LPA Capítulo 53

em domingo, 13 de março de 2022

 Capítulo 53



AUSTIN AGUARDA

Ana
– Então, as manchetes todas anunciam que a namorada de Arrebentador está grávida – diz Taylor enquanto voamos para Austin.
Agora Prescott voa com a gente também, e hoje ela se senta com Taylor, Sawyer, e Christian em uma das seções de sala de estar, enquanto o treinador está no banco e Gail e eu ocupamos a outra seção de assentos. Chris e os homens parecem estar discutindo a minha segurança para as duas lutas em Austin. Aparentemente, estamos nos aproximando das semifinais, então Scorpion estará agora lutando nas mesmas noites que Christian.
Uma parte de mim está ansiosa para ver se vamos topar com Alayna nas lutas, enquanto a outra parte de mim teme o resultado de tal encontro.
Chris está em seu modo rude e superprotetor. O fato de que seus pais vivem em Austin e que ele vendeu a casa onde costumávamos ficar sem dúvida o aborrece. Taylor alugou outra casa para nos manter longe da mídia, mas Christian não se acalmou. Sei que ele não gosta da ideia de eu estar no mesmo estado em que está Scorpion, e muito menos no mesmo código postal.
Enquanto mostro a Gail as fotos enviadas por Kate do esquema de cores para o quarto do
bebê, ouço a voz de Christian, baixa, como se ele não quisesse que eu escutasse, mas ainda
autoritária.
– Qualquer um que se aproxime dela ou sequer olhe pra ela de forma errada, vocês tratem de
cuidar dele imediatamente.
Com o canto do olho, vejo como Taylor acena sombriamente e coloca a mão na gravata preta.
– Não se preocupe, Chris, vou protegê-la como se ela fosse minha.
– Ela não é sua, seu merda. Ela é minha.
– Senhor Grey – Prescott exclama – estarei atenta e me certificando de que ela não seja de forma alguma ameaçada ou incomodada.
– Realmente amo esse esquema azul e verde – Gail me diz, me desligando da conversa do outro lado do avião.
Voltando para as imagens, comento tristemente:

