LPA Capítulo 18

em quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Capítulo 18



VEM AQUI ENTÃO

Christian

O público de Austin me ama mais do que os meus pais me amaram um dia. É a minha
cidade. Onde eu deveria ter sido criado. Onde escuto as pessoas gritando meu nome,
dizendo que me amam.
Mas não parece real. Não parece que estou em casa. Nem mesmo o gongo parece de
casa mais. Ultimamente, não tenho mais casa. Ando por aí com um buraco no peito, e
por mais forte que eu soque, por mais que eu treine, ele não some.
Vejo cartazes por toda a arena. Mulheres gritando meu nome. Ainda assim, eu só
quero que Anastasia Steele grite meu nome. Mas ela não grita.
Derrubo meu último adversário com um nocaute maciço, e os gritos que seguem são ensurdecedores.
Nosso vencedor da noite, Christiaaaaaan Grey, o Arrebentador! – berra o
apresentador.
Gotas de suor escorrem pelo meu peito, meu corpo quente do esforço. Com meu braço
levantado pela vitória, olho para ela para ver se está vendo. Ela está.
Meus lábios formam um sorriso e aponto um dedo para ela, e observo enquanto uma
fila de pessoas começa a ir na direção dela. Com o olhar fixo no dela e com um sorriso

ainda maior, aponto para uma garota que se aproxima dela com a minha rosa vermelha.
Ana arregala os olhos sem acreditar, e meu peito se enche de felicidade quando meus
fãs a cercam, lhe entregando rosas vermelhas.
Ela parece surpresa. Pegando cada rosa com uma expressão consternada.
No caminho de volta para casa, ela está tremendo. Estou tenso também. Não tem
como ela me negar seus beijos esta noite.
– Você foi incrível, Chris! – exclama Taylor dentro do carro. – Que noite fantástica, cara.
– Ótima noite, filho – acrescenta o treinador, com a voz cheia de orgulho. – Não perdeu
a forma. Não baixou a guarda. Até Anastasia sentiu o amor, hoje, hein, Anastasia?
Silêncio.
Ana fica completamente em silêncio, sem olhar para mim, seu colo coberto de
rosas. Minhas rosas. Ainda assim, ela não olha para mim.
– Você foi matador! – continua Sawyer.
Já parei de escutar os rapazes. A única coisa que escuto agora é o silêncio que vem de
onde Ana está sentada, tensa em seu lugar na minha frente, com os braços cheios de
rosas e me ignorando totalmente. A frustração me corrói. Todas as mulheres não gostam
de rosas? Ela está contraindo o maxilar e não olha para mim, e estou tão confuso, que
tenho vontade de puxar meu cabelo.
Meu sangue ferve nas veias quando entro no meu quarto e vou para o chuveiro, abro a
água fria e fico ali parado, fechando os olhos e revivendo a forma como ela ficou lá
parada, vendo as rosas virem até ela. Pareceu surpresa. Mas estava excitada? Estava
feliz? Isso não está funcionando do jeito que eu planejei. Meus planos eram tê-la na
minha cama esta noite. Onde eu queria que ela me olhasse como sempre olha, enquanto
enterro meus dedos em sua calcinha e faço com que chegue ao êxtase várias vezes e
sussurre: Christian…
Ainda estou fervendo de frustração, acabei de sair do chuveiro e estou me enxugando
quando escuto a porta do quarto bater.
De repente, meus sentidos ficam atentos. Cada poro do meu corpo está ciente da
proximidade dela.
E lá está ela. Anastasia Steele.
Solto a toalha.
Ela está parada dentro do meu quarto, olhando diretamente para mim – mesmo depois
do banho frio, meu pau fica em estado de atenção.
