LPA Capítulo 36

em quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

 Capítulo 36



VOANDO AO ARIZONA

Ana
O jato particular é o maior brinquedo de Christian.
A equipe sempre ocupa a primeira seção de assentos na parte da frente do avião, enquanto
Christian e eu gostamos do sofá na parte traseira, que está mais próximo do enorme bar com painéis
de madeira e uma televisão de tela plana, ainda que raramente os usemos.
Há emoção no ar hoje quando embarcamos. A temporada está oficialmente no ar, e depois de
provar um gostinho da luta de Christian ontem à noite, a equipe está animada. Taylor e Sawyer ainda
bateram os punhos com o piloto assim que saltamos do SUV.
– As coisas estão muito melhores com você aqui – diz Gail, instalando-se em sua poltrona que é
ainda melhor do que as de primeira classe. – Fico tão animada vendo vocês dois juntos de novo.
– Eu tenho que dizer. – O treinador Lupe entra na conversa e honestamente, já que o homem é um
mal-humorado a semana inteira, é quase estranho ver aquele sorriso em sua cabeça careca. – Você
motiva o meu menino mais do que qualquer coisa que eu já vi. Não apenas estou feliz por você estar
de volta, mas secretamente rezava para que isso acontecesse, e olha que sou um maldito ateu.
Rio e balanço a cabeça à medida que caminho pelo corredor, e antes que possa alcançar a parte de
trás, Taylor já tinha vindo a bordo e me chama.
– Ana, você viu os nossos novos ternos Boss? – pergunta ele.
Franzindo a testa, giro para olhar Taylor, e também vejo que Sawyer já está a bordo. Taylor sorri para
mim e leva a mão à gravata preta enquanto examino sua aparência, e Sawyer sorri e estende os braços,
como se quisesse me deixar dar uma boa olhada. Eu não tinha ideia de que seus ternos eram novos.
Eles são, basicamente, a única coisa que esses caras usam, e hoje, como em todos os dias, ambos
estão prontos para trabalhar no Homens de Preto XII, ou sei lá em que parte está essa franquia.
Taylor, com seus cabelos ondulados e olhos azuis claros, seria algum tipo de geek da agência.
Sawyer, com seu cabelo preto e aquele jeito de surfista, seria o único que mata demônios de forma
acidental ao abrir lentamente a porta do carro ou algo assim.
– E o que você acha? – estimula ele.
Eu me certifico de que estou usando um olhar de “uau!” em meu rosto quando respondo:

– Bem sexy!
Solto um grito quando sinto um aperto na minha bunda, e Christian me puxa pela cintura pelo
resto do corredor do avião e para nossos lugares.
Ele me faz sentar e estatela-se perto de mim, suas sobrancelhas baixas desenhadas sobre os olhos.
– Diga isso de novo sobre um outro cara.
– Por quê?
– Me provoque e você vai ver.
– Taylor e Sawyer estão tãããooooooo...
Suas mãos voam e ele faz cócegas em minhas axilas.
– Se tentar de novo... – ele provoca.
– Oh meu Deus, seus homens de preto são tão...
Ele me faz mais cócegas.
– Você nem me deixa dizer a palavra sexy! – grito, quando ele para.
Com os olhos azuis brilhantes, os lábios de Chris formam o sorriso mais tentador que já vi e,
juntamente com as covinhas no rosto, deixam definitivamente meus dedos dos pés se enrolarem.
– Você gostaria de tentar mais uma vez, Anastasia Steele? – estimula, com voz rouca.
– Sim! Porque eu acho que Taylor e Sawyer estão incrivelmente...
Ele me faz tantas cócegas que chuto o ar e então perco o fôlego e acabo de alguma forma meio
sentada, meio esparramada no meu lugar, meus seios empurrando em seus peitorais duros a cada
respiração. Nossos sorrisos desaparecem quando uma deliciosa consciência sexual começa a
crepitar entre nós enquanto nos olhamos profundamente nos olhos um do outro.
De súbito, ele estende a mão e usa o polegar para dobrar uma mecha solta de cabelo atrás da
minha orelha, sua voz ficando mais espessa enquanto uma covinha desaparece depois da outra:
– Diga isso quando disser meu nome – e um arrepio me atravessa quando ele corre um dedo pelo
meu queixo.
– Seu ego já não é grande o suficiente? – sussurro ofegante conforme memorizo seu rosto.
O queixo quadrado, o cabelo bagunçado, as elegantes sobrancelhas sobre aqueles penetrantes olhos azuis que me veem com um pouco de malícia e ciúmes o suficiente para fazer minha vagina se contrair.
– Ele encolheu consideravelmente quando minha namorada olhou com admiração para aqueles
dois idiotas.
Ele se afastou para que eu me sentasse e quando faço isso, ele se inclina para trás confortavelmente, do jeito que os caras sexy sentam, com as pernas esticadas e os longos braços apoiados no encosto do sofá, me fitando com os olhos semicerrados.

