Capítulo 38
FÊNIX
RENASCIDA
Ana
Eu me sinto uma merda no dia seguinte,
mas então ouço Christian murmurar, enquanto tomamos o
café em silêncio:
– Vai correr comigo até o ginásio?
Concordo com a cabeça.
Ele parece estar me olhando como se não conseguisse descobrir o que fazer com
uma granada
detonada. Estou tentando descobrir o que fazer comigo mesma também. Nunca me
senti tão
consumida pelo ciúme e mágoa, raiva e autoaversão na minha vida. Estou tão
enjoada que nem
consigo comer, apenas beber um suco de laranja, e então visto minhas calças de
corrida e tênis e
tento não vomitar quando escovo os dentes.
Arizona, hoje, é um inferno de calor, e na trilha fora do nosso hotel coloco o
boné e me alongo
silenciosamente, tentando me concentrar na segunda coisa que eu mais amo no
mundo depois de
Christian: correr. Sei que vai me fazer sentir bem, ou pelo menos, que vou me
sentir melhor.
Nós não falamos sobre isso.
Nós não nos beijamos.
Nós não nos tocamos.
Desde que eu chorei como uma idiota em seus braços na noite passada. Quando
acordei, ele estava
olhando para fora da janela, o seu perfil ilegível, e quando ele se virou, como
se estivesse me
sentindo, tive que fechar meus olhos, porque estou com medo de que, se ele for
gentil comigo de
novo, eu abra o berreiro.
Agora, ele salta no lugar enquanto me alongo. Ele está usando seu moletom
cinza, cada centímetro
dele é o de um boxeador pelo qual você morreria. Por quem você mataria. Por
quem abandonaria sua
vida em Seattle.
– Tudo bem – sussurro, acenando.
– Vamos
com isso.
Ele dá um suave tapinha na minha bunda e começamos a correr, mas a noite sem
dormir significa
que eu realmente não tenho a velocidade que quero. Christian parece um pouco
cansado hoje,
correndo em silêncio ao meu lado,
golpeando o ar com os punhos.
Continuo esperando que minhas endorfinas apareçam, mas meu corpo não está do
meu lado hoje,
nem as minhas emoções. Quero afundar em um canto tranquilo e chorar de novo,
até colocar tudo
para fora e parar de doer, até não estar mais com raiva de mim, ou dele, por eu
dizer sim a tudo em
que ele podia colocar as mãos e se recusou a colocar durante meses.
Paro de correr e coloco as mãos nos joelhos, sugando o ar para me acalmar. Christian
diminui a
velocidade e continua golpeando o ar enquanto volta. Quero gemer em protesto
sobre a forma como
me sinto uma merda quando ele parece mais do que decente. Ele para perto de
mim, e uso meu boné
para esconder minha cara de idiota.
– Se vamos correr até o ginásio, precisamos chegar lá hoje – ele fala baixinho,
divertido,
estendendo a mão e derrubando meu boné para trás. Mordo meu lábio com força
quando ele me
examina, me forçando a manter seu olhar.
Ele sorri para mim, suas covinhas aparecendo enquanto ele fica lá; um pouco
arrogante, muito
gostoso, Christian Grey, o homem dos meus sonhos. Nesse capuz cinza. Aqueles
olhos azuis olhando
para mim. Ele é tão aerodinâmico quando corre, mesmo quando cansado, ele desafia
a gravidade.
Seus ombros fortes esticam o tecido da camiseta quando seus pés tocam o piso da
trilha de corrida.
Por favor, alguém me mate agora.
– Acho que vou andar até lá – respondo
a ele, ajoelhando-me num impulso para fazer outro nó nos
cadarços do meu tênis, para que eu possa olhar para os meus Nikes em vez de
olhá-lo. – Vá em frente
sem mim e estarei lá.
Nunca me recusei a correr com ele. Este é o nosso momento, este tempo é
especial, mas sinto-me
fraca e miserável.
Caindo de cócoras para ficar no mesmo nível que eu, ele ergue o boné e me
examina, sem as
covinhas no rosto.
– Vou caminhar com você – ele me diz, colocando meu boné no lugar e ficando de
pé.
– Você não precisa fazer isso. O treinador Lupe está esperando.
Ele agarra meu queixo e me olha com olhos azuis atormentados.
– Vou caminhar com você. Agora me dê sua mão e deixe-me ajudá-la.
Ele estende a mão e eu a vejo, e eu quero pegar essa mão, e ela está lá.
Levanto-me sozinha e
começo a andar.
Ele ri baixinho enquanto anda ao meu lado.
– Não acredito nisso – resmunga.
Ele enfia as mãos no moletom, a cabeça escura inclinada enquanto olha para a
trilha e caminha ao
meu lado. Seu capuz caiu quando ele se inclinou para oferecer sua mão, e seu
cabelo castanho está uma
bagunça adorável; nossa, como quero passar os dedos e beijá-lo e fingir que sou
forte como eu
costumava ser, mas em vez disso estou
enjoada e me sinto tão forte quanto um graveto.
– Quantas eram? Você sabe? – eu me ouço perguntar.
Ele faz um som baixo, rosnando e empurra para trás dois punhados de cabelo
antes de deixar cair
suas mãos.
– Me diga apenas o que você quer que eu faça. O que você quer que eu diga? Você
não vai parar
de chorar, você não vai comer, porra, você se afasta do meu toque. Por que
diabos você está
deixando que isso seja tão importante?
– Porque você nem se lembra, nem sabe o que fez com elas, quem elas são. Uma
delas poderia
estar grávida de seu maldito bebê enquanto falamos! Elas poderiam tirar fotos
de você. Elas
podiam... Tirar vantagem de você!
Ele começa a rir e me olha divertido, como se ninguém pudesse machucá-lo, mas
podia. Babaca
presunçoso, podia sim!
Mesmo sendo o mais forte e mais poderoso ser humano que já conheci, quando está
negro ele é
imprudente e vulnerável, e ele poderia se machucar e definitivamente poderia
ser machucado. O
pensamento de que qualquer um, especialmente algumas vadias, tinham acesso a
ele quando ele
estava assim me faz ter vontade de explodir. Limpo uma lágrima com raiva e
continuo andando, então
ele me bloqueia com seu corpo e encosta de propósito as costas de suas mãos nas
minhas. Ele
esfrega o polegar.
– Apenas pegue a minha mão, pimentinha – ele provoca suavemente.
Respirando fundo, forço meu dedo mindinho a se mover, e ele conecta nossos
dedos. Sinto o calor
de seu toque subir pelo meu corpo e acho que ele percebe que não posso reprimir
um pequeno
tremor. Ele brinca comigo, numa voz baixa que derrete tudo dentro de mim:
– Eu lhe dou a minha mão, e você me dá seu dedo mindinho?
– Christian, não posso fazer isso agora!
Começo a correr e ele apenas se junta a mim no ginásio, tirando o capuz e
batendo as luvas. Ele
começa a bater nos sacos de areia sem um único olhar em minha direção e bate
com força, muita
força. Fico de pé ao lado das linhas laterais, tensa pela forma como o ar crepita
entre nós, como um
circuito elétrico de repente descontrolado e a ponto de entrar em combustão. O
treinador olha para
ele, e olha para mim, e Sawyer surge, igualmente preocupado quando examina a
nós dois.