– Queria que aquela coisa do anel tivesse funcionado. O Christian não quer saber, e eu não quero saber de um médico e comentar acidentalmente com ele.
– Ei! – Sawyer grita da outra seção. – Vocês já escolheram o nome?
Os ombros de Christian estão curvados enquanto se inclina e estuda algo que Taylor está mostrando a ele em seu telefone, e não acho que esteja me ouvindo, mas eu continuo falando:
– Se for um menino, ainda não consegui pensar em nada. Mas tenho o nome perfeito, se for uma menina.
– Sério? E qual é? – Sawyer fala, recostando-se em seus braços, curioso.
– Iris – digo baixinho.
Christian se volta instantaneamente para olhar para mim, e a intimidade do seu olhar me queima por dentro como uma onda de luxúria e de amor que me atravessa.
– Gosto de Iris – diz ele com a voz rouca, assentindo com aprovação.
É preciso muito mais esforço de Taylor para fazer Chris se concentrar novamente no que lhe estava mostrando ao telefone, porque Christian continua olhando para mim do outro lado do avião. Não consigo me concentrar no que diz Gail também, porque também fico olhando para ele.
Só me parece errado ter todos esses assentos entre nós, meu iPod escondido na minha bolsa, e meu homem tão longe.
Ele se inclina para trás em seu assento, tanto quanto possível, e estica o braço através do avião, abrindo sua mão enorme. Conecto meus dedos com os dele, e então tudo parece melhor de novo. Ele continua checando as coisas de Taylor, e eu continuo conversando com Gail sobre as coisas do bebê, sua mão segurando a minha do outro lado do corredor.
* * *
Enquanto Taylor e eu nos acomodamos na arena de Austin, tenho a infelicidade de ver dois dos
capangas de Scorpion nos observando do outro lado do ringue. Pisco de surpresa e verifico
imediatamente a multidão para achar Alayna.
Não posso encontrá-la em qualquer lugar, e quando a minha atenção flutua de volta para os dois asseclas, acho que a atenção deles ainda está sobre nós.
Um dos caras tem a cabeça raspada, e o outro usa com orgulho uma tatuagem de Scorpion em sua maçã do rosto, assim como seu chefe costumava fazer antes de Christian arrancá-la fora quando foi atrás de Alayna.
Alayna...
O pensamento dela confraternizando com Scorpion e seus asseclas me faz muito infeliz, e o
pensamento, infelizmente, também vem com a sensação de mil pernas rastejando na minha pele. Estou
dividida entre os vários impulsos: vomitar, fugir, e marchar sobre esses bandidos e exigir saber onde minha irmã está. Parece que sou como uma bússola enlouquecida e não sei o que fazer, para onde apontar ou como reagir, por isso fico sentada aqui, assistindo a eles dois e me sentindo como um bebê, mesmo com Taylor sentado a meu lado e armado até os dentes com seus pequenos apetrechos.
Quando os dois homens lentamente se levantam e fazem seu caminho em torno do ringue, a
percepção de que eles estão vindo direto para nós faz meus pulmões se contraírem. Meu coração começa a bater ferozmente na minha caixa torácica enquanto minhas entranhas rebeladas desabam em completo pavor.
Tenso em sua cadeira de plástico, Taylor sussurra:
– Eles provavelmente devem assistir à luta de Scorpion mais tarde, ou estão seguindo Christian.
Checando como ele está lutando, se há alguma lesão visível. Por favor, pelo amor de Deus, não faça nada, o melhor é ignorá-los.
Assisto ao par de brutamontes parar diante de nós com um afundamento na boca do estômago.
– Não se mova, Ana – Taylor adverte baixinho.
Ferozmente consciente do bebê de quase seis meses em minha barriga redonda, forço os olhos a olhar para o chão de cimento, ao mesmo tempo que os meus vasos sanguíneos se dilatam dentro de mim. Minhas pernas tremem enquanto enrolo minhas mãos protetoramente em torno do nosso bebê, cujo coração nós já ouvimos e que eu quero que fique bem longe desses homens o máximo possível.
Mas estes são os dois idiotas que tentaram provocar Christian para brigar em uma boate na
última temporada, e fingir que não os vejo quando posso inclusive sentir o seu fedor, vai contra todos os meus instintos para chutar seus sacos e esmagar as bolas lá dentro.
– Não é a cadela do Chris? Olá, quer nos dar um beijinho? – Um deles zomba.
A raiva e a impotência se acumulam bem dentro de mim, enquanto as fileiras de assentos começam a encher em torno de nós, e eu me forço a manter meus olhos em seus pés e espero que eles desapareçam, ou que Taylor vá finalmente mostrar que tem colhões e fazer alguma coisa.
– Sugiro que vocês dois caiam fora – diz Taylor calmamente.
– Nós não estamos falando com você, magrelo, estamos falando com esta vaca aqui. Ela não
lembra da boceta ficar toda molhadinha e assanhada como uma foca quando o chefe obrigou ela a beijar ele? E bem neste instante, a irmãzinha dela está sendo bem comida pelo chefe na frente de todas as outras meninas!
Minha cabeça se volta para cima enquanto meu corpo se inunda de humilhação. Balançando no
meu lugar, cerro os dentes e fecho os punhos do lado do corpo enquanto desejo ter duas garrafas para acertar os crânios desses dois:
– Voltem pro buraco de onde saíram e digam ao seu chefe que o Arrebentador vai enterrá-lo vivo!
–Ana – Taylor agarra meu cotovelo em alerta enquanto os dois idiotas riem de mim.