– O que devo dizer? – provoco com um sorriso. – Que não ficam bem nos novos ternos? Eles são
como meus irmãos.
– Não, eles são como meus irmãos.
– Está vendo? E eu sou sua, então é a mesma coisa – dou de ombros e puxo minha saia até os
joelhos. – Agora você sabe como eu me sinto quando mil mulheres gritam por você – adiciono
presunçosamente enquanto fecho meu cinto de segurança.
Ele pega meu queixo e me vira para olhar para ele.
– Quem se importa com o que elas gritam quando estou louco por você?
Bump! Meu coração fez isso.
– É o mesmo comigo, então. Você não tem que rosnar quando os caras olham pra mim.
Seus olhos escurecem, e ele deixa cair sua mão ao lado e tranca a mandíbula em uma linha firme.
– Pois agradeça que tenho algum controle sobre mim e não penduro os dois no poste mais próximo.
Eu sei que porra eles estão fazendo com você em suas mentes.
– Só porque você faz isso não significa que os outros façam.
– É claro que fazem. É impossível não fazer.
Sorrio, porque sei que ele me fode em sua cabeça nas milhares de vezes em que não pode fazê-lo
fisicamente. E eu faço o mesmo, é claro. Aposto que até mesmo uma freira que o visse faria a mesma
coisa.
Sentindo-me travessa, deslizo meus dedos sob a camiseta de Chris e sinto o tanquinho, saboreando
a sensação de sua pele sob meus dedos. Eu adoro tudo sobre o corpo humano. Não só porque sou
uma especialista em reabilitação esportiva, mas porque fui uma atleta e fico absolutamente
maravilhada com o que nossos corpos podem fazer, como eles sofrem quando são pressionados,
como entram em ação com mecanismos inatos para o acasalamento e sobrevivência... Mas amando o
corpo humano, o corpo de Chris é meu templo máximo. Nem posso explicar em palavras o que ele
faz com o meu.
– Todas as mulheres tiram sua roupa quando você luta – digo a ele, e meu sorriso se desvanece
quando um pouco de ciúme se infiltra. – Isso me deixa insegura, porque você me escolheu no meio da
multidão.
– Porque eu sabia que você era pra mim. Unicamente, exclusivamente pra mim.
Meu corpo de imediato se contrai com essas palavras, tão sexy quando combinadas com aquele
sorriso confiante que ele usa.
– Eu sou – concordo, olhando para aqueles olhos azuis dançando. – E agora não sei o que quero
beijar mais, você ou suas covinhas?
Quando ele se aproximou para acariciar meus lábios, as covinhas sumiram, assim como o brilho

em seus olhos.
– Eu, sempre eu primeiro. Depois, o resto de mim.
Minha boca se sente quente e deliciosamente massageada por seu polegar quando os empregados
terminam de carregar a bagagem e fecham a porta do avião, e eu estou vagamente consciente de que a
equipe está conversando em seus lugares, pois ouço meu próprio sussurro ansioso:
– Deixe-me desligar meu telefone para a decolagem... Mas você definitivamente me deve um beijo
de bom dia. Mesmo se for meio-dia.
Aceno para ele em advertência.
Sua risada é baixa, e sinto que ela desce por toda a minha pele.
– Sei que devo mais do que isso, mas vou começar com os seus lábios.
Deus. Christian? Ele me mata. Ele fala casualmente, quase como se estivesse cansado dizendo
Tá, vou te beijar agora. E meu corpo se acende. Meu sangue borbulha quando começo a pensar
nisso, e rapidamente puxo meu celular da bolsa para desligá-lo quando vejo uma mensagem de texto
de Kate.
KATE: Minha melhor amiga! Faz séculos e eu realmente sinto sua falta. Quando você volta
para casa?
Kate! Endireito o corpo para poder usar as duas mãos para responder:
Sinto falta de você também! Muito, Kate! Mas estou tão feliz! Eu estou tão feliz que não é
engraçado! Ou talvez seja! Viu? Pareço bêbada! hahaha
KATE: Eu quero um Chris.
KATE: E uma Ana! Waaah!
ANA: Agora que começou a temporada vou planejar um bom lugar para que você venha me
visitar! Por minha conta! Alayna pode vir também.
KATE: Mas você ainda vai manter sua casa em Seattle?
Por um momento, tive que franzir a testa com a pergunta, porque quando larguei minha vida e
decidi seguir o meu deus do sexo para os confins da terra enquanto ele fazia seu regime de
treinamento e se preparava para esta temporada, o aluguel de fato não tinha passado pela minha
mente.
Respondi: Estou mesmo comprometida com ele, Kate, então provavelmente não devo renovar o
meu contrato de aluguel quando expirar. Minha casa é aqui e agora. Vamos decolar agora, mas
escrevo para você mais tarde. Eu te amo, Kate!
KATE: VALEU!
Desligo meu telefone e guardo na minha bolsa. E quando levanto a cabeça, fico excitada ao ver
Chris segurando seu elegante iPod prata. Tump! Este homem sabe como me seduzir seriamente com a
música. Vejo como os seus dedos passam pelas músicas, e a maneira lenta e sensual em que elas