Ninguém fala com ele e ninguém fala comigo.
Vou para o banheiro e começo a vomitar.
* * *
O calor na arena Phoenix é opressivo.
Os assentos caros são amontoados, um
após o outro, e cerca de cinco centenas de pessoas estão
agora gritando descontroladamente quando Butcher e Marreta acabam de subir ao ringue.
Em
seguida, Wham!
Tum! E Marreta acaba ensanguentado e imóvel
na lona.
– Uau, isso foi uma pena pro Marreta – diz Taylor.
Kirk “O Marreta” Dirkwood nem sequer estremeceu desde que desabou na lona.
Butcher, porém, é um lutador enorme. Tão grande que ele é duas ou três vezes
maior do que
qualquer outro lutador, seus punhos se parecem com bolas de ferro, e os dedos
parecem lanças. Ele
acaba de ser anunciado o vencedor, e agora grita uma série de palavrões para a
multidão, dizendo
que é “o maior filho da puta que este ringue já viu!”, e subitamente a lona sob
seus pés começa a
estremecer quando ele começa a andar, gritando ainda mais alto:
– Tragam-me o Arrebentador! Deixem-me dar uma lição nesse moleque!
Eles estão arrastando o Marreta inconsciente para fora do ringue, e meu
estômago está dando um
nó quando Butcher bate no peito como um gorila e continua gritando numa voz que
parece de um
monstro:
– Arrebentador! Você me ouviu? Venha pra fora, bichinha! Venha me enfrentar
agora!
– Ele é amigo de você-sabe-quem – Taylor me diz revirando os olhos. – E agora,
graças à final do
ano passado, ele acha que pode derrotar Chris também.
A multidão fica inquieta. Percebo que a fome do Butcher só desperta o público.
Eles ouviram o
nome, e isso se espalha como fogo em todas as arquibancadas, começando com
murmúrios e subindo
a um crescendo:
– ARREBENTADOR! ARREBENTADOR! ARREBENTADOR!
Imediatamente eu sei, com cada fibra em mim, que eles vão levá-lo para fora.
Ele é chamado não
só por Butcher, mas por toda a arena, explodindo em gritos.
– ARREBENTADOR! ARREBENTADOR!
Eu me sinto como se um punho enorme estivesse espremendo minhas entranhas
enquanto espero
por um vislumbre dele. Ele está com raiva de mim. Ele está com raiva de mim
porque eu estou sendo
ridícula e odeio não poder deixar de ser ridícula, então estou com raiva de mim
também.
– ARREBENTADOR! ARREBENTADOR! – A multidão continua gritando por ele.
Há uma comoção quando os organizadores parecem lutar para cumprir as exigências
da multidão,
que grita ainda mais alto.
– Arrebentador!
– Porra! Tragam o Arrebentador!
Os alto-falantes voltam à vida e o locutor parece sem fôlego.
– Vocês pediram por ele, senhoras e senhores! Pediram por ele! Então, vamos
trazer aquele que
todos aqui vieram ver nesta noite! O
primeiro e único ARREBENTADOOOORRR!
A multidão ruge em delírio e o meu corpo grita em silêncio enquanto todos os
meus sistemas
entram em alerta. Meu coração salta, meus pulmões inflam, e meus olhos doem
quando os coloco
fixamente na passarela. Todos os vasos e capilares no meu corpo se dilatam para
acomodar o fluxo
de sangue, e os meus músculos da perna se sentem prontos para correr, ainda que
tudo o que eu posso
fazer seja me contorcer desconfortavelmente na cadeira. Nem parece que consigo
fazer o corpo
perceber que Chris não está em perigo. Nem eu estou. O meu cérebro não consegue
compreender que
o homem que eu amo faz isso por esporte, para ganhar a vida. Para o seu
bem-estar mental. Então eu
me sento aqui, enquanto meu corpo desencadeia os mesmos hormônios como se eu
estivesse sendo
encurralada por três ursos delirantes prontos para me devorar.
E então eu o vejo entrar na arena – forte, magnífico, no controle.
Ele sobe ao ringue rapidamente e tira o roupão enquanto Butcher se mantém
batendo no peito, e a
multidão recebe Christian com todo o seu amor e devoção. Como sempre faz.
Prendo a respiração e minhas mãos se fecham no meu colo conforme eu espero que
ele se volte
para olhar para mim.
Ele me mata. Em primeiro lugar, eu como que assisto em antecipação, depois com
medo, então,
incrédula, quando ele faz sua volta pelo ringue sem sorrir, e a seguir ele
solta os braços ao lado do
corpo e fica no lugar. O gongo soa.
Os homens avançam. Estremeço quando a cabeça de Chris voa para o lado pelo
primeiro impacto.
– Oh, não! – Meu estômago se contrai, meus olhos borram quando vejo sangue.
Os sons terríveis de ossos estalando contra a carne se seguem, uma pancada após
a outra, quando
Butcher lança mais três golpes consecutivos, todos para o rosto de Chris.
– Oh, Deus, Taylor – suspiro, cobrindo meu rosto.
– Merda – Taylor diz. – Por que ele olhou pra você?
– Ele me odeia.
– Ana, deixe disso ...
– Nós... Ele... Estou tendo problemas para lidar com o
lance das mulheres, entendeu?
Taylor olha para mim com uma expressão de conflito, e seu olhar se finca ao meu
perfil, como se
quisesse dizer algo, mas não pode.
Christian rosna com raiva e levanta sua guarda, enquanto balança a cabeça. Seu
rosto está
sangrando pelo nariz, lábios, pela pequena cicatriz em sua sobrancelha, e eu
nem sei onde mais.
Butcher ataca de novo, mas Chris bloqueia, e eles trocam socos por cerca de um
minuto até soar o
minuto de descanso, e eles vão para o corner de cada um. Sawyer coloca algo
sobre as feridas, e o
treinador está gritando coisas para ele. Chris balança a cabeça, sacode os
braços, flexiona os dedos,
e volta, com raiva agora, e vai de igual para igual com aquela besta terrível e
forte e suas mãos
poderosas.
Lá vão eles de novo, dançando e golpeando.
Christian finta para o lado e Butcher lança seu punho para o espaço onde Chris
estava.
Christian volta com um uppercut
para o rosto, que atinge o oponente com
tanta força que ele
balança de lado.
Leva alguns momentos para Butcher recuperar o equilíbrio. Ele move o braço, mas
Chris se
esquiva e volta com um soco nas costelas, no fígado e no rosto, todos com
velocidade e precisão
perfeitas. Pow,
pow, pow!
Butcher ativa um punho adiante mais uma
vez, apontando para o rosto de Chris, mas Chris
bloqueia o soco e de novo volta com um direto, batendo o punho em linha reta no
rosto gordo e feio
do carniceiro. Butcher cai de joelhos.
Ao meu lado, a emoção de Taylor vem crescendo e eu o ouço murmurar:
– Vamos, Chris. Por que você está deixando ele entrar? Você sabe disso. – Ele
se vira para mim e
sussurra: – Você pode ensinar a velocidade e a agilidade, mas você não pode
jamais ensinar um
homem a ser um pegador pesado como Chris é. Quando ele começa a atingir do
jeito que quer,
acabou-se.
Vejo que ele está sorrindo, mas eu não estou.
