Capítulo 23
MANÍACO
Christian
Sinto-me o máximo.
Quem quer dormir? Minha vontade é escalar uma montanha com Ana nas minhas
costas, levá-la ao topo, depois saltar lá de cima em um paraquedas.
Ando pela cozinha, olho nos armários. Não só me sinto o máximo, meu corpo se
sente
o máximo. Meu pau se sente o máximo e eu quero dar tudo para Anastasia Steele.
Enfio granola na minha boca, suco de laranja, uma colher de manteiga de
amendoim.
Continuo ali para que Ana possa descansar, mas estou tão ligado e tão duro só
de
saber que ela está na minha cama…
Quero alimentá-la e depois comê-la e depois alimentá-la e comê-la de novo, e
fazer
com que se sinta o máximo também, nessa ordem.
Começo com a comida e levo um enorme pote de cerejas e granola para nosso
quarto.
Ela está lá, deitada na cama com o lençol em sua cintura, seus peitos amassados
no
colchão. Merda, eu quero aqueles peitos amassados em mim.
Deixando a comida de lado, subo na cama e passo a mão pela pele de cetim, e
digo:
– Você está
especialmente gostosa, Anastasia Steele. Gostosa, quente e molhadinha, e não me
importaria de ter você no meu café da manhã.
Enfiando meu rosto entre o colchão e o peito dela, passo minha língua entre
seus
seios, então na sua clavícula, e o cheiro dela toma conta de mim e me deixa
louco.
– Está faltando é uma cereja em cima, mas tenho certeza de que temos
alguma.
Pego uma cereja e roço em
seu clitóris.
Gemendo com um meio sorriso, ela vira de costas, as pernas abertas, sua boceta
toda
molhadinha e minha, os olhos derretidos por mim.
– Quem é o seu homem? – Beijo-a,
roçando a cereja em seu clitóris. – Quem é seu
homem, baby?
– Você – responde ela, gemendo.
– Quem você ama? – quero saber enquanto pressiono meu polegar pelo seu clitóris
e
enfio meu dedo médio dentro de sua boceta. Ela levanta os olhos azuis meio
acordados, líquidos de desejo.
– Você me deixa louca, Chris –
murmura ela ao pegar meu pau e me puxar para mais
perto.
– Se isso for mentira, vou transformar em verdade. – Acho justo avisá-la.
Agarro seus quadris e me enfio entre as suas coxas para esfregar meu pau em seu
sexo. Abaixo-me porque quero comê-la. Passo a língua desde seus minúsculos
dedos do
pé, pelo tornozelo, sua deliciosa panturrilha, seu precioso joelho – onde me
demoro e
acaricio – então subo por sua coxa torneada, até sua doce boceta – que eu
espero estar
encharcada como um paraíso chuvoso quando eu chegar lá.
Indo ao que interessa, continuo e abro meu caminho para o interior de suas
coxas. Ela
começa a rir e chuta meus ombros, mas seguro sua perna.
– Chris! Isso faz cócegas. – Ela está rindo, tentando soltar a perna da minha
mão.
Levanto uma sobrancelha e passo um dedo pelo pé dela e subo pelo interior de
sua
perna.
– Isso?
Ela ri e chuta de novo, se contorcendo para se soltar.
Então, rapidamente mudo meus planos, agarrando seus pulsos e segurando-os em
cima da cabeça enquanto a cubro com meu enorme corpo. Sei que ela ama quando a
seguro assim. Ela não pode se mexer, a não ser que eu deixe, e seus olhos estão
escurecendo e ela está arfando embaixo de mim.
– Chris… – sussurra ela, séria, seus olhos azuis travessos e carinhosos ao me
olhar. – Você está acelerado?
Abro um sorriso malicioso e passo um dedo pela parte interna de seu braço.
– O que você acha, minha garota?
– Acho que você está muito acelerado. – Ela consegue se soltar e passa os dedos
pelo
meu cabelo ao olhar dentro dos meus olhos. Meus olhos, provavelmente, negros.
Dou uma mordida leve no polegar dela e passo a língua antes de soltar.
– Então, o que você vai fazer a respeito? Quer que eu levante a cama com você
em
cima? Ou quer que eu a possua em cima dela?
Ela ri e rola, jogando um travesseiro na minha direção. Deixo-o cair no chão e
agarro-a
pelo tornozelo, puxando-a de volta para mim com facilidade.
– Venha aqui.
Ela ri e luta para se soltar, e eu observo quando ela chega à beirada da cama,
uma
pequena mostra de sua boceta rosada me provocando, deixando-me louco de desejo.
Estou faiscando de energia. Minha impressão é que consigo sair daqui voando se
ela
quiser.
Ela me deixa completamente louco, cada músculo do meu corpo está contraído e
quer
que eu a possua. Meu sangue corre pelo meu corpo como fogo nas minhas veias.
Neste
momento, não existe nada que eu queira mais do que levá-la ao paraíso. Sinto-me
o
todo-poderoso e temido. Sou Christian “Arrebentador” Grey e esta garota é
minha.
Estico a mão por cima da cama e ela grita e tenta permanecer livre, tentando
engatinhar para fora da cama. Eu rio quando seguro seu tornozelo e arrasto-a de
volta
para mim.
– Aonde você pensa que vai? Você é minha. Venha aqui e me deixe possuí-la.
– Não, preciso fazer xixi! – responde ela, jogando outro travesseiro em cima de
mim,
então corre para o banheiro e fecha a porta.
– Ah. Volta aqui – chamo, batendo na porta. Ela começou a escovar os dentes,
pelo
que parece. Finalmente ela desliga a água e eu escuto quando ela destranca a
porta.
Abro e a encontro enxugando as mãos. Vou até ela, levanto-a e ela cheira o meu
pescoço
enquanto a levo para a cama.
Ela suspira. Porque sabe que eu a desejo. Ela estava brincando, me fazendo
persegui-la.
– O que eu vou fazer com você? – pergunta ela carinhosamente, os dedos
entrelaçados
na minha nuca. Está sorrindo para mim como se eu fosse um príncipe perdido há
muito
tempo. E o que ela não sabe é que esse príncipe perdido vai transar com ela até
não
poder mais.
Jogo-a na cama, e ela grita de prazer. Eu me deito em cima dela e abro suas
pernas.
Beijo uma coxa nua primeiro, depois a outra, depois beijo sua boceta.
– Ela é minha. – Passo a língua ali.
Ela joga a cabeça para trás e geme quando meu polegar afasta seus lábios
sexuais
inchados e mergulha dentro dela. Minha boca fica cheia de água e eu solto um
gemido
enquanto penetro-a com meu polegar e passo a língua pelo seu clitóris.
Ela afasta as coxas e solta um miado que deixa o caçador que existe em mim
louco
com a necessidade de conquistar. Ela começa a se debater e eu a agarro e seguro
para
que fique imóvel.
– Ana, me dá o que eu quero.
Virando a cabeça de um lado para o outro com prazer, ela geme e morde o lábio e
levanta o quadril na direção do meu rosto.
– Sou toda sua.
– Isso mesmo. – Carinhosamente, abro as coxas dela e fico de joelhos. – Isso
mesmo.
Agora se abra, deixe-me entrar. – Ela obedece, e eu mergulho entre as pernas
dela,
agarro seus quadris e meu corpo todo se contrai quando a penetro. – Isso – digo
enquanto ela geme, jogando a cabeça para trás. – Quem você ama? – pergunto
baixinho,
totalmente descontrolado por ela, e então esmago a sua boca quando ela não me
responde. – Quem você ama?
Ela murmura e enterra os lábios no meu
pescoço, me mordendo. Sussurra alguma coisa
contra a minha pele, arranhando as minhas costas.
Também solto um gemido e murmuro:
– Diga meu nome, Ana.
– Christian. – Ela beija a minha orelha e segura o lóbulo com os lábios,
respirando
ali, excitada. Ela está sussurrando meu nome, cheia de desejo, mas eu finjo que
ela está
respondendo à minha pergunta.
Ela está molhadinha e quente, e ela me ama, e é tudo que eu sempre quis. Mais
forte
do que eu imaginava, mais feminina do que eu imaginava. Engraçada e educada,
vulnerável e ousada.
Eu a amo tanto, que meu peito dói ao vê-la arquear a coluna e me tomar. Uivo e
abaixo a cabeça enquanto ela se agarra a mim. Seguro suas costas e vou mais
devagar,
e ela arranha a minha pele com seus dedos. Ela sabe que eu preciso e se rende a
mim
sem protestar. Quando ela está cansada, sonolenta. Quando está ocupada, quando
está
suada, quando está faminta. Ela se rende a mim sempre que eu quero, sempre que
eu
peço, porque estou acelerado. Porque eu sou eu. Porque eu sei, bem no fundo,
onde às
vezes dói quando olho para ela, que Anastasia Steele me ama.
* * *
Estou acordado há dezoito horas e vinte e oito minutos. Meu coração está
batendo
trinta e nove vezes por minuto. Ana está nos meus braços há exatamente nove
horas
e vinte e oito, agora vinte e nove minutos. Estou agitado e não consigo dormir.
Ela está aninhada em mim como uma gatinha, que eu quero acariciar e lamber da
cabeça aos pés.
Cataloguei o quarto todo na minha cabeça. Sei onde está tudo. Eu poderia correr
ali no
escuro sem bater em nada. Poderia carregá-la no meu colo sem perigo. Tudo está
na
minha cabeça – perfeitamente visualizado.
Mas nada tão perfeitamente quanto o rosto dela.
Seus lábios estão afastados e estremecem a cada respiração. Em formato de
coração,
o inferior tão delicioso quanto o superior. As maçãs de seu rosto são altas e
seus cílios
descansam sobre elas.
A única coisa que quero é ficar aqui deitado, neste quarto escuro de hotel e
sorvê-la de
novo e de novo até que eu esteja embriagado dela.
Sou um maldito pêndulo.
Qualquer perturbação a meu equilíbrio, e eu oscilo.
Os médicos me ensinaram isso.
Uma vez que eu fique alto, nada no mundo vai me impedir de cair. É a força da
gravidade. Necessidade natural do corpo de restaurar seu equilíbrio.
Mas esta é a questão. O pêndulo sempre busca seu equilíbrio.
Ela é o meu equilíbrio. Preciso mais dela do que de ar.
Afundando a minha cabeça no pescoço
dela, sinto seu cheiro e solto um gemido.
* * *
E é uma semana de merda.
Não gosto da forma como Ana olha para Taylor e Sawyer com um sorriso, ou quando
conversa com eles. Estamos voando para Nova York e não consigo deixar de pensar
que
não gosto quando o treinador me trata como uma bichinha, dizendo que preciso
descansar, e que Gail esteja sempre me dando a mesma comida. Menos Ana. Estou
no pé de Taylor e Sawyer, por Deus, estou mesmo. Se eles lançarem um olhar na
direção dela
– estão acabados.
Lanço um olhar furioso para eles do meu lugar no avião. Eles tentaram ajudá-la
com
sua mala; será que os idiotas acham que não sei que estão a fim dela?
Puxo-a para perto de mim e dou um beijo em sua testa.
– O que essas pessoas todas estão fazendo aqui? – pergunta ela. Uma enorme
multidão está no terminal privado onde meu jato estaciona quando chegamos a
Nova
York, e a segurança colocou cordas para contê-los. Ela está tão confusa, é
adorável.
– Vieram me ver, quem mais? –
digo.
Taylor ri.
– Sai dessa, Chris.
Juro que estão todos olhando para ela. Puxo-a para mim.
– Vem cá, baby. Eu quero que essas pessoas tão boas saibam que você
está comigo. –
Aperto a bunda dela para mostrar propriedade.
– Christian!
Acompanho-a até a limusine antes que os outros venham, então agarro-a e beijo.
Estou tão faminto dela, preciso sentir seu calor, sua língua.
Minha fome é selvagem e incontrolável, totalmente louca.
– Quero levá-la a um lugar hoje à noite – digo dentro de sua boca. – Vamos para
Paris.
– Por que Paris?
– Por que diabos não?
– Porque você tem uma luta daqui a três dias! – Ela ri encantada, e eu quero
levá-la
para Paris, não me importo com o resto, mas ela sussurra: – Vamos para qualquer
lugar
que tenha uma cama.
Na mesma hora, estou em uma cama transando com ela na minha cabeça, e então eu
imagino…
– Vamos transar em um balanço.
– Christian!
– Vamos fazer isso em um elevador, então – proponho. Estou transando com ela em
um elevador, de pé,
minha língua quente e dura entrando na sua boca enquanto enfio meu pau dentro
dela,
de novo, e de novo.
Rindo, ela balança o dedo para mim e sorri.
– Jamais, em tempo
algum, farei isso em um elevador, então você vai ter que encontrar outra
pessoa.
– Eu quero você. Em um elevador. – De pé naquele elevador, estou com a língua
nela.
– E eu quero você. Em uma cama. Como pessoas normais.
Meus olhos mergulham no decote dela, descem pelo seu corpo, para sua boceta
apertada na calça mais deliciosa que já vi. Quero escrever uma carta para quem
fez e
agradecer pelo trabalho bem feito. Graças à calça jeans dela, tenho uma boa
visão da
minha mulher o tempo todo.
– Quero você com essa calça que está usando.
Ela assente e sorri, então entrelaça os dedos nos meus e levanta a minha mão
para
beijá-la.
Fico curioso com o que ela está fazendo porque não me lembro de vê-la beijar a
minha
mão assim. Ela se aproxima e pega meu rosto, dá um beijo nele e passa as mãos
pelo
meu cabelo, e meu corpo inteiro anseia pelo seu toque e pela ternura em seu
olhar.
A porta do carro se abre.
O treinador entra na frente com o motorista, e todos os outros se sentam no
banco à
nossa frente. Ana tenta se soltar mas eu seguro seus dedos nos meus e faço com
que
sossegue. Não quero que pare de me tocar, todo meu corpo anseia por isso. Minha
mente
não está pensando mais. Quem se importa com o que o treinador faz, Sawyer… Eu
só tenho
olhos para ela. E eu me sinto… bem. Calmo. Mais calmo. Quero descansar a minha
cabeça nela e deslizo para baixo – que merda eu ser tão grande – então a puxo
para
mais perto e deito a minha cabeça em seu colo. Posso escutar seu coração
batendo
embaixo da minha orelha. Ela fica imóvel, e eu quero que ela relaxe. Puxo-a
para mais
perto ainda e mudo de posição de forma que ela fique confortável, e sinto que
ela
derrete junto comigo.
Fecho os olhos e minha mente parece calma. Está calma. Gosto disso. Não estou
pensando em nada exceto nas batidas do coração dela embaixo da minha orelha.
Então
sinto a unha dela no lobo da minha orelha e a aperto mais para que continue
ali. Ternura
escorre dela e me envolve como um cobertor. Eu não deveria desejá-la tanto
assim, mas
desejo. Ninguém pode tirar isso de mim.
– Vocês querem uma folga quando chegarmos ao hotel? – pergunta Taylor com uma
voz
que nem reconheço como dele.
Ela está passando os dedos pelo meu cabelo, e como não responde, sacudo a
cabeça
que sim, sem levantá-la para que ela não tire suas mãos dali. Desejo as mãos
dela. Não
é apenas o contato como também o carinho em seu toque. A forma como seus dedos
respeitam meus músculos, pressionam apenas o suficiente, suportam e ajudam para
que
eles relaxem. Acontece dentro de mim. Não acredito em palavras. Mas acredito
nisso.
Ela me acaricia todo com as duas mãos, devagar, e eu posso escutá-la
conversando
com Gail sobre uma receita para mim enquanto seguimos para o hotel, e seu
coração
soa estável e forte embaixo da minha orelha, e ela é pequena e frágil e tem seu
próprio
cheiro, e eu nunca vou largá-la.
Eu me mato. Antes de largá-la.
Quando chegamos à suíte, estou ansioso de novo. Ela está tirando seus
cosméticos da
mala, e eu observo suas mãos se mexendo na bolsa, ela tira a escova de dentes e
então
os escova. E eu não faço nada além de desejar, desejar, desejar. Dentro de mim,
no
âmago do meu ser.
Quero quebrar aquela maldita escova de dentes e qualquer outra coisa que a tire
de
mim.
Ela está lavando e enxugando as mãos quando me aproximo. Ela me fita de forma
questionadora e não posso explicar o que preciso, mas estou confuso e agitado e
preciso
dela tanto quanto de ar, e se eu tivesse de escolher, escolheria ela em vez de
oxigênio.
Levanto-a nos meus braços e a carrego para a cama, e ela cheira meu pescoço
enquanto a abaixo.
Tiro seus pequenos sapatos e os jogo no chão, depois tiro os meus e falo com a
voz
rouca:
– Quero as suas mãos na minha cabeça.
Ela chega para trás na cama.
– Isso acalma seus pensamentos acelerados?
Pego a mão dela e levo até o meu peito.
– Isso me acalma aqui.
Só de sentir os dedos dela em mim, já consigo respirar melhor, paro de pensar.
Fito
seus olhos e vou para o seu lado, depois encosto a cabeça no seu colo e sinto o
cheiro de
seu pescoço. Eu estou tão apaixonado por ela, que acho que ninguém poderia me
machucar tanto quanto esta garota poderia. Nem Scorpion, nem meus pais. Porque
eu
não ligo para eles. Agora, eu só me importo com ela.
Sinto o beijo suave dela no topo da minha cabeça enquanto seus dedos continuam
massageando meu couro cabeludo.
É assim que eu quero morrer um dia.
Com ela ao meu lado, nossos corpos se tocando. Não vou precisar dizer nada, e
ela
não vai precisar escutar, porque ela me entende. Ela compreende que as palavras
às
vezes são besteira e as pessoas não querem dizer o que dizem e, no final das
contas, são
só as ações que importam. E tudo que importa para mim é que ela me compreenda.
Somos yin e yang ou o que quer que isso chame; ela é minha fêmea e eu preciso
dela. Eu
soube no momento em que a vi, e ela também soube, e foi por isso que ela saiu
correndo. Ela queria que eu fosse atrás, e eu fui. Eu vou atrás dela todas as
vezes que
ela quiser ver o quanto a desejo e preciso dela.
Em silêncio, ela faz carinho em mim. Fico deitado totalmente imóvel, absorvendo
suas
carícias, recebendo o que ela me dá, porque ela faz com que eu perceba que
estou
faminto disso, que mataria por isso, e por ela.
E meu cérebro fica tranquilo, e meu coração fica calmo e minha vida está
parada, e o
pêndulo que sou, todo movimento para lá
e para cá, finalmente para e eu sinto que
finalmente encontrei meu centro.
* * *
Eu acho que peguei no sono. Sonho com elevadores, calças cor-de-rosa, balanços
e
Paris. Sonho com ela dando gargalhadas em uma limusine e segurando meu rosto e
tocando meu cabelo e olhando para mim como se eu fosse o único homem da face da
terra e como se ela me amasse.
Acordo e estou em seus braços, não sei que horas são, mas vejo que ela ainda
está
usando aquela calça. Ela me pede para que tire dela, e eu obedeço, e faço amor
com ela
e, inacreditavelmente, pego no sono de novo.
O meu estômago me acorda. Está vazio e roncando. Sinto calor à minha volta. É o
cabelo de Ana. E eu sinto seu cheiro. Eu ficaria aqui o dia todo se meu
estômago não
fosse tão cruel e meus músculos tão exigentes.
Murmuro para ela que estou com fome, pego uma cueca e sigo para a cozinha. Pego
aipo e manteiga de amendoim e começo a comer para saciar a minha fome um pouco,
depois começo logo a pensar no que mais posso engolir.
Ela aparece e vai ver que comida tem no forno. Quando a vejo, estou passando
manteiga de amendoim em um palito de aipo e mastigando e quase engulo a minha
língua.
Arregalo os olhos, solto o aipo e cruzo os braços, observando enquanto sinto um
monte
de coisas boas crescerem em meu peito.
– Olhe para você – digo.
Vestida com meu roupão de luta, ela traz alguns pratos e eu fico feliz porque o
cheiro
dela vai impregnar meu roupão e a mim quando usá-lo.
– Vou devolver quando voltarmos para cama – explica ela.
Balanço a cabeça e dou um tapinha no meu colo.
– Se é meu, é seu.
Ela coloca a comida na mesa e eu seguro seus quadris e coloco-a sentada no meu
colo
enquanto olho para os pratos com água na boca.
– Estou morrendo de fome. – Pego uma batata vermelha e mastigo.
– Você iria amar as batatas vermelhas da minha mãe. Ela acrescenta
pimenta caiena, o que dá um sabor picante –
me explica Ana enquanto espeta uma com o garfo e come.
– Você sente falta de casa?
Mastigo outra batata enquanto Ana me fita por um momento. Ela está com uma
expressão e abaixa o garfo e me encara totalmente, então faz carinho no meu
maxilar
com a ponta de seus dedos.
– Quando não estou com você, eu sinto falta de casa. Mas quando
estou com você, não sinto falta de nada.
Sorrio porque estou aliviado. Ela roça os lábios na minha covinha, e eu solto
um
gemido e passo meu nariz no dela.
– Vou te aconchegar mais perto para que você não sinta falta de
nada. – prometo.
– Por favor, sim. Na verdade, tenho certeza de que há espaço
suficiente aqui. –
Ela
se contorce no meu colo e eu mordisco o lobo de sua orelha, dizendo:
– Tudo bem!
Nós rimos, e ela pega o garfo, espeta outra batata e come. Depois, pega o garfo
e dá
comida na minha boca. Eu como, mas gosto mais de dar em sua boca. Todos os meus
instintos anseiam por sua boca se abrindo para mim e pelos seus olhos me
observando.
A forma como os olhos dela brilham para mim faz com que eu me sinta um deus.
Passo a mão por baixo do braço dela e faço carinho enquanto espeto alguma coisa
para mim, depois corto para ela.
Ela me observa enquanto corto, e a observo enquanto morde e saboreia e faz com
que
meu sangue ferva nas veias, faz com que até a minha alma fique quente.
– A quem você pertence? – pergunto para ela, meus dedos subindo e descendo por
sua
espinha. Mas, de repente, não quero mais comida. Abaixo o garfo e enfio a mão
através
das laterais abertas do meu roupão de Arrebentador, envolvendo sua cintura. Dou
um
beijo na orelha dela, com a voz rouca: – A mim.
– Sou inteiramente sua. – Meu coração dispara com a admissão dela enquanto muda
de
posição de forma a ficar montada em mim, e enterra o nariz no meu pescoço e
passa os
braços em volta da minha cintura. – Estou ficando
muito nervosa com a grande luta. E você?
Rio e olho para ela.
– Por que eu estaria? – Puxo a cabeça dela para trás e ela parece preocupada, a
testa
franzida. – Ana, eu vou quebrá-lo.
Quero que ela saiba que não existe a menor dúvida na minha cabeça de que eu vou
acabar com o filho da puta. Eu não o odeio, não dou a mínima para ele, mas ele
não vai
tomar o que é meu. Trabalhei todos esses anos para isso. A minha vida inteira.
Luto para
viver, e vivo para vencer.
– Chris, eu amo o jeito que você luta – sussurra Ana, estudando meu rosto, – mas você
não tem ideia de como isso é estressante para mim.
– Por que, Ana?
– Por que você é... importante para mim. Desejo que nada toque você,
e a cada noite... Você está lá. Mesmo sabendo que você vai ganhar, fico
ansiosa.
Sinto um nó no peito de novo ao pensar nela me deixando, se cansando de mim.
– Mas você está feliz, Ana? Comigo?
Espero que ela responda. Não sei se ela compreende que eu não pergunto tudo que
tenho vontade, não estou acostumado a perguntar. Estou perguntando se ela me
ama.
Se ela quer ficar comigo. Se ela vai ficar comigo. Se a faço tão feliz quanto
ela me faz.
Ela me fita e vejo a preocupação e o carinho em seu olhar, e o nó dentro de mim
começa a afrouxar antes mesmo que ela fale, porque eu sei a resposta.
– Loucamente. – Ela passa o braço em
volta do meu pescoço e chega bem perto, do
jeito que eu gosto, sussurrando: – Você me faz
feliz. Você me faz delirantemente feliz e delirante, ponto. Eu não quero ficar
sem você por um segundo. Não quero nem que todas as mulheres olhem para você e
gritem as coisas que gritam para você.
A forma como ela é possessiva comigo me atinge. Tão intensamente, que na mesma
hora me sinto possessivo em relação a ela – quero mostrar fisicamente que ela
tem toda
a minha devoção, então minha voz fica rouca.
– Eu sou seu. Você é a única que trago para casa comigo.
Vou até o pescoço dela e
encho meus pulmões com seu cheiro suave até que eu esteja
relaxado e satisfeito, então cochicho em seu ouvido:
– Você é minha companheira, e reivindiquei você.
Posso perceber pelo seu sorriso que ela gosta disso. Que gosta de eu tê-la
reivindicado. Volto a dar comida em sua boca, e isso atiça todos os meus
instintos,
trazendo uma satisfação por ser capaz de cuidar dela e alimentá-la, protegê-la
e amá-la.
Entramos em um ritmo fácil e ela começa a me contar sobre Kate, Sawyer e como
eles
se tornaram amigos, e eu digo:
– Conte mais.
– A minha irmã, Alayna, se apaixonava por qualquer coisa. Ela ria de mim e
dizia que eu
não gostava de homem.
Passo a mão pela espinha dela, sorrindo.
– Você disse para ela que estava esperando por mim?
Ela ri e enfia um dedo em uma das minhas covinhas.
– Vou falar isso para ela agora com muito prazer. – Ela sorri e brinca com as
minhas
duas covinhas agora. Continuamos comendo, e sinto uma imensa satisfação por ela
nunca ter dado seu coração para ninguém. Ele é meu. Ela é minha.
– Você se lembra de algo legal sobre seus pais? – pergunta ela quando
voltamos para o quarto.
– Minha mãe costumava fazer o sinal da cruz em mim toda noite. – Tranco a porta
e
rapidamente me lembro da minha mãe. – Ela fazia o sinal da cruz na minha testa,
sobre
a minha boca e no meu coração. – Não menciono o fato de que ela também
murmurava
palavras e rezava coisas o dia inteiro que não tinham nada a ver com o resto
das coisas
que ela fazia comigo.
– Ela era religiosa?
Facilmente bloqueio a minha memória, quando pego meu iPod e os fones de ouvindo
e
dou de ombros, colocando as minhas coisas na mesinha de cabeceira. Não vou
dormir
mais esta noite. Minha cabeça já está começando a funcionar com coisas a fazer,
sacos
para socar.
– Você sente falta da sua família? – me pergunta ela baixinho.
Vou para cama com ela e digo a verdade.
– Você não sente falta de algo que nunca teve. – Eu cresci com a minha
música e isso vai estar sempre comigo.
Eu sentiria uma falta terrível disso e não saberia
viver sem. Incomodado com o roupão, abro a faixa e deslizo pelos ombros dela.
Ela sabe
que preciso dela nua, então deixa os braços soltos, depois aninha seu corpinho
magro
contra o meu peito nu.
A sensação de estar com ela é tão boa, sinto seus seios subindo cada vez que
respira,
meu nariz grudado em seu pescoço, seu cheiro acalmando meus pensamentos. Posso
estar bem por um tempo, mas sei que não vai durar e logo precisarei fazer
alguma coisa.
Acho que ela percebe que meus pés estão inquietos. Malditos pés malditos pés
malditos!
– Se eu dissesse uma coisa – sussurra ela com um brilho no olhar enquanto
desliza
uma perna entre as minhas coxas, nossos corpos emaranhados e próximos –, você se lembraria de manhã?
Puxo o cobertor sobre nós.
– Espero que sim. – Merda, eu me odeio às vezes.
Estou tentando acalmar o zumbido dentro de mim quando ela acaricia a minha
cabeça,
e minha perna para. Prendo um gemido e fecho os olhos e mergulho no seu toque,
então
ela estica o braço sobre mim até a mesa de cabeceira e pega meu iPod e os fones
de
ouvido.
– Coloque isso – diz ela. Parece tão animada, que eu sorrio. Eu amo as minhas
músicas, e uma música se torna duplamente importante quando ela compartilha
comigo.
Eu me encosto na cabeceira da cama, trazendo-a comigo, coloco os fones de
ouvido e a
puxo para meu colo, onde ela escolhe uma música.
Começa, e eu acho que nunca escutei, mas tem muita merda no meu iPod.
Então começo a escutar uma mulher cantando e ela parece otimista e esperançosa.
A
forma como Ana olha para mim, sorrindo, me observando com brilhantes olhos
azuis, faz com que eu sinta um aperto no peito, e eu escuto as palavras e o que
ela
está me dizendo e meu corpo contrai quando escuto o refrão: Você é tão
lindo, mas não
é por isso que eu amo você…
Estudo seu rosto porque uma parte de mim simplesmente não aceita isso como
verdade. Olho para os olhos dela, para o nariz, para as bochechas. Ela está me
matando,
e eu preciso saber que não está brincando comigo, mas ela não está. Sua
expressão é
quase como se estivesse ela mesma cantando para mim.
Meu corpo estremece e contrai de excitação. Sinto como se ela tivesse feito
amor
comigo.
– Toque de novo – peço com a voz rouca. Ela morde o lábio inferior e clica no
botão
para tocar de novo, e eu não aguento escutar mais uma vez ou meu peito vai
explodir
em um milhão de pedacinhos – eu estarei em pedacinhos de agora em diante.
Faço com que ela role e fique de costas e coloco meus fones de ouvido na
cabecinha
dela, colocando seu cabelo atrás das orelhas para que não embole. Ela arregala
os olhos
quando o refrão começa a tocar para ela, e eu posso ver as formas como as suas
íris
cintilam e seus lábios se afastam em
surpresa. Então ela fecha os olhos com tanta força,
que vejo rugas nos cantos, e a observo enquanto escuta.
Eu a beijo, lentamente afastando seus lábios com os meus, para que não seja a
música
que diz a ela que eu a amo, nem uma voz, nem uma palavra, mas eu.
Suspirando aqui com esse momento deles
ResponderExcluirEle está ficando dependente dela e o simples fato dele pensar que ela pode deixa ele
ResponderExcluirEle já sueta