rodam provoca uma inundação de umidade entre as minhas coxas.
Ele olha para mim com um sorriso diabólico, então chega mais perto e coloca seus fones de
ouvido sobre a minha cabeça, e fico muito animada quando ele aperta o PLAY. A música começa, e
olhos azuis penetrantes e curiosos permanecem em mim, observando minha reação.
Estou derretendo em meu lugar.
E sentindo minha alma estremecer dentro de mim.
Porque a música que ele escolheu me fez parar de respirar por completo.
Ele pressiona a testa contra a minha enquanto me observa ouvindo a música, e eu fico tão
comovida com essa música, minhas mãos tremem à medida que troco os fones de ouvido e coloco um
deles em meu ouvido e o outro no dele, para que possamos ouvir juntos.
Pressionando nossas testas juntos novamente, vejo sua expressão tão intensa quando vê a minha...
E ambos ouvimos essa canção incrível. Não é qualquer canção. É a música dele.
Iris... do Goo Goo Dolls.
Seu olhar escurece com as mesmas emoções queimando dentro de mim, e então ele pega um lado
do meu rosto com a mão. Meu corpo se contrai em antecipação quando ele se aproxima. Sinto sua
respiração banhar meu rosto conforme ele encurta devagar a distância entre nossas bocas. No
momento em que toca os meus lábios com os seus, eu já os abri e fechei os olhos. Ele toca uma vez,
duas vezes. Suavemente. Preguiçosamente. Um som me escapa, como um gemido exigindo que ele me
beije com mais força, mas em vez de ouvir isso, ouço outra coisa:
When everything’s meant to be broken
I just want you to know who I am
Deus, não posso ouvir esta canção sem me sentir devorada por dentro. Preciso chegar o mais
próximo possível dele. Tão perto quanto puder. Eu o desejo da cabeça aos pés, cada pedacinho de
mim anseia cada pedacinho dele. Levanto meu rosto e pressiono de leve meus lábios nos dele,
ansiosamente deslizando meus dedos em seu cabelo. Oh, Chris, beije-me com mais força.
Ele me faz esperar um pouco mais quando usa a mão para virar minha cabeça em um ângulo, e
então seus lábios finalmente travam sobre a minha boca, a sua língua mergulhando fundo até que eu
abra mais, e eu suspiro, eletrizada, quando nossas línguas se encostam. Não ouço seu gemido, mas
sinto seu peito vibrar contra meus seios e estremeço quando toco minha língua na dele e relaxo minha
boca sob o seu comando. Porque não há ninguém em quem confie mais, ninguém para quem derrube
minhas paredes, a não ser para este homem. Levando uma mão até a lateral do meu corpo, ele suga
suavemente minha boca, e sinto o inchaço de calor entre as pernas. A respiração soluçando. O
endurecimento dos meus mamilos. A sensação de arrepio ao longo da minha pele.
Eu nem sabia o quanto eu precisava desse beijo, até agora, quando todo o meu corpo vibra em sua

boca, e mexo meus lábios e uso a minha língua para trazer a língua dele de volta em mim.
Nem sei se Taylor ou Sawyer ou alguém está assistindo, Iris está tocando em nossos ouvidos e nossas
bocas estão molhadas e com fome. Ele passa os dedos sob o meu top enquanto suga, chupa, explora,
prova. Parece impossível, mas cada centímetro do meu corpo treme e sente prazer apenas pelo que
aquela boca faz comigo.
Eu solto um gemido de necessidade, e mordo, e ele perde um pouco de controle.
Chris desata o cinto de segurança e me inclina até que eu esteja espalhada por todo o banco de
trás.
A música para e começa outra música, mas ele faz um barulho frustrado quando os fios se
entrelaçam entre nós, e empurra os nossos fones de ouvido para fora e os joga de lado. Em seguida,
passa os olhos sobre o meu corpo. De repente, já não estou ouvindo nada, exceto as batidas do meu
coração quando ele abaixa a cabeça novamente.
– Foda-se, eu quero você – ele diz, então ouço o som molhado de sua boca se encontrando com a
minha mais uma vez.
O calor se espalha através da minha corrente sanguínea quando ele faz aquilo com a língua
novamente. Carícias das mãos. Línguas se esfregando. A respiração se misturando.
Entre as minhas coxas estou ficando tão inchada que me contorço inquieta sob o peso de Chris, e
mexo a minha boca mais rápido e mais ansiosamente sob a dele. Sinto a barriga de tanquinho sob a
camiseta e meus nervos se inflamam quando ele desliza de novo as pontas de seus dedos longos e
fortes sob o meu top.
Ele está me matando. Eu queria esse beijo, mas agora quero mais. Cada poro, átomo e célula
explodem em uma supernova. Nossas bocas combinam tão bem juntas, eu me sinto viva, me sinto
amada. Eu amo, eu quero, eu preciso... Dele. Muito, demais. Acho que ele nunca vai saber de
verdade... O quanto fiquei envergonhada por partir... Como sofro pela forma como ele se machucou
por mim ... E como estou determinada a ficar com ele... O quanto eu realmente o amo...
Seus polegares encontram meus mamilos através do meu sutiã e eles estão sensíveis, o menor
toque lança setas de prazer pelo meu corpo todo.
– Chris, temos que parar – suspiro, ofegante, enquanto ainda tenho um par de neurônios
trabalhando em meu cérebro.
Mas mesmo dizendo isso, estou agarrando os músculos dele e a minha parte doida que despertou
nem se importa se o fizermos bem aqui, agora.
Mas acho que ele vai ficar maluco se alguém aqui me ouvir gozar.
Chris se afasta um pouco e solta um longo suspiro, e depois olha para mim com os olhos em
chamas, e beija-me outra vez, um pouco mais forte. Ele geme baixinho e para, inclinando a cabeça na
minha direção, sua respiração no meu ouvido.