Chris ainda está sangrando, e enquanto a luta avança, ele continua recebendo
alguns golpes em seu
corpo.
Eu odeio, odeio quando ele fica machucado, mesmo que o meu trabalho seja
ajudá-lo a se
recuperar. Ele ri e cospe, quase como se estivesse gostando.
O pesadelo da última luta da temporada passada fez alguma coisa comigo, e
assistir a isso de novo
me apavora.
Meu medo cresceu e supurou, e hoje à noite é esmagador. Por um momento, minha
cabeça gira
levemente, mas, ao mesmo tempo, tenho certeza de que minha adrenalina vai me
manter acordada,
mantendo meu corpo nutrido e pronto para defendê-lo.
Butcher de novo se levanta e acerta outro soco no rosto de Chris, que faz
balançar sua cabeça para
trás, mas seu corpo permanece firmemente plantado. Minha árvore está sempre tão
firmemente
plantada. Ele desvia e soca de volta, mais firme. Os dois homens se abraçam,
então se empurram e
Christian ataca novamente, o sangue no rosto escorrendo bastante agora, à
medida que ele desfere
mais golpes, pow,
pow, pow!
Seus socos rápidos e consecutivos fazem
Butcher recuar. O grandalhão se encosta na corda atrás
dele, mas se recusa a cair. Chris o encurrala, o peito brilhando de suor e seus
músculos ondulando
enquanto esmaga as costelas do carniceiro e depois seu rosto.
Minha respiração me abandonou. O medo
se instala dentro de mim e colide com outras sensações,
como esta excitação incrível que sempre me agarra quando o vejo lutar. Ele é
tão espetacular. O
poder em seu corpo, a ondulação de seus músculos, o flexionar perfeito quando
cada músculo
endurece e se solta. Christian usa tanto seu intelecto quanto seus instintos
para lutar. Ele parece
planejar e depois atua conforme o plano, mas, mais do que qualquer coisa, ele
parece viver o
momento... Amá-lo.
Seu rosto está concentrado agora enquanto esmurra Butcher até que o homem
desaba em uma poça
vermelha em seus pés. Literalmente, a seus pés. Seu rosto bateu nas sapatilhas
de Chris.
Os lábios de Chris se curvam de prazer pela visão, e ele fica de lado, girando
seu corpo em minha
direção.
– Arrebentador! – o locutor grita, e quando seu braço é erguido para cima, seu
olhar finalmente me
atinge.
Minha pulsação cessa dentro de mim. O barulho desapareceu. Até mesmo meu
coração parece ter
parado de bater. É estúpido o quanto eu preciso disso, mas quando ele por fim
levanta o braço e
balança a cabeça para mim e seu olhar irritado enfim pousa em mim, eu me
arrepio no meu lugar.
Seu olhar é vividamente possessivo e furioso, uma gota de sangue escorrendo
pela pálpebra do
corte na sobrancelha, sangue escorrendo de seu nariz e lábios.
E quando o mestre de cerimônias lhe pergunta algo, ele acena com a cabeça, e
outro lutador é
chamado para ele.
– Sim, agora ele vai precisar trabalhar essa raiva pra fora – Taylor murmura
para si mesmo.
Um novo furacão de nervos me varre quando ouço essa frase. Juro, se eu não
soubesse, acharia
que ele estava fazendo isso apenas para me torturar e punir. As endorfinas irão
impedi-lo de sentir
qualquer dor. Na verdade, ele é tão orgulhoso e motivado que ensinou seu corpo
a ignorar a dor. Ele
sempre procura ultrapassar seus limites, e acho que o seu limiar para a dor
pode ser maior do que o
de qualquer outro atleta que já conheci, mas meus próprios limites foram muito
além nesta noite.
Christian acerta vários golpes no novo cara, usando ótimas combinações de socos,
mas, embora
Sawyer tente curá-lo em seu corner, o sangue continua escorrendo pelo rosto.
Ambos os lutadores trocam golpes duros e de repente o ringue se transforma num
redemoinho de
carne e músculos em movimento. Mantenho a visão em Chris pela tatuagem em seu
bíceps quando ele
solta o que ouvi Sawyer chamar de “cachos de socos”. Ele acerta um nas
costelas, um no queixo, e
depois joga um gancho de direita, seu soco mais potente.
O oponente gira, tropeça e desaba de cara na lona.
A multidão grita.
– Arrebentador! Senhoras e senhores, o vencedor, mais uma vez! Arrebentadoooor!
Estou tão desgastada. Eu me transformei
em geleia, gelatina, tudo mole e estúpido.
– Arrebentador!
Parece uma eternidade, mas na verdade leva apenas cerca de vinte minutos para
sair da arena de
limusine para o hotel, e as minhas pernas tremem enquanto nos acomodamos no
carro. Todos os meus
sentidos gritam para que eu cuide de meu homem quando ele se estatela no
assento em frente ao meu,
ao passo que a parte agressiva de mim ainda quer bater nele porque... Que porra
aconteceu lá?
– Cara, que diabos você estava fazendo? – Sawyer começa parecendo tão confuso
quanto eu.
– Pronto, Chris. – Taylor passa a ele um gel para a mandíbula. – Acho que o
corte na sobrancelha
pode precisar de um ponto.
– Como você se sente, rapaz? Será que ter deixado te foderem na pancada fez
você se sentir
melhor? – o treinador pergunta em completa indignação, sentado lá na frente. –
Onde estava a porra
de seu jogo?
Christian pega o pacote de gel, coloca-o de lado, e olha diretamente para mim,
sentada imóvel no
assento em frente.
Está usando sua calça de moletom cinza e um capuz vermelho confortável, o capuz
puxado sobre a
cabeça a fim de manter a temperatura do corpo nivelada. Ele está meio deitado,
grande e tranquilo,
no banco, mas o nariz está sangrando, seus lábios estão sangrando, o corte
acima da sobrancelha
também. Seu rosto é uma bagunça, e sinto que há uma bomba dentro da minha
barriga só de olhar
para ele. Mas ainda assim ele olha para mim com os olhos atentos, límpidos e
azuis.
Acho que eu deveria me acostumar com o fato de que meu namorado recebe socos
para ganhar a
vida, mas não posso. Não posso sentar aqui e ver seu rosto, inchado e
sangrando, sem querer bater
em quem fez isso. Quero muito dar um soco em alguma coisa, e estou tremendo com
a necessidade de
estender a mão e abraçá-lo e puxá-lo para mim, enquanto conto mentalmente os
minutos que
levaremos para chegar ao nosso hotel.
Ouço Sawyer me dizendo:
– Venha, Ana, vamos trocar de lugar pra que você possa cuidar dele.
Sacolejando ao sair do meu lugar, acomodo-me à direita de Christian, e enfio a
mão rapidamente
em sua mochila aberta, extraindo meus pacotes com álcool, algumas pomadas e
tiras de gaze.
– Deixe-me tentar arrumar isso – sussurro para ele e a minha voz, oh Deus, ela
soa tão íntima,
mesmo quando o carro inteiro está assistindo. É só que eu não pareço ter outro
tom, exceto o que
saiu: baixo e repleto de emoção.
Ele se vira por completo em minha direção para me deixar desinfetar as feridas,
e seu olhar...
