sonhava em beijá-la, em fazer
amor com você. Estava planejando isso na minha cabeça, mesmo quando pulei do
ringue e fui atrás de você. Quando sua amiga me deu o seu número, cheguei ao
hotel para encontrar um quarto cheio de meninas, do tipo que Taylor sempre
arrumava para mim, e não consegui olhar para nenhuma delas. Eu queria olhar em
seus olhos e fazer você sorrir para mim. Pesquisei você no Google, salvei seu
número no meu telefone, e passei a noite pensando em todas as maneiras que poderia
foder quando pusesse as mãos em você. Mandei aqueles ingressos sabendo que iria
te comer naquela noite. Mas, então, vi um vídeo seu. Era sua primeira
eliminatória olímpica e você estava indo embora mancando, com o joelho
estourado e chorando, e eu só queria... você. Queria queimar o computador por
causa daqueles idiotas comentando que sua vida tinha acabado, sobre a depressão
que tinha atingido você. Você era eu. Ana. Eu. E tinha vontade de ir lá e mostrar
que eram todos uns idiotas, e ao mesmo tempo, queria ir até lá e carregar você
até a linha de chegada. Estávamos indo embora da cidade em breve, e eu sabia
que tinha que te ver de novo. Então, contratei você.
Quando ele confirma ter visto meu vídeo, quase desmonto, a fraqueza me
agarrando nos joelhos. No mesmo instante, eu me lembro de nosso primeiro voo e
de como Chris estava tão absorto inspecionando meu joelho. Ele tocou quase
carinhosamente a cicatriz com o polegar. E como posso esquecer quando ele me
enxugou e teve um cuidado extra com o meu joelho, no dia em que seus fãs
atiraram ovos em mim?
– Tentei pegar leve. Eu queria saber de você, e queria que me conhecesse, e
todos os dias eu queria mais, Ana. Tanto. Eu não podia tocá-la e arriscar
estragar tudo antes que soubesse sobre mim. Queria que você se importasse comigo.
Queria ver se poderia me entender... E me torturava todas as noites, pensando
em você em seu quarto, enquanto eu estava no meu. Na noite em que fomos à boate
e você dançou comigo, eu simplesmente não conseguia me conter. Estava tão tenso.
E quando você derrubou dois caras pra mim, fiquei louco para lhe proteger. Eu
queria enfiá-la na cama e voltar e fazer um estrago sério naqueles quatro. Mas
você ficou comigo e esqueci de brigar, e tudo que queria era ter a minha
boca em cima da sua. Tentei me controlar, mas no avião você me matou com essas
músicas sobre fazer amor comigo. Eu tinha que ter você. O pensamento de ter
você me deixou doido, estava como drogado com ele, e até o final dessa luta estava maníaco por ter você antes mesmo de coloca lá na minha cama.
E então você acordou comigo, e vi você abraçada em mim, Ana. Suave e doce. Na
outra vez em que estava deitado sozinho na cama, eu queria cortar a porra das
minhas veias querendo você perto de mim, então fui atrás. Isso era tudo o que
me fazia passar aqueles dias. Pensando em ter você na minha cama e beijá-la até
ficar sem fôlego. Continuei procurando em minhas músicas, tentando encontrar
uma que dissesse como você me fazia sentir. Por dentro. Eu não sou bom em dizer
isso, mas queria que soubesse que era especial para mim, diferente de qualquer
outra mulher na minha vida. Você queria que eu fizesse amor com você e não sabe
quantas vezes eu quase topei. Quando tomei banho com você, juro por Deus, eu
estava quebrando por dentro. Mas não poderia fazer, não sem dizer que há algo
de profundamente errado comigo, e que sou um covarde, Ana. Não tive nem mesmo a
coragem de dizer a palavra
“bipolar”. Então, estiquei meu tempo com você. Porque sou egoísta, e queria que
você se importasse antes mesmo que soubesse. Pensando que iria fazer a
diferença e que ficaria. Nem mesmo meus pais me suportaram muito tempo. Mas algo
sobre você me fez pensar que você me conheceria, me compreenderia como ninguém
mais.
– Chris... – digo.
