Capítulo 16
AUSTIN
Christian
Estou com vontade de matar hoje.
Uma coisa com cabelo ondulado e olhos claros. Vestindo um maldito terno pelo
qual eu paguei. Com uma gravata que eu paguei. Com um maldito sorriso no rosto
que
ele vai pagar.
Taylor e Sawyer são meus irmãos.
Eu mataria por eles.
Mas estão atrasando Anastasia, e não suporto vê-la sorrindo para eles da forma
que eu
quero que ela sorria para mim.
Escuto as brincadeiras entre eles. Os risos durante o café da manhã, o almoço,
o
jantar.
Agora, estou dando socos no saco de areia, enquanto me corroo de raiva por
dentro ao
ver Taylor sair com Anastasia – da minha casa – e eles vêm na minha direção.
Austin é um
teste para a minha estabilidade. Sinto cada momento da minha vida aqui me
sufocando,
fazendo as engrenagens do meu cérebro girarem com memórias que são vagas demais
para que eu me lembre com clareza, mas dolorosas demais para esquecer. Comprei
esta
casa para me aproximar dos meus pais que me abandonaram na adolescência. Eles
não
queriam nada de mim. Mas como um cachorro faminto, demorou até entrar na minha
cabeça que eles não iam jogar um osso para mim. E eu continuei vindo e vindo,
de
alguma forma esperando que fosse conseguir.
Fico ainda mais faminto por um osso quando vejo Anastasia vindo na minha
direção com
Taylor.
Não. Fico com mais fome. Estou morrendo de ciúmes, com meu desejo por ela
reprimido e meus nervos em frangalhos. Então, quando Taylor segura o cotovelo
dela e
sussurra algo em seu ouvido, e ela sussurra de volta, sinto o ciúme me corroer
por
dentro.
Ah, sim, estou com vontade de matar.
– Ei, Anastasia, tente alongar o Christian, a forma dele não está a
ideal. O treinador acha que ele tem um nó nas costas – diz Sawyer da porta do celeiro.
Ela começa a se aproximar, e eu faço uma careta e soco a speed ball o mais
rápido que consigo.
– O treinador não está feliz com sua forma e Sawyer acha que eu
posso ajudar – explica ela, observando
meus socos.
E eu continuo socando porque estou furioso com ela.
Ela me pertence.
Quero beijá-la e deixá-la viciada em mim tanto quanto alguém pode ficar viciado
em
alguma coisa, e talvez quando souber a
verdade sobre mim, ela não vá embora.
– Chris? – chama ela.
Mudo de posição para que ela não continue me distraindo e eu possa manter meus
olhos na bola, fazendo-a voar enquanto dou socos como um louco.
– Você vai deixar te alongar?
Virando-me ainda mais, continuo socando com os dois punhos a bola e vejo que
ela
joga um elástico no chão antes de chegar perto de mim.
– Você vai me responder, Christian?
A mão dela encosta nas minhas costas, e um arrepio corre por mim. Ficando
tenso,
abaixo a cabeça e furiosamente me pergunto se Taylor também sente um arrepio
quando
ela o toca, então eu me viro e jogo minhas luvas de boxe no chão.
– Você gosta dele? – exijo saber.
Ela fica me olhando sem entender, então estico o braço e coloco a minha mão
enfaixada exatamente no mesmo lugar que Taylor tocou seu braço.
– Você gosta quando ele toca você?
Por favor, diga que não.
Diga que não.
Não existe palavra para definir a forma como ela está me atormentando. Estou
tentando protegê-la de mim. Estou tentando me proteger… do que pode ser o maior
desastre da minha vida.
– Você não tem direito sobre mim – responde ela, com raiva e ofegante.
Seguro-a com mais força, e murmuro baixinho:
– Você me deu direitos quando gozou na minha coxa.
– Ainda não sou sua – ela devolve, as bochechas vermelhas. – Talvez você tenha
medo
que eu seja mulher demais para você?
– Eu fiz uma pergunta e quero uma resposta. Você gosta quando outros
homens a tocam? –
quero saber, ficando cada vez mais nervoso.
– Não, seu idiota, eu gosto quando você me toca! – responde ela.
Isso me acalma.
Acalma tanto que o gelo que me consumia por dentro vira lava na mesma hora.
Afundando meu polegar na dobra do cotovelo dela, pergunto rispidamente:
– O quanto você gosta do meu toque?
– Mais do que eu queria.
Ela está furiosa, eu sei que está.
Porque estamos nos matando ficando separados, e eu quero que isso acabe.
– Você gosta o suficiente pra me deixar acariciá-la na cama hoje à
noite? – questiono.
– Gosto o suficiente para deixar que faça amor comigo.
– Não. Isso não. – Merda, ela não deixa apenas o meu pau duro, ela torna a
minha vida dura, ponto final. – Só se tocando. Na cama. Esta
noite. Você e eu. Quero fazer você gozar.
Ela me observa em silêncio e, por um
momento, vejo que está considerando a minha
proposta.
Eu nunca vi na minha vida uma mulher gozar da forma que ela gozou para mim.
Porque ela é minha – e ela é mais teimosa que uma mula. Merda!
– Olha, eu não sei o que você está esperando, mas não vou ser o seu jogo –
afirma ao tentar se soltar de mim.
Puxando-a para mais perto, minha voz sai grossa de frustração.
– Você não é um jogo. Mas preciso fazer isso do meu jeito. Meu jeito. – Antes
que
eu consiga me segurar, enterro meu nariz no pescoço dela e sinto seu cheiro,
minha
língua deslizando, deixando um caminho molhado até a orelha dela. Um gemido
sobe
pelo meu peito antes de eu levantar o queixo dela e obrigá-la a me encarar,
silenciosamente desejando que ela compreenda. – Eu estou
indo devagar por você. Não por mim.
Ela balança a cabeça como se não acreditasse em mim.
– Isso já está indo longe demais, e estou perdendo rapidamente o
interesse. Vamos apenas alongá-lo. –
Ela vai até as minhas costas e, neste momento, o toque dela só faz com que eu
me lembre do que quero e ela não vai me dar.
Eu me solto e a encaro furiosamente.
– Não me incomode, porra. Vá alongar o Taylor. – Enxugo o suor do meu peito com
uma toalha que estava por perto, ignoro as minhas luvas e volto a socar a speed
ball com
os meus punhos.
– Ele não me quer – escuto quando ela diz para Sawyer ao sair.
Contraio meu maxilar e soco com mais força ainda.
Homem acaba com essa agonia entre vcs
ResponderExcluirJesus.....ele tem problemas já sabemos....mas acaba com essa agonia.....pfv
ResponderExcluirEita quanta dificuldade eles colocam,estão apaixonados, as coisa se aceitam depois com calma e conversando
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