– Você quer mesmo que a gente conte a ele o que você falou? A mais nova puta de Christian? – O careca cospe no chão, a um centímetro dos meus pés. – Quer mesmo, cadela?
– Estou avisando pra cair fora – repete Taylor, levantando-se e enfiando a mão no casaco.
Estou no modo de defesa total, e meu sangue está bombeando quando viro para fora o meu dedo do meio para eles.
– Quero. Diga a ele pra se foder e que ele logo vai se arrepender de não deixar minha irmã em
paz.
De repente, Prescott pega os caras pelas costas de suas camisas, sua voz enganosamente calma quando ela pergunta:
– À procura de uma mulher de verdade, senhores?
Taylor me puxa de meu lugar e me arrasta para baixo da fileira, enquanto o meu coração bombeia com tal violência que mal posso respirar.
– O que foi aquilo? – Taylor me gira o corpo, seus olhos em chamas em indignação. – Um pouco de spray de pimenta no meu bolso faz você ficar toda briguenta?
– Taylor, você é uma florzinha. Então, por que não usou? Eles estavam respirando no nosso pescoço!
– Ana, um pouco de sutileza, por favor! Você não pode provocar esses sujeitos! Se eles
voltarem quando Christian estiver lutando e ele ver que eles estão a dois metros de sua cadeira, ele vai sair do ringue e ser desclassificado, e esta é a última merda de que precisamos... – Taylor para de falar, respira fundo e faz uma carranca para mim. – O que ele te disse pra fazer exatamente agora, nos vestiários? Hein?
Lembro-me com clareza do pedido de Christian, e instantaneamente a minha voz cai.
– Pra ficar sentada quieta no meu lugar.
– Bem, então! Ele pode gostar de que você seja uma pimentinha, mas não quero que você faça isso comigo, e certamente não quero me queimar.
– Taylor, Christian não ia gostar de me ver sentada de cabeça baixa enquanto aqueles dois palhaços ficavam me ofendendo. E tenho certeza de que ele não esperaria que eu não fizesse nada.
– Ele não espera que você faça alguma coisa, por isso mesmo me disse pra tentar manter as coisas sob controle.
– Se ele fosse você, ele teria feito alguma coisa, e se não estivesse grávida, eu também.
– Eu não sou a porra do Arrebentador, Ana. Olhe pra mim! – Taylor aponta para si mesmo em seu paletó preto e gravata. – Admito que não estou grávido e que poderia ter usado um desses
brinquedinhos que eu tenho sobre eles, mas isso iria levantar todos os tipos de bandeiras vermelhas e quando Chris saísse para o ringue, iria perceber que algo estava acontecendo ao seu redor e iria abrir mão da luta. Nem sempre tudo se resume a atacar.

– Taylor, me desculpe, entendi. Vamos sentar, e estou contente que os dois tenham ido embora – digo, e ambos soltamos a respiração ao voltarmos aos nossos assentos, mas as minhas mãos ainda estão tremendo com a adrenalina bombeada em minhas veias.
O salão está repleto de pessoas no momento em que a primeira luta é anunciada pelos altofalantes.
– Bem-vindos, bem-vindos, senhoras e senhores...
O barulho e a emoção nos rodeiam conforme vemos lutadores indo e vindo. Ver todo aquele
sangue de novo, os sons de ossos se esmagando contra ossos, me deixa ansiosa de novo.
Chris... Oh, Deus. Só de pensar que ele poderia topar com Scorpion nos vestiários meu
nervosismo já vai para o telhado.
Estou inspirando e expirando quando Taylor me diz:
– Você sabe o que é, Ana? Ele me disse que não queria que ninguém ficasse olhando, então tem razão, ele iria querer que eu os levasse o mais longe possível daqui. Mas não posso encarar isso de forma literal, estou tentando manter as coisas calmas por aqui. Por favor, entenda que eu tenho que ser a cabeça fria aqui.
– Entendo, Taylor, mas você – falo exageradamente – é como uma arma carregada sem gatilho.
– Estamos em negociações diretas com Scorpion, Ana – ele diz então, em voz baixa. – A última
coisa que quero é agravar a situação, ou isso só vai custar mais a Christian.
– O quê? – Meus olhos se arregalam. – Você sabe alguma coisa sobre Alayna?
– Só que, desta vez, Christian está cuidando das coisas e você deve ser deixada completamente
de fora.
Ele franze os lábios de forma significativa e assente, e não posso nem discutir, porque então
Christian é chamado dos vestiários, seu nome explodindo através dos alto-falantes e ao redor da multidão.
– Sim, senhor, traga o Arrebentador para essas pessoas! – o locutor grita, e a multidão ruge
“Arrebentador”.
Meu coração salta uma batida, a minha consciência imediata passa a se concentrar em um lampejo de vermelho que se aproxima do ringue.
Esta noite de luta é tão significativa. Não só porque ouvimos dizer que Scorpion foi desclassificado por usar soqueiras em uma luta na noite anterior e porque Christian está em
primeiro lugar por um monte de pontos de vantagem, mas porque sei que Austin é o lugar onde ele nasceu, onde ele, em sua cabeça, acredita ter sido rejeitado. Mas não por esta multidão. Oh, não.
Nunca por esta multidão.
A arena reverbera com gritos sanguinários quando Chris pula para o ringue, trazendo todas as