Ela abaixa o olhar e seu rosto cora enquanto dá um passo à frente com olhos azuis
faiscando raiva e dor. Ela dá vários socos no meu peito, e o sofrimento em sua voz atinge
lugares muito mais profundos e vulneráveis dentro de mim.
Por que você não me toca? Por que diabos você não me possuí? Estou muito gorda? Muito magra? Você adora me torturar até que eu fique sem sentidos, ou você é apenas um cara cruel? Para sua informação, eu queria transar com você desde o dia em que entrei em seu quarto estúpido de hotel e, em vez disso, fui contratada!
Reajo instintivamente e a puxo com força, segurando seus braços para baixo.
– Por que você quer fazer sexo comigo? – quero saber. –
Para ter uma porra de uma aventura? O que eu deveria ser? Sua transa de uma noite? Eu sou a aventura da mulherada, caralho, e não quero ser a sua aventura! Eu quero ser real pra você. Entendeu? Se eu foder você, quero que seja minha. Me pertencer. Quero que você se entregue a mim, e não ao maldito Arrebentador!
Eu nunca vou ser sua se você não me possuir. – responde ela. – Me pega! Seu filho da puta, você não enxerga o quanto eu te quero?
– Você não me conhece. Você não sabe nada sobre mim.
Então me conte! Você acha que vou deixar você se me contar isso que não quer que eu saiba?
– Eu não acho, eu sei. – Pego o rosto dela, uma dor me corroendo por dentro enquanto
fito seus olhos dourados e famintos. –
Você vai me deixar no segundo em que a coisa ficar complicada, e vai me deixar sem nada, quando quero você como nunca quis nada na minha vida. Você é tudo em que penso, tudo com que eu sonho. Fico descontrolado e isso é por sua causa, não se trata mais de mim. Não consigo dormir, não consigo pensar, não consigo me concentrar em mais nada e tudo porque eu quero ser a porra do “único” pra você, e assim que você perceber o que sou, tudo o que eu vou ser será uma porra de um engano!
Como você pode ser um engano? Você já se viu? Você viu o que fez comigo? Você me tinha em stand by, seu maldito idiota! Você me fez desejá-lo até doer e daí não faz porra nenhuma?
Porque eu sou um merda de um bipolar! Um maníaco de merda! Violento. Depressivo. Eu sou uma bomba-relógio de merda, e se um dos caras da minha equipe fizer cagada quando eu estiver num dos episódios, a próxima pessoa que posso machucar pode ser você! Eu estava tentando contar isso o mais lentamente possível para que eu pudesse pelo menos ter uma chance com você. Esta merda tomou tudo de mim. Tudo. Minha carreira. Minha família. A porra dos meus amigos. Se isso atingir você, eu nem sei que porra eu vou fazer, mas a depressão vai me bater tão fundo que provavelmente vou acabar me matando!
Quando percebo o choque no rosto dela, me forço a soltá-la.
Deus do Céu, por que eu fiz isso? Por que contei dessa forma? Fiquei parecendo um
fodido. Eu achava que algum dia ela viraria as costas e iria embora? Droga, agora só
preciso contar os segundos. Meus nervos estão à flor da pele. Não dormi, e tudo que eu
disse a ela não é nem metade da verdade. Meu peito é um emaranhado de nós quando
visto a calça do meu pijama, depois pego uma camiseta no armário.
Posso vê-la lutando com a palavra. Bipolar.
Maníaco-depressivo.
Pirado desgraçado.
Dou a ela tempo para processar e aperto as minhas mãos, ainda segurando a
camiseta, e parece que uma granada vai explodir no meu peito enquanto assisto à luta