– Escolha uma canção pra mim – diz ele em um murmúrio áspero, me puxando para cima, para que
eu me sentasse.
Muito consciente da minha boca inchada, pego o meu iPod e começo a navegar pelas minhas
músicas enquanto tento ignorar o latejar entre as minhas coxas.
– Basta me devolver meu cérebro primeiro.
Ele ri e belisca meu nariz.
– Toque uma de suas petulantes músicas de amor.
– Há tantas que nem sei por onde começar.
Começo a procurar quando ele coloca seu polegar sobre o meu e rapidamente começa a me guiar.
– Tenho uma para você. Do tipo que você gosta.
Sua voz perto do meu ouvido provoca pequenos arrepios agradáveis que correm através de mim.
Ele clica para tocar uma daquelas músicas atrevidas, mas não é mesmo uma canção de garotas.
É a Dark Side, de Kelly Clarkson.
Minhas entranhas derretem quando ouço a música. Eu amo Kelly, mas oh, esta canção. As
palavras. Chris quer saber... Que eu vou ficar, que eu prometo não fugir...?
Ele olha para mim de novo, com aquele sorrisinho arrogante. Mas seus olhos não são tão
arrogantes. Seus olhos estão questionando. Ele quer saber.
E quando pega a minha mão e entrelaça os dedos, num gesto tão de namorados que nunca deixa de
me afetar, vou para o ouvido sem o fone para dizer-lhe:
– Eu prometo. Prometo, você tem o meu coração, e você tem a mim. Você sempre terá a mim.
Simplesmente não há canção sobre esta terra, e não há lista de músicas grande o suficiente para lhe
dizer que eu realmente o amo. Eu o amo quando seus olhos estão negros e quando seus olhos estão
azuis, e embora eu saiba, lá no fundo, que ele não acredita que estou aqui para ficar, um dia, juro que
um dia vou fazê-lo acreditar em mim. Sorrimos enquanto continuamos a ouvir essa música, e quando
ele aperta minha mão, eu aperto de volta, dizendo a mim mesma que não importa o que aconteça,
nunca soltarei essa mão.
* * *
Nosso hotel em Phoenix parece algo saído de um desenho. É um edifício de vinte andares
espalhado lindamente sobre uma paisagem do deserto, cercado por cactos com flores desabrochando
que são extremamente grandes e brilhantes, e tenho vontade de ir e tocá-las, apenas para me certificar
de que não são de plástico.
Dentro do átrio em mármore, duas adolescentes sussurram e apontam para Chris quando ele passa,
porque é claro que elas notaram. Você o nota tanto quanto notaria um touro passando pelo hall de