cores para este espaço branco e monótono.
– Se ele passar por esta noite sem derrotas, então deixaremos Scorpion muito atrás. Só boas
notícias – diz Taylor.
Concordo com a cabeça emocionada, meus olhos agora focados em mais nada, a não ser Chris.
Sawyer e o treinador tomam seus lugares no canto do ringue enquanto Christian tira o robe
ARREBENTADOR e entrega a eles.
Quando seu oponente é chamado, Chris levanta os braços e sorri para seu público, então aponta para mim e as pessoas rugem. “Ana, Ana, Ana”, começam a cantar.
Ele ri, e eu estou de bochechas vermelhas com o conhecimento súbito de que todo mundo aqui
sabe sobre mim agora. Seus fãs todos sabem que eu sou a namorada grávida do Arrebentador, de modo que, droga... Aceno como uma idiota e envio a ele um beijo, e amo o jeito que ele agarra esse beijo e o leva à boca. Acho que isso é o que as pessoas estavam pedindo quando começaram a gritar Ana, porque no instante em que seu braço balança para pegar meu beijo no ar e trazê-lo para si, a multidão vai à loucura, e nós rimos em uníssono.
Um novo lutador entra no canto direito, faltando toda a fanfarra da entrada de Chris, e a luta
começa.
Christian é especialmente brincalhão com os lutadores mais jovens. Eles parecem esperar que
ele seja poderoso, mas não tão rápido, e posso ver que isso os deixa malucos. Ele dá muitas fintas, brinca um pouco e depois os derruba sem piedade – para a alegria de sua torcida.
Hoje à noite ele passa por doze lutadores e acaba encharcado e ligeiramente ferido em seu lado esquerdo. Quando voltamos para a casa alugada, Chris começa a questionar Taylor assim que chega à grande sala de estar que se separa em dois longos corredores, cada um levando a uma sala separada.
– Tudo bem por lá?
– Hum... Quase.
– Algum olheiro?
– Dois. Os mesmos de sempre.
– Eles olharam pra Ana?
– Er...
Chris gira o corpo, franzindo as sobrancelhas.
– Perguntei se eles olharam pra Ana, caralho!
Taylor olha para mim, depois para ele.
– Eles vieram para falar. Ana mostrou o dedo a eles. Eu lhes disse para ir embora. Prescott
se aproximou. Puxei Ana de lado.
Chris olha para mim, e agora as sobrancelhas estão levantadas no alto.
– Você mostrou o dedo a eles?

Respondo rápido:
– Você preferia que eu chutasse o saco?
Sua descrença se desloca para Taylor. Muito lentamente, frustrado, ele arrasta a mão pelos cabelos até a parte de trás do seu pescoço. Em seguida balança a cabeça e agarra a minha nuca quando me dirige ao nosso salão.
– Vamos discutir isso em nosso quarto – resmunga para mim.
– Boa noite, pessoal – diz Taylor.
Christian para e vira o corpo.
– Nenhum sinal da irmã de Ana?
– Nenhum – responde Taylor, e vejo que a emoção no rosto dele quase me derruba.
Ele e Christian se envolvem em algum tipo de comunicação silenciosa entre homens, e então é
isso, e nós seguimos em diferentes direções.
Assim que Chris nos leva em nosso quarto, me vejo pressionada contra a porta e vejo o nariz
enterrado em meu decote quando ele me cheira novamente.
Minha boceta se fecha enquanto ele rosna:
– Por que você mostrou o dedo para aqueles idiotas? – Chris leva a cabeça para trás e me dá toda a força do seu olhar de olhos azuis. – O que eles disseram?
– De repente eles estavam bem ali na nossa cara, e eu odeio dizer isso, mas Taylor é como uma arma carregada sem gatilho.
– Ele é agora.
– Foi realmente uma coisa boa ele ter sido capaz de manter a calma hoje, porque eu não consegui. Fico louca só de pensar que Alayna está lá fora com esses homens. O que você vai fazer?
Ele balança a cabeça e vai para o chuveiro.
– Você deve ficar fora disso.
Vou atrás dele.
– Você não vai ao menos me contar?
Ele abre a água do chuveiro, e ergue seu mais sombrio olhar até agora sobre mim.
– Por nós, Ana – sussurra sério, acariciando sua mão ao longo de toda a curva do meu
abdômen. – Por nós três. Quero ter a sua promessa de que você vai ficar de fora. E se você quebrar sua promessa pra mim, que Deus me ajude...
– Não! Que Deus me ajude se você se colocar em perigo por causa dela... Por minha causa... Eu vou...
–O quê? – Ele ergue uma sobrancelha, divertido, então dá um tapinha na minha bunda com um
sorriso. – Gosto quando você me bate, e gosto de você com raiva também.