dela. Acabei de jogar no lixo meu plano de ir com calma e provar que sou bom para ela.
Eu vinha adiando. Esperando a hora certa. Talvez eu não quisesse que ela soubesse. Eu
queria fingir que ela nunca precisaria saber. E eu poderia ser apenas esse cara normal
com ela. Tentei durante toda a minha vida que isso não me definisse, mesmo quando por
anos isso era tudo que eu era.
Ninguém me disse que eu era um lutador, ou que eu podia ser amigo, filho ou
companheiro. Tudo que os médicos me diziam era que eu era bipolar.
E agora ela sabe. Ela sabe que esse sou eu – e eu a perdi. Antes de possuí-la.
Ainda estou me adaptando à ideia de que ela não vai querer nada comigo quando, um
por um, ela começa a abrir os botões de cima de sua blusa. Primeiro, tenho certeza de
que meu cérebro está me enganando. Um botão abre, depois o outro, revelando a pele
doce e bronzeada, e mais e mais pele. Meu pulso acelera e minha garganta começa a
fechar com a força do meu desejo. Em algum lugar do quarto, alguém fala,
provavelmente eu. Estou em processo de negação. Não posso acreditar. Não vou
acreditar e é melhor ela dar o fora daqui antes que eu acredite.
– Vai ser como está – aviso a ela. – Não estou tomando medicamentos. Eles me deixam
um morto-vivo, e eu pretendo viver a minha vida bem vivo.
Ela assente.
Sinto um aperto por dentro, bem lá no lugar do coração, enquanto os dedos dela
continuam abrindo os botões.
– Tire suas roupas, Chris.
Ela abre o último botão e abre a saia que está usando, e meus dedos têm espasmos
tão fortes, que deixo a camiseta que segurava cair no chão.
Ela é tão linda, que meus olhos devoram a abertura de sua camisa e a pele macia que
acabou de revelar, e eu ainda não posso acreditar que uma coisa tão linda e perfeita
poderia querer ficar comigo.
– Você não tem ideia do que está pedindo – digo com a voz grossa, e não sei com quem
estou furioso. Estou furioso apenas porque sou bipolar, e bem agora nada é capaz de me
convencer de que algum dia eu serei bom o suficiente para ela.
– Estou pedindo você – replica ela.
– Eu não vou deixar que você me abandonar.
Ela corresponde ao meu olhar, e meu coração bate tão rápido nas minhas têmporas,
que eu mal consigo escutá-la.
– Talvez eu não queira ir embora.
Meu coração bate forte com esperança, e parece que vai quebrar todas as minhas
costelas.
Me dê uma porra de uma garantia. Eu não vou deixar você ir embora, e você vai querer tentar. Vou ser difícil de suportar e vou ser um idiota, e mais cedo ou mais tarde, você vai se encher de mim.
Ela joga a blusa dela no chão e passa a saia pelos quadris. Fica ali parada de calcinha

e sutiã de algodão, a respiração pesada, seus olhos tão intensos e infinitos, que eu me
sinto sugado até o fundo de mim mesmo.
Nunca vou ter o suficiente de você, nunca. -diz ela, arfando.
Juro pela minha vida que nada se compara a isso. À forma como eu preciso dela. Como
a desejo. Como a amo. Meus sentimentos estão me comendo por dentro, toneladas de
coisas que nunca senti na vida, e um som baixo e faminto sai pela minha garganta
espontaneamente.
Ela para de respirar, enquanto a minha respiração está tão pesada, que eu consigo me
escutar, e eu preciso tanto agarrá-la, que fecho as mãos em punhos e falo com a voz
rouca:
– Vem aqui então.
Ela me fita impotente, e eu espero, meu coração batendo enquanto eu a pego, de
calcinha e sutiã. Ela é a coisa mais sexy, mais gostosa que eu já vi na vida, cada
pequeno músculo de seu corpo magro e compacto, enquanto seus quadris fazem uma
curva irresistível, seus pequenos mamilos visíveis pelo sutiã. Quando ela dá o primeiro
passo à frente, meu corpo todo fica tenso. O pulso dela palpita, minha boca enche d’água
com a necessidade de sentir o gosto dela, de sugá-la.
Ela para a um passo de mim, e eu estico o braço e na mesma hora enrosco minhas
mãos no cabelo dela e puxo sua cabeça para trás, enterrando meu nariz em seu pescoço.
O cheiro feminino dela me faz gemer, e conforme ela estremece e também sente meu
cheiro, passo a língua pelo seu pescoço e a envolvo em meus braços.
– Minha.
– Sim, sim, sim, Christian, sim. – Ela fecha a mão no meu cabelo e eu a cheiro como
um louco, depois seguro seu rosto e arrasto a minha língua pelo pescoço, maxilar até a
entrada de seus lábios.
Faminto, abro sua boca e mordisco a carne macia, fazendo-a gemer conforme entro.
Nossas línguas se enroscam, e deus do céu, juro que sinto ela se derreter por mim
enquanto estou pegando fogo por ela. Esse fogo é tão ardente, que meus nervos estalam
como fogos de artifícios dentro de mim enquanto tiro o sutiã dela. Encho a minha mão
com um peito redondo e levanto o mamilo excitado até a minha boca. Eu o umedeço com
a minha língua enquanto meus dedos mergulham dentro da calcinha dela… e então, ela
está na minha mão. Quente e molhada. Minha.
– Diga-me que isso é pra mim – ordeno com um som gutural, brincando com a ponta de
um dedo dentro dela.
– É pra você – diz ela arfando, então beija minha têmpora e meu maxilar enquanto
rasgo sua calcinha com um único e rápido movimento.
Ela arregala os olhos mostrando pura excitação de fêmea quando eu a levanto,
encostando-a na parede, suas pernas me envolvendo. Roço todo o meu comprimento na
entrada dela e seguro seus braços em cima da cabeça.
– Você é minha? – pergunto, deslizando a mão entre nós e enfiando meu dedo médio