Posso sentir isso, uma coisa palpável
no meu rosto enquanto aplico o bálsamo na parte de sua boca
que sempre fica cortada, a parte mais carnuda de seu lábio inferior. Meus
dentes instintivamente
mordem o meu lábio quando pressiono a
pomada. Deus, eu detesto quando ele se machuca.
– Faça a sobrancelha, também, que parece um pouco profundo – Taylor instrui.
– Sim, entendi – respondo, ainda com aquela voz que não quero usar agora, mas
parece que não
consigo modificar.
Estou tentando ser eficiente com as minhas mãos, mas elas estão tremendo mais
do que eu gostaria,
e o calor do corpo de Chris, que está mais quente ainda depois da luta, me
envolve tão
completamente quanto os braços dele fazem às vezes. Sua respiração rápida banha
minha testa e
preciso de toda a minha energia para abafar o impulso de inclinar-me mais perto
e respirá-lo dentro
de mim só para me acalmar com o conhecimento de que ele está bem. E pelo menos
respirando.
Ainda inflada com a adrenalina, vou para o corte no supercílio e pressiono a
ferida fechando-a entre
dois dedos. Nossa. Quase não suporto ficar assim, tão perto dele. Uma centena
de espinhos pequenos
corre dos meus dedos para os meus braços, e vão direto para o meu coração que
está saltando.
Respirando fundo, adiciono uma leve pressão no corte, enquanto inspeciono o
resto do rosto...
Para encontrar o azul de seus olhos
inteiramente fixados em mim. Coisas se contraem em meu
interior.
Ele está deitado no banco do carro, inclinado na minha direção, mas seu
silêncio me deixa
superatenta, pois consigo sentir toda a energia represada em seu corpo como se
ele estivesse pronto
para saltar. Em mim.
Meu coração começa a pegar um pouco mais de velocidade, e prendo a respiração
quando me
inclino mais perto, pego outra gaze e sussurro com a voz mais nivelada que
posso controlar:
– Feche este olho.
Mantendo preso o corte acima da sobrancelha, começo a limpar o sangue que
escorreu sobre a
pálpebra. Obedecendo, ele fecha o olho e mantém o outro me observando, como se
houvesse alguma
coisa na minha expressão que ele anseia ver.
Sua voz de repente tem um som estridente na escuridão do carro.
– Estou todo fodido.
Aquele sussurro inesperado e gutural perfura a minha pele e quase me faz
saltar.
– Meu bíceps direito está fodido, e meu ombro, e dói meu oblíquo esquerdo.
– Cara, isso é insano! Como você pode ferrar tudo isso em uma noite? – pergunta
Sawyer em
confusão.
– Ana, você sabe o que fazer – comanda o treinador do banco da frente.
Balançando a cabeça de modo rápido, olho para os olhos azuis de Christian, a
maneira como eles
brilham de contentamento masculino, e aperto meu queixo quando finalmente
compreendo o que está
acontecendo aqui.
* * *
Quando chegamos ao nosso quarto de hotel, estou furiosa.
– Você deixou que ele socasse você de propósito.
Ele se estatela no banco ao pé da cama e olha para mim, jogando uma garrafa
vazia de Gatorade
de lado.
– Estou todo fodido, vem me consertar.
– Você está fodido, tudo bem, mas não é o bíceps que precisa de algum carinho!
– Tem razão, não é. – Seus olhos brilham à luz suave do abajur enquanto me
observa. – Você não
vai me consertar?
– Só porque sou paga pra isso. – Bufando de raiva, pego os meus óleos de
massagem,
especificamente o meu óleo de arnica e o meu óleo de mostarda para a
inflamação, então vou abrir o
chuveiro. – Você vai tomar um banho de água gelada.
Seus lábios se curvam quando ele fica de pé e acena para mim, me chamando.
Quando vou até ele
perplexa, ele passa o braço sobre meus ombros.
– O quê? Você precisa de ajuda pra andar? Você estava saltando há alguns
minutos atrás – digo a
ele.
– A endorfina mascara a dor – murmura ele em meu ouvido quando passo meu braço
em volta de
sua cintura e o levo ao banheiro. – Eu disse que estava todo fodido.
Eu o apoio na parede e abro a porta do boxe, e enquanto verifico se a água está
fria, ele me arrasta
em seus braços, gira o registro para médio, e carrega nós dois para dentro, de
roupa e tudo.
A água corre sobre nós, eu engasgo de surpresa e chuto o ar, conforme as minhas
roupas se grudam
à minha pele.
– O que você está fazendo?
Ele tira os meus sapatos e joga-os sobre a divisória de vidro acima do boxe,
então me coloca de
pé e puxa a saia pelas minhas pernas. Todos esses feromônios que ele põe para
fora depois de lutar
de repente travam uma batalha contra os meus sentidos, e começo a me sentir tão
quente que a única
coisa impedindo de me transformar em cinzas é a água batendo na minha pele.
– O que você está fazendo? – exijo saber, sem fôlego.
Ele puxa o meu top e o atira para o chão de mármore com um som molhado. Tira a
roupa e fico tão
esmagada pela raiva por causa da forma como ele se deixou ser socado, e tão
excitada pela visão de
seus músculos flexionando enquanto ele tira a camiseta e exibe sua pele dourada
e molhada, que
tenho vontade de bater nele e beijá-lo ao mesmo tempo. Quando seus shorts batem
no chão e ele o
chuta de lado, oh Deus, meus olhos doem.
Tenho que morder meus lábios, tentando sufocar o instinto de me atirar para
cima dele e dar-lhe
qualquer coisa que ele precisar.
Mantendo seus olhos nivelados nos meus, ele recua para baixo da
ducha, seus ombros largos me protegendo da água, então, quando sinto o lento
esfregar de seu
polegar deslizando até meu queixo e delicadamente puxando um dos meus lábios
livre dos dentes,
ouço sua voz grossa quando ele sussurra:
– Isso é meu pra morder.
Não estou respirando. Ele tem esse efeito avassalador em mim. Eu poderia lutar
contra ele, mas
perderia. Meus olhos se mantêm nos dele, e o brilho possessivo em seu olhar me
perpassa. A água
escorre de sua mandíbula quando ele agarra minha bunda e pressiona-me para mais
perto, sua ereção
picando minha barriga enquanto ele olha para mim com intensidade implacável.
– Você – ele diz, a voz concisa e enérgica vibrando enquanto arrasta o dedo
molhado em meus
lábios – vai me amar até eu morrer. Vou fazer você me amar mesmo que doa, e
quando doer, farei
melhor, Ana. – Ele enfia o dedo na minha boca e esfrega-o propositadamente
contra a ponta da
minha língua, o movimento silenciosamente exigindo que eu o lamba. Quando faço
isso, meus seios
começam a doer enquanto o vejo tirar o dedo e esfregar meu lábio molhado. –
Você vai me amar
mesmo se isso matar a nós dois.
Meus pulmões doem querendo respirar e o resto de mim anseia sua mão em meu
corpo. E quando
ergo os olhos e encontro os olhos azuis fixados nos meus, seu rosto ferido e
molhado, toda a
testosterona do mundo passa através dele, puxando e me envolvendo, então mal
consigo imaginar o
quanto o desejo neste momento. Ele me faz sentir essa necessidade dolorosa que
me consome e corta
o coração, uma necessidade dolorosa por ele que é mais do que física, mais do
que emocional.
Meu sexo se contrai tanto que preciso fazer um esforço enorme para não gemer.