– Pois vou ficar muito brava, como você nunca me viu! – Olho ameaçadoramente para seu peito enquanto ele começa a tirar seu equipamento de boxe. – Não, Chris. – Alcançando meu homem antes de ele entrar no chuveiro, pego sua mandíbula e o forço a olhar para mim. – Prometa-me.
Vejo um brilho de diversão em seu olhar quando ele corre um dedo na minha testa.
– O que eu vou fazer com você, pimentinha?
–Prometa-me – insisto.
– Prometo a você – ele me diz – que a sua irmã estará de volta com vocês muito em breve, e que esmagarei aquele inseto neste ano.
Ele solta meu queixo e vai para o chuveiro, e não posso explicar o alívio que sinto. Ele nunca
mentiu para mim. Suas palavras não são tão abundantes, mas carregam esse peso. Ele está vencendo este ano, e o que quer que esteja negociando, Alayna estará livre em breve. Um pouco mais aliviada, vou pegar meus óleos. Ele leva exatamente quatro minutos para se ensaboar, lavar o cabelo e sair com uma toalha ao redor da cintura, enquanto usa outra para secar o peito.
– Venha até aqui para que eu possa massageá-lo – digo a Chris, e ele me segue até o banco que costumamos encontrar aos pés da maioria das nossas camas de hotel. Ele me puxa para seus braços e beija o oco do minha orelha.
– A quem você pertence? – pergunta baixinho.
Derretendo...
– A algum cara de sorte – respondo, pedindo que se sente enquanto luto contra o desejo de beijar cada centímetro dele.
– Diga- me o nome dele – ordena, assim que se deita para que eu possa esfregar os músculos.
Ele me observa ajoelhar diante de si e colocar todos os meus materiais nas proximidades, e usa
uma inclinação devastadoramente sexy nos lábios que é francamente irresistível.
– Por quê? Você gosta do jeito que o nome dele soa em minha voz? – pergunto ao desenroscar a tampa do meu óleo de arnica.
– Porra, adoro isso, diga o nome dele agora.
Olhos azuis cálidos assistem enquanto derramo o óleo em minhas mãos e começo a esfregar para que se aqueça, e então deslizo o líquido grudento pelos ombros e pelo peito.
– Mas ele é complicado – sussurro, enrolando meus dedos em torno de sua clavícula e na garganta. – Eu o conheço muito bem, e ainda assim... – Faço uma pausa e esfrego o óleo de arnica por todo o comprimento sólido de um braço musculoso. – E, ao mesmo tempo, ele continua sendo ainda um mistério. – Correndo de volta até seu braço e derramando o óleo em seus trapézios, sussurro em seu ouvido: – Ele se passa por Arrebentador às vezes, mas eu o chamo de Chris. E sou louca por ele.
Seu peito se move com uma risada, e vejo as pequenas estrelas de alegria dançando dentro de seus
olhos quando ele olha para minha cara e belisca meu nariz.
– Você é boa para o meu ego, minha Anastasia-linda-e-grávida-Steele.
– Mas não deixe que o ego fique ainda maior – aviso, agora esfregando o óleo quente ao longo de seus peitorais quando baixo minha voz para dizer-lhe: – Você é meu.
Sorrindo, deslizo os dedos para baixo ao seu braço, até a palma da mão e então, impulsivamente, ergo essa mão e beijo os nós dos dedos, olhando naqueles olhos azuis que brilham com ternura enquanto ele me observa.
– Isto é meu também? – pergunto incerta.
Ele baixa a voz para um tom mais brincalhão enquanto corre a parte de trás de um dedo ao longo da minha bochecha.
– Depende, pimentinha. Você quer?
– Quero.
– Então é seu, garota.
Tomando a outra mão, repito o que eu fiz com a primeira e beijo os nós dos dedos.
– E esta?
– Você quer? – Ele levanta as sobrancelhas e alegremente empurra a cabeça na direção da porta. – Todas aquelas moças lá fora queriam também...
– Mas eu que quero! – protesto.
Ele sorri com indulgência e passa um dedo na minha mandíbula novamente.
– Então ele é seu.
Minha voz engrossa quando puxo para baixo sua calça de moletom para que eu possa passar óleo nas pernas e coxas poderosas. Eu o vejo em sua cueca branca sexy, sorrindo, com essas covinhas e o cabelo amassado, e pergunto:
– E vocês? Todos vocês?
À medida que passo minhas mãos oleosas na barriga de tanquinho, levanto a cabeça para procurar seus lábios. Ele geme quando começo a lamber a costura de sua boca. Suavemente. Continuo massageando sua carne enquanto movo meus lábios sobre os dele. Chris é uma máquina de combate e ele é meu, e meus olhos se fecham brevemente enquanto cuido dele e respiro:
– E você, Christian? Você é meu?
Sua voz grossa faz os bicos de meus seios endurecerem:
– Você me quer?
Deus. Meu adorável homem e menino grande. Um menino com a força de mil homens. Brincalhão e possessivo. Estou morrendo de necessidade e de amor quando sussurro:
– Eu quero você – em seu ouvido. – Inteiro. Negro e azul e qualquer outra cor que vier.
Gemendo, ele puxa minha cabeça para baixo, para os lábios e me beija, forte e profundamente.