dentro dela.
– Sou sua.
As palavras reverberam em mim conforme afundo mais meu dedo dentro dela.
– Você me quer dentro? – questiono com a voz rouca.
Os olhos dela faíscam de desejo, seus lábios vermelhos e molhados.
Eu quero você em todos os lugares. Sobre mim. Dentro de mim.

Luto para me controlar quando começo a penetrá-la, devagar e com facilidade.
Devagar o suficiente para não machucá-la. Apenas para lhe dar prazer. Ela geme
conforme a penetro, e quando começo a tirar, ela se segura em mim e desce seu corpo –
colocando-me todo dentro dela. O prazer toma conta de mim conforme seu calor me
envolve.
Louco de desejo, agarro seus seios e enfio minha língua dentro de sua boca, e ela me
suga, me sorve. Eu me sacio em seu maxilar, seu queixo, seu delicioso pescocinho, então
abaixo a cabeça e chupo um de seus lindos mamilos.
– Chris – geme ela, e passa os braços em volta do meu pescoço. Suas pequenas e
fortes coxas se seguram no meu quadril, e uma onda de prazer dispara pelo meu corpo,
fazendo-me tremer no lugar.
– Chris… – suplica ela, mexendo seus quadris. –
Por favor, por favor... Mexe dentro de mim...
Solto um gemido e tento não pensar em como ela é gostosa para que eu consiga fazer
com que dure, mas ela quer… merda, eu quero isso mais do que quero viver. Devagar,
saio de todo aquele calor molhado delicioso, depois invisto de volta. Um som de prazer
emana de nós dois. A boceta dela me envolve, e meu pau está tão pronto para gozar,
que preciso de toda a minha força para sair de seu calor gostoso e investir mais uma vez,
e quando faço isso, eu uivo e encosto a minha testa na dela, beijando-a
descontroladamente. Sussurro o nome dela dentro de sua boca e agarro seus quadris
conforme entro e saio. Fundo o suficiente para que cada pedaço do meu pau seja
devorado por ela. Estou tão excitado com esse novo ritmo, que a penetro com violência.
Ela goza junto comigo, e nós estremecemos e nos agarramos um ao outro. A língua dela
sobe pelo meu pescoço em movimentos circulares enquanto nossos corpos se contraem e
se liberam conforme nos abraçamos, e quando eu finalmente relaxo, solto um gemido.
Ainda estou duro como pedra, e ela ainda está molhada pra cacete, então eu agarro o
traseiro dela, mantendo suas pernas em volta de mim, e a carrego para a cama. Ainda
dentro dela, deito-a gentilmente, coloco um travesseiro sob sua cabeça, e começo a me
mexer de novo.
Testando-a primeiro, faço devagar, perguntando silenciosamente: você quer mais?
Ela responde baixinho com um miado sexy enquanto arranha as minhas costas com
suas unhas, e ela está maravilhosa embaixo de mim. Um maldito sonho pornográfico
olhando diretamente para mim. Lábios inchados. Olhos azuis pegando fogo. Rosto
corado. Cabelo escuro. Ela está ofegante quando me inclino e forço a minha língua para
dentro de sua boca.

