Capítulo 11
MIAMI
Christian
Estamos nos fundos do avião no dia
seguinte, nossos iPods na mão, meus olhos
devorando-a e os olhos dela em brasas me devorando também.
– Ponha uma música para mim – peço a ela.
Ontem à noite foi uma revelação. Talvez ela esteja mais pronta para mim do que
eu
previra. Porra, não consigo nem pensar nisso sem que meus hormônios me
enlouqueçam.
Enquanto ela abaixa a cabeça para escolher a música, quero puxar o cabelo dela
para
trás e tomar a sua boca, dizendo com esse beijo que ela será minha.
No meu iPod está tocando “High on You” do Survivors e estou ansioso para
descobrir o
que ela vai tocar para mim agora. Outra música de mulherzinha? Outra música que
vai
brincar comigo dizendo que ela está muito bem sem um homem?
Dou o meu iPod para ela e pego o dela, depois coloco os fones de ouvido e
escuto a
escolha dela: “Anyway you want”, do Journey.
Meus lábios formam um sorriso divertido, mas puta que pariu, a letra me excita.
Levanto o olhar para ela, depois examino sua boca rosada. Ela está me dizendo
que
posso ter o que eu quiser?
Incluindo aquela boca linda?
E aqueles peitos gostosos? Aquelas pernas em volta de mim?
Ela passa a língua nos lábios de forma ansiosa enquanto me observa escutar a
música,
e o desejo toma conta de mim, meu pau incha e pulsa até parecer chumbo.
Ela fala alguma coisa, depois ri, mas a música está tocando nos meus ouvidos e
eu não
faço ideia do que ela está falando, ou para quem. Abaixo mais a minha cabeça.
Não
estou acostumado a sutilezas. E preciso saber se isso significa o que acho que
significa. O
que eu quero que seja. Minha força de vontade está despedaçada de uma forma que
acho que nem consigo ficar sentado aqui sem colocá-la no meu colo, afundar meus
dedos
em seu cabelo e enroscar a minha língua na dela. Mas o que essa música está me
dizendo desperta o leão dentro de mim e eu estou começando a me perguntar se
vou
conseguir contê-lo.
– Manda outra – peço.
Ela hesita, o rosto corado e os olhos líquidos, e eu nunca tive uma percepção
maior das
minhas mãos, das palmas das minhas mãos, dos meus dedos, e de onde eu quero que
eles estejam. Então, ela toca uma música para mim de uma mulher que implora que
façam amor com ela.
Conforme a música toca, faço amor com Anastasia na minha cabeça. Ela me agarra
com
seus braços, eu agarro seus quadris e sento-a em mim, e ela se mexe junto
comigo,
abrindo a boca quando passo a língua em seus lábios, em sua língua.
Agora, eu me aproximo e abaixo a minha
cabeça até a dela, e ela recosta como se
alarmada, seu pulso latejando no pescoço. Não, pimentinha, volte pra cá. Não
estrague
tudo agora.
Passando a mão pela fina cintura dela, puxo-a para mais perto e pressiono meus
lábios
em sua orelha. Meu pau pulsa dentro da calça jeans. Meu coração acelera,
jogando
sangue para minha virilha. Recosto e toco “Iris” para ela, então tiro os dois
fones e me
aproximo para beijar sua orelha de novo.
– Você me quer? – pergunto a ela, minha voz gutural de desejo.
Ela assente, e perco meu controle. Aperto os quadris dela com as mãos e a
pressiono
contra mim. Deus, ela me quer. Eu sabia que ela queria. Eu sabia. Alguma coisa
estala no
meu cérebro e eu inalo o cheiro de seu pescoço, tão poderosamente doce. Esta
noite,
vou torná-la minha. De repente, não há mais nada me impedindo. Nada.
Foda-se se eu ficar negro.
Foda-se tudo, menos Anastasia.