Meus sentidos são
intensificados pela sua proximidade. Não posso deixar de notar como a gota de
sangue em seu lábio
é da cor de seu roupão, brilhante e perfeitamente oxigenada. Como sua
respiração quente e constante
banha meu rosto molhado. Como, lentamente, os dedos se espalham mais pela minha
bunda, e um de
seus polegares roça a pele do meu queixo. Ele acaba comigo.
– Pare de se machucar – digo miseravelmente, tentando sair de seus braços
apenas para bater no
mármore frio atrás de mim.
– Não dói – ele diz, e então me puxa pela bunda para perto dele e então me
cheira. – Você.
Chorando nos meus braços, porra. Porque eu machuquei você. Isso dói. Você ... Não me tocando. Não
olhando pra mim com esses pequenos olhos felizes e doces. Dói. Estou sofrendo
como um filho da
puta e não há um pedaço de mim doendo do lado de fora como onde você faz doer.
Lutando para manter minhas emoções cruas escondidas, baixo o meu olhar e pisco
furiosamente a
umidade em meus olhos.
– Eu machuquei aqui também. – Ele guia a minha mão sobre a sua ereção massiva.
– Foi dolorido
durante toda a noite, vendo você se separar
de mim. Esta manhã. E na academia.
Ele me puxa para mais perto, e gemo baixinho e desço minha testa para seus
peitorais enquanto me
esforço para não desmoronar de novo.
Ele tem pena de mim e solta a minha mão, mas meus dedos queimam nas laterais de
meu corpo, e
não sei o que fazer com as mãos. Minha cabeça gira com sua proximidade. Quero
levar meus dedos
para seus músculos e apagar o toque de todas as outras mãos que estiveram lá.
Eu quero...
Nem sei bem. Não consigo pensar em nada
agora, exceto no latejar crescente e doloroso dentro do
meu corpo. Dentro do meu coração. Entre minhas pernas. Ele pegou o sabonete e
começa a ensaboar
o meu corpo nu. Como se estivesse fazendo isso pela primeira vez, Christian
observa suas mãos
trabalharem entre as minhas pernas, seus dedos ensaboando os meus seios, os
polegares esfregando o
sabonete nos meus mamilos.
– Você gostou da luta? – pergunta em sua voz calma e profunda, enquanto suas
mãos poderosas
deslizam com suavidade do lado de fora das minhas pernas, até o interior de
minhas coxas,
esfregando minha vagina. Ele dá a volta, ensaboando e massageando a carne da
minha bunda e no
meio dela.
O prazer desse toque familiar é tão completo que mordo de volta um gemido
quando o vejo me
lavar.
Um de seus olhos está um pouco inchado, e o corte acima da sobrancelha ainda
parece brilhante e
vermelho. Seu lábio inferior ainda está cortado no centro. Ele está machucado,
mas se machucar
assim não é nada para ele. Ele queria a minha atenção e faria qualquer coisa
para obtê-la, e mesmo
que eu quisesse socá-lo por ser tão irresponsável, a vontade de beijar cada
corte é mais forte do que
qualquer coisa.
Christian foi abandonado durante toda a sua vida. Pais. Professores. Amigos.
Até eu mesma.
Ninguém jamais ficou junto o tempo suficiente para mostrar que ele vale a pena.
O que ele fez, só
para me ver tocá-lo e dar-lhe um pouco de amor, me faz desejar afogá-lo com o
meu amor, até que
ele nunca mais tenha que pedir por ele de novo.
– Eu me recuso – sussurro de modo fervoroso – a me sentar lá e assistir a você
se machucar de
propósito.
– Eu me recuso a deixar você se afastar de mim – diz ele com igual fervor,
enchendo sua mão
enorme com um seio ensaboado.
Balançando a cabeça com uma careta, deixei meus olhos se fecharem quando ele
inclina o
chuveiro em meu rosto. A ducha lava o xampu e quando Chris desliza as mãos pelo
meu cabelo para
ajudar o sabão a escorrer por meu corpo, mal posso me segurar.
Agindo antes de perder os sentidos, pego o sabão e faço muitas bolhas e logo
alcanço os músculos
fortes de seu peito e esfrego os dedos ensaboados sobre a pele lisa. Seu peito
estremece ao meu
toque inesperado, e quando meus olhos
se encontram com os dele, meus joelhos enfraquecem. Todo o
meu corpo se contrai quando fico encarando aqueles olhos azuis famintos, meus
dedos esfregando o
braço grosso, descendo pelo peito, passando pela barriga de tanquinho. Minha
voz, cheia de emoção,
quase não é ouvida acima da água escorrendo.
– É isso que você queria? Quando você estava lá fora, de forma imprudente
deixando-se espancar?
Gentilmente, ele agarra meu rosto em uma mão, sua voz severa e apaixonada
quando enuncia cada
palavra.
– Eu quero você. Quero que você me toque, que coloque sua boca na minha como
antes. Quero que
você me ame. Pare de ficar me punindo, Ana. Eu te amo.
Ele aperta seus lábios nos meus, me testando com um beijo rápido, áspero,
retirando-se para olhar
para mim com respirações ofegantes.
Seu aperto fica mais intenso no meu rosto.
– Minha garota vai deixar que isso a afete? Vai? Ela é mais forte do que isso... Sei que é, e preciso
dela para viver. Preciso dela pra lutar por mim e preciso dela pra lutar
comigo. No que me diz
respeito, aquilo nunca aconteceu. Só você aconteceu, Ana. E você ainda está
acontecendo, não é,
pimentinha?
Nossos olhares se encontram, e já não sei quem está mais faminto, mais carente,
ou mais
desesperado. O olhar dele se prende em mim, e parece tão faminto que até sinto
raiva. Meu peito
começa a doer, meu coração a martelar, e antes que eu perceba, aperto meus
dedos em seu cabelo e o
puxo para os meus lábios, ao mesmo tempo que ele me bate de volta contra a
parede do chuveiro e
esmaga sua boca contra a minha.
Suspiro quando seu gosto voa pelo meu corpo e ele força meus lábios a se
separarem, deslizando
uma de suas mãos para cima para enquadrar o meu rosto, me prender no lugar
enquanto ele me abre
com a força de sua boca, fazendo-me gemer e agarrar seus cabelos ao passo que
busco ansiosamente
a sua língua com a minha.
Mas ele me encontra antes. Não, ele não me encontra. Ele me saqueia, sua língua
esfregando e
comendo a minha. Um rosnado baixo e satisfeito atravessa seu peito enquanto ele
me levanta no ar
para alinhar nossas bocas melhor. Sua proximidade, o toque de nossa carne, me
excita. Minha pele se
arrepia onde nos tocamos enquanto a necessidade se forma entre nós. Eu me sinto
amarrada a ele de
uma forma que me deixa a certeza de que nada pode me puxar de volta.
Chupo avidamente sua língua quando ele fecha o chuveiro e leva-nos para fora.
Ele joga uma
toalha em cima de mim enquanto continuo agarrada, chupando sua língua,
mordiscando seus lábios,
meu sangue correndo rápido através do meu corpo como um rio despertado quando
ele nos leva para
a cama.
Chris me deita sobre o edredom, e
depois esfrega a toalha levemente sobre a minha pele enquanto
abaixa a cabeça e diz baixinho:
– Deixe eu me secar.