– Você me queria – digo rispidamente, e deus, posso ver que ela me quer quando ela
para de ofegar e suga a minha língua. – Aqui estou eu.
Eu exijo mais dela desta vez, tomando-a de forma que cada célula de seu corpo se
abale com as minhas investidas e para que ela saiba que eu sou o seu homem a partir de
agora. Ela aceita tão bem e parece tão excitada ao gozar, que eu tiro meu pau molhado
e esfrego pelas suas coxas, seu abdômen, apertando seus lindos seios nas minhas mãos
e lambendo seu pescoço enquanto eu a deixo toda molhada e pegajosa junto comigo.
Faz muito tempo que eu queria tocá-la, sua tigresa.
Amo como ela gosta quando brinco com seus mamilos. Amo como são pequenos e
rígidos, e rosados e receptivos. Beliscando-os até que fiquem vermelhos e animados com
a minha brincadeira, agarro seus quadris e tomo-a de novo. Fundo. Forte. Meus dedos
afundam em seus quadris, e ela está tão faminta e apertada, que geme o meu nome:
– Christian.
Eu estou possuindo-a – e ela está cedendo a mim sem protestar. Ela quer ser possuída.
Ela quer ser minha.
Ela é. Minha. Agora.
Ela está ofegante.
– Ah, deus, você está tão duro, está tão bom.
E eu digo que ela está “tão doce e molhada” quando ela agarra minhas nádegas e me
puxa para mais perto enquanto se contorce embaixo de mim, e eu não consigo resistir à
forma como a bocetinha dela começa a gozar para mim. O orgasmo dela tira um gemido
baixinho dos seus lábios, e eu solto um uivo baixo e gutural, meu corpo contraído e se
aliviando junto com ela.
Caímos na cama, e ela puxa meu braço em volta de seu corpo e se aninha em mim,
beijando meu mamilo. Mudo de posição de forma que eu fique deitado de costas e ela se
deite em cima de mim, seu abdômen rígido contra o meu.
Sinto-me como um deus. Nunca vou me saciar de você, nunca…
Eu nunca tinha gozado dentro de uma mulher antes. Ela permite que eu faça isso. Para
mim, isso é o código para: Você é definitivamente meu homem.
Sim, eu me sinto fantástico e ainda quero banhá-la em mim para que cada centímetro
do seu corpo cheire a Christian Grey, seu homem.
Mexendo nela, faço com que espalhe seu corpinho sobre o meu, barriga com barriga, e
fungo na orelha dela enquanto minhas mãos contornam suas curvas.
– Você está com meu cheiro. – Gosto tanto disso, que começo a cheirar o pescoço dela.
– Hummmm – é a resposta preguiçosa dela.
Meu nariz roça a têmpora dela enquanto aperto seu traseiro gostoso. Ela parece
sonolenta, mas estou muito ligado para descansar.
– O que você quer dizer com hummm?
– Você disse primeiro – comenta ela, atrevida, e eu posso perceber que ela está
sorrindo.