entrada do hotel. Seus olhares parecem rapidamente estar nos avaliando, ao grupo que veio com ele,
e logo as duas começam a me checar.
Levanto uma das minhas sobrancelhas com um sorriso divertido, e as meninas parecem determinar
que provavelmente sou eu a namorada dele, mas não posso evitar que meu estômago fique louco com
os movimentos de propriedade que ele faz, enquanto as duas dão a ele um último olhar esfomeado de
cima a baixo.
– Olhe pra essas duas meninas apaixonadas! Ele sempre faz as mulheres virarem a cabeça – diz
Gail. – Isso não deixa você com ciúmes?
– Extremamente – respondo, franzindo o nariz em desgosto pelo meu próprio ciúme.
Chris olha para mim e pisca enquanto ele e Taylor esperam pelas chaves dos quartos e Gail me dá
uma cotovelada e ri:
– Olha só, aquele homem conhece seu eleitorado – diz ela. – Mas eu não iria ficar com ciúmes,
Ana, toda a equipe sente o amor entre vocês dois. Nós nunca o vimos assim com relação a
alguém, não importa quantas mulheres tenham desfilado por aqui, ele sempre voltou pra você.
– O que você quer dizer? – franzi a testa para ela. – As mulheres desfilaram por onde?
– Nosso hotel.
– Você quer dizer recentemente?
Meu estômago cai, e eu quero dizer mesmo cai, quando os olhos de Gail se alargam e seu rosto
perde toda a cor.
Ela começa a balançar a cabeça, e então... E então ela começa a olhar ao redor, como se quisesse
se esconder em um vaso de flores, porra!
– Ana – sussurra ela, seu tom cheio de desculpa, enquanto dá um passo atrás. Por quê?
Será que ela pensa que eu vou bater nela?
Parece que eu vou bater em alguém?
Não quero bater em alguém, eu mal posso ficar de pé.
Tudo fica borrado quando giro o corpo para olhar as costas de Christian. Do outro lado do saguão.
Penso na maneira como ele se move quando fazemos amor, como um predador me possuindo. Na
minha mente, vejo seus olhos, a forma como ele me vê gozando por ele. Imagino-o jogado em uma
cama de hotel, enquanto dezenas de mulheres dão prazer a ele, seus olhos azuis – os meus olhos azuis
– observando-as abrindo-se para ele também.
E depois, acho que ele não poderia ter ficado azul. Ele poderia ter ficado negro. Chris em sua
forma mais crua, intenso e maníaco, tão imprudente como sempre será.
Porque ele não é normal. Nem mesmo perto de ser normal. Ele não é só o poderoso Christian
“Arrebentador” Grey, ele é bipolar e muda de um estado de humor para outro no espectro. Quando
fica no estado maníaco, ele não se lembra muitas vezes do que fez. E naquele mês em que fui embora,

ele estava muito, muito maníaco. Seus olhos, pretos e misteriosos, olhando-me desesperadamente de
uma cama de hospital...
Minhas entranhas se contorcem até que meus pulmões parecem presos na minha garganta enquanto
eu me lembro de como ele tentou puxar seu respirador para longe e me deter.
O coração batendo forte, localizo Sawyer no saguão, e ele está olhando em seu telefone enquanto me
lembro vividamente dele levando um monte de mulheres lindas para a suíte de Christian não muito
tempo atrás – para “animá-lo” depois que ele teve um dos episódios “negros”.
Antes que eu consiga parar para pensar, disparo em direção a Sawyer, meus punhos tremendo ao
meu lado.
– Quantas prostitutas você trouxe pra cama de Christian, Sawyer?
– Desculpe-me? – Ele abaixa o telefone em perplexidade completa.
– Eu perguntei quantas... Prostitutas... Você trouxe pra cama dele. Ele estava mesmo ciente do que
estava fazendo com elas?
Ele olha para as costas largas de Christian, então me agarra pelo braço e me puxa para perto do
elevador.
– Você não tem que opinar sobre isso, Anastasia. Lembra-se? Você o deixou. Você o deixou quando
ele estava quebrado em uma cama de hospital, porra, e Taylor estava cuidando de sua irmã numa casa
de reabilitação de drogas, e eu mal conseguia recolher todos os pedaços que a sua carta... A porra da
sua carta... Fez com ele! Algo que você nunca, nunca mesmo irá compreender! No caso de você ter
esquecido, Chris tem um transtorno de humor. Ele precisava ser puxado pra fora da porra do escuro...
–Ei – Christian puxa-o de volta pelo colarinho e faz um punho como se estivesse prestes a
esmurrá-lo. – Que porra você está fazendo!?
Sawyer se livra e o encara enquanto prende a gravata de novo em seu estúpido terno Boss novo.
– Eu estava tentando explicar a Ana, aqui, que as coisas não eram tão felizes como são agora,
quando ela foi embora.
Chris enfia um dedo no peito de Sawyer.
– Isso já acabou. Você entendeu?
Sawyer fecha a mandíbula, e Christian enfia o dedo em seu peito com tanta força que o obriga a dar
um passo atrás.
– Você entendeu? – ele exige.
Sawyer balança a cabeça com força.
– Sim, entendi.
Sem outra palavra, Christian passa sua mão ao redor da parte de trás do meu pescoço e me dirige
para dentro do elevador.

