LPA Capítulo 5

em sábado, 22 de janeiro de 2022

 Capítulo 5





PARA ATLANTA
Christian

Uma imagem não sai da minha cabeça, a de Taylor e Sawyer chegando ao aeroporto sem
Anastasia Steele, e eu não gosto. Andando de um lado para o outro no meu jato, esfrego
as mãos nas calças e espio pela janela, mas nada ainda de Taylor, Sawyer e Anastasia Steele.
Estendo as minhas mãos e estalo os dedos.
– Poupe para o ringue, garoto – aconselha o treinador, que folheia uma revista de
esportes, e eu flexiono meus dedos e respiro fundo. Preciso treinar. Tenho precisado
treinar por mais tempo e mais duro nos últimos tempos. Estou com um tesão absurdo, e
só de pensar nela tenho uma ereção.
Pego uma garrafa de água gelada no bar, que bebo, tentando relaxar. Depois vou me
sentar no banco e coloco meus fones de ouvido. Olho as minhas músicas, procurando
algo rápido e forte, e deixo explodir em meus ouvidos – então vejo movimento na frente
do avião.
Congelo por dentro.
Nada me deixa assim, só olhar para ela.
E, sim, eu estou olhando.
Meus olhos estão descontrolados enquanto olham para o corpo dela de cima a baixo,
enquanto Taylor a apresenta para o treinador e para Gail. Meu coração começa a
bombear sangue para a parte de baixo do meu corpo, e a música que explode em meus
ouvidos fica esquecida. Ela ainda não me viu, mas eu a vejo. Cada centímetro do meu
pau, que rapidamente já inchou, está ciente da proximidade dela.
A bunda redondinha dela está marcada pela saia na altura dos joelhos. Meus olhos
descem até as panturrilhas torneadas e os lindos calcanhares e chegam aos pés calçados
em sapatilhas. Uma imagem daqueles tornozelos entrelaçados nas minhas costas
enquanto eu penetro o corpo dela surge na minha mente. Fecho os punhos e me forço a
expirar, mas o meu sangue já está me preparando para acasalar com ela.
Assisto enquanto Taylor finalmente aponta para onde estou, e cada instinto primitivo
dentro de mim desperta conforme ela atravessa o corredor na minha direção. A linda pele
bronzeada cora, deixando seu rosto vermelho e descendo pelo pescoço e afundando pelo
decote, e a minha vontade é abrir os botões de sua camisa e ver se ela corou até os
bicos de seus lindos peitos. Nossa, como eu quero segurar aqueles peitinhos e colocá-los
na minha boca e, acima de tudo, quero ver a expressão no rosto dela enquanto eu
estiver fazendo isso.
Afastando esse pensamento, tiro os fones de ouvido, desligo meu iPod e fito o rosto
dela. Ela não é apenas linda, mas está excitada, os olhos cintilando para mim.
– Já conheceu o resto do pessoal? – pergunto a ela, minha voz rouca de tesão.

