LPA Capítulo 21

em quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

 Capítulo 21


PRESSENTIMENTO

Christian

Ana está sentindo muitas saudades da amiga dela, então decidi trazê-la. Com um
pouco de relutância, concordei em deixar que ela fosse ao aeroporto com Taylor buscar
Kate.
– Chris, você é tão bom – elogiou Ana, enchendo meu maxilar de beijos, me
fazendo rir. Ontem, eu peguei as duas, Ana e a melhor amiga, rindo, e Ana fez
amor comigo a noite toda. Nunca me senti tão conectado a alguém em toda a minha
vida.
Quando entreguei a ela um dos sedativos que Taylor e Sawyer usam – porque quero que
ela saiba como me apagar se for necessário – ela mal olhou para ele.
– Não, Chris, não me peça isso.
– É só para garantir que não vou machucar você.
– Você nunca me machucaria.
Fico excitado só de pensar nas maneiras como ela tenta me proteger. Tenho certeza
de que ela sabe que eu sou sua alma gêmea. Se estivéssemos em outros tempos, e eu
não pudesse sair para caçar um dia, sei que ela caçaria por nós dois.
O treinador grita do canto:
– Muito lento, Arrebentador, lento demais. Acerte!
Olho para o saco e dou um soco. Bum. Bum. Concentrando-me em socar. Vem de
dentro, e contanto que você o direcione adequadamente, não tem jeito de aquele soco
não ser poderoso. Em tudo que faço, funciona assim, até pular corda.
Passo o dia todo no ginásio, e quando vou treinar com o meu sparring, vejo Ana e
Kate na porta. Meu peito se enche de felicidade e posse. Ela faz um gesto indicando
que estão saindo, tiro meu capacete e sorrio.
Sinto uma onda me invadir ao deixá-la feliz. Viro-me de novo para meu parceiro e me
concentro. Minha vida nunca pareceu tão certa. Tão boa. Nunca me senti tão aceito ou
tão compreendido.
Naquela noite, Taylor me chama para conversarmos sobre finanças. Ana saiu para
jantar com Kate. Olho para o meu celular, mas não recebo nenhuma mensagem dela.
Estamos no bar do hotel.
Uma mulher se aproxima.
– Você tem olhos incríveis.
Eu a ignoro e volto minha atenção para Taylor, sondando-o.
– A que horas ela disse que voltaria?… Tem certeza que Sawyer vai pegá-la?… Por que
diabos eles estão demorando tanto?
– Sawyer mandou uma mensagem dizendo que já estão voltando – informa Taylor depois
da décima pergunta, e me manda subir para o meu quarto.
Estou me recolhendo dentro de mim mesmo. Estou inquieto. Sinto um aperto no peito
e não confio quando me sinto assim. Pego os fones de ouvido e me sento, batendo com o
pé no chão. Escuto “The Red” de Chevelle.
Quando ela finalmente entra, sinto um aperto no peito. Ela está pálida, mas seus olhos

se enchem de emoção ao me ver. Não sei por que sinto esse aperto.
Ela pula no meu colo, tira meus fones de ouvido e coloca na própria cabeça. Franze a
testa ao escutar a música. Ela odeia essas músicas rock’n’roll, e eu preciso beijá-la para
afastar aquela ruga. Beijo seu nariz, seguro seu maxilar e passo meu polegar pelos seus
lábios. Ela fica de pé em um pulo, deixa os fones de ouvido sobre a mesa e corre para o
quarto.
Sinto outro aperto no peito, e fico sentado ali, desligando os fones, inquieto. Posso
sentir o lado negro me provocando. Estou tentando me acalmar. Ela está aqui. Ela voltou.
Ela está bem.
Observo quando ela volta. Alguma coisa nos olhos dela que não consigo identificar está
alimentando meu monstro dez vezes mais.
– Chris, você poderia me abraçar um pouco?
Fico analisando-a, confuso com meus próprios sentimentos, então, percebo que ela
está ansiosa e carente.
– Venha cá. – Arrasto minha cadeira para trás e estendo o braço, e ela se aninha em
mim conforme eu a envolvo. Rio baixinho, me acalmando instantaneamente de uma
forma que só acontece quando a toco.
– Sentiu minha falta? – Pego o rosto dela e levanto sua cabeça para que olhe para
mim.
– Senti – responde ela, sem fôlego.
Puxo-a para mais perto de mim e sorrio junto com ela. Paramos de sorrir quando o
calor toma conta de mim.
Meus dedos contornam seus seios, minha boca em seu maxilar, então estou atrás da
orelha dela, sentindo seu cheiro, gemendo quando sou tomado por ele, me eriçando e
me acalmando.
– Chris… – Escuto o desejo no meu nome quando ela puxa minha camiseta pelos meus
ombros.
Tiro e jogo no chão, depois puxo-a de volta para mim, minha ereção ralando entre
suas coxas. Ela acaricia meu peito e beija cada pedacinho que consegue.
– Senti tanta saudade de você – diz ela, passando os lábios pelo meu maxilar,
agarrando meu cabelo ao pressionar seu corpo contra o meu.
Envolvo-a em meus braços e acaricio suas costas, então seguro seu rosto.
– Também senti saudades. – Dou um beijo em seus doces lábios, e no nariz e na testa.
Ela estremece, aproximando-se ainda mais. Quero me abrir e deixar que ela entre de
todas as formas que puder.
– Senti falta da sua voz. Das suas mãos. Da sua boca… de estar com você… de olhar
para você… de tocar você… de sentir seu cheiro… – Ela toma meus lábios com mais
desespero.
Tento ir mais devagar, mas o gosto de sua boca é incrível, e eu preciso me lembrar de
que ela é minha, minha, então desabotoo a roupa dela e deixo-a nua o mais rápido

possível.
Puxo-a para o meu colo quando está nua.
Meu corpo inteiro fica tenso quando sinto a boceta dela sentar na minha ereção. Ela
parece abalada.
Ela desliza entre as minhas coxas e eu arranco minhas calças de moletom até minha
ereção ficar solta, e os dedos dela estão em todo o meu corpo, roçando, apertando,
acariciando.
– Quero beijá-lo aqui… – A voz de Ana estremece de desejo ao olhar para meu
rosto contorcido de luxúria, para meus olhos que mal consigo manter abertos de tanto
desejo. – Quero me afogar em você, Christian. Quero seu gosto… em mim…
Ela me toma em sua boca. Êxtase queima dentro de mim enquanto um som sobe pela
minha garganta. Preciso tanto disso, que mexo meus quadris, devagar, até boca a dela,
dando a ela o que quer e recebendo o que quero. Sua língua percorre todo o meu pau e
seus olhos estão abaixados me observando, e eu a observo, impressionado,
descontrolado… me perdendo nela, rezando para que ela consiga me salvar do lado
negro que já está espreitando dentro de mim, da euforia de ser maníaco.

 


2 comentários:

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