LPA Capítulo 37

em segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

 Capítulo 37



PHOENIX

Christian
Estamos pulando de cidade em cidade para a nossa temporada, e enquanto eu e Taylor
fazemos o check-in no nosso hotel em Phoenix, alguma coisa chama a minha atenção. Eu
me viro e vejo Anastasia do outro lado do saguão, discutindo acaloradamente com Sawyer,
que responde com a mesma intensidade.
– Ei. – Chego a eles em cinco passos e na mesma hora agarro o colarinho de Sawyer. –
Que porra você está fazendo!? – exijo saber.
Fazendo uma cara feia, ele se solta e aponta para Anastasia, que também está fazendo
cara feia para ele.
Eu estava tentando explicar a Ana, aqui, que as coisas não eram tão felizes como são agora,
quando ela foi embora.

Eu não sei sobre o que é a discussão, mas uma coisa eu sei: não gosto da expressão
no rosto de Anastasia. Não gosto da forma como seus lábios estão caídos nos cantos, e
mostro isso para o idiota.
Isso já acabou. Você entendeu? – Eu o empurro com meu dedo até que ele cambaleie para trás. –
Entendeu? – pergunto.
Sim, entendi. – resmunga ele.
Bom. Seguro Anastasia pela nuca e a guio até o elevador e para a nossa suíte.
Entramos e ela vai direto para a janela, e eu olho para sua bunda redondinha. Aquela
bunda é minha.
– Gostou do quarto, pimentinha? – Passo meus braços em volta dela e pressiono o meu
corpo contra o dela. – Quer correr pela trilha quando escurecer?
Uso os meus lábios para brincar com seu pescoço quando ela se vira.
Você transou com um monte de mulheres?
Ela me fita com um novo brilho sombrio no olhar, e eu correspondo a seu olhar como
um idiota, sem entender o que está acontecendo.
Entendo que não tenho o direito de perguntar isso – Ela me observa, e eu a
observo. –
Nós terminamos, certo? Foi o fim de tudo. Mas... Você fez isso? Comeu outras mulheres?
Cai a minha ficha de que ela está com ciúmes.
Minha pimentinha. Com ciúmes.
De mim.
Isso é importante pra você? – pergunto, sorrindo enquanto meu peito se aperta com
todas as coisas que só ela me faz sentir. –
Se eu dormi com outra pessoa?
Ela pega um travesseiro e joga no meu peito, os olhos cintilando.
O que você acha, seu maldito idiota?

Agarrando o travesseiro, eu o jogo no chão, sorrindo, achando divertido.
Diga-me o quanto isso é importante. – sussurro, me esquivando de outro travesseiro
e amando ver o rosto dela assim rosado e lindo.
Diga-me! – grita ela.
– Por quê? – quero saber. Ela está recuando, mas estou indo atrás. –
Você me deixou, pimentinha. Você me largou com uma carta tão doce, me dizendo gentilmente pra eu ir me foder e ter uma boa vida.
Não! Eu o deixei com uma carta que dizia que eu te amava! Algo que você não tinha me dito até
que eu vim de volta para você e lhe pedi pra me dizer.

– Você fica tão linda assim! Vem cá. – Puxo-a para meus braços, mas ela luta para se
soltar.
– Christian. Você está rindo de mim! – reclama ela, arrasada.
– Eu disse para vir para cá– repito, puxando-a para mais perto, e estou morrendo de
vontade de beijá-la até que perca os sentidos.
Chris, me diga! Por favor, diga-me, o que você fez? – implora ela, cheia de ciúmes,
se contorcendo para se soltar enquanto me olha. Juro que eu poderia olhar para os seus
olhos o dia todo, olhar para o seu rosto o dia todo.
Usando meu corpo para esmagá-la contra a parede, encosto a minha testa na dela e
olho dentro de seus olhos.
Gosto de ver você com ciúmes. Isso é por que você me ama? Você se sente minha proprietária?
– Solte-me – responde ela furiosa, se contorcendo entre mim e a parede.
Deus, ela é tão adorável. Seguro o rosto dela e digo baixinho:
Eu me sinto. Eu me sinto completamente seu proprietário. Você é minha. Eu não vou deixar você
ir embora.

Você disse não para mim – diz ela, irada, os olhos faiscando cheios de fúria. – Por meses e meses. Eu
estava morrendo por você. Eu estava ficando louca. Eu... Gozei... Como uma idiota! Na sua perna!
Você se recolheu de mim até que eu... Estava morrendo um pouco por dentro de tanto te amar. Você
tem mais força de vontade que Zeus! Mas as primeiras mulheres que trazem à sua porta... No
momento que eu me for, as primeiras putas que aparecerem pra você...