Mas durante toda a viagem de elevador, minhas entranhas se contraem com mágoa, apesar de eu
tentar argumentar comigo mesma de que não há razão para isso.
Sem realmente ver nada à frente, olho para a nossa cobertura enquanto caminhamos para dentro. É
a nossa nova casa. Os nossos quartos de hotel têm sido sempre a nossa casa, mas não a minha. Minha
casa está longe. Agora, meu lar é este homem. E eu preciso aceitar o fato de que o amor dele pode
me destroçar. Mais e mais, o amor de Christian vai me quebrar por dentro. Quando ele estiver lutando e
levar mais socos do que posso suportar, vou me destroçar. Quando ele for amoroso comigo e me der
todo o amor que não sinto que mereça, vou me destroçar. Quando ele tiver um de seus ataques,
quando seus olhos ficarem negros e ele não se lembrar das coisas que disser ou fizer... Eu vou me
destroçar.
– Gostou do quarto, pimentinha? – O calor do seu corpo me envolve quando vem por trás e me
enfia em seu corpo com os braços. Eu me sinto quente. Protegida. – Quer correr na trilha quando
escurecer?
Seus lábios encontram a curva entre meu pescoço e a clavícula, e esse toque envia uma onda
calorosa ao meu coração. Eu me sinto como se tivesse engolido todo o jardim cheio de cactos
quando puxo para cima a gola da minha camisa e viro o meu corpo.
– Você transou com um monte de mulheres?
Nossos olhos se encontram, e um arrepio familiar de consciência corre por mim quando olho para
o rosto dele. Juro, eu não consigo descobrir o que ele está pensando.
– Entendo que não tenho o direito de perguntar isso – procuro no fundo de seus olhos azuis, e eles
me procuram de volta com a mesma intensidade. – Nós terminamos, certo? Foi o fim de tudo. Mas...
Você fez isso? Comeu outras mulheres?
Eu espero, e seus olhos começam a brilhar.
Ele está, na verdade... Sorrindo!
– Isso é importante pra você? – ele pergunta divertido, uma sobrancelha de pé. – Se eu dormi com
outra pessoa?
A raiva e o ciúme borbulham dentro de mim tão rápidos, que pego uma almofada do sofá e bato em
seu peito quando explodo.
– O que você acha, seu maldito idiota?
Ele pega a almofada e facilmente a descarta.
– Diga-me o quanto isso é importante.
O brilho de malícia nos olhos dele só me faz cerrar os dentes com mais força, e eu atiro outra
almofada nele.
Diga-me!

– Por quê? – Ele desvia da almofada e vem atrás de mim quando começo a recuar, seu sorriso
cheio de divertimento. – Você me deixou, pimentinha. Você me largou com uma carta tão doce, me
dizendo gentilmente pra eu ir me foder e ter uma boa vida.
– Não! Eu o deixei com uma carta que dizia que eu te amava! Algo que você não tinha me dito até
que eu vim de volta para você e lhe pedi pra me dizer.
– Você fica tão linda assim. Venha cá.
Ele pega a parte de trás da minha cabeça e me puxa para seus braços, e preciso de toda a minha
força para me libertar.
– Christian. Você está rindo de mim! – choro miseravelmente.
– Eu disse pra vir para cá.
Ele me recolhe de volta em seus braços, e eu torço minha cabeça e tremo quando me contorço para
me livrar.
– Chris, me diga! Por favor, diga-me, o que você fez? – imploro.
Ele me prende contra a parede e coloca a sua testa na minha, seu olhar completamente territorial.
– Gosto de ver você com ciúmes. Isso é por que você me ama? Você se sente minha proprietária?
– Solte-me – respiro com raiva.
Ele ergue uma de suas mãos enormes e segura meu rosto tão gentilmente como se fosse de vidro.
– Eu me sinto. Eu me sinto completamente seu proprietário. Você é minha. Eu não vou deixar você
ir embora.
– Você disse não para mim – resfolego, ardendo com a dor por dentro. – Por meses e meses. Eu
estava morrendo por você. Eu estava ficando louca. Eu... Gozei... Como uma idiota! Na sua perna!
Você se recolheu de mim até que eu... Estava morrendo um pouco por dentro de tanto te amar. Você
tem mais força de vontade que Zeus! Mas as primeiras mulheres que trazem à sua porta... No
momento que eu me for, as primeiras putas que aparecerem pra você...
Seu sorriso permanece no rosto, mas a luz em seus olhos escureceu, e agora há uma intensidade
feroz em seu olhar.
– O que você teria feito se estivesse aqui? Teria detido isso?
– Sim!
– Mas onde você estava?
Minha respiração vem em solavancos.
Ele abaixa a cabeça e olha profundamente em meus olhos, agora curioso.
– Onde você estava, Ana? – Uma mão quente e enorme se enrola em torno de minha garganta, e
então ele começa a acariciar meu ponto de pulsação.
– Eu estava destroçada. – Choro em uma mistura de raiva e dor. – Você me destroçou.