Meu desejo é um monstro furioso enquanto mordisco o lobo da orelha dela e passo
a
língua na concha, adorando fazer amor naquela pequena orelha com a minha
língua. O
sangue percorre meu corpo apressadamente, quente e inebriante. Não consigo
parar de
lambê-la e cheirá-la. Ela está imóvel no banco, encostada em mim, e
praticamente
embaixo de mim, e consigo sentir cada tremor dela conforme minha língua
percorre sua
pele. Só consigo pensar nas músicas que ela tocou para mim… como elas falaram
comigo… posso ter o que eu quiser, da forma que eu quiser, e ela quer que eu
faça amor
com ela. Ela é minha. Devo dar o que ela quer e receber o que ela oferece. Não
vou
negar mais nada a ela. Não vou negar a mim mesmo.
Chegamos ao hotel e faço a reserva dela na Suíte Presidencial de dois quartos.
– Tem certeza? – questiona Taylor.
Faço que sim com a cabeça e olho para Anastasia, seus olhos se abrindo de leve
quando
lhe entrego uma chave do meu jogo.
Meu polegar roça a mão dela, os olhos dela se fixam nos meus, questionadores.
Olho
para trás e torço para que ela consiga me ler, desejando que ela saiba o que eu
quero
hoje à noite. Se ela não estiver pronta, espero que diga isso agora.
Mas ela não diz. Pega a chave e abre um sorriso radiante e tímido, e acaricia o
meu
polegar com o dela. Aquilo ali não foi nenhum acidente. Não da forma que ela
sorriu, que
me tocou e que me olhou com aquele olhar tipo “me mostre do que é capaz” que me
incendeia.
Minha mente dispara a mil por hora enquanto subo para esperar as nossas malas.
– Que vista linda – comenta ela quando entra na sala de estar. A porta se fecha
atrás
de mim. Estamos sozinhos. De repente, estou tomando-a no sofá. Na mesa de
jantar. No
chão. Estou rasgando suas roupas. Estou afundando o meu pau dentro dela e meus
dentes em sua pele…
Mas, não, ela está ali parada, olhando para fora.
Anastasia Steele.
A única mulher que eu quero.
O zíper da minha calça jeans está estourando. Já tive piranhas nas minhas
suítes,
passando suas mãos pelo meu abdômen e peitoral. Nada me atinge como ver Anastasia
no
meu quarto, com seu rabo de cavalo balançando, parecendo excitada e… feliz.
Ela está feliz porque está com você.
Meu coração dispara. Fecho as mãos e observo enquanto ela olha nervosamente
pela
janela, os dentes afundados no lábio inferior.
Tenho uma luta hoje à noite.
Mal posso esperar para ela me ver vencendo.
Depois… me ver fazendo amor com ela.
Com o coração batendo forte dentro de mim, caminho até ela, pego sua cabeça e
coloco em um ângulo de forma que sua orelha fique na minha boca. Eu me inclino
e
passo a língua ali, do lóbulo até a concha, depois mergulho a minha língua lá
dentro e
digo a ela:
– Espero que esteja pronta para mim. Eu estou mais do que pronto para você.
* * *
– Venha cá, Sr. Dono de Miami! – Alguns caras me carregam em seus ombros para a
suíte presidencial depois da luta, e meus olhos inquietos procuram no quarto
pela minha
deusa de cabelo escuro.
– Chris! Chriiiiis! – gritam eles ao me jogar para cima e me pegar.
Alguns dias, meus punhos têm vontade própria.
E hoje é um desses dias.
Miami me ama por acabar com a raça de todos os desgraçados que foram colocados
na
minha frente.
Raios percorrem as minhas veias.
Cara, se eu levantasse as minhas mãos e forçasse as palmas, sairia teia de
aranha.
– É isso aí, quem é o cara? – grito, batendo os punhos no peito. Eu tenho a Anastasia,
sou o campeão! Uma galera lota a suíte, e quando finalmente localizo a minha
mulher,
nossos olhos se fixam. Ela está lá parada, me observando, seu peito subindo e
descendo,
fazendo-me babar. Seus olhos brilham e o sorriso ilumina todo seu rosto, e o
desejo me
rasga como se fossem garras. Meu Deus, eu a desejo.