Solto um gemido de protesto quando ele vai embora. Estou quente, mas tão
molhada e fria, meus
dentes batem enquanto assisto as suas nádegas musculosas se mexerem da forma
mais sexy que um
homem pode ter, conforme ele desaparece no banheiro. Mesmo que cada centímetro
de meu corpo
pulse, prendo a toalha mais apertada em volta de mim e me seco distraidamente,
meus olhos fixos na
porta do banheiro.
Oh, estou doendo como uma filha da puta
também.
Quando ele finalmente preenche o limite
da porta com aqueles ombros largos e aquela magnífica
barriga de tanquinho, ainda escorre água de seu cabelo em seu pescoço, no peito
e até a toalha
enrolada em volta dos quadris estreitos. Minha respiração para. Posso ver que
ele esfrega uma toalha
sobre a cabeça e seu cabelo está de pé, os olhos azuis brilhando com avidez
quando ele
verifica que estou na cama do jeito que ele me deixou. De repente, todo o amor
e o ciúme doloroso
que sinto correm através do meu sangue como um relâmpago.
Ele vem pra cama sem retirar os olhos de mim, e eu abro a toalha para ver seu
rosto endurecer e
os olhos brilharem quando ele me observa completamente nua.
Chris pega sua toalha e a arranca da cintura, e minha respiração falha quando
vejo sua enorme
ereção balançando, pesada, quando ele vem para perto e usa outra toalha para
secar suavemente o
meu cabelo molhado.
– Vou esfregar você com óleo primeiro – advirto em um sussurro sem fôlego
quando ele termina.
Sorrindo diabolicamente, ele joga a toalha de lado, pega o óleo de arnica que
eu estava
procurando e joga-o para o tapete para se juntar a ela, então escova o meu
cabelo molhado para trás,
com os olhos pesados enquanto fecha a mão na parte de trás da minha cabeça e
abaixa a própria
cabeça para se encontrar com a minha.
– Esfregue minha língua na sua.
Ele abre a boca na minha, e as nossas respirações se misturam, e um delicioso
arrepio me percorre
enquanto seus lábios me separam e nossas línguas se juntam.
– Seu lábio – sussurro, e então ele é cuidadoso.
Ele divertidamente me belisca e esfrega minha língua na sua outra vez,
esfregando um pouco mais
forte e me deixando louca.
– Seu lábio – gemo e me contorço de vontade debaixo dele.
Ele recua. Então, tortuosamente e de forma lenta, Chris acaricia a parte de
trás das minhas pernas,
despertando mil e um formigamentos.
– Christian, o seu lábio – protesto ao
ver o corte sangrando de novo, e chego a pegar uma gota de
sangue com o meu dedo.
– Sssh... – a língua dele se agita e ele lambe e
chupa o meu dedo, então me solta e me observa com
aqueles olhos azuis violentamente doces enquanto arrasta os dedos nas minhas
pernas para acariciar
minha bunda.
Meus seios sobem e descem quando ele passa os dedos pelas minhas pernas, então
ele fecha as
mãos na minha bunda, de modo possessivo.
– Você fica molhadinha com isso? – pergunta.
– Sim.
Ele desliza suas mãos por trás dos meus joelhos, até as minhas panturrilhas, e
em seguida volta
lentamente até que esteja me dissolvendo em meus ossos e morrendo.
– Você está muito molhadinha? – pergunta ele baixinho, depositando um beijo em
meu abdômen.
– Preciso colocar alguma coisa nessa boca de novo – digo ofegante.
Mil chamas ardem e lambem o meu corpo quando me sento e estico o braço para
pegar a pomada e
colocar um pouco no corte.
Ele pressiona um beijo em meu dedo, e fecho os olhos enquanto setas de prazer
invadem meu
corpo.
– Chris... – digo, derretendo.
– Deite-se – ele ordena.
Tonta de antecipação, faço o que ele me manda.
– Não me beije, Christian – aviso.
Ele sussurra:
– Depois você conserta.
Um estremecimento vaga por mim quando ele acaricia o meu sexo, abrindo um pouco
os meus
lábios com os dedos, enquanto, ao mesmo tempo, desliza a língua pela ponta de
um seio.
Tenho que me encolher um pouco, miando, e ele ri baixinho enquanto lambe meu
outro mamilo,
brincando com ele antes de cobri-lo com a boca quente e úmida, chupando-o em
seguida.
Ele passa as mãos pelo meu corpo, rosnando:
– Nossa, Ana. Você me amarra e depois me rasga por dentro. Você vai me sentir
agora.
– Está bem – suspiro ansiosamente conforme ele me abre inteira, sua pulsante
ereção muito dura
enquanto ele me achata nas minhas costas e me cobre com o calor de seu corpo.
A boca de Christian procura a minha e eu me desintegro no colchão. Nós dois
estamos enrolados. Eu
preciso dele como preciso de ar. A maneira como nossas peles se tocam. A forma
como seus calos
raspam minha pele. A forma como as minhas mãos deslizam sobre o peito liso.
Fecho as unhas em
suas costas à medida que ele enterra o
rosto no meu pescoço e sua boca trabalha avidamente sobre
mim como se não soubesse se deve beijar, morder ou lamber, então ele faz todos
os três.
– A quem você pertence? – rosna, com urgência.
– A você – respondo ofegante.
Ele agarra minhas pernas e as puxa em torno de seus quadris, então prende meus
braços acima da
minha cabeça, olhando para mim, seus olhos devorando o meu rosto, minha boca,
me avaliando com
um olhar que é escuro e atormentado, e faminto.
Chris entrelaça os dedos nos meus e esmaga a minha boca com a dele. Essa
proximidade com ele,
o emaranhado de nossos membros, nossas línguas, nossas respirações – tudo isso
ativa todos os
centros de prazer no meu cérebro e todos os instintos de acasalamento dentro de
mim. Línguas de
fogo correm em minhas veias à medida que nossas línguas se encontram. Eu gemo,
ele geme, meu
corpo formiga em cada ponto de contato com o dele quando ele balança seus
quadris contra mim. Seu
peito contra os meus mamilos. Seu pau na minha boceta. Seus grossos músculos
das pernas quase
esmagando minhas coxas. Nossas mãos espalmadas.
As minhas células sabem que este é meu parceiro e me preparam para ele. Apenas
Chris. Ele me
afrouxa em seus braços e então me agarra pela bunda enquanto intensificamos o
beijo, seus dedos
firmes sabendo que são donos de mim, me levando para mais perto até estarmos
perfeitamente
alinhados, e eu inclino a cabeça para trás de modo que a língua dele atinge
todos os cantos da minha
boca.
– Sim – suspiro.
Ele recua e nossos olhos se encontram nas sombras. A necessidade que vejo em
seus olhos me tira
o fôlego. Ele é a coisa mais masculina e fascinante que já vi. Ele mergulha
mais uma vez para
colocar os lábios quentes nos meus. Molhados. Muito quentes. Suspiro quando ele
desliza a mão
entre minhas pernas. Ele se vira para sugar minha orelha, e corro minha língua
sobre sua pele e os
pelos do queixo, por qualquer lugar que eu possa provar enquanto ele roça o
dedo no meu sexo.