– Sim. – Ela sorri, um sorriso genuíno que chega aos olhos enquanto ela se
senta e coloca o cinto de segurança. A voz suave e grave dela tem um efeito estranho
em mim, me acalmando. Mas meu pau continua pressionando o zíper, e eu não faço a
menor ideia do que farei a esse respeito nas próximas duas horas.
– Você quis me contratar por causa de uma lesão particular ou mais por prevenção? –
indaga ela.
Mais para poder contratar você.
– Prevenção – sussurro.
Ela morde a parte de dentro da bochecha enquanto me analisa, e não faz ideia que
enquanto ela avalia o tamanho do meu peitoral, dos meus braços e do meu torso, estou
lutando com todas as minhas forças para não me debruçar sobre ela e beijar sua boca.
– Como estão seus ombros? – questiona ela, parecendo profissional. – E os cotovelos?
Quer que eu comece a trabalhar em alguma parte específica para Atlanta? Taylor me disse
que é um voo de várias horas.
É, vai ser, e eu provavelmente vou estar com as minhas bolas ardendo quando
terminar, mas que porra. Eu quero tanto que ela me toque que estico o braço e ofereço a
minha mão.
Ela parece um pouco surpresa mas pega com as suas duas mãos; fico assustado com a
reação do meu pau ao contato. O calor corporal dela se mistura ao meu quando ela abre
a minha mão enorme com seus pequenos dedos e começa a esfregar a minha palma,
procurando nós. Seus dedos são fortes, mas suaves, e seu toque é uma tortura de tesão,
mas chegam perto demais do paraíso para eu pedir que pare.
– Não estou acostumada com mãos grandes assim. As mãos de meus alunos eram
mais fáceis de massagear – conta ela, animadamente.
Dedos macios esfregam os calos das palmas das minhas mãos enquanto conversamos
sobre seus alunos e sobre os meus treinos, que costumam durar oito horas por dia.
Eu adoraria ajudar em seu alongamento quando terminar o treino. É isso que seus especialistas fazem por você também? – quer saber ela.
Assinto, e a minha mente na mesma hora vai para o vídeo do YouTube que assisto
toda hora. Eu gostaria muito de ter estado lá para poder esmagar a câmera daquela
mulher idiota com as minhas próprias mãos.
– E você? Quem cuida de suas lesões? – pergunto e aponto para a joelheira que
aparece por baixo da saia.
– Ninguém, já terminei a minha reabilitação. – Ela levanta a sobrancelha e parece
assustada. – Você investigou sobre isso também? Ou foram seus caras que fizeram isso?
Eu fiz a pesquisa no Google, e queria dar um soco na parede, e ir até você e carregá-la
para fora da pista e secar suas lágrimas com os meus lábios.
Puxando a minha mão, percebo que quero tocá-la, então aponto para o joelho.
– Vamos dar uma olhada.
– Não há nada para ver. – Ela não parece feliz em receber essa atenção, mas acaba

levantando o joelho mesmo assim. Eu avalio com uma das mãos e abro o velcro, na
mesma hora vendo a cicatriz que corta seu joelho.
Pego o joelho dela na minha mão e acaricio com o polegar, notando suas coxas
musculosas e magras, a solidez de seu músculo quadríceps. Ela é forte e magra, mas
flexível como um guepardo. Eu a desejo. Recusando-me a parar de tocá-la, exploro sua
pele machucada e ela morde o lábio e expira.
– Ainda dói? – pergunto baixinho.
Ela assente e explica que foi uma lesão dupla. Rompeu o ligamento cruzado anterior,
pela primeira vez, seis anos atrás, depois, de novo, há dois anos.
– É duro não poder mais competir? – pergunto gentilmente.
A expressão dela suaviza quando fixa seu olhar no meu, e alguma coisa invisível me
puxa para ela, mesmo enquanto eu a vejo chegar uma ínfima fração para perto de mim.
– É sim. Muito. Você entende isso, não entende?
Lentamente, abaixo a perna dela, e em vez de concordar com a cabeça, passo o
polegar pelo joelho, para que ela saiba que entendo. Mais do que pode imaginar. Ambos
observamos enquanto faço carinho nela e, caramba, parece tão certo que quero deslizar
meu dedo para a parte interna de sua coxa, para baixo da saia, então, antes que eu ceda
a esse impulso, puxo a mão e ofereço a minha outra mão, rispidamente falando:
– Agora, faça esta.
Testando o território, passo o braço pelo encosto atrás dela enquanto ela pega a
minha mão e começa a trabalhar nela. Minhas narinas coçam por causa da nossa
proximidade; ela não se afasta. Ela tem cheiro de… sabonete e algum xampu de frutas
vermelhas, além disso, seu próprio cheiro feminino é doce e quente em meu nariz. Ela
examina e explora, e eu abro meus olhos e fito seu rosto, suave mas concentrado. Meu
coração bate mais rápido.
Ela passa para meu pulso, gira e depois examina meu antebraço, e quando fecha os
olhos com uma expressão de total concentração e prazer, quero gemer, provocar e rir
dela e beijá-la, tudo ao mesmo tempo. Ela parece jovem e inocente, e meus instintos de
caçador-conquistador estão com força total. Eu a cacei e agora quero conquistá-la para
mim…
Decido tocá-la. Provocá-la. Quero fazê-la sorrir. Droga, quero vê-la sorrir para mim.
Seguro a nuca dela e me inclino.
– Olhe para mim.
Ela abre aqueles olhos azuis, abaixa a mão e sorri desconcertada. Merda, ela
estava me estimulando e cada centímetro do meu corpo sabe disso.
– O quê? – indaga ela.
– Nada. – Eu sorrio, mas estou com tesão e irritado e encantado, tudo ao mesmo
tempo. – Estou muito impressionado. Você é completa, Anastasia.
Ela abre um sorriso quase inocente.
– Sou mesmo. E espere até eu chegar nos seus ombros e nas suas costas. Talvez eu