– Anastasia.
Eu desço e a chamo com o movimento lento de um dedo, e ela vem. Meu coração
bate
a cada passo dela e eu juro que ela não vai conseguir chegar a tempo, então
encontro-a
no meio do caminho, e no momento em que ela está a distância de um toque,
pego-a
nos meus braços, giro-a e esmago seus lábios sob os meus.
Meu sangue ferve conforme o pequeno corpo dela derrete no meu, sua boca suave
tão
faminta quanto a minha.
– Vai comer essa buceta! – escuto algum
merda gritar. Solto-me na mesma hora
irritado. Não gosto de ninguém falando dela dessa forma. Não gosto nem que ninguém
se
aproxime dela. Puxo-a para mais perto e sussurro em seu ouvido:
– Você é minha hoje.
O gemido dela faz com que eu feche os meus olhos, e pego seu rosto com a mão e
tomo sua boca de novo. Não posso mais resistir a ela, minha força de vontade
está em
frangalhos. Tomo-a devagar, sabendo que estamos sendo observados, mas repetindo
a
mesma coisa várias vezes:
– Hoje você é minha.
Eu a quero agora. Quero que todo mundo saia.
– Chris, eu quero você, me coma! – alguém grita.
Anastasia arregala os olhos, e eu quero dizer que ela é a única mulher que vou
pegar de
hoje em diante. Em vez disso, acaricio seu rosto e a beijo de novo. Não consigo
parar. Ela
me intoxica e estou inebriado desde o momento que a registrei no mesmo quarto
que eu.
Ela está quente e se pressiona contra mim, sua boca faminta me matando.
– Leve ela pro seu quarto, Grey!
Eu a abraço mais apertado e puxo uma mecha de cabelo dela para trás, depois
beijo a
curva nua de seu pescoço e clavícula, fungando perto da sua orelha, escutando a
minha
própria voz murmurar:
– Minha. Hoje à noite.
– Você também. – Com um carinho que ninguém usa comigo, Anastasia pega
meu rosto e fixa o olhar no meu, e então alguém me agarra por trás e me joga no
ar.
– Chris, Chris – cantam os rapazes.
Quando eles me soltam, vou até o bar e sirvo shots de tequila, e uma mulher faz
um
sinal para eu pegar um shot entre seus peitos. Vou até lá, mas em vez de pegar,
agarro o
homem mais perto e afundo a sua cabeça nos peitos dela. E saio, rindo, voltando
para a
minha Anastasia.
Nossos olhares se fixam. Estou ficando louco e duro e estou me sentindo um
pouco
“acelerado” – droga, digo a mim mesmo que é o barulho. Espero por isso, desejo
isso,
desde a primeira vez que a vi na luta em Seattle, olhando para mim como se eu
fosse
meio deus meio diabo.
– Venha aqui – sussurro e mostro os copos e os limões. Chupo um limão entre os
lábios e
inclino a cabeça para passar para ela. Ela abre a boca e suga, então solto e
estico a
minha língua. Gememos enquanto nossas línguas se enroscam, então entrego a ela
o
copo esquecido com o shot.
Ela vira o líquido e entrego a ela o limão. Quando ela prende na sua boca,
abaixo a
cabeça e chupo o suco. Ela geme quando tiro o limão e coloco a minha língua em
seu
lugar entre seus lábios.
O desejo me consome.
O copo vazio cai no chão enquanto eu a puxo para mais perto, ardendo por
dentro.
– Você cheira tão bem… – Minha ereção
dói tanto que eu a esfrego nela para que
ela saiba o que faz comigo, o que vou dar a ela hoje à noite. – Quero você
agora. Não
posso esperar para me livrar dessas pessoas. Como você gostaria, Anastasia?
Forte? Rápido?
– De qualquer maneira que você quiser. – Porra, me lembro da música que ela
tocou para mim no
avião, me provocando, encantando e torturando, e a minha cueca quase explode.