– Não. Você. Sua carta partiu meu coração. – O riso desapareceu de seu olhar enquanto ele corre a
ponta do polegar até a minha garganta, então ele o desliza ao longo da curva de meu queixo e,
finalmente, arrasta-o, como uma pena, suavemente através dos meus lábios. – O que importa se eu
tivesse que beijar mil lábios pra esquecer isso?
Há uma batida na porta, mas as nossas energias em conflito estão travadas como mísseis sobre
seus alvos. Ele está muito ocupado me prendendo com os braços, e eu estou muito ocupada com meu
coração partido dentro de mim, odiando por ser eu a verdadeira portadora do machado, porque nós
terminamos. Sei que ele precisa de sexo quando fica maníaco. Sei que eu fui embora. Eu não tinha
direito sobre Christian ou sobre qualquer coisa que ele fizesse ou dissesse.
Então, parti meu coração quando fui embora, e agora a realidade do que aconteceu quando me
retirei está voltando e continuando a parti-lo. E aqui estou eu, com um enorme nó na garganta e
expirando tão forte como um dragão que cospe fogo.
Ele se volta para abrir a porta e arrastar para dentro do quarto uma das malas que um carregador
trouxe. Quando tento passar, ele agarra a parte de trás da minha camisa e diz:
– Vem cá, sossegue agora.
Empurro a mão dele e não sei se quero que ele me acalme ou não. Estou sendo irracional. Eu
terminei. Eu fui embora. Sou eu a pessoa de quem estou com raiva agora, em quem quero bater.
Minhas entranhas se encolhem de dor quando sustentamos o olhar um do outro, e então enxugo uma
lágrima quando vou para a porta, onde Christian continua puxando o resto de nossas coisas.
Sei que causei tudo isso. Porque pensei que fosse forte e tinha tentado me proteger, então magoei a
mim mesma e a ele e a um monte de pessoas, porque era forte e pensei que poderia protegê-lo e a
minha irmã e ferrei com todo mundo, foi isso que fiz. Mas estou tão ferida por dentro que só quero
me trancar em algum lugar e chorar pra valer. Imagino as prostitutas reluzentes entrando neste quarto
de hotel quando ele nem estava em seus plenos sentidos e sei que eu vou vomitar.
Digo ao mensageiro:
– Obrigada. Quer enviar esta mochila com a outra mala para o outro quarto?
O cara empurra o carrinho de volta para o elevador e acena com a cabeça.
– Pra onde está indo? – pergunta Christian quando passo para o corredor.
Engulo um soluço e me volto.
– Quero dormir com Gail esta noite. Não me sinto tão bem e prefiro falar sobre isso quando...
Quando eu... me acalmar – respondo, com a garganta fechada.
Ele ri.
– Você não pode estar falando sério.
Quando sigo para o elevador e aperto o botão, sua risada desaparece rapidamente.

Quando embarco com o carregador, estou segurando meu vômito e minhas lágrimas. O rapaz sorri
para mim e pergunta:
– Primeira vez no hotel?
Concordo com a cabeça e engulo em seco.
Assim que chego ao quarto de Gail, desato a chorar. Ela traz as malas para dentro e fecha a
porta.
– Ana, eu não queria causar problemas! Pensei que você soubesse. As groupies e as mulheres –
isso sempre foi assim, exceto quando você está por perto. Eu sinto muito.
– Gail, eu terminei com ele! Sim! Entendo que é tudo culpa minha. Tudo é culpa minha. Inclusive
ele ter perdido o campeonato.
– Ana. – Gail tenta me consolar quando me senta na cama. – Elas vieram e se foram. Não
foi...
Limpo as minhas lágrimas e fungo, mas a minha tristeza pesa uma tonelada.
– Ele vivia assim antes de eu chegar. Não sei o que eu esperava quando fui embora. Pensei que ele
fosse esperar um tempo antes de voltar a fazer isso, sabe? Mas sei que ser impotente e ficar se
lastimando não é Christian. Ele teria sido...
Imprudente. Maníaco. Ou poderia estar causando problemas. Ou poderia quebrar as coisas. Mas e
se ele estivesse se sentindo triste? Eu o deixei suportar isso sozinho, e para que Taylor e Sawyer
lidassem com isso como sempre fizeram. Novas lágrimas descem pelo meu rosto.
– Vá em frente – Gail me encoraja. Estremeço quando ouço o telefone do quarto. – Sim,
Christian – ela sussurra no receptor e, em seguida, desliga.
– Ele está a caminho daqui. Ele quer que eu abra a porta, ou vai derrubá-la.
– Não quero vê-lo assim – choro, fungando e pego um lenço de papel como se pudesse esconder o
fato de que estou chorando como um bebê.
Antes mesmo de vê-lo, sinto ele se aproximar como um furacão quando Gail deixa a porta aberta.
– Gail – diz ele em um murmúrio baixo, então atravessa todo o quarto até o local onde estou
enrolada como uma bola em cima da cama.
Seus olhos estão escuros com a emoção.
– Você – diz ele, abrindo sua mão. – Venha comigo.
– Não quero – falo, enxugando uma lágrima perdida.
Suas narinas se abrem e posso ver que ele está tendo problemas para controlar a si mesmo.
– Você é minha e precisa de mim, e eu quero que você, por favor, venha pra porra do andar de
cima comigo.
Escondo minha cabeça e limpo uma lágrima.