O que você teria feito se estivesse aqui? Teria detido isso? – Meu tom desafiador
soa como um sussurro, e me esforço para não me lembrar de como me senti quando me
dei conta que ela tinha ME DEIXADO!
– Sim! – responde ela.
– Mas onde você estava? – pergunto, meu sangue começando a ferver. – Onde você
estava, Ana? – insisto. Fecho a minha mão em volta do pescoço dela e acaricio com o
polegar seu ponto de pulsação, buscando seus olhos.
Eu estava destroçada. – sussurra ela. – Você me destroçou.
Não. Você. Sua carta partiu meu coração. – Observando-a, passo o polegar pelo seu
pescoço e maxilar, e então contorno a sua boca rosada, a única boca que quero. –
O que importa se eu
tivesse que beijar mil lábios pra esquecer isso?

Escutamos uma batida na porta. Não me movo.

Meu corpo está contraído e pronto para tomar o dela. Ela é minha alma gêmea, e eu
quero que diga que está com ciúmes porque sou dela, e ela é minha, e fim de papo.
Então, quero que me receba dentro dela, quero investir forte dentro dela e enchê-la de
mim.
Mas ela não fala nada. Minha garotinha insolente e teimosa não fala nada.
Deixando-a se acalmar, abro a porta, dou a gorjeta para o carregador e puxo as malas
sozinho o mais rápido que posso, estendendo um dos meus braços para impedi-la quando
passa por mim.
Vem cá, sossegue agora. – digo.
Mas ela empurra a minha mão, sai do quarto e diz para o carregador:
Obrigada. Quer enviar esta mochila com a outra mala para o outro quarto? – pede ela,
apontando para sua mala.
Assentindo, o rapaz empurra o carrinho na direção dos elevadores.
Pra onde está indo? – indago.
Ela se vira e me olha, respirando devagar, me fitando com olhos arregalados e
sofridos.
Quero dormir com Gail esta noite. Não me sinto tão bem e prefiro falar sobre isso quando...
Quando eu... me acalmar

Caio na gargalhada.
– Você não pode estar falando sério.
Minha gargalhada morre quando ela entra no elevador.
Fico ali parado. Meu coração batendo forte, me mandando ir atrás dela. Mas estou
incrédulo demais para me mover.
As portas do elevador se fecham.
E sim.
Minha mulher. Acabou de entrar. Naquela merda de elevador. E me deixou aqui!
Pego minha mala e atiro no meio do quarto com um grito, então bato a porta quando
entro e vou chutar a mala.
– PUTA QUE PARIU! – Então chuto o travesseiro que ainda está no chão, cerro os
dentes e ligo para Taylor para que ele me diga o número do quarto de Gail.
Quando ele atende e fala, minha voz sai letal:
– O número do quarto de Gail.
– O quê? Merda, Chris, Sawyer me contou sobre a discussão… por favor, conte até cem
antes de fazer qualquer coisa – aconselha Taylor.
– O quarto. Agora.
– Dois-quatro-três-oito.
Desligo o telefone e, silenciosamente, conto até cem, como ele me aconselhou.
O telefone já está na minha mão no 98, e no 99 meus dedos já estão sobre as teclas.
Finalmente digito os números, e quando a voz de Gail atende rosno bem baixinho e
bem furioso:

– Vou descer até aí para pegar Anastasia, então você pode abrir a porta para mim ou eu
posso derrubá-la. Você escolhe.
Desligo o telefone e paro na porta, dizendo a mim mesmo para respirar.
Mas mal consigo encher meus pulmões de tão agitado que estou de pensar em não
dormir com ela. Fico agitado em lembrar que ela me deixou. Ela pode me deixar. De
novo. Qualquer. Dia. Até eu ganhar esse campeonato e me casar com ela.
Estou tão pronto para fazer dela minha esposa, meu corpo se prepara como se fosse
uma luta física, e eu estou pronto para caçá-la e capturá-la. Fecho as mãos em punhos e
me concentro na minha respiração enquanto desço dois andares, e no instante que chego
à porta Gail abre.
Merda, acho que eu queria derrubar a maldita porta!
– Gail – cumprimento-a, então vou diretamente para Anastasia. Ela está em posição
fetal, chorando na cama, e toda a minha raiva e frustração fazem meu pau subir na
mesma hora.
Porque mais do que com ciúmes, mais do que possessiva, ela está sofrendo.
E o meu corpo parece achar que a forma de melhorar as coisas é transformar aqueles
soluços em gemidos.
Deus, eu preciso transar com ela e ficar perto dela. Preciso beijá-la e acariciá-la.
Preciso dela. No. Meu. Quarto. Na minha cama. E meu corpo dentro dela.
– Você – digo baixinho, abrindo a mão. – Venha comigo.
– Eu não quero. – Ela enxuga uma lágrima.
Respirando pelo nariz, tento ficar calmo, dizendo a ela:
Você é minha e precisa de mim, e eu quero que você, por favor, venha pra porra do andar de
cima comigo.