Na escuridão, meu olhar desce pela curva do maxilar dela enquanto digo a ela
baixinho:
– Quer dizer que quero comer você. Seu pequeno bíceps. Seu pequeno tríceps. – Roço
meu nariz no dela e ela inclina a cabeça para trás, permitindo que eu beije sua boca
doce. – Agora você.
Ela pega a minha mão e coloca sobre seu abdômen, onde eu deixei um rastro molhado
sobre sua pele.
Isso significa que vou dar uma de francesa e ficar sem tomar banho uma semana pra poder sentir seu cheiro em mim.
Deus, juro que só a minha mulher diria isso. Gemendo, eu viro de lado para que
possamos nos encarar, então estendo minha mão e a coloco entre suas pernas e enfio
meu sêmen para dentro de suas coxas, para dentro de sua boceta.
– Grudento? – sussurro ao inclinar a cabeça e passar a língua pelo ombro dela,
enquanto penetro meu dedo molhado em sua entrada. – Você quer me lavar de você? –
indago gentilmente.
Ana se contorce de forma quase imperceptível, mas não tanto que eu não perceba
que ela quer se aproximar de mim, dos meus lábios, do meu corpo e dos meus dedos. Eu
amo isso demais.
– Não – murmura ela, abrindo as pernas um pouco mais para mim. – Quero que me dê mais.
Quero que ela sinta o nosso gosto, então passo meu dedo molhado pelos lábios dela e
enfio dentro de sua boca.
Eu quis comer você desde a primeira noite em que a vi – sussurro com a voz rouca,
observando enquanto ela chupa.
– Eu também.
A confissão dela faz um nó dentro de mim, e eu introduzo um segundo dedo úmido em
sua boca, fitando seus olhos azuis fecharem enquanto sente nosso gosto como se
fosse um banquete. Quando ela geme, já estou inchando de novo.
– Você gosta do meu sabor? – quero saber.
Hmmm... É só isso que eu quero de agora em diante. – Ela mordisca a ponta dos meus
dedos e meu pau atinge seu máximo quando os dentes dela afundam na minha pele. –
Eu sempre vou querer minha dose de Chris depois do jantar – continua ela. Estou ficando
dolorosamente rijo e o brilho travesso nos olhos dela está me enlouquecendo de desejo.
E talvez antes do café. E depois do almoço. E na hora do chá.
Solto um gemido, não consigo suportar. Um homem com um propósito, desço até as
pernas afastadas dela e minha língua prova o seu sexo. Ela arqueia o corpo, se
oferecendo, e eu agarro suas nádegas para levantá-la até a minha boca, o gosto dela
embriagante. Doce, trazendo um prazer que aterrissa nas minhas bolas. Estou com tanto
tesão e sedento dela, que só consigo falar entre as lambidas.
– Eu… quero… gozar… em cada parte do seu corpo. – Sugo o gosto dela, fechando os

olhos enquanto saboreio, então levanto para esfregar minha ereção pela entrada dela
mais uma vez.
Ela agarra minha cabeça e balança em uma súplica silenciosa enquanto toma meus
lábios nos dela.
– Você pode gozar onde quiser, dentro de mim, fora, na minha mão, na minha boca.
Os dedos dela envolvem meu pau, e o toque é tão inesperado, tão doce e tão ousado
enquanto ela gentilmente me acaricia, que meu pau salta e eu começo a gozar,
espirrando sêmen em todo o seu braço e pulso. Ela se vira e pula em cima de mim,
sentando na minha flecha, uivo de prazer e jogo a minha cabeça para trás enquanto
seguro seus quadris e levanto-a, depois a puxo para baixo de novo, ainda gozando dentro
dela.
Então, ela estremece e geme baixinho, jogando a cabeça para trás ao explodir junto
comigo, então cai, relaxada e sem energia, em cima do meu peito. Deixo que ela se
esparrame em cima de mim e deixo meu pau dentro dela, arfando, deslizando as mãos
pelas costas dela, contornando seu traseiro, cada vértebra de sua coluna.
Ficamos deitados por horas, nos acariciando. Ela está fraca, mas eu ainda estou aceso
por estar com ela. Não consigo parar de deslizar as mãos por suas curvas. Toco o joelho
dela, sua bunda, seu cabelo.
– Na noite em que eles sedaram você… – ela me pergunta, um pouco grogue, horas
depois – aquilo foi um episódio?
Ela faz carinho no meu abdômen, mas nem mesmo seu toque faz com que eu não fique
tenso com o tópico.
– Podemos falar sobre isso? – pergunta ela.
Fecho os olhos enquanto as carícias dela continuam. Eu nunca antes tinha sido
acariciado senão para preliminares. Não permito isso depois que termino. Como em uma
luta. Mas ela está me tocando e eu gosto tanto, puxo-a para mais perto para que ela não
se afaste nem um pouco de mim.
Talvez prefira falar com Taylor sobre isso.– sussurro.
– Por que você não fala comigo, Christian?
Ah, merda. Sento-me e tiro meu pé da cama, então passo as mãos pelo rosto.
Porque em um monte de episódios eu não me lembro do que faço.
Começo a andar de um lado para o outro. Detesto falar sobre isso. O tópico me deixa
aflito. É algo de que não consigo me lembrar e geralmente não tenho um controle claro.
O que ela quer que eu diga? Que eu faço merdas, e depois não tenho certeza se fiz? Que
parece que eu perco o controle e quando volto a mim, costumo descobrir por alguma
outra pessoa que eu fui um cretino completo?
Tudo bem, eu vou falar com Taylor sobre isso, mas volte para a cama – pede ela, mas ela cedeu fácil
demais. Não sou nenhum idiota e sei o que ela quer saber. Merda, ela merece saber.
– Eu me lembro de você – digo a ela, só para deixar claro. –
no meu último episódio. As doses de tequila. O jeito que você estava. O pequeno top que estava vestindo. As noites que dormiu na minha cama.
Ela parece absorver isso por um momento e, então, sussurra, a voz carregando uma
ternura que nunca ninguém dispensou a mim.
Eu queria muito que a gente desse certo.
Sinto um nó de emoção no meu peito e viro. Seus olhos são um poço sem fundo. A
forma como ela me encara. Sinto que ela realmente me vê. Sem censura, sem nojo. Sinto
que ela me deseja. Que ela me quer de uma forma que nunca ninguém me quis.
– Você acha que eu não? – respondo baixinho, sem acreditar. – Eu queria que
acontecesse desde… – Voltando para a cama, não consigo resistir e beijo-a. –
Cada segundo eu quero que aconteça.
Três dedos tocam o meu maxilar, o olhar dela curioso no meu rosto.
Alguma vez você já machucou alguém?