Fungo.
– Tudo bem, venha aqui. – Ele me pega em seus braços. – Boa noite, Gail.
Eu chuto, e ele me agarra e me aperta quando fala no meu ouvido:
– Pode chutar e arranhar o quanto quiser, pode bater, me xingar, mas você não vai dormir em
nenhum outro lugar nesta noite que não comigo.
Ele me leva para dentro do elevador e depois para o nosso quarto. Chuta a porta para fechá-la, me
joga na cama, e tira sua camiseta. Seus músculos incham com o movimento poderoso, e vejo cada
centímetro daquela pele gloriosa, pele que outras mulheres tocaram e lamberam, e uma nova onda de
ciúme e insegurança passa por mim. Grito como uma louca e chuto quando ele chega e começa a me
despir.
– Seu idiota, não me toque!
– Ei, ei, escute! – Ele me prende com seus braços e seu olhar. – Eu sou louco por você. Eu estive
no inferno sem você. No inferno. Pare de ser ridícula – diz ele, apertando meu rosto. – Eu te amo. Eu
te amo. Venha aqui.
Ele me recolhe para o seu colo. Eu não esperava essa sua gentileza, esperava uma luta para que eu
pudesse desabafar, mas ele me desarma, e ao invés disso vocifero em seus braços enquanto ele me
segura, seus lábios na parte de trás da minha orelha, sua voz suave, mas firme e arrependido.
– Você acha que lidei bem com isso quando você partiu? Você pensou que seria fácil pra mim?
Que eu não me sentiria sozinho? Traído? Que mentiu? Que não me sentiria usado, descartado? Sem
valor? Morto? Você achou que não haveria dias em que eu odiaria mais você do que a amaria por ter
me magoado?
– Deixei tudo por você. – Choro, tão magoada que passo os braços ao redor de meu corpo para me
manter inteira. – Desde que o conheci, tudo o que eu quis foi ser sua. Você disse que seria meu. Que
era... meu... de verdade!
Ele geme baixinho e me aperta com força contra ele.
– Sou a coisa mais real que você vai ter na vida.
Minhas lágrimas continuam descendo enquanto olho em seus olhos, e eles são tão bonitos, os olhos
de Christian. Eles são azuis e ternos, os olhos que veem através de mim, os olhos que sabem tudo
sobre mim, e eles não estão rindo e, em vez disso refletem um pouco da dor que eu sinto. Não posso
mais olhar para eles e cubro o meu rosto quando novos soluços me percorrem.
– Deveria ter sido eu todo esse tempo – digo. – Deveria ter sido só eu, só eu.
– Então, não me diga que me ama e aí me deixa. Não venha com essa porra de implorar-me pra
fazer você ser minha e depois fugir na primeira chance que eu não estou olhando, porra. Eu nem
podia pegar você. Isso é justo pra mim? É? Eu não podia sequer levantar-me em minhas próprias

malditas pernas pra impedir você de fugir.
Choro mais.
– Eu acordei pra ler a sua carta em vez de ver você. Você era tudo que eu queria ver. Tudo que eu
queria ver.
Suas palavras são tão dolorosas de ouvir, não posso nem mesmo falar através das minhas
lágrimas.
Acho que chorei tanto que dormi no colo dele, e quando acordo no meio da noite, com os olhos e a
cabeça doendo de tanto chorar, estou nua. Percebo que ele tirou minha roupa como sempre faz, e sua
pele quente está contra a minha, e seu nariz está na curva do meu pescoço e ombro, e sinto seus
braços em volta de mim e chego mais perto, mesmo quando dói. Nós somos o objeto de dor um do
outro e também de conforto. Ele me puxa para mais perto, e ouço quando ele me cheira como se fosse
o último sopro de mim que ele teria, e antes que eu perceba, sinto o cheiro de volta, tão ferozmente
quanto ele.


6 comentários:

  1. Eita o ciúmes e uma merda
    Mas realmente vc tem culpa de outras mulheres chegar até ele vc foi embora e doloroso e vc sabe que é verdade

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  2. Mesmo que ele estava no estado negro e não se lembrar
    Vc viu que vc se auto machucou seus próprios sentimentos

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  3. Por causa do ciúmes veio tudo a tona mas foi bom terem essa conversa que ainda vai render 😁

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  4. Foi triste e fofo o ciúmes da Ana 😍😪

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  5. ciúmes é um monstrinho perigoso
    ANA está sofrendo e Chris não lembra de nada

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:) :( ;) :D :-/ :P :-O X( :7 B-) :-S :(( :)) :| :-B ~X( L-) (:| =D7 @-) :-w 7:P \m/ :-q :-bd



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