– Oh, isso é tão gostoso... – uma onda de calor se espalha pelo meu
corpo quando os dedos
deslizam entre as minhas pernas para me acariciar. Meu sangue começa a ferver,
e minhas dobras
ficam mais molhadas.
Ele murmura o meu nome com aquela voz espessa que me deixa louca, então desce a
boca para os
meus seios, lambendo os bicos. Que estão mais sensíveis hoje, disparando ondas
de prazer dentro de
mim. Eu suspiro e mordo sua orelha, dizendo o seu nome. Que não me canso de
dizer.
– Chris...
– Goze pra mim – ele pede, mergulhando
seu dedo mais fundo dentro de mim.
Eu esmurro e agarro seus ombros enquanto seus dedos me tocam. Estou encharcada,
meus gemidos
de prazer ecoam no quarto.
– Se solta pra mim.
Ele desce pelo meu corpo e se inclina para lamber meu umbigo, e esfrega a
língua, que sinto que
está descendo mais. Grito quando ele chega ao clitóris. Ele me abre mais com os
dedos e lambe
fundo. O prazer corre por meu corpo, que se contrai para liberar. Então, gozo.
Ofegante, percebo que ele me chupa enquanto ainda estou sentido as ondas que
restam, então fica
de joelhos entre as minhas pernas, pega o pau na mão e me penetra fundo. Vejo
os músculos dele se
contraírem, e o corpo trabalhando enquanto ele enfia mais fundo ainda. Vou
gemendo enquanto ele
aperta meu clitóris para baixo com o polegar e me fode ainda mais profundamente
com seu enorme
pau grosso.
Batendo nos ombros de meu homem quando um som de prazer escapa de mim, inclino
meus
quadris para cima, pedindo mais. Ele murmura o meu nome e se inclina para dar
beijos ao longo do
meu rosto, arrulhando:
– Você é tão apertada, baby... Você me deixa tão louco.
Quando ele está enterrado em mim, nós paramos.
Ouço a respiração, o meu próprio batimento cardíaco tão rápido, nesta quietude.
A urgência está lá, pulsando e brilhando em nossos corpos. Mas ele está dentro
de mim. Eu o
tenho, eu o prendi e não vou soltar.
Chris não quer sair, ele está dentro. Duro e pulsante. Me possuindo por
completo.
Começamos a nos beijar e ele afunda um pouco mais, a boca crua e primitiva,
amorosa, mas
deliciosamente áspera. Sinto aquele esticar familiar dentro de mim e mordo o pescoço,
gemendo
enquanto me ajusto. Ele fica no lugar, esperando que eu comece a me mexer.
Espero, ofegante, meus olhos se fecham enquanto desfruto dele, grande e vivo e
comprido, dentro
de mim. Amo seus mamilos, sua pele. Ele. Esfrego a ponta dos dedos nos pontos
escuros. Ouço
quando ele solta o ar de prazer e ergo a cabeça para sugar um mamilo. Adoro seu
rosnado. Ele pega
minha cabeça na palma da mão e a empurra para trás, me beijando carinhosamente.
Eu corro minha
língua sobre seu outro mamilo.
– Chris... Não consigo esperar mais...
Ele rosna e começa a se mover,
sussurrando ao mesmo tempo que coloca o nariz no topo da minha
cabeça e prende os meus cabelos em seus dedos.
– Apertadinha... Minha linda... Anastasia Steele...
Suas palavras me acariciam.
Ninguém nunca lhe ensinou a amar.
Ele faz isso instintivamente.
Puxando-me para mais perto, ele suga, belisca, mordisca e me lambe, prolongando
o prazer até
que meus olhos ardem. Meu corpo o
prende. Não posso respirar, e tudo o que ouço no quarto são os
nossos sons de prazer combinados, e os que Chris faz me deixam louca.
Ele penetra, batendo fundo. Ele me deixa tensa e grito. Seus punhos se fecham
no meu cabelo, e ele
me beija enquanto os quadris bombeiam rápida e violentamente, com quase nenhum
ritmo agora.
Gozo pela segunda vez, e ele penetra totalmente e me aperta e fica imóvel por
completo. Sinto o
seu calor e um rosnado quente seguido de um beijo no meu ouvido quando ele goza
em mim. Então
nós caímos no relaxamento, a respiração se acalmando.
Ele me agarra e me puxa para seu peito enquanto rola, nossos corpos lisos de
suor. Ele me quer
nua e eu quero que ele me segure nua. Ele me solta quando começo a relaxar,
então ele examina a
minha entrada e empurra seu sêmen de volta, me surpreendendo.
Nossos instintos de repente assumem o controle. Meu quadril dança em seus
dedos. O calor de sua
respiração banha minha garganta enquanto ele aperta a boca sobre minha pele. Eu
posso nos ouvir, os
ruídos que fazemos – meus gemidos e seus grunhidos de satisfação masculina pelo
prazer que dá à
sua companheira. Um som agoniado escapa de mim quando começo a estremecer.
Ele não está tocando meu clitóris, que não está recebendo nenhum estímulo, mas
a forma como
Chris toca meu corpo, como empurra seu sêmen de volta para dentro como se ele
nunca quisesse que
escorresse, e como lambe minha pele com lentos movimentos da língua, essa
maneira faz meu sexo
inchar e os bicos dos seios endurecer que até o ar é algo que ele quer me dar.
Quando ele morde a
parte de trás do meu pescoço, grito:
– Oh Deus!
Ele me empurra para baixo no colchão sobre minha barriga e se mantém mordendo
suavemente
meu pescoço, me comendo ao estilo cachorrinho.
No momento em que nos espalhamos na cama, é um trabalhão conseguir reunir
energia para me
mexer. Eu sou um monte desossado debaixo dele, ainda tentando fazer meus
pulmões trabalharem.
Molhado de suor, ele rola na cama e usa um braço para me levar com ele, nossas
peles brilhantes
do exercício. Meu peito está tão cheio de amor e meu corpo tão bem fodido, que
eu me sinto tão
morta de exaustão quanto viva como o sol. Espalho-me sobre ele e seguro seu
queixo com a mão.
– Está doendo?
Passo de leve o dedo sobre os cortes e pela área ligeiramente roxa na testa.
Antes que ele pudesse
responder, deposito um beijo em cada um, e me pergunto se ele nunca foi beijado
onde doía. Então,
beijo ali, em cada marca, e beijo depois o machucado no lábio.
Afasto-me um pouco e sorrio, acariciando o queixo firme.
– Você pensou em mim antes de me possuir? Você imaginou se eu existia? E como
eu poderia ser?
Ele enfia uma mecha atrás da minha orelha e estuda meu rosto.
– Não.
– Nunca pensei que me apaixonaria. E
você?
– Nunca – diz ele novamente, aquelas covinhas sensuais com força total.
Arrasto minhas unhas até a testa, mexendo em seu cabelo.
– O que você pensava enquanto crescia por lá?
– Eu só peguei o que eu tinha e estava satisfeito com isso. – Ele afasta meu
cabelo para trás e
acaricia minha orelha. – Mas se eu soubesse que você existia, eu a teria
caçado, capturado e
prendido.
– Mas não é isso o que você fez? – pergunto, sorrindo.
– Exatamente – bate o meu nariz no dele, seus olhos azuis rindo – o que eu fiz.
Suspirando, descanso minha cabeça em seu ombro e esfrego os dedos sobre seus
mamilos.