Deus, eu odeio ter de dizer isso a ela. Quero dizer que sou forte, rápido, o mais forte, o
mais rápido. Não quero dizer que sou ferrado. Perigoso. Volátil. Isso mesmo, uma
confusão. Mas nunca fui mentiroso.
Eu machuco tudo que eu toco. Eu destruo as coisas! Só sou bom nisso. Já encontrei
prostitutas na minha cama que não lembro de levar para lá e joguei-as para fora do
quarto do hotel nuas, furioso demais por não me lembrar do que tinha feito. Já roubei, já
vandalizei, acordei em lugares de que não me lembro como cheguei…
– Respiro fundo e
suspiro. – Olhe, como Taylor e Sawyer alternam seus dias de folga, sempre tem alguém para
me apagar por um ou dois dias quando perco o controle. Vou ao fundo do poço, depois eu
volto. Ninguém se machuca.
– Só você. Ninguém se machuca, só você. – Com uma ruga de preocupação na testa,
ela pega a minha mão, e eu não consigo acreditar em como algo tão menor do que eu
pode me dar tamanha sensação de bem-estar. –
Chris, eles precisam mesmo apagar você desse jeito?  – Ela entrelaça seus dedos nos meus, e eu abaixo meu olhar e a
fito. Olho para aquela ruga na testa dela. Para aqueles olhos azuis, preocupados
comigo de uma forma tão nova para mim, que é quase surpreendente. Mas não é. Quero
que ela saiba que eu preciso disso. Ela está segurando a minha mão, e eu aperto a dela
com mais força para que seja eu quem a segure. Eu sempre vou segurar nós dois.
– Sim – digo de forma enfática. Eu não me importo com o que o Taylor precisa
fazer, mas preciso que me mantenham na linha, agora mais do que nunca. –
Especialmente se eu quiser... isso … – Com a minha mão, aponto para ela, depois para
mim. – Eu quero isso. Muito. – Então, eu esfrego meu nariz nela. – Estou tentando não
estragar tudo, certo?
– Certo.
Beijo a parte de trás de sua mão

– Certo. 

Um comentário:

  1. Coitado dele está tentando de todas as formas não deixar seu lado negro atingir Ana
    Porque ele quer muito que eles dêem certo

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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