– Vou responder a isso na cama.
Pega a minha mão como se estivesse pronto para ir para a cama, mas eu começo a rir e puxar para trás.
– Cinco minutos mais!
Ele balança a cabeça.
– Dois.
– Quatro.
– Três, e agora é pegar ou largar, senão vou lhe atirar em cima da cama bem ali, neste exato
segundo.
– Fechado.
– Fechado, eu lhe atirar na cama? – provoca ele.
– Fechado, mais três minutos! – respondo rindo, acelerando minhas mãos enquanto esfrego ao
longo de seus peitorais duros. Minha risada desaparece quando os meus pensamentos se voltam para os homens do Scorpion. – Ela costumava se enfiar na minha cama à noite, quando tinha pesadelos. Tinha uma imaginação tão vívida, ela via as coisas, boas e más, onde não havia nada.
– Do que você está falando? – pergunta ele com voz rouca.
– Alayna – respondo, incapaz de esconder a tristeza em minha voz. – Eu só quero que você saiba por que eu... Não sei, porque eu sempre a protegi. Ela parecia precisar de mim, e entramos nesses papéis. Ela sempre precisava de proteção. Mas agora me pergunto se eu não deixá-la resolver seus próprios problemas, será que nunca vai aprender a lição? Eu sempre quis protegê-la, mas agora nada vai me fazer arriscar o bebê e você, nem mesmo ela.
Sua expressão é tão gentil e compreensiva, um pequeno nó de emoção acaba no meu peito.
– Shh. Relaxe – diz ele, acariciando meu cabelo com a mão. – Ele não está recebendo o
campeonato, ou o prêmio, ou sua irmã. Ele não está ganhando. Eu recebo tudo, entendeu? Recebo o ouro, o campeonato, a liberdade da sua irmã... E eu tenho que proteger, e, por favor, eu amo minha namorada.



5 comentários:

  1. História maravilhosa, não me canso dela😍

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  2. Ana está certa Christian tem que deixar alaynna resolver seus próprios problemas

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  3. Mas acho que Christian e Taylor sabem de alguma coisa ou estão tramando algo relacionado a alaynna e Scorpion 🤔🤔🤔

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  4. tenho até medo dessa negociação do Grey......

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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