Ela funga.
– Tudo bem, venha aqui. – Segurando-a pelos quadris, coloco-a em meus braços. –
Boa noite, Gail.
Ela luta e chuta, mas eu a seguro com mais força para paralisá-la, sussurrando em seu
ouvido:
Pode chutar e arranhar o quanto quiser, pode bater, me xingar, mas você não vai dormir em
nenhum outro lugar nesta noite que não comigo.

Ela fica silenciosamente furiosa enquanto seguimos para nosso quarto, mas eu estou
ainda mais furioso por ela ter tido a audácia de tentar me deixar mesmo que por apenas
alguns momentos. Eu nem sei mais por que estávamos brigando. Achei o ciúme dela
engraçado, mas não estou mais achando graça nenhuma. Preciso entrar nela, e preciso
agora. Um toque e ela saberá que ela é a única mulher para mim.
Dentro do nosso quarto, jogo-a na cama e arranco a minha camiseta, então vou me
livrar das roupas dela. Ela me bate e me chuta, seu rosto ainda manchado de lágrimas
enquanto recua.
Seu idiota, não me toque!
– Ei, ei, me escute. – Seguro-a nos meus braços e fixo meu olhar no dela, meu coração
pulsando enquanto meus instintos de caçador se elevam à potência máxima, preparando-se para fazê-la minha de novo. –
Eu sou louco por você. Eu estive no inferno sem você. No inferno. Pare de ser ridícula – digo a ela, apertando seu rosto. – Eu te amo. Eu te amo. Venha aqui.
Puxo-a para o meu colo, e ela começa a chorar baixinho. Cada soluço me parte ao
meio. Lembro de tudo. Posso não me lembrar do que fiz quando ela foi embora, mas me
lembro do vazio que ela deixou em mim como uma maldição. Talvez eu tenha estragado
tudo, mas o que fiz foi tentar preencher o vazio que ela deixou em mim que ninguém
consegue preencher, a não ser ela.
Você acha que lidei bem com isso quando você partiu? – pergunto a ela como um filho da puta. – Você pensou que seria fácil pra mim? Que eu não me sentiria sozinho? Traído? Que mentiu? Que não me sentiria usado, descartado? Sem valor? Morto? Você achou que não haveria dias em que eu odiaria mais você do que a amaria por ter me magoado?
– Eu deixei tudo por você. – Ela olha diretamente para mim, machucada como se eu
tivesse lhe infringido algum dano físico. –
Desde que o conheci, tudo o que eu quis foi ser sua. Você disse que seria meu. Que era... meu... de verdade!
Solto um gemido de dor enquanto a aperto contra mim, falando baixinho.
– Eu sou a coisa mais real que você vai ter na vida.
Ela ainda me encara, e aqueles olhos cheios de lágrimas e sofrimento me agarram como presas.
Deveria ter sido eu todo esse tempo – diz ela, chorosa. – Deveria ter sido eu, só eu.
Então, não me diga que me ama e aí me deixa. Não venha com essa porra de implorar-me pra
fazer você ser minha e depois fugir na primeira chance que eu não estou olhando, porra. Eu nem
podia pegar você. Isso é justo pra mim? É? Eu não podia sequer levantar-me em minhas próprias

malditas pernas pra impedir você de fugir.

Ela soluça ainda mais, e meu peito dói por nós dois.
Eu acordei pra ler a sua carta em vez de ver você. Você era tudo que eu queria ver. Tudo que eu
queria ver.
– digo a ela baixinho.
Merda. Talvez eu não devesse ter dito isso, mas ela me magoa e não sabe disso. Sou
forte fisicamente, mas ela acaba comigo. O que ela faz me destrói, e seu sofrimento – que eu causei – acaba ainda mais comigo.
Enquanto ela chora até dormir, seus soluços diminuindo aos poucos até que só reste
leves gemidos entre suas aspirações, respiro no cabelo dela e a abraço mais forte que
nunca. Nunca quero que ela vá embora. Nem dormir apenas uma noite na suíte de Gail.
Eu não me lembro do que fiz quando ela me deixou, estava fora de mim. Mas isso não
importa, nada importava, só que ela não estava comigo.
Quando ela pega no sono, tiro as suas roupas, deixando a calcinha por último, puxando-a por suas pernas e jogando tudo no chão. Levanto-me e tiro a minha roupa
também, e volto para cama, nu.
Meu pau está tão duro que minhas bolas doem, mas Ana estremece em seu sono e
busca o calor do meu corpo, inocentemente se enroscando em mim.
– Está tudo bem, estou aqui – digo e passo meus braços em volta dela. Arrasto meu
nariz pela sua nuca, acariciando-a durante a noite, sentindo seu cheiro, lambendo. – Eu
amo só você. Você é minha e eu sou seu. Ninguém nunca vai me ter além de você.


4 comentários:

  1. Esse ciúmes da Ana foi triste mas necessário 😉😪

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  2. Ele não sabe precisa procurar saber, o que aconteceu se não ela vai ficar de bico por um bom tempo🤭

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  3. Eita ciúmes porreta....Ana vai dar trabalho pro Chris

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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