Chris é a melhor cama que existe. Ele está deitado de costas, com um braço por
trás do
travesseiro, o outro se arrastando ao longo de minha espinha, e eu estou
espalhada por cima dele,
minha barriga em seu abdômen, meus seios em seus peitorais, minha cabeça em seu
ombro e
perfeitamente alinhada com a dobra em seu pescoço. A cada vez ele tem um cheiro
diferente de
sabonete, com tantos hotéis que vamos, e, ao mesmo tempo, sempre cheira a Chris.
Em silêncio, corro meus dedos até seu bíceps e faço uma leve massagem.
– Melhor? – pergunto, trabalhando profundamente no músculo e percebendo que
está ferrado.
Droga.
Mas ele diz:
– Sim. – Como se fosse nada, e me rola para o meu lado.
Minhas entranhas ficam de imediato em alerta quando ele começa a me manobrar.
Ele me puxa
para mais perto e gemo baixinho no fundo da garganta e fico intumescida porque
percebo o que ele
vai fazer. Ele me lança para o meu lado e me ajusta para me encaixar nele, seu
corpo enorme e duro
atrás de mim. Coloca meu cabelo para trás e me lambe, e estremeço quando ele
lentamente começa a
acariciar minhas curvas com sua mão pesada.
Ele me lambe, acaricia, arrasta a mão pelo meu corpo enquanto passa rapidamente
a língua ao
longo da parte de trás da minha orelha, na minha nuca, na curva do meu ombro,
lambendo e me
provando.
Chris cresceu sem amor, nem mesmo o amor paternal. Prosperou mesmo tendo que
lutar contra um
transtorno de humor todos os dias de sua vida. Ele prosperou e se levantou a
cada vez que caiu. Nas
únicas vezes que realmente caí, nas minhas eliminatórias olímpicas e quando ele
perdeu a luta do ano
passado, fiquei permanentemente marcada e tive dificuldades para voltar a
andar. No entanto, ele se
levanta instantaneamente para correr.
Ele é tão complicado e imprevisível, temo que mesmo quando tiver dado tudo de
mim para este
homem, ele sempre terá a mim, mas nunca
será meu.
– Estou com fome – Chris fala ao meu ouvido, sai da cama e pula em seu pijama
com cordão.
– Oh, não, eu quero dormir...
Resmungo e agarro meu travesseiro
quando ele agarra meus tornozelos e me puxa para baixo na
cama.
– Vem comer comigo, pimentinha.
– Nãoooo. – Agarro o travesseiro e, na minha última tentativa de permanecer na
cama, dou chutes
para o ar. – Estou ficando gorda por sua causa! – reclamo, rindo.
Com uma risada sexy, ele me levanta como se eu fosse apenas o travesseiro, e em
seguida joga o
travesseiro de lado e me mantém presa para me beijar.
– Você é linda.
– Toda mulher bonita do mundo é linda porque ela dorme – protesto fracamente, ao mesmo tempo
acariciando seu pescoço.
Ele pega uma das camisetas de sua mala e a entrega para mim. Enquanto a visto,
ele nos leva para
a sala da suíte e me coloca em uma cadeira, indo pegar a comida. Traz dois
pratos, um transbordando
e o outro contendo porções normais. Então se estatela à minha frente e dá um
tapinha em seu colo
com um olhar significativo.
Eu me inclino para trás em minha cadeira e começo a comer aspargos.
– Temos hábitos alimentares muito ruins. Se você me levar a um restaurante, não
posso comer
empoleirada em seu colo como uma espécie de canário. As pessoas vão pensar que
temos problemas.
Ele enfia uma couve-flor assada em sua boca e mastiga.
– E daí, quem liga pra isso?
– Bem colocado. – Comendo o talo de aspargo até o fim, observo Chris à minha
frente, com as
tatuagens nos braços, o cabelo uma deliciosa bagunça, e seus olhos azuis
brilhando. Deus. Ele é tudo
que quero. Neste mundo. Bem naquela cadeira. – E aqui de fato não é tão
confortável como você,
admito. – Eu me contorço na cadeira para dar ênfase.
Ele levanta uma sobrancelha, seus olhos brilhando diabolicamente.
– Pare de bancar a difícil, Ana. Já tenho você.
Ele joga um guardanapo de papel em mim. Pego outro, amasso e atiro nele. Chris
coloca o garfo
no prato, estica seu longo braço e pega a ponta de minha cadeira. Arrasta-a
pelo piso, e no momento
em que já consegue passar o braço ao redor da minha cintura, ele me transfere.
– Agora, fique quieta. Nós dois queremos você aqui. – Pegando meu rosto e
virando, ele me
examina com um sorriso terno e com nova intensidade. – Tudo bem agora?
Entrelaçando os dedos na parte de trás do seu pescoço, encontro seu olhar.
– Estou principalmente com raiva de mim. Estou magoada e com ciúmes... Não faz sentido na
minha cabeça, mas o resto de mim não
escuta. Eu só não esperava ter tanta dificuldade para
descobrir como lidar com isso.
– Lide com isso sabendo que eu te amo, é assim que você vai lidar. Eu te amo,
porra – sibila. –
Não quero nada mais do que dizer-lhe que não aconteceu – continua ele,
parecendo torturado. – Você
é tudo que eu penso. Tudo que eu quero. Há apenas uma mulher para mim e eu me
mataria por você.
Perdoe-me – ele de fato quer dizer isso e então ergue seus suplicantes olhos
azuis para mim. – Já
perdoei você, pimentinha. Perdoei antes mesmo de me pedir pra perdoá-la por ter
me deixado.
Preciso que você me diga que perdoa também. Aquilo não era eu quando você foi
embora, baby,
qualquer pedaço que tenha restado de mim, não era eu.
Meu coração se aperta quando olho para ele. Pego uma couve-flor assada entre
dois dedos como
uma oferta de paz e levanto-a aos seus lábios, dando-lhe de comer.
Com os olhos brilhando, Christian leva tudo à boca, incluindo parte dos meus
dedos, lambendo-os.
Ele ainda está se deleitando com eles quando segue o exemplo e pega um pedaço
de couve-flor e dá
para mim, e enquanto todos os sabores de ervas e azeite de oliva derreterem em
minha boca, chupo
os dedos dele também. Amo o jeito que seus olhos brilham quando faço isso.
– Chris, eu amo você, mas nunca permita que os caras esmurrem você de propósito
como fez nesta
noite – digo-lhe em uma voz crua e emotiva, esfregando os dedos úmidos em seus
lábios, sentindo-os
se mover sob meu toque.
Então, sua voz rouca ressoa:
– Não farei isso, a menos que você me obrigue.
Esse homem é a intensidade em pessoas, onde já se viu se machucar pra Ana perdoar ele😁
ResponderExcluirE muito amor envolvido, que capítulo maravilhoso😍
ResponderExcluirAmo essa história ele é perfeito com ela
ResponderExcluirEle e doido se machucar só pra Ana por as mãos nele e fazerem as pazes
ResponderExcluirEle e muito intenso demais em tudo que faz
ResponderExcluirAna não tem como resistir a ele
Esses maus estar da Ana será só emotivo ou temos baby arrebentador a caminho
ResponderExcluirAcho que temos um mini Christian a caminho
ResponderExcluiresse amor é muito intenso.....apaixonada por essa historia
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