– Espere aqui, pimentinha – mando, e vou buscar mais shots.
Tomamos mais tequila, e posso perceber que ela está gostando. Está sorrindo
para
mim, para a minha boca, e nós nos beijamos entre as rodadas. Mais uma vez, eles
me
agarram e me jogam para cima, e eu rio quando eles gritam:
– Quem é o cara? Quem é o cara?
– Podem apostar que sou eu, seus filhos da puta!
Soltando-me perto do bar, eles empurram um enorme copo de cerveja para mim,
depois gritam e batem com os punhos no bar enquanto cantam:
– Chris-ti-an! Chris-ti-an! Chris-ti-an!
– Calma aí, rapazes – diz
Taylor ao se aproximar de nós.
– Quem diabos é este nerd? – pergunta um merdinha, e eu agarro o cara e o jogo
na parede,
zangado.
– Ele é meu irmão, sapo. Mostre respeito – falo entre os dentes.
– Calma, cara. Eu só estava perguntando!
Forçando meus dedos a soltarem-no, jogo-o no chão e volto para a tequila,
começando
a ficar irritado. Anastasia está me esperando, e esses desgraçados ficam me
prendendo
aqui. Quando volto para onde a deixei, ela desapareceu.
Sinto um vazio no peito quando procuro pela multidão e nenhuma deusa de cabelo
escuro está esperando que eu a devore com minha boca de novo. Com o olhar
furioso,
vou até onde Taylor está.
– Cadê a Anastasia?
Surpresa aparece em seu rosto.
– Como assim? Ela estava aqui agora mesmo.
Entregando os copos de tequila para ele, ando pelo corredor e começo a abrir as
portas. Um casal está transando na cama do quarto que ninguém está usando. A
suíte
máster está vazia. Ela não está no meio da multidão. Verifico os elevadores,
depois abro
caminho furiosamente por todo mundo. E Anastasia. Sumiu.
Vejo tudo vermelho. Uma mistura de pura fúria toma conta de mim e agarro a
almofada de um dos sofás e rasgo, e faço o mesmo com a outra, e com a outra.
Porque é
claro que ela sumiu. Sumiu sumiu sumiu sumiu sumiu SUMIU SUMIU SUMIU SUMIU!
Logo as pessoas estão gritando em pânico, enquanto pego qualquer objeto que
esteja
perto de mim e jogo no chão.
– Chris! Chris! – Escuto a voz de Taylor implorando através dos gritos, mas não
dou
atenção. Quero matar alguma coisa. Quero quebrar alguma coisa. Quero quebrar a
minha
própria cabeça, batendo com ela na parede!
Agarro Taylor pelo paletó e ele tira os
braços para escapar de mim, depois se livra da
gravata como se achasse que o próximo passo seria enforcá-lo. Ele se reaproxima
de
mim devagar, encurvado, como se eu fosse um animal violento, e vejo que ele
está
falando coisas, mas não escuto nada exceto os zumbidos nos meus ouvidos e os
meus
próprios gritos.
– O que você contou para ela sobre mim? Onde ela está, porra?
Pego a garrafa de vidro mais perto que consigo encontrar e lanço na parede.
Mais
gritos. Gargalhadas nervosas.
Sawyer está ocupado colocando as pessoas para fora pelas portas abertas da
suíte
quando uma voz familiar vem da direção do corredor.
– Fora, fora, fora!
Eu me viro. Anastasia. Ali está ela, bochechas coradas e parecendo preocupada.
Calor e
alívio tomam conta do meu corpo e eu percebo que tem alguma coisa nas minhas
mãos.
Jogo para trás e escuto quando se espatifa, então fecho minhas mãos ao seguir
na
direção dela. Deus do céu, a minha Anastasia. Preciso colocar as mãos nela,
preciso do meu
corpo no dela, minha língua na dela.
Taylor segura meu braço e me puxa para trás com olhos aflitos e devastados.
– Viu, cara? Ela assinou um contrato, lembra? Não precisa destruir o hotel, cara.
Meus joelhos ficam bambos quando o alívio se espalha pelo meu corpo.
Minha Anastasia minha Anastasia minha Anastasia está aqui.
Conforme sigo na sua direção, Taylor crava meu pescoço e sinto uma picada e um
líquido
entra ardendo pela minha pele. A turbulência dentro de mim para e morre, meus
pés
ficam lentos, e minha visão turva, afunilando nela. Caralho! Caralho, não! Não,
não, NÃO!
Meu cérebro emite um último grito de pânico porque ela, Anastasia Steele, que
me olha
como se eu fosse um deus, está assistindo a isso. Minha cabeça cai e tudo fica
negro.
Negro como eu. E agora ela vai saber. Ela vai saber. E ela. Irá. Embora.
O desespero me atinge com tanta força que eu quero morrer aqui e agora. Tento
me
levantar mas não consigo, e Taylor, com sua força diminuta, está se esforçando
para me
apoiar na parede mais próxima. A frustração que sinto, e a dor que vem quando
todas as
minhas esperanças sobre meu relacionamento com Anastasia desaparecem, é
indescritível.
Se esse prédio caísse em cima de mim nem se compararia.
Taylor consegue colocar um dos meus braços em volta dele, e Sawyer pega meu
outro
braço e passa por trás do seu pescoço. Meus pés se arrastam, e eu estou
queimando com
a vergonha e a humilhação de não conseguir me soltar e ficar de pé sozinho. Eu.
Lutei
como um louco para mostrar a ela que sou forte e que ninguém melhor do que eu
poderia protegê-la. Agora, sou uma massa de músculos e ossos deplorável,
desmoronando em cima dos rapazes, mas a última gota de adrenalina em mim,
somada
ao pânico que sinto, ainda me forçam a falar.
– Não deixem que ela veja.
– Não vamos deixar, Chris.
Quero levantar a cabeça para me
certificar de que ela não está olhando para mim, mas
não consigo me mover. Preciso da energia para mover uma montanha para conseguir
colocar para fora o que ainda preciso.
– Só não deixem que ela veja.
– Pode deixar, cara, eu entendi – garante Taylor.
Eles me arrastam para o quarto e começam a murmurar sobre a possibilidade de eu
me estrangular com as minhas roupas, por isso me despem e me jogam na cama.
Minha
mente ainda me atormenta. Se ela viu, ela vai partir. Vai partir com certeza.
Ela é minha,
mas não posso tê-la. Ela é minha e não posso dizer isso a ela, não posso ter o
que quero,
não posso fazer nada além de ficar aqui deitado e tentar permanecer acordado,
para que
se ela for embora, eu possa detê-la.
– Pronto, grandão.
– Não deixem que ela veja – rosno.
Taylor resmunga, Sawyer também enquanto eles tentam me colocar no meio da cama.
– Ela vai ficar bem, não vai ver nada, Chris. Aguenta firme, chamaremos alguém
aqui
para que você se sinta bem – diz Sawyer.
Enterro minha cabeça no meu braço e sei que não é possível. Nunca mais vou me
sentir bem.
Anastasia me viu. Eu vi seu rosto por um momento. Vi seus olhos arregalados e
assustados, que porra.
Escuto a porta se fechar devagar depois que eles saem enquanto a escuridão me
envolve. É um lugar familiar em que já estive em milhares de ocasiões. Às
vezes,
mergulho nele de boa vontade, mas hoje dói em todos os lugares dentro de mim
que
Anastasia Steele tocou com seus sorrisos, e só consigo pensar em sair daqui
para impedir
que ela me deixe.
* * *
O som das palmas me acorda. Os lençóis farfalham ao meu lado, e não consigo
entender porque tenho certeza absoluta que eu não estou me mexendo.
– Vamos levantar esses rabos preguiçosos da cama, gente, e vamos tentar treinar
– diz
Sawyer da porta.
Treinar, digo para mim, mesmo hoje sendo um daqueles dias que não me importo a
mínima. Meu corpo está tão flexível quanto um prédio, mas me esforço para
levantar
meus braços…
E paro bruscamente, apertando os olhos para ver melhor, quando vejo Anastasia
deitada
ao meu lado.
Ela fica sentada quando me vê, e todas as teias de aranha na minha mente somem
em
um segundo conforme capto a sua presença.
Ela está sentada como uma ilusão na minha cama. Não. Mais do que uma ilusão.
Ela é
irreal. Linda de partir o coração, de dar um nó no peito, de doer os olhos. O
cabelo escuro
escorre pelos seus ombros, seus lábios
rosados, suas pálpebras pesadas e sonolentas. Ela
está com a respiração rápida como se tivesse entrado em uma briga só de me ver,
e está
usando uma camiseta da Disney que parece tão velha que está me implorando para
rasgá-la. O sol toca a pele dela e revela três pintas em sua testa que eu nunca
tinha
visto, e se não estivesse tão sedado, passaria os meus dedos por elas enquanto
grudava a
minha boca à dela.
Lutando comigo mesmo, observo ela respirar e sair da cama como se quisesse sair
logo
daqui. Meu coração dá um pulo quando a vejo atravessar o quarto, sair e fechar
a porta.
Droga.
Conforme me levanto para ir atrás dela, uma onda de tontura me atinge, e eu
caio de
volta na cama, gemendo. Uma onda de tristeza toma conta de mim e me viro de
bruços.
Deslizo na cama e fecho as minhas mãos em punhos como sempre faço quando não
consigo assimilar o que estou sentindo. Meus músculos parecem de chumbo e mal
consigo me mexer de onde caí. Aquele maldito sedativo que Taylor me dá é uma
dose para
rinoceronte, e eu ainda não consigo abrir as minhas mãos. Quero colocá-las no
cabelo
dela, no quadril, esparramá-las pela sua bundinha gostosa.
Solto outro gemido. Estou nu. Duro pra caralho. Não tenho nem a energia para me
masturbar, e minhas bolas estão agonizando.
Um pouco depois, Taylor entra.
– Como você está, Chris?
– Por que Anastasia estava na minha cama? – pergunto, com a cara escondida no
meu
braço.
– Ele fala – sussurra Taylor alegremente. – Nosso garoto está indo bem.
– Cadê ela? – indago, virando a cabeça por causa da claridade.
– Dei o dia de folga para ela relaxar um pouco.
– Você deixou que ela me visse assim, seu bosta – murmuro, batendo com a palma
da
mão no ombro dele com o máximo de força que consigo, ainda assim ele perde o
equilíbrio.
– Ei! Preste atenção, você ainda é você, sabia? E a cidade inteira viu você
assim. – Ele
suspira enquanto anda de um lado para o outro. – Ela assinou um contrato, cara.
Ela não
vai deixar você, vendo você assim ou não. – Ele vira e me lança um olhar
sombrio. –
Olhe, eu prometo que não vou deixá-la ir embora antes que acabe o contrato dela
e
vocês dois resolvam o que têm para resolver entre vocês.
A ideia de vê-la partindo me deixa ansioso.
– O que ela viu ontem à noite? – Eu me apoio nos braços para levantar.
– Ela viu você no famoso modo Destruidor.
Deus, eu me odeio. Gemendo, enterro o meu rosto no travesseiro.
– Nós contratamos umas garotas para você ontem à noite, Chris – me disse Taylor,
como
se eu me importasse.
Viro de costas, rosnando, cruzo os braços na frente do meu rosto e cubro os
meus
olhos. O sol me incomoda. Taylor me
incomoda. A minha vida desgraçada me incomoda.
– Mas Anastasia não deixou as piranhas entrarem – acrescentou Taylor.
O meu cérebro sedado precisa o que me parece um minuto inteiro para processar o
que ele está me dizendo. Depois, levo mais um minuto para domar a vontade de
correr
atrás dela.
– Ex-plique – peço.
– Tudo bem. Ela está a fim de você, Grey. Ela ficou furiosa ontem à noite
porque eu
sedei você e ficou toda protetora.
Só de pensar em Anastasia querendo me proteger, tenho vontade de protegê-la em
dobro, e fico meio enlouquecido com a necessidade de tomá-la. Mas isso tem de
significar alguma coisa. Tem de significar o suficiente para que ela quando
descobrir que
não sou… certo… ainda fique comigo.
– Tudo bem, Chris, se recupere. Mande uma mensagem de texto se precisar de mim.
Vou pendurar na porta a placa de “Não perturbe, ser humano já perturbado por
dentro”.
– Obrigado – murmuro, e viro de bruços.
Não quero comer.
Não quero me mexer.
Não quero viver.
Então percebo que o travesseiro está com o cheiro dela. Cheiro de Anastasia
Steele no
tecido, e meu pau levanta excitado, então troco o meu travesseiro pelo dela e
durmo.
* * *
Horas depois, escuto movimentos na porta. Anastasia! meu cérebro grita. Fico
duro na
hora. Dou um gemido de sofrimento mais uma vez.
Forço-me a tomar um banho e volto para a cama. O sol está se pondo no
horizonte,
mas não consigo dormir. Coloco meus fones de ouvido na cabeça e aperto shuffle
no meu
iPod. Música após música tocam nos meus ouvidos, mas não escuto. Não consigo
senti-las por nada.
Passo exatamente duas horas deitado na cama, repassando a imagem dela na
camiseta da Disney. Ela estava na cama comigo como se seu lugar fosse aqui,
como se
uma parte dela já me pertencesse.
Passo outra hora pensando em Scorpion e como não posso ficar aqui deitado como
um
perdedor por muito tempo. Não vou deixar que ele tire de mim o que eu quero de
novo,
vou? Ele me provocou e garantiu que eu não lutaria boxe de novo – mas agora
estou no
território dele, e o estou tornando meu a cada temporada. Nos pontos corridos,
estou na
frente, como de costume, mas não posso deixar de ir a mais do que duas lutas,
mesmo
que a última coisa que eu queira fazer neste momento seja lutar.
Eu. Quero. Ela.
Ficando de pé, enfio-me em calças de pijama, depois atravesso a suíte e abro a
porta
do quarto dela. Meus olhos quase saltam da minha cabeça quando eles percorrem a
silhueta dela na cama. Com um farfalhar
dos lençóis, ela se senta e seu olhar assustado
me encontra na porta, observando-a.
– Você está bem? – A voz dela é um leve sussurro, e pela primeira vez na minha
vida,
vejo que uma mulher está preocupada comigo. Alguma coisa se aperta no meu
peito.
Minha voz sai mais rouca do que pretendia, rude e um pouco drogada.
– Quero dormir com você. Só dormir.
Por um momento, nada acontece. Anastasia fica sentada ali… como se esperando.
Minhas
pupilas estão adaptadas ao escuro, e vejo cada centímetro dela naquela cama. E
desejo
tudo que vejo. Desejo tanto que meu corpo está tenso com uma necessidade
contida.
Respirando devagar, me aproximo dela, pego-a nos meus braços e levo para a
suíte
máster, para a minha cama desfeita.
Ela se segura a mim como se eu fosse feito para carregá-la para qualquer lugar.
Ela
pesa quase nada, seus pequenos músculos curtos e minúsculos comparados com os
meus. Coloco-a na cama e me junto a ela embaixo das cobertas, pressionando o
rosto
dela no meu peito e meu nariz no topo da sua cabeça.
Ficamos assim; ela me abraça e eu a abraço. A droga ainda está em mim. Se ela
correr, não consigo pegá-la. Minha força está lá, mas a velocidade não. Mas em
vez de
partir, ela se aninha em mim, seu corpo instintivamente procurando meu calor.
– Só dormir, certo? – sussurra ela, sua voz pesada.
– Só dormir – murmuro. – E isso.
Envolvendo o maxilar dela com a minha mão, começo a beijá-la. Ninguém nunca me
disse que eu precisava de mais do que comida, ar e água para viver. Mas
preciso. Deus
do céu, preciso. Preciso dessa boca doce agora, tanto quanto de ar. Um gemido
suave
escapa dos lábios dela enquanto ela enfia os dedos no meu cabelo e arqueia, e
eu sinto a
pressão de seus peitos pequenos e firmes contra o meu. Minha testosterona sobe
até o
teto. Quero arrancar a camiseta dela e rasgar o que tiver embaixo até que eu
veja seus
olhos azulados, seus mamilos rosados e sua doce vulva. Quero chupar o clitóris
para
dentro da minha boca e enfiar meus dedos na sua boceta, duas, três vezes, até
que ela
esteja tão molhada e excitada que a minha pimentinha goze para mim.
Estou inchado ao máximo e estou totalmente pronto para torná-la minha que mal
consigo respirar direito, mas sou insaciável quando se trata dela, e fazê-la
gozar não é
tudo que quero. É só uma parte.
Então, roço a minha língua na dela e sinto seu pequeno corpo tremer. Quando eu
possuí-la, meu amor, vou possuir tudo. Vou possuir cada respiração, cada
centímetro da
sua pele. Cada. Batida. Do seu coração.
O gosto dela é como uma droga para mim, me deixando intoxicado de novo – sua
umidade, seu calor, a forma como sua boca se mexe. Não é o suficiente. Logo
estarei
fodendo com a sua boca e chupando e provando-a com ainda mais força. Ela é tão
gostosa e está faminta. Passa as mãos por todo o meu corpo, como se me quisesse
inteiro. Aqueles sons que ela solta bem do fundo de sua garganta, que quase
soam como
se eu a estivesse machucando, deixam
todos os meus instintos em um estado de frenesi,
primeiro os de acasalamento, depois os protetores. Eu quero transar com ela e
fazer com
que grite mais alto, e quero aninhá-la em mim e protegê-la de tudo –
principalmente de
mim.
Ela se afasta para me olhar, e seus lábios estão manchados com o meu sangue.
Gemendo baixinho ao perceber que o corte na minha boca se abriu, ela se
aproxima e
passa a língua ali, fazendo com que eu solte um gemido e a puxe para ainda mais
perto.
Quero cada pedacinho de sua pele na minha. Ela está pegando fogo e eu sei que
ela é
muito forte, mas nunca quis abraçar algo com tanto carinho. Nós nos beijamos
mais, com
intensidade e fome, empurro seu rosto para o meu pescoço e ela se aninha em meu
corpo, meu peito arfando tão rápido quanto o dela. Acho que pego no sono, mas
quando
ela se contorce contra mim no meio da noite, acordo com a estranha sensação de
dormir
com algo macio e quente em cima de mim.
Ela também acorda e me olha no escuro como se nunca tivesse acordado com alguém
na cama também. Nunca durmo com as mulheres com quem transo. Gosto do meu
espaço, mas gosto quando Anastasia está nele. Sei que os homens riem disso. De
ser
dominado por uma boceta. De correr atrás de uma mulher como um cachorrinho. De
desejar uma mulher mais do que quer desejá-la. Não dou a mínima. Podem ficar
com seu
sarcasmo. Vou possuir essa garota.
Fixando o olhar no dela no escuro, abaixo a cabeça e passo a língua em sua boca
para
que ela saiba que quero que ela durma aqui, então me aninho mais perto e a
abraço de
uma forma que não permita que me deixe.
Eita quando esses dois realmente ser pegarem sai de baixo porque o fogo vai ser grande 🔥🔥🔥
ResponderExcluirAnsiosa pela primeira vez deles
ResponderExcluirPosta mais por favor 🙏🏽🙏🏽🙏🏽
ResponderExcluireles são quentes juntos ual e muito calor so num beijo
ResponderExcluirEstão pegando fogo,já já o parquinho se encendeia
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