– E eu estava certo, Ana – ele acrescenta, num sussurro profundo e rouco, me
segurando, encantada por suas palavras, seu olhar líquido. – Quando contei
sobre mim, você ainda me queria. E estive apaixonado por você não sei por quanto
tempo. Desde que tentou me derrubar no ringue, e acabei colocando seus pezinhos
contra a minha barriga para aquecê-los. Jesus, quando vi aquela foto de você e
Scorpion, eu queria matá-lo. Eu queria dar fosse o que fosse que tivesse feito
você ir procurar aquele babaca e beijar sua maldita cara! Eu queria dar isso
pra você, assim você iria beijar a mim, no lugar. Fui até ele, e ele estava
esperando. É claro que estaria. Ele sabia que eu viria. Ele me viu no clube.
Nunca fui de
proteger uma mulher antes. Ele me viu sair do ringue por você, quando fui
desclassificado. Ele sabe que você é meu ponto fraco. Nós nos atracamos lá, e
Scorpion estava chorando que nem um pintinho. Ele queria que eu parasse. Mas eu
não faria isso até que tivesse arrancado todos os dentes dele. Mas ele ofereceu
sua irmã se eu parasse e entregasse o campeonato, ele já estava de saco cheio
dela. Alayna estava inquieta desde que tinha visto você, e ele não queria problemas.
Ela estava chorando vendo a gente brigar. Perguntei-lhe se ela era sua Alayna,
e ela disse que sim. Então, concordei. Fiz colocarem isso no papel, chamei Taylor
para proteger a menina, e assim foi feito. Ela seria liberada assim que tivesse
terminado. – Chris raspa a mão pelo rosto enquanto suspira. – Foi a primeira
vez que fiz a coisa certa quando não estava no meu estado ideal.
Inclinando-se para mim, ele arrasta o nariz ao longo de minha têmpora, e um
tremor de calor desce por minha coluna quando sussurra perto do meu ouvido.
– Me desculpe, eu não podia contar, mas isso tinha que acontecer desse jeito.
Quando disse pra você que não iria permitir que me deixasse na noite em que
fizemos amor, eu quis dizer isso. Eu quero você, Ana, pra mim. Eu posso te machucar,
posso fazer merda, mas eu... – Seu olhar me galvaniza. – Estou tão apaixonado
que nem sei mais o que fazer comigo.
Há um nó enorme na minha garganta, e aceno com a cabeça enquanto enxugo as
lágrimas, incapaz de dizer o quanto loucamente eu o amo.
Ele me faz tão bem. Ele toca minha música. Corre comigo. Beija e me toca. Me
lambe deliciosamente. Fica todo com ciúme de mim. Ele é mal-humorado um dia e
todo petulante no próximo, e amo tudo dele. Ele me olha com seus olhos azuis ou
olhos negros, e cada vez que faz isso, sei que estou exatamente onde quero
estar.
– Você vai querer me deixar de novo – sussurra Christian com ternura ao segurar
meu queixo. – Você não pode, Ana, não pode ir embora. Você é minha.
Ele acaricia meu cabelo e me encosto em sua mão como um gatinho de novo,
buscando mais do seu carinho.
– Você me reivindicou, Ana. Você derrubou dois caras enormes. Nunca vou me esquecer disso. Você expulsou as prostitutas. Taylor me contou. Você se
manteve firme na sua decisão, mesmo antes de saber que eu também estava firme
na minha. – Ele pega meus cabelos e me puxa para perto de seus lábios. – Eu sou
seu agora, e não pode me abandonar como você fez. Mesmo se eu foder tudo, eu
ainda serei o seu fodedor...
Preciso dele perto, então pressiono o meu corpo ao dele enquanto passo meus
braços em torno do pescoço, o suor grudando deliciosamente em mim.
– Você é meu de verdade.
Ele geme um som masculino quando vira a cabeça e lambe minha bochecha. A
percepção de que o meu leão está de volta se mostra, e sinto-me afundando em
seus braços enquanto ele roça os lábios em mim. Chris lambe lentamente o meu
queixo e, então, meus lábios. Acho que sente quando estremeço, porque desliza
as mãos em volta da parte inferior das minhas costas e me aperta contra seu
corpo. Ele lambe minha boca quente com sondagens suaves até que estou aberta e
ofegante, deixando que ele faça de sua maneira deliciosa.
– Nunca mais me deixe de novo – murmura, sua língua se retirando para traçar
meu lábio superior, o inferior, em seguida se empurrando profundamente dentro
de mim enquanto espalha suas mãos ao longo da minha bunda e me aperta de um
jeito possessivo.
Estou bêbada. As sensações que o beijo dele me traz são profundas, e tremem no
meu núcleo como terremotos consecutivos, cada um maior
do que o último.
Esfrego meus mamilos em seu peito enorme, e meu sexo lateja com a vontade de
senti-lo dentro de mim. Ele parece tão sexy em suas roupas de treino, me deixa
tão louca com seu cheiro depois da corrida, que me dá vontade de tirar sua roupa,
de transar com ele.
– Tenho mil canções que dizem “Ana”, todas elas sobre você me abandonando, eu
com saudades suas, eu te amando e te odiando e te adorando – diz ele, enquanto
sinto que enfia as mãos debaixo de meu vestido para pegar minha calcinha.
É exatamente por isso que coloquei um vestido e, em tempo recorde, estou sem
roupa, só de sutiã, e Chris já tirou minha calcinha.
– Tenho algumas também, e quero passar o dia todo tocando todas elas pra você –
falo baixinho.
Ele me puxa nua para seu colo, tomando minha boca novamente. Ele me deixa tão
louca com seus beijos, tenho medo de gozar no instante em que ele me penetrar.
Oh, Deus, preciso tanto, nem percebo que estou enrolando minhas pernas para
ficar em cima dele, esfregando-me sobre seu pau. Eu quero. Dentro de mim. Quero
Christian tão ferozmente que não consigo parar de tremer.
– Eu te amo – suspiro.
É incrível. Vivi toda a minha vida sem ele, mas nós fizemos essa conexão, e me
sinto vazia sem ele.
Ele me enlouquece com outro beijo enquanto ondula meu corpo contra o dele,
brincando com sua rigidez, sua boca quente, seus gemidos. Ele está me fazendo
querer das mais loucas e intensas maneiras. Chris se afasta e procura tirar seu
short de corrida.
– Quero tocar “I Love You” da Avril Lavigne outra vez – digo, enquanto ele
tenta se livrar do short sem sacrificar o meu lugar em seu colo.
– Vou pegar meus fones de ouvido quando terminar – murmura Chris, empurrando
uma perna e agora tentando tirar a outra.
Gemo de gratidão com o pensamento de ser capaz de ouvir música com alegria de
novo, em especial quando tudo que conseguia pensar era em ouvir “Iris” mais uma
vez, temendo o quão profundamente isso iria me machucar. Cada música, sem Chris,
me cortava.
Estou inundada de emoção ao acariciar o cabelo dele, passando meus dedos.
– E também “That’s when I Knew”, de Alicia Keys. – Começo a cantar essa música
dolorosamente romântica no ouvido dele e ele faz um som estranho entre uma
risada e um gemido.
– Você não canta merda nenhuma, baby – ele murmura.
Paramos de rir quando ele me penetra. Suspiro. Ele geme.
Sua boca esmaga a minha, e nossa sede é inextinguível. Ele balança os quadris
com força, seus músculos apertados, suas coxas debaixo de mim, seu abdômen
contra o meu, seus bíceps em torno de mim. Amo sentir sua força quando ele faz
amor comigo, em seus movimentos, em seus braços, em sua ereção poderosa. Eu
adoro... Aqui vou eu de novo. Eu amo tudo que diga respeito a ele.
– Anastasia Steele – murmura Chris, lambendo a minha orelha, com os olhos
brilhando. – Sou Christian.
Dou uma risada, e depois gemo e me dissolvo nele.
Sério, ele é sexy demais, não aguento.
Quem guenta um homem desse Ana ganhou na loteria sozinha 🔥🤭
ResponderExcluirHistória maravilhosa não canso de ler😍
ResponderExcluirEita que vai pegar fogo essa reconciliação 🔥🔥🔥🔥🔥🔥
ResponderExcluiradoro esse casal.......essa reconciliação vai pegar fogo
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