tenha até que ficar em cima de você.
Ela me diverte. Tanto que belisco o bíceps dela. Depois o tríceps, e digo:
– Hmmm. – E quando coloco a mão dela em volta do meu bíceps, ela arregala os
olhos. Adoro. Sei que ela gosta do fato de ele ser grande e duro, mas ela finge não ligar
e responde de forma brincalhona:
– Hmmm.
Nós dois rimos. Estamos rindo quando ela parece perceber que Taylor e companhia
ficaram em silêncio e estão nos observando.
Ela tira alguma coisa da bolsa, e eu lanço um olhar furioso para Taylor, silenciosamente
mandando: olhe para o outro lado, imbecil!
Ela limpa a garganta e coloca um iPod e fones de ouvido no colo. Curioso, pego o iPod
dela, conecto nos meus fones e começo a passar pelas músicas, entregando o meu para
ela. Ela tem toneladas de músicas novas e algumas mais antigas que eu reconheço. Ela
solta os fones e pega o iPod dela de volta, devolvendo o meu.
– Quem consegue relaxar com isso? – protesta ela.
– Quem quer relaxar? – provoco.
– Eu quero.
Entrego meu iPod para ela de novo.
– Tome. Eu tenho algumas músicas mais tranquilas pra você. Ouça uma das minhas e
eu vou ouvir uma das suas.
Procuro no meu iPod, sabendo qual música quero. Não escuto com frequência, mas
quando ela surge no shuffle, escuto cada palavra, e agora a necessidade de mostrar para
ela está se intensificando a cada segundo.
Uma música do iPod dela está tocando para mim, e é ousada, mas estou mais
observando enquanto ela escuta a que escolhi para ela.
Anastasia abaixa a cabeça para cobrir o rosto com o cabelo. Sua mão treme no iPod.
Não consigo resistir e me aproximo para ver sua expressão.
Continuo escutando a música que ela escolheu para mim. Como ela não pode escrever
uma música de amor para mim. Tudo bem. Ela colocou uma para eu escutar.
Meus lábios viram e eu rio, mas ela esconde a cabeça no colo enquanto escuta o resto
da música.
Meu sorriso desaparece, meu corpo fica tenso. Porra, eu quero esta mulher. Quero que
ela saiba disso. Quero que ela me aceite.
Ela escuta, sem falar nada, “Iris” de Goo Goo Dolls, então ela lentamente desconecta
seu fone e me o iPod.
– Eu nem sabia que você tinha músicas lentas – murmura ela ao entregar meu iPod.
Falo baixo para que só ela escute.
– Eu tenho vinte mil canções, está tudo aqui.
– Não! – protesta ela imediatamente, depois verifica meu iPod e vê que é verdade.
Meu Deus, ela é adorável.

– Você gostou? – pergunto baixinho para ela.
Ela assente com a cabeça.
Seu rosto está corado, e preciso de toda a minha força de vontade para não beijá-la.
Em vez disso, procuro outra música no meu iPod e entrego para ela, tocando “Love Bites”
para que ela tenha uma ideia do quanto eu a desejo.

4 comentários:

  1. elindo como o amor deles começa e eles nem se dão conta

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  2. Ele está caindinho por ela e pelo visto está indo devagar pra não assustar Ana

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  3. ♥♥♥ele é muito fofo ♥♥♥

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  4. Ele tá usando bem seu auto controle😍